Vinte Um

Categoria : Listas

Jogadores para marcar de perto na próxima temporada da NBA: Andrei Kirilenko
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Giancarlo Giampietro

Kirilenko x Delfino

Kirilenko agora volta a enfrentar só atletas de nível NBA, como Delfino

Já não é segredo para ninguém a cotação que Andrei Kirilenko tem no QG 21 é alta, bem alta. Não são muitos os jogadores que conseguem causar tanto impacto numa partida sem nem mesmo ter a bola em mãos.

Geralmente, ao assistir a qualquer pelada, nossos olhos costumam seguir a bola de um lado para o outro, para cima e para baixo, não? Normal. Acontece que, ao mesmo tempo, tem muito mais coisa acontecendo. Existe a movimentação de outros oito atletas – julgando que a bola esteja marcada, claro. Corta-luzes do lado contrário, fintas pelas costas dos marcadores, agarrões, pancadas, o bicho pega, mesmo. E Kirilenko dá um trabalhão nessa confusão toda, tanto no ataque como na defesa.

Especialmente na retaguarda: ele usa de velocidade, impulsão e envergadura para distribuir tocos na cobertura e romper a linha de passe diante de adversários mais desatentos. No ataque, consegue se esgueirar em meio aos marcadores para aparecer livre próximo ao aro. Não são tarefas tão simples assim, ou exercícios aos quais todo atleta gosta de se dedicar.

Vem daí a explicação para algumas de suas métricas anômalas, como os 3,3 tocos por jogo que lideraram a temporada 2004-2005 da NBA, por exemplo. No geral, em sua carreira, ele é dos poucos que sustenta um rendimento de 2 tocos e 1,4 roubo de bola por embate. Aí você soma as 2,8 assistências, os 5,6 rebotes e os 12,4 pontos para ter, sim, um atleta bastante singular, capaz de fazer bem um pouco de tudo.

Em seus últimos anos de Utah Jazz, o russo era visto com desconfiança, para dizer o mínimo, pela dupla Deron Williams e Carlos Boozer. Juravam que o companheiro já não estava mais nem aí para nada, apenas cumprindo seu contrato em piloto automático. De modo algum vimos essa figura supostamente apática em 2011-2012. Depois de cumprir uma temporada excelente na Europa pelo CSKA Moscou e pela seleção russa nas Olimpíadas, o AK-47 – por mais infame que seja o apelido, ele combina demais com o ala – tem como desafio agora repetir esse rendimento num campeonato mais desgastante diante de competidores muito mais atléticos, aos 31 anos.

Se Kirilenko conseguir render pelo Minnesota Timberwolves do modo como atuou na Rússia, Kevin Love tem grandes chances de, enfim, sorrir nos playoffs.


Howard tem a missão de suceder pivôs do Lakers em Hollywood. Relembre os clássicos
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Giancarlo Giampietro

Ao vestir a camisa do Lakers, sendo um pivô, Dwight Howard sabe que tem uma grande responsabilidade pela frente… Virar um astro de Hollywood!

Mais do que dominar meros mortais como rivais, o jogador precisa honrar a brilhante participação de seus antecessores com o uniforme amarelo e roxo que causaram no cinema: Kareem Abdul-Jabbar, Wilt Chamberlain, Shaquille O’Neal. São performances marcantes, ignorados injustamente pela Academia.

Preparem-se. É muita emoção:

ABDUL-JABBAR, “ROGER” e BRUCE LEE (Apertem os Cintos… O Piloto Sumiu, 1980, Jogo da Morte, 1974)

Uma das estrelas mais sisudas que a NBA já teve estrelando um clássico pastelão da Sessão da Tarde com Leslie Nielsen! Vai ver que o ex-Lew Alcindor era apenas um incompreendido. Nesta sequência, ele trava um diálogo com o pentelho do garoto Joey, que insiste em falar que o co-piloto seria Abdul-Jabbar, embora este garanta se chamar Roger Murdock. Até que ouve um bom “trash talk” do menino, não se aguenta e se revela. Detalhe para as intervenções do piloto, sensacionais. “Você já viu um homem adulto nu?”, pergunta. Qual a chance de essa frase ser aprovada no mundo-censura de hoje?

O maior cestinha da história da NBA tem uma vasta filmografia. Mas sua estreia nas telonas aconteceu de modo trágico: Jogo da Morte, o último título rodado por Bruce Lee, o astro do Kung Fu que morreu durante as filmagens, em 1974. Abdul-Jabbar e Hai Tien, personagem de Lee, se enfrentam em uma luta épica no quarto andar de um prédio-cativeiro que o protagonista tinha de subir para libertar seus familiares.

Primeiro vamos com o bom-humor de Airplane! e, depois, a pancadaria com Bruce Lee. Neste, reparem na diferença de altura entre os dois combatentes e as cores do uniforme do lutador, que seriam homenageadas no Kill Bill de Tarantino 30 anos mais tarde:

WILT CHAMBERLAIN X GRACE JONES (Conan: O Destruidor, 1984)

O homem dos 100 pontos em um jogo e das proclamadas cerca de 20.000 ‘namoradas’ enfrenta a batalha de sua vida: a cantora disco, musa cult, ícone fashionista Grace Jones. É vida ou morte para seguir a jornada com o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger. Bravo!

SHAQUILLE O’NEAL, GENIO, VIGILANTE E JOGADOR (Kazaam, 1996 e Steel – O Homem de Aço, 1997, e Blue Chips, 1994)

Perto do que estrelaram Kareem e Wilt, o Shaq que nos desculpe, mas seus filmes de humor não têm muita graça, não. Como diria qualquer cinéfilo que se preze: “Não se fazia mais filmes de bobageira com pivôs do Lakers como antigamente”. Abaixo, Shaquille O’Neal tem a infeliz ideia de aceitar o papel de um gênio hip-hop da lâmpada, o Kazaam. Depois, faz as vezes de super-herói (antes de Dwight Howard, ele foi o primeiro Superman, oras!), interpretando um dos poucos vigilantes negros dos quadrinhos, o Steel, personagem criado pela DC Comics na sequência da saga da “Morte do Super-Homem”. Na real, era para ser um filme de ação, né? Mas, de tão trash, ficaria na prateleira cômica da locadora virtual 21.

Por fim, o inesquecível Blue Chips, com Nick Nolte, que faz sua denúncia contra a sujeirada do esporte universitário norte-americano em contraponto a uma educação do bom jogo e bons valores, blablabla, com direito a participação de Rick Pitino no começo e Bobby Knight no fim, além de Kevin Garnett, Allan Houston, Larry Bird e muito mais. Vejam a cena com o técnico Nolte abordando sua ex-mulher, professora, que concorda em dar uma força para Shaq/Neon elevar suas notas:

– Veja também: na encarnação passada do blogueiro, Shaquille O’Neal rapper e Michael Jackson interagindo com Magic Johnson e Michael Jordan.


Retrato olímpico: nos esportes coletivos, basquete tem o recrutamento mais centralizado
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Giancarlo Giampietro

O UOL Esporte acabou de publicar agorinha mesmo um infográfico que mostra onde nasceram os atletas olímpicos do Brasil. Ótimo para saber quais são os pólos produtores do esporte brasileiro.

Começamos por um gráfico maior, somando todas as modalidades com participação nacional. Sete estados não conseguiram produzir sequer um atleta olímpico para Londres-2012: Acre, Rondônia, Roraima, Amapá, Tocantins, Rio Grande do norte e Sergipe. Notamos também a maior concentração de atletas oriundos das Regiões Sudeste e Sul, em especial de São Paulo e  Rio de Janeiro, únicos com mais de 20 atletas:

Estados brasileiros com atletas olímpicos

Agora, no Vinte Um, nada mais do que aceitável que o segundo item pesquisado tenha sido… O futebol!

Não, né?

Começa com “b”:

Estados brasileiros com jogadores do basquete na Olimpíada

Apenas o Distrito Federal (oi, Karla!) e seis estados estão representados, todos interligados e pertencentes às Regiões Sul e Sudeste, faltando apenas o Rio Grande do Sul – justamente o estado que revelou (gasp!) nosso presidente da CBB, Carlos Nunes – para entrar na festa, o que é de abrir os olhos, considerando o potencial dos ginásios gaúchos. O Carlinhos, porém, pode se gabar de presidir a única entidade com um jogador importado de Chicago, vejam só. Que luxo.

Vamos com o handebol:

Estados brasileiros com jogadores de handebol na Olimpíada

Em primeiro momento, poderia até parecer covardia colocar o primo de segundo grau do basquete aqui (na escolinha, a lógica não era a de que “quem joga um, sabe jogar o outro”?), já que ele mal passa na TV, que apenas as seleções têm cobertura (quase) regular nos jornais e programas esportivos etc. Pois o handebol se equipara ao basquete no total de estados listados, sete, com uma vantagem: conseguiu trocar três estados do Sudeste por três do Nordeste: Maranhão, Paraíba e Pernambuco.

Agora aquele esporte tão temido pelos basqueteiros, supostamente o nosso arquirrival por atenção do público, o…

Estados brasileiros com jogadores de vôlei na Olimpíada

Sim, o vôlei!

Não doeu tanto assim, vai?

São sete estados e o Distrito Federal como forno. Um a mais que o basquete apenas, mas ao menos puxando alguém de Pernambuco e outro de Goiás. As cores estão bem concentradas, mas não tanto assim como vimos dois mapas acima.

Para efeito de comparação, o esporte mais popular do Brasil consegue ser bem mais plural mas nada mais natural:

Estados brasileiros com jogadores de futebol na Olimpíada

São 12 estados, o único dos coletivos com alguém que tenha vindo do Norte (Ganso neles!) e dissipação bem maior pelo Nordeste também.

ARREMATE: Uma ressalva é a de que estamos falando de amostras pequenas, de 20 a 40 atletas  reunidos por modalidade – de todo modo, supostamente essa esses pequenos grupos compõem justamente as elites de cada uma delas; outra: pode ter gente que tenha nascido no Sul e se criado no Nordeste e vice-versa.

Agora, pelo primeiro mapa, o geral, já dá para notar que o esporte brasileiro depende muito de seu quinhão Sul-Sudeste, onde o dinheiro (ainda) circula com mais facilidade, em especial seus dois maiores estados. Pode parecer algo lógico: quanto mais gente, mais chance de produzir atletas. Mas, houvesse uma política séria de desenvolvimento em qualquer estado aleatório voltado para uma determinada modalidade, quem sabe o ciclo não pudesse ser quebrado?

Quanto ao basquete, comparativamente não chega a ser caracterizado como um oásis de incompetência, mas fica mais uma vez constatado algo de que todos sabíamos: a incapacidade da CBB em expandir o esporte pelo país nas últimas décadas. Em termos de ocupação territorial, é o que está mais defazado em Londres. E, a título de marketing e propaganda, a gestão atual deu um ‘azar’ danado com a exclusão da maranhense Iziane, não é verdade?

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A divisão precisa dos basqueteiros olímpicos brasileiros: 12 de São Paulo, 4 do Rio de Janeiro, 2 do Paraná e 1 de Minas Gerais, Santa Catarina, Espírito Santo, Distrito Federal e, ops, Illinois.

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Dos 12 representantes paulistas na delegação do basquete brasileiro, seis vieram da capital, cinco do interior e uma da Grande São Paulo (Chuca, de Mauá). Apenas Adrianinha nasceu em Franca. No Rio de Janeiro, Marcelinho, Marquinhos, Érika e Clarissa são todos da capital.


Tabela 2012-2013 da NBA é divulgada: veja 5 reencontros imperdíveis
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Giancarlo Giampietro

Você, assinante do NBA League Pass, caçador de links na rede, madrugador do combo ESPN/Space, prepare-se. Pegue a caneta e a genda ou abra o bloco de notas, mesmo: a temporada 2012-2013 da liga norte-americana está toda definida, com a organização e os meses de antecedência de sempre.

Confira aqui cinco reencontros imperdíveis da campanha:

Nenê, Washington Wizards

Nenê já tem data para vestir este uniforme bacana nas Montanhas Rochosas pela primeira vez

Nenê vai fazer sua primeira partida em Denver como jogador do Washington Wizards no dia 18 de janeiro. Imagino que para ouvir aplausos na cidade de onde vem sua esposa e onde ainda deve ter casa;

Jeremy Lin, agora do Houston Rockets, encara Carmelo Anthony e o Madison Square Garden no dia 17 de dezembro para testar o que ainda restará de Linsanidade em Manhattan;

– Phoenix vai receber um Steve Nash vestido de roxo, mas o do Lakers, numa cena que certamente vai lhes parecer bizarra no dia 3 de janeiro. Feliz ano novo?

Ray Allen se veste de preto ou vermelho em Boston como um atleta do Miami Heat apenas no dia 18 de março: vai ser tratado como um pula-cerca ou ovacionado pelos serviços prestados?

– O ex-aposentado Brandon Roy, agora um Timberwolf, revê os hipongas e ex-companheiros de Portland no dia 23 de novembro. Se os seus joelhos permitirem, claro.

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A temporada vai começar no dia 30 de outubro e terminará no dia 17 de abril, restabelecida com 82 partidas para cada franquia. A noite de abertura terá três jogos, com destaque apra o confronto entre Cavaliers e Wizards, em Cleveland.

Hã…

Brincadeira. As principais atrações são: Los Angeles Lakers x Dallas Mavericks, para Dirk morrer de vontade de jogar com Nash novamente, e Miami Heat x Boston Celtics, que dispensa comentários.

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Para virar clássico, eles precisam se enfrentar. O primeiro duelo de New York Knicks e Brooklyn Nets está marcado para o dia 1º de novembro, na novíssima arena do Nets, que vai estrear Joe Johnson e Mirza Teletovic. Se o blog fosse muito maldoso, também falaria da estreia de Deron Williams, que não jogou nada desde que saiu de Utah Jazz. Mas xapralá.

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A revanche entre Oklahoma City Thunder e Miami Heat é uma das atrações da tradicional rodada natalina da liga.


Conheça os 15 jogadores “anistiados” da NBA
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Giancarlo Giampietro

Desculpem o trocadilho, mas é inevitável: boa parte destes aqui nem a Anistia Internacional deve defender. Pá-pum, o Vinte Um recapitula os 15 jogadores que já foram  alvos da chamada “cláusula de anistia” da NBA, à qual os clubes da liga podem recorrer para tirar de sua folha salarial um contrato indesejado, embora ainda sejam obrigados a pagar o prometido ao atleta:

Gilbert Arenas x Baron Davis

Arenas e Davis já foram mais felizes

Armadores: Gilbert Arenas (Orlando Magic), Baron Davis (Cleveland Cavaliers) e Chauncey Billups (New York Knicks)
São três jogadores com passagem pelo All-Star Game, que assinaram contratos gigantescos e supostamente liderariam seus clubes no auge de suas carreiras a campanhas de sucesso nos playoffs. No caso de Billups, deu certo, e fica até injusto listá-lo ao lado dos outros dois figuras. Campeão em 2004 pelo Detroit Pistons, MVP das finais daquele ano, ele só foi dispensado pelo Knicks no ano passado porque o clube vislumbrou a possibilidade de contratar Tyson Chandler – tanto que, prontamente, ele foi contratado pelo Los Angeles Clippers, pelo qual vai jogar a próxima temporada também.

Baron Davis assinou seu contrato com o Los Angeles Clippers para teoricamente formar uma grande dupla com Elton Brand em sua cidade preferida. Acontece que o pivô se mandou para Philadelphia, o primo pobre de LA se afundou novamente e o armador ficou mais interessado em sua carreira de produtor cinematográfico do que entrar em forma para jogar. Foi trocado para o Cleveland Cavaliers, que, na verdade, só estava interessado, mesmo, na escolha de Draft que levaria no negócio, ganhando no futuro um Kyrie Irving de presente. No campeonato passado, acabou ocupando a vaga de Billups em Nova York, mas esteve longe de causar qualquer tipo de impacto em quadra, privado de sua explosão física. Nos mata-matas, acabou sofrendo uma grave lesão no joelho e não joga mais neste ano.

Já Arenas… Bem… Por onde começar? Após defecar no tênis dos companheiros (sim, isso mesmo) e quase começar um bangue-bangue no vestiário, ser indiciado criminalmente e cair bastante de produção devido a uma cirurgia no joelho e o tempo inativo, ele ainda convenceu seu amigo Otis Smith, ex-gerente geral do Magic, a apostar em seu talento. Não deu nada certo, embora tenha ficado amigo de Dwight Howard. Foi cortado antes do campeonato, treinou sozinho por um tempão e descolou uma vaguinha no Memphis Grizzlies. Sua presença como reserva de Mike Conley foi insignificante, no fim.

– Alas: Charlie Bell (Golden State Warriors), Brandon Roy (Portland Trail Blazers), Travis Outlaw (Brooklyn/New Jersey Nets), James Posey (Indiana Pacers), Ryan Gomes (Los Angeles Clippers) e Josh Childress (Phoenix Suns).
Em uma quase-palavra: “Aaaargh”. Quem dá mais?

Bell: já não estava jogando nada mesmo, foi preso dirigindo alcoolizado, armou um barraco e público e acabou demitido para o time se aventurar no mercado de agentes livres , mesmo sem ganhar tanto assim. Roy: um craque, mas cuja estado precário dos joelhos lhe forçou uma aposentadoria precoce – ele agora tenta reviver a carreira. Outlaw: assinou um contrato de US$ 7 milhões por temporada com o Nets que ninguém entendeu, foi cortado um ano depois e já foi recolhido do lixo pelo Kings por US$ 4 milhões anuais, e todos continuaram sem entender. Posey: não era nem sombra do defesor implacável dos tempos de Celtics e Grizzlies. Gomes: dispensado para o Clippers contratar o quarentão Grant Hill. Josh Childress: quando voltou da Grécia, onde defendeu o Olympiakos, esqueceu seu jogo por lá.

Andray Blatche

Torcida da capital já não aturava mais Blatche

Alas-pivôs: Andray Blatche (Washington Wizards) e Luis Scola (Houston Rockets).
Dois jogadores opostos em termos de pacote físico: enquanto Scola faz o máximo com o mínimo (lento correndo, impulsão quase nula, mais baixo do que a média da posição), Blatche poderia ser rápido e explosivo e pular razoavelmente, além de bater os 2,10 m de altura. Poderia, mas não que quisesse. O desgosto da torcida do Washingotn com sua falta de preparo físico e intensidade em quadra chegou a um extremo em que, a cada vez que pegava na bola durante a última temporada, era vaiado. A cada bola. Já Scola é uma aberração aqui. Na ânsia de contratar Dwight Howard ou Andrew Bynum ou Neymar, o clube texano simplesmente decidiu limpar o salário do craque argentino, que havia perdido um pouco de rendimento, mas aind é extremamente produtivo. Voi resgatado na hora pelo Phoenix Suns.

Pivôs: Darko Milicic (Minnesota Timberwolves), Brendan Haywood (Dallas Mavericks), Elton Brand (Philadelphia 76ers) e Chris Andersen (Denver Nuggets).
Os grandalhões bem pagos de sempre. Darko já nem eterna promessa é mais, o que não impedirá de assinar mais um contrato milionário este ano. Haywood é imenso, ainda apanha rebotes e protege o aro, mas nada que justifique seu salário de US$ 21 milhões que tinha de contrato com o Mavs para as próximas três temporadas – por um preço menor, o Bobcats topou. Elton Brand receberia US$ 18 milhões do Sixers este ano, mas o time da Filadélfia optou por seguir outro caminho – agora, US$ 2 milhões desse total ao menos serão bancados pelo mesmo Mavs. Andersen, outro jogador ainda produtivo, o cara mais tatuado da história da liga, 100% carisma e impulsão, já não se encaixava  mais na jovem e pulsante rotação de pivôs do Nuggets.

Algumas notas para entender isso direito:

– cada jogador dispensado fica por 48 horas em estado de “waiver”, período  no qual os clubes abaixo do teto salarial podem tentar sua contratação em uma espécie de leilão, fazendo seus lances para a direção da liga sigilosamente;

– a partir do momento que o clube contrata esse jogador, o valor de seu lance vencedor será deduzido do que a franquia que o dispensou tem a pagar de salários;

– uma vez recolhido o jogador, ele não pode ser trocado por seu treinador pelo menos até o final da temporada. Isto é, Haywood obrigatoriamente fica em Charlotte até o fim da campanha 2012-2013;

– o prazo para “anistiar” os jogadores nesta temporada se enceroru na terça-feira. Isso não impede os clubes de sispensarem mais nomes eventualmente nos próximos meses, mas o saleario deles ainda constará na folha de pagamento.

– se o jogador não for recrutado por ninguém durante a fase de leilão, vira um agente livre total no mercado, podendo negociar com quem quiser. E, não, por enquanto ninguém teve coragem de assumir o risco Blatche.


E o Knicks também disse “não” a Jeremy Lin
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Giancarlo Giampietro

Se vocês me permitem, vou retomar aqui as 11 vezes que Jeremy Lin ouviu muitas vezes a simples e mais chata resposta que existe: “não”, desde que resolveu que dava para ser jogador de basquete. São tópicos que publiquei na encarnação passada (para formar a seleção dos rejeitados da NBA 2011-2012, mas que encontraram alguma forma de seguir na liga):

Jeremy Lin no Houston Rockets

Jeremy Lin no Rockets? Por enquanto, só em chroma key do ano passado

“1) Nenhum sino-americano pode ser um jogador de basquete que se preze.

2) Nenhum bom jogador de basquete que se leve a sério escolheria Harvard na universidade;

3) Nenhum jogador de Harvard pode jogar na NBA;

4) Ok, ele foi chamado para jogar Summer League pelo Mavs, encarou o John Wall por alguns minutos de igual para igual, mas isso não quer dizer que ele seja um jogador de NBA de verdade;

5) Tá, ele conseguiu uma vaga no Golden State Warriors, mas era só um golpe de marketing dos novos proprietários do clube cientes da grande colônia asiática na Costa Oeste californiana.

6) Ele mal jogou em sua temporada de calouro, é só uma mascote, mesmo. Daqui a um ano vai estar na liga chinesa esquecido. Quando precisou, o Warriors não titubeou em dispensá-lo para tentar a contratação impossível de DeAndre Jordan;

7) Veja só. Mal o Houston Rockets o contratou, já o dispensou também, porque não compensava bancar seu salário mínimo quando o time precisava do reforço de Samuel Dalembert no garrafão e tinha até um Johnny Flynn como terceiro armador;

8) Em Nova York, os técnicos mal sabiam seu nome na hora de chamá-lo para o final do treino coletivo. Esteve a poucos dias de ser chutado pela terceira vez em menos de seis meses e só sobreviveu devido a uma lesão inesperada do novato Iman Shumpert e porque Mike Bibby, mesmo saudável, ainda perdia na corrida para Baron Davis em recuperação de uma hérnia. Claro, então, que ele não servia para nada.

9) Ele fez 53 pontos nos dois primeiros jogos como titular, mas foram confrontos com o Nets e Wizards. Quê? Deron e Wall? Coitados, só jogam com pangarés em seus times.

10) “Afemaria, ele fez 38 pontos, sete assistências e quatro rebotes contra o Kobe e o Lakers em rede nacional???”… Bem… Mas… Vai passar. Deixa só o Carmelo voltar. Voltou e foi vaiado no começo por tirar a bola das mãos do armador.

11) Sem o técnico Mike D’Antoni, ele não é nada. É só produto de um sistema que infla os números dos atletas.”

Linsanity na ÁsiaAí Lin lesionou o joelho e teve de abrir mão do restante da temporada. Estava mais ou menos recuperado para disputar o final da série contra o Miami Heat nos playoffs, mas optou e foi aconselhado a não voltar no sacrifício. Fecharam-se as cortinas, ele participou de algumas premiações, fez um pouco de farra, mas logo voltou para a Califórnia para trabalhar com seu velho técnico, enquanto não chegava a hora de negociar seu próximo contrato, sendo um agente livre restrito (qualquer clube poderia elaborar uma proposta, mas o Knicks tinha o direito de cobri-la).

Sabendo que tinha esse suposto trunfo em mãos, o clube nova-iorquino deixou que o mercado ditasse o valor do armador. Oooops: foi aí que abriram caminho para o endiabrado Daryl Morey, o padrinho dos nerds, compor uma oferta muito maldosa. No geral, algo em torno de US$ 24 milhões. Esmiucando, no entanto, vem o golpe: no terceiro ano, Lin ganharia aproximadamente US$ 15 milhões. Se fosse ‘só’ isso (para os padrões desse pessoal), talvez não houvesse problema. Mas, em 2014-15, o clube de Manhattan já estaria pagando uma fortuna para Carmelo Anthony, Amar’e Stoudemire, Tyson Chandler, Raymond Felton e os vovôs Jason Kidd e Marcus Camby (sim, os dois têm contrato de três temporadas). Colocando o salário do formando de Harvard na conta, a franquia teria de pagar multas por exceder a “o limiar da luxúria” – 😉 – de acordo com as regras da NBA. No fim, por baixo, Lin poderia custar uns US$ 40 milhões. E aí, pela primeira vez na história, Dolan resolveu pisar no freio.

O que eu penso disso?

Uma tremenda de uma bobagem.

Primeiro, o mais óbvio, por razões econômicas. Fora de Nova York, mesmo seu potencial de marketing pode cair consideravelmente. Mas o Knicks tinha tudo em mãos: um elenco forte que seguraria as pontas caso o jogador não atuasse conforme o esperado e, enquanto durasse qualquer fagulha da Linsanidade, ganharia aos tubos em acordos comerciais, venda de ingressos e sabe-se lá quantas mais fontes de renda para fazer um bom pé-de-meia e fechar a conta em 2015.

Capa da Time - Linsanity

Time também elegeu Lin uma das 100 personalidades mais importantes do mundo neste ano

Agora, dentro de quadra, os detratores do armador gostam realmente de dizer que tudo não se passou de mais um feitiço de D’Antoni. Que aquele patamar de fevereiro deste ano, em que teve 20,9 pontos, 8,4 assistências e 4 rebotes por jogo, com aproveitamento de 47% nos chutes de quadra em 35,1 (e, não nos esqueçamos altíssimos 5 erros por partida também). Em março, enquanto trombava com Carmelo e via D’Antoni se despedir, os números já não foram os mesmos, embora nem um pouco desprezíveis: 14,6 pontos, 6,3 assistências, 3,3 rebotes e 3,8 erros em 30,1 minutos.  Só não se esqueçam que Lin tem apenas 23 anos, é extramemente dedicado e sério e gosta de contrariar as pessoas.

“Honestamente, eu preferia ficar em Nova York. Mas meu princial pobjetivo no mercado era ir para um time que tivesse planos para mim e me quisesse”, afirmou o armador em entrevista ao site da Sports Illustrated. “Amo de morrer os torcedores de Nova York. O que Nova York fez por mim foi incrível e eu queria jogar para eles o resto da minha vida”, completou. Imagine a pressão para cima de Felton, Melo, JR Smith, Kidd e quem mais vestir o uniforme do Knicks na próxima temporada…

No Texas, o Rockets só queria uma estrela. Em termos de marketing, já a conseguiu. Pensando em produção, claro que ninguém sabe ao certo o quanto Lin pode render daqui para a frente, assim com o técnico Kevin McHale e o próprio Morey não podiam saber quando o mandaram embora em dezembro do ano passado. Dessa vez, porém, eles decidiram pelo “sim”.


Mercado da NBA: Panorama da Divisão Sudoeste
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Giancarlo Giampietro

O post já vai ficar imenso, então vamos direto ao assunto. Desde a quarta-feira, os clubes da NBA começaram a oficializar os acordos que trataram nos últimos dias, em período agitado no mercado de agentes livres. Nesta quinta, resumimos o Oeste. Veja o rolou em que cada franquia da Divisão Sudoeste se meteu, ou não, abaixo:

Dirk Nowitzki

Quem vai ajudar Dirk a sorrir?

Dallas Mavericks: que fase! Mark Cuban implodiu seu elenco campeão da NBA para reconstruir outra potência mais jovem. Com a retirada de Dwight Howard e Chris Paul do mercado e a opção de Deron Williams por seguir com o Nets, Dirk Nowitzki ficou de mãos abanando por enquanto, sem uma estrela ao seu lado. E piorou, já que Jason Kidd e Jason Terry se mandaram. De modo que o Mavs se vê em uma situação delicada: não se precipitar e pagar demais por jogadores medianos e, ao mesmo tempo, montar um time minimamente competitivo para não enfurecer o craque alemão. A contratação do pivô Chris Kaman, companheiro de seleção alemã de Nowitzki, por apenas um ano, tenta equacionar esse dilema. Update: outro reforço é o armador Darren Collison, do Indiana Pacers, ao lado do ala Danthay Jones. Eles chegam em troca do pivô francês Ian Mahinmi.

Houston Rockets: operação implosão. Pai supremo da comunidade nerdística da NBA, Daryl Morey cansou de ver seu time terminar como a melhor equipe não classificada para os playoffs e abriu o balcão de negócios. Trocou Kyle Lowry e Marcus Camby, trocaria sem problemas Kevin Martin e Luis Scola, liberou Courtney Lee e optou por não atender ao que Dragic pedia. Sem armador, sonda o baixinho Aaron Brooks para um possível retorno, enquanto Scott Machado não faz sua estreia na Summer League de Las Vegas. Há quatro novatos chegando – os alas Jeremy Lamb, Terrence Jones e Royce White e o ala-pivô lituano Donatas Motiejunas – que podem nem mesmo fazer parte do elenco daqui a dois dias, dado o insistente envolvimento do time nas negociações por Dwight Howard, não importando o suposto desprezo do pivô por seu clube.

Memphis Grizzlies: pagando uma nota para Zach Randolph, Rudy Gay, Marc Gasol e Mike Conley, não deu para segurar OJ Mayo, liberado. Ainda assim, o Grizzlies conseguiu duas contratações interessantes: não só mantiveram Marreese Speights, como renovaram também com Darrell Arthur, que passou a temporada lesionado. Os dois não são dos mais badalados, mas devem ajudar bastante saindo do banco de reservas, assim como Jerryd Bayless, que chega para a vaga de Mayo.

Nando De Colo

O talentoso Nando De Colo deve enfrentar Rajon Rondo mais algumas vezes

New Orleans Hornets: Anthony Davis, Anthony Davis, Anthony Davis. O time que passou uma no controlado pela NBA tirou a sorte (acreditem) grande no draft, contratando ala-pivô badalado por 100 em cada 100 scouts norte-americanos. Tem também o Ryan Anderson chegando em troca com Orlando, uma aquisição interessante que combina com Davis. Ariza e Okafor se foram para Washington, Jarret Jack, para Oakland, aliviando a folha salarial do clube. Deste modo, não devem hesitar em segurar Eric Gordon, mesmo que o chutador diga que seu coração pertence a Phoenix. Se optarem por sua saída, Austin Rivers, filho do Doc, ganha mais espaço.

San Antonio Spurs: Tim Duncan vai renovar por mais três temporadas. Danny Green idem. Boris Diaw por mais duas – o que não é a melhor notícia para Splitter, aliás. Na dela, em seu canto confortável, a franquia-modelo da NBA vai tocando a vida em frente, tentando esquecer a decepção pelo dolorido revés na final do Oeste. Um reforço é o ala-armador francês Nando De Colo, embora não seja muito clara qual função ele teria na equipe de imediato, uma vez que a rotação parece entupida. O mesmo raciocínio valeria para uma eventual contratação do esloveno Erazem Lorbek, um dos pivôs mais caros da Europa que não toparia se sentar no banco quietinho ao lado de DeJuan Blair, alguém já bem chateado.

Veja o que aconteceu até agora nas Divisões Noroeste e Pacífico.

Leste: veja o que aconteceu até agora nas Divisões Atlântico, Central e Sudeste.


Mercado da NBA: Panorama da Divisão Noroeste
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Giancarlo Giampietro

O post poderia ficar imenso, então vamos direto ao assunto. Desde a quarta-feira, os clubes da NBA começaram a oficializar os acordos que trataram nos últimos dias, em período agitado no mercado de agentes livres. Nesta quinta, resumimos o Oeste. Veja o rolou em que cada franquia da Divisão Noroeste se meteu, ou não, abaixo:

JaVale McGee enterra

JaVale McGee: um dos nomes mais promissores e temerosos ainda sem contrato

Denver Nuggets: o gerente geral Masai Ujiri trabalhou tanto desde que assumiu o cargo, considerando a troca de Carmelo Anthony e a renovação e posterior troca envolvendo Nenê, que merece um descanso por ora, mesmo. Ele tratou de segurar o armador Andre Miller, está negociando com JaVale McGee, mas por enquanto é só nas montanhas do Colorado. Não sabem se o francês Evan Fournier assina agora ou volta para a Europa por um tempo.

Minnesota Timberwolves: já falamos aqui sobre o estranho fetiche de David Kahn pela cidade de Portland, depois da proposta encaminhada para Nicolas Batum e um suposto acordo com Brandon Roy. Mas o Wolves também cruza fronteiras mais longínquas, tendo contratado o ala-armador Alexey Shved, um ótimo jogador que tem tudo para fazer uma bela dupla com Rubio. De resto, voltando a Portland, Kahn agora precisa decidir, mesmo, se vai investir pelo ala francês. De acordo com as contas dos matemáticos (não há ninguém com esse perfil aqui no QG 21), caso todos esses contratos passem, alguns jogadores precisarão ser dispensados ou trocados para limpar salário. Entre a turma dos cortes, podem esperar por Darko Milicic (que choque!) e Martell Webster.

Oklahoma City Thunder: apesar das quatro derrotas seguidas na final, respirando fundo, de cabeça fria, não resta muito o que fazer com esse elenco.  Sam Presti pode trocar algumas pequenas peças, mas a base já é forte o suficiente. O ala novato Perry Jones III tem um potencial incrível e encontrou talvez o melhor clube para se desenvolver, treinando com um Durant todos os dias. O russo Andrey Vorontsevich, ala-pivô versátil do CSKA, também foi sondado. Derek Fisher ainda não sabe se permanece.

Joel Freeland, seleção britânica e Portland

Joel Freeland chega com mais status

Portland Trail Blazers:e o Pacers não permitiu que o novo gerente geral Neil Olshey, homem que levou Chris Paul ao Clippers, contratasse o gigante Roy Hibbert, o time do Oregon se voltou adotar a revolução espanhola! Chegam o ala Victor Claver, do Valencia, e o pivô Joel Freeland, que é inglês, mas se formou como jogador no país ibérico e brilhou pelo Málaga nos últimos anos. Os dois chegam para compor o elenco inicialmente, mas têm potencial para produzirem logo de cara, ao lado do armador Damien Lillard ­– o pivô Meyers Leonard ainda não estaria pronto. O ponto mais importante do cartola, pensando em longo prazo, a ser resolvido é ponderar se considera Batum uma das principais peças do time para o futuro ao lado de LaMarcus Aldridge. Caso o Wolves confirme sua oferta, o salário será de jogador top.

Utah Jazz: com muitos jogadores jovens e promissores no elenco aliados a veteranos ainda bastante produtivos, não é preciso se precipitar. Daí o verão bem tranquilo por que passa a franquia. A única ação até o momento divulgada foi a troca de Devin Harris pelo ala Marvin Williams solidifica sua linha de frente, mas deixa o elenco sem um armador titular. Então alguma outra negociação vem por aí, e essa, sim pode chacoalhar: quem sabe algo envolvendo Al Jefferson ou Paul Millsap? Do contrário, caberia ao Jazz aguardar mais algumas peças caírem no mercado para escolher um armador-tampão para a próxima temporada.

Veja o que aconteceu até agora nas Divisões Sudoeste e Pacífico.

Leste: veja o que aconteceu até agora nas Divisões Atlântico, Central e Sudeste.


Mercado da NBA: Panorama da Divisão Pacífico
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Giancarlo Giampietro

O post já vai ficar imenso, então vamos direto ao assunto. Desde a quarta-feira, os clubes da NBA começaram a oficializar os acordos que trataram nos últimos dias, em período agitado no mercado de agentes livres. Nesta quinta, resumimos o Oeste. Veja o rolou em que cada franquia da Divisão Pacífico se meteu, ou não, abaixo:

Golden State Warriors: Mais um clube que se antecipou e tratou dos negócios pendentes que tinha já durante a temporada passada, ao trocar Monta Ellis por Andrew Bogut. O australiano agora passa por mais um período de reabilitação física e espera estar pronto para ser o primeiro pivô a defender de verdade o garrafão da franquia desde… Desde… Manute Bol? Na ala, o novato Harrison Barnes entra com muita coisa para provar, pegando a vaga de Dorrell Wright, que foi despachado para o Sixers. Outros dois calouros, o pivô Festus Ezeli e o ala Draymond Green, chegam com quatro anos de universidade nas costas e podem ajudar.

Los Angeles Clippers: É hora de bater na madeira. A franquia que sempre se sabotou ou foi atingida por muito azar acaba de renovar o contrato de Blake Griffin por mais cinco temporadas. Um dos pilares está garantido, o que leva a crer que é meio caminho andado para segurar Chris Paul. Chauncey Billups  já assinou por mais uma temporada, e Jamal Crawford está chegando. Tuddo isso mesmo que eles ainda não tenham um gerente geral e venham operando com uma tríade da qual faz parte o contestado técnico Vinny Del Negro, mantido no cargo.

Steve Nash, do Lakers

Steve Nash, agora do Lakers

Los Angeles Lakers: Enquanto Dwight Howard não deixar Orlando, não há nada definido para o Lakers também, principalmente em relação a Bynum e Gasol. Agora, o que é certo: por meses e meses, Jim Buss afirmou que o clube entraria num período de sustentabilidade. Que iriam maneirar nos gastos, administrar com responsabilidade. Bem, para aquele que tem o contrato particular de TV recordista da liga, parecia um discurso estranho. E bastou mais uma eliminação inconteste nos playoffs para os planos de gastos frugais ir para o espaço. Entra em cena Steve Nash, 38, com um contrato de três temporadas, que deixou muita gente perplexa na liga. Especialmente no…

Goran Dragic

Goran Dragic, novamente Sun

Phoenix Suns: Após oito temporadas, o Suns se despede de seu grande líder, talvez o principal jogador da história da franquia. Nash era o coração e cérebro da equipe. Devido a sua idade, no entanto, a diretoria de Robert Sarver decidiu que já não valeria investir no atleta de acordo com suas demandas (US$ 30 milhões por três temporadas). No fim, foi por um pouco menos disso que ele fechou com o Lakers, implorando para que o time do Arizona considerasse o negócio com os arquirrivais de modo que ficasse mais perto dos filhos em Phoenix. Após relutarem muito, aceitaram e seguiram em frente: Goran Dragic está apalavrado para retornar – legal redimir o erro, mas… que beleza, hein?! Com o esloveno listado, o novato Kendall Marshall pode se adaptar tranquilamente. Michael Beasley também vai chegar com a promessa de não ser tão lunático assim. E fica o impasse: o New Orleans Hornets vai, mesmo, segurar Eric Gordon? OJ Mayo e Shannon Brown seriam os planos alternativos, neste caso.

Sacramento Kings: É via Draft, mais uma vez, que o time tenta se reforçar. O ala-pivô Thomas Robinson caiu no colo do gerente geral Geoff Petrie no dia 28 de junho e pode formar uma dupla intimidadora com DeMarcus Cousins, rapaz que desceu o porrete durante os treinos da seleção olímpica dos EUA e deixou o Coach K tenso. Jason Thompson fez um novo contrato e também fará parte dessa rotação.

Veja o que aconteceu até agora nas Divisões Noroeste e Sudoeste.

Leste: veja o que aconteceu até agora nas Divisões Atlântico, Central e Sudeste.


Mercado da NBA: panorama da Divisão Atlântico
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Giancarlo Giampietro

O post já vai ficar imenso, então vamos direto ao assunto. A partir desta quarta-feira, os clubes da NBA começaram a oficializar os acordos que trataram nos últimos dias, em período agitado no mercado de agentes livres. Nesta quarta, resumimos o Leste. Confira o rolo em que cada franquia da Divisão do Atlântico se meteu, ou não, abaixo:

Boston Celtics: a casa do quinto brasileiro da liga, o pivô Fabrício Melo, draftado como um projeto de longo prazo de um time que joga para vencer agora. O chefão Danny Ainge cuidou bem para que tivesse bastante espaço em sua folha salarial neste mercado. Muitos esperavam uma drástica reformulação no elenco. No fim, ele manteve sua base, renovando contrato com Kevin Garnett e Brandon Bass e acertando o retorno de Jeff Green, que ficou afastado do último campeonato devido a uma cirurgia no coração. Ainda assim, o técnico Doc Rivers lamentou muito a traumática saída de Ray Allen, que decidiu se transferir simplesmente para os arquirrivais do Miami Heat. Os boatos dão conta de que o veterano ala já não se bicava com Rajon Rondo de modo algum e ainda estaria com o orgulho bastante ferido por ter sido envolvido em diversas negociações (fracassadas) de Ainge nos últimos meses.  Como compensação, chega o tresloucado e ainda eficiente Jason Terry, de Dallas.

Deron ficou no BrooklynBrooklyn Nets: O  gerente geral Billy King conseguiu segurar o armador Deron Williams, renovou com Gerald Wallac e trouxe o ala Joe Johnson em uma troca –o salário absurdo do ala pouco importa para o bilionário Mikhail Prokhorov e, mais importante, Williams admitiu durante os treinamentos com a seleção norte-americana que sua contratação pesou muito na decisão de ficar no Nets. O bósnio Mirza Teletovic, destaque no basquete espanhol nas últimas temporadas, também é reforço. Já é o bastante? Nada, King ainda está pendurado no telefone tentando encontrar algum meio de resolver a saga que virou a tentativa de contratar Dwight Howard.

New York Knicks: o time de Manhattan agora tem um vizinho barulhento nas fronteiras nova-iorquinas e  teve de se virar para se manter em evidência no mercado. Se a negociação por Steve Nash naufragou, o clube ao menos vai poder contar com os veteranos Jason Kidd e Marcus Camby em atividade no Madison Square Garden na próxima temporada, na tentativa de trazer estabilidade ao seu elenco. Os alas JR Smith e Steve Novak renovaram. Ah, e você se lembra do Jeremy Lin? O armador aceitou uma proposta do Houston Rockets, mas o Knicks tem o direito de renová-la, não importando que tenham de pagar zilhões de dólares em multas a partir de 2015. Afinal, ele já rendeu mais que zilhões de dólares para a franquia em menos de seis meses. Já o ala Landry Fields pode ser o queridinho de Spike Lee, mas nem James Dolan parece disposto a cobrir a oferta feita pelo…

Camby em sua primeira passagem pelo Knicks

Camby, há 10 anos, pelo Knicks

Toronto Raptors: Steve Nash frustrou muitos nova-iorquinos, mas partiu o coração dos radicais torcedores do Raptors, que sonhavam com sua contratação para que ele, enfim, vestisse o uniforme de Capitão Canadá.  Pior: na tentativa de detonar os planos do Knicks, Bryan Colangelo encaminhou proposta para Fields que deixou muita gente perplexa. Seu plano era sabotar as negociações dos concorrentes com o Phoenix Suns. Mal sabia ele que havia mais gente poderosa no páreo. Como consolação, o dirigente fechou a contratação de Kyle Lowry em sequência. Ele pode não ter o apelo de Nash, mas é mais jovem, marca muito mais e vem em evolução contínua na sua carreira. Ainda falta assinar com o jovem pivô lituano Jonas Valanciunas.

Philadelphia 76ers: era o último ano de contrato, valendo US$ 18 milhões, mas o Sixers decidiu que não valia esperar: resolveram anistiar o ala-pivô Elton Brand pra já, mesmo, limpando sua folha salarial ­– embora tenha ainda a obrigação de arcar com o pagamento do veterano – para investir em outros atletas, como o ala Nick Young e o pivô Spencer Hawes, que vai ganhar um aumento em sua renovação contratual. Por enquanto é isso, mas há uma tímida expectativa de que o time possa se movimentar mais nas próximas semanas.  O ala novato Moe Harkless é mais um atleta de primeiro nível para o elenco.

Veja o que aconteceu até agora nas Divisões Central e Sudeste.

Na quinta, passamos a limpo aqui a Conferência Oeste.