Vinte Um

Arquivo : Billups

Mercado da Divisão Central: Chicago Bulls é um agito que só
Comentários Comente

Giancarlo Giampietro

dwyane-wade-bulls-market

A segunda grande bomba do mercado: Wade no Bulls

As equipes da NBA já se comprometeram em pagar algo em torno de US$ 3 bilhões em novos contratos com os jogadores, desde o dia 1º de julho, quando o mercado de agentes livres foi aberto. Na real, juntos, os 30 clubes da liga já devem ter passado dessa marca. Cá entre nós: quando os caras chegam a uma cifra dessas, nem carece mais de ser tão preciso aqui. Para se ter uma ideia, na terça-feira passada, quarto dia de contratações, o gasto estava na média de US$ 9 mil por segundo.

É muita grana.

O orçamento da liga cresceu consideravelmente devido ao novo contrato de TV. O teto salarial subiu junto. Se, em 2014, o teto era de US$ 63 milhões, agora pode bater a marca de US$ 94 milhões. Um aumento de 50%. Então é natural que os contratos acertados a partir de 1o de julho sejam fomentados desta maneira.

>> Não sai do Facebook? Curta a página do 21 lá
>> Bombardeio no Twitter? Também tou nessa

Vem daí o acordo acachapante fechado entre Mike Conley Jr. e Memphis Grizzlies, de US$ 152 milhões por cinco anos de duração, o maior já assinado na história. Na média anual, é também o mais caro da liga. O que não quer dizer que o clube o considere mais valioso que Durant e LeBron. É só que Robert Pera concordou em pagar ao armador o máximo que a franquia podia (no seu caso, com nove anos de carreira, 30% do teto salarial), de acordo com as novas regras do jogo.

Então é isto: não adianta ficar comparando o salário assinado em 2012 com os de agora. Se Stephen Curry, com US$ 12 milhões, ganha menos da metade de Conley, é por cruel e bem particular conjuntura. Quando o MVP definiu seu vínculo, estava ameaçado por lesões aparentemente crônicas e num contexto financeiro com limites muito mais apertados. Numa liga com toda a sua economia regulamentada, acontece.

O injusto não é Kent Bazemore e Evan Turner ganharem US$ 17 milhões anuais. O novo cenário oferece isso aos jogadores. O que bagunça a cabeça é o fato de que LeBron e afins não ganham muito mais do que essa dupla, justamente por estarem presos ao salário máximo. Esses caras estão amarrados de um modo que nunca vão ganhar aquilo que verdadeiramente merecem segundo as regras vigentes, embora haja boas sugestões para se driblar isso.

Feito esse registro, não significa que não exista mais o conceito de maus contratos. Claro que não. Alguns contratos absurdos já foram apalavrados. O Lakers está aí para comprovar isso. Durante a tarde de sexta-feira, recebi esta mensagem de um vice-presidente de um dos clubes do Oeste, envolvido ativamente em negociações: “Mozgov…  Turner…  Solomon… Sem palavras”. A nova economia da liga bagunça quem está por dentro também. As escorregadas têm a ver com grana, sim, mas pondo em conta o talento dos atletas, a forma como eles se encaixam no time, além da duração do contrato.

Então o que aconteceu de melhor até aqui?

Bem, o que podemos dizer que a NBA definitivamente não é a mesma desde o encerramento da temporada passada. Já está muito looooonge de sua versão 2015-16, a começar pela estarrecedora transferência de Kevin Durant para o Golden State Warriors, algo que já causou e ainda pode causar muito impacto na vida de muita gente da liga.

Para constar: o blog ficou um pouco parado nas últimas semanas por motivo de frila, mas a conta do Twitter esteve bastante ativa (há muita coisa que entra lá que não vai se repetir aqui). De qualquer forma, também é preciso entender que, neste período de Draft e mercado aberto, a não ser que você possa processar informações como um robô de última geração como Kevin Pelton, do ESPN.com,  o recomendável não é sair escrevendo qualquer bobagem a cada anúncio do Wojnarowski no Vertical. Uma transação de um clube específico pode ser apenas o primeiro passo num movimento maior, mais planejado. A contratação de Rajon Rondo pelo Chicago Bulls no final de semana muda de figura quando o clube surpreende ao fechar com Dwyane Wade, por exemplo. No caso, fica ainda pior.

Agora, com mais de dez dias de mercado, muita coisa aconteceu, tendo sobrado poucos agentes livres que realmente podem fazer a diferença na temporada, deixando o momento mais propício para comentários.

LeBron ainda não assinou nada, mas ele já disse que não sai de Cleveland, e o discurso tem sido repetido por seu agente quando os outros clubes o procuram, talvez intrigados pela demora no acerto. De resto, temos os seguintes atletas disponíveis por aí: JR Smith (que deve renovar com o Cavs também), Donatas Motiejunas (incógnita, por causa das costas), Terrence Jones (incógnita, por causa da cabeça e do coração), Dion Waiters (boa sorte), Lance Stephenson (idem), Jordan Hill, David Lee… Enfim, deu para sacar. Sullinger é um cara em que talvez valha a aposta, confiando que ele vá se manter em forma. Maurice Harkless, do Portland, é outro. Mas o futuro de nenhuma franquia depende dessas contratações.

Então, vamos lá, em duas partes, começando pelo Leste e pela Divisão Central:

– Chicago Bulls

Rondo vai se comportar em Chicago? É sua quarta cidade em três anos

Rondo vai se comportar em Chicago? É sua quarta cidade em três anos

Quem chegou: Dwyane Wade, Rajon Rondo, Robin Lopez, Jerian Grant, Denzel Valentine.
Quem saiu: Derrick Rose (Knicks), Joakim Noah (Knicks), Pau Gasol (Spurs), Mike Dunleavy Jr. (Cavs), Justin Holiday (Knicks), E’Twaun Moore (Pelicans), Cameron Bairstow (Pistons).
Quem chegou e saiu logo depois: José Calderón (Lakers) e Spencer Dinwiddie.

É… A gente mal se acostumou ainda com a ideia de que Kevin Durant não vai mais jogar ao lado de Russell Westbrook, Pat Riley resolve fazer jogo duro com Dwyane Wade, e o cara se manda para Chicago. A gente poderia dizer que ele jogaria em casa, em sua cidade natal. Mas soa errado usar esse termo, não? Pelo menos depois do tanto de identificação que Wade construiu em Miami. Então essa ideia de casa, agora, fica no mínimo confusa.

Sobre a saída traumática da Flórida e como as coisas chegaram a esse ponto, o assunto precisa de um texto maior. Aqui, vamos nos concentrar sobre o que sua chegada representa para o Bulls. Primeiro de tudo, dá a entender que a franquia jamais imaginava que seria possível fechar com o astro. Sua contratação tem mais a ver com uma vingança de Wade contra Riley do que com um desejo/plano do clube ou mesmo do atleta. Criatividade e flexibilidade são bem-vindas na NBA. O clube, porém, parece estar agindo muito mais de improviso, com remendo. Se a era Derrick Rose-Joakim Noah ficou para trás, o projeto de reformulação também não foi ativado.

E aí sobram questões. A principal delas: se tivesse a mínima suspeita de que seria possível um acordo com um jogador dessa magnitude – mas já bem distante de seu auge –, John Paxson e Gar Forman teriam concordado  em assinar com Rajon Rondo? A segunda: teria feito um esforço maior para renovar com Pau Gasol? Se é para escalar Dwyane Wade no seu quinteto inicial, sua pretensão, em tese, é de competir agora. Para isso, você precisaria de bons arremessadores em quadra. Gasol ajudaria muito no primeiro quesito. Rondo só atrapalha no segundo. Então… Era o caso mesmo de trazer esse futuro membro do Hall da Fama? Sem dúvida ele vai atrair público e mídia. Mas e se for apenas para um circo?

Se Fred Hoiberg idealiza um sistema com a bola girando de um lado para o outro para definições rápidas, com espaçamento, o elenco que a dupla Paxson-Forman vai lhe entregar não poderia ser mais incongruente ao formar um trio com Rondo, Wade e Jimmy Butler. Na temporada passada, com 36,5% de acerto, Rondo teve a melhor pontaria entre os três, o que diz muito. Mas o pior é pensar na movimentação do ataque. Antes de o torcedor mais fanático do Bulls sair disparando por aí as médias de assistências do trio, estamos falando de três caras que retêm demais a bola e tendem a fazer apenas o passe final. Mais uma prova sobre como os números não contam toda a história.
Temos aqui um caso clássico de diretoria que foi atrás de nomes, em vez de peças que se complementem. Se tudo leva a crer que a combinação desses três jogadores em quadra será muito complicada, o que esperar então da química no vestiário? Desde já, logo após o Warriors de Kevin Durant, o Bulls já pode ser considerado o segundo time mais fascinante para se acompanhar na próxima temporada. Os setoristas do Bulls devem se preparar para uma montanha-russa. Nikola Mirotic e Doug McDermott também serão bastante exigidos.
Nesse contexto complicado, mesmo aquilo que já escrevi sobre os jogadores que vieram no pacote por Rose está comprometido. Robin Lopez tem agora a chance de brigar pelo prêmio de melhor reboteiro, porque haja bico. As oportunidades que teve para subir com seu lento, mas eficiente gancho em Nova York também serão reduzidas – por falta de toques na bola e também pelo aperto da quadra. Já a promessa Jerian Grant está relegada ao banco, se tanto.

Comparando com seus quatro concorrentes de divisão, vemos como o Chicago foi provavelmente o que mais agitou nas últimas semanas. Nada menos que nove atletas se mandaram, incluindo um Calderón que nem mesmo posou para foto com a camisa da equipe. Resta saber se dessa hiperatividade toda vai sair o caos ou se, por um milagre, Rondo, Wade e Butler vão encontrar um meio de conviver em paz.

– Cleveland Cavaliers

Diga ao povo de Cleveland que Richard Jefferson fica

Diga ao povo de Cleveland que Richard Jefferson fica

Quem chegou: Mike Dunleavy Jr e Kay Felder (*).
Quem ficou: Richard Jefferson.
Quem saiu: Matthew Dellavedova (Bucks) e Timofey Mozgov (Lakers).

Vamos considerar que logo mais LeBron e JR terão seus contratos renovados. Ponto.

Mozgov foi banido da rotação por Tyronn Lue e não fez falta nenhuma na campanha pelos playoffs, com a rotação interior sendo dominada por LeBron, Love, Thompson e Frye. Para a próxima temporada, o time talvez ainda precisa de um protetor de aro, mas não havia como nem chegar perto da grana que o Lakers deu para o russo. A ver como eles vão lidar com essa lacuna. Não que seja um tópico desesperador para os atuais campeões.

Matthew Dellavedova fará mais falta em longo prazo, devido a sua intensidade defensiva, entrando em quadra pra compensar a passividade frequente de Kyrie Irving – a ver se o título e a sensação de competir com Steph Curry nas finais empurra o talentosíssimo armador a outro patamar em termos de dedicação. Fará falta também do ponto de vista de química no vestiário. Mas é outro que ficou muito valorizado no mercado. O risco aqui é depender de Mo Williams como reserva de Irving. Não que ele ainda não tenha jogo para conduzir uma segunda unidade por 15 minutinhos. O problema é físico (e também defensivo). Aí que precisa ver se o calouro Kay Felder pode entrar nessa disputa.  O baixinho, que, se não me engano, ainda não assinou contrato, vai ser testado na liga de verão de Vegas nos próximos dias. É um prospecto interessante, que tem como comparação mais próxima Isaiah Thomas, do ponto de vista de tamanho e velocidade. Tem menos habilidade com a bola, mas é ainda mais atlético. A conferir.

Em termos de liderança e figura exemplar no dia a dia, ao menos Lue foi agraciado com a mudança de opinião de Richard Jefferson, cuja aposentadoria não durou nem 24 horas. Agora tem uma coisa: por mais que o veterano ala tenha sido um surpreendente trunfo nas finais, não dá para imaginar que ele terá o mesmo impacto em quadra durante um campeonato inteiro aos 36 anos. Uma coisa é se atirar ao chão feito maluco em uma série melhor-de-sete. Outra, por 82 partidas. Nesse sentido, a adição de Dunleavy, num presentão de Chicago – já que não custou nada –, é bastante valiosa. O Cavs ganha mais um jogador maduro e produtivo. O bônus? É um ótimo chutador para deixar a quadra ainda mais espaçada para LeBron operar. O ala, por sinal, era um alvo antigo de LBJ.

O Cavs ainda é disparado o melhor time do Leste. Isso não é problema. A curiosidade fica apenas para ver se vão procurar alguma troca como reação ao acordo firmado entre Durant e o Warriors. Se fosse Kevin Love, ainda não me acostumaria assim com a ideia de que Cleveland virou casa.

– Detroit Pistons

SVG reforça seu banco. Ish Smith é um tampinha isolado em meio a grandões

SVG reforça seu banco. Ish Smith é um tampinha isolado em meio a grandões

Quem chegou: Henry Ellenson, Jon Leuer, Ish Smith, Michael Gbinije, Cameron Bairstow e Boban Marjanovic.
Quem ficou: Andre Drummond.
Quem saiu: Anthony Tolliver (Kings), Jodie Meeks (Magic) e Spencer Dinwiddie (Bulls).

Hã… Legal que tenham cuidado da renovação de Drummond o mais rápido possível. Bacana demais para o time que um talento como Ellenson tenha derrapado até a 18ª posição do Draft. O calouro tem um jogo de frente para a cesta que, se desenvolvido da melhor forma, pode se tornar um complemento perfeito para seu franchise player. Tá. Mas considerando que o clube já tinha Marcus Morris e Tobias Harris como opções de stretch fours, além de um reserva produtivo como Aron Baynes, é muito difícil de entender a contratação de mais três grandalhões para a rotação.

Especialmente no caso de Marjanovic, bota grandalhão e ponto de interrogação nisso. O gigante sérvio era um agente livre restrito e  assinou por US$ 21 milhões e três anos – não havia como o Spurs cobrir essa proposta. Então o que SVG pretende fazer com ele? Será promovido imediatamente ao posto de reserva de Drummond? E Baynes, que mal acabou de terminar seu primeiro ano de contrato? Será trocado? De tantos clubes que poderiam procurá-lo, jamais poderia supor que o Detroit faria a melhor oferta.

Sobre Leuer: não há dúvida de que ele fez um ótimo campeonato pelo Phoenix Suns. Foi dos poucos pontos positivos em uma campanha sofrível do clube do Arizona. Merecia um bom aumento para quem ganhava pouco mais de US$ 1 milhão. Daí a pagar US$ 42 milhões por quatro anos parece um exagero. Meeeeesmo Na Nova Economia da NBA (era melhor adotar uma sigla já para isso). Será que tinha tanta gente apinhada assim para oferecer um contrato destes? Leuer vai ter oportunidade para fazer valer o investimento? Ele arremessa bem de frente para a cesta, pode cortar bem num pick and roll, mas não é exatamente um terror para as defesas, até por não ser um grande passador. Em sua carreira, ele acumulou apenas 171 assistências em 243 partidas. . Jogando ao lado de Drummond, sua movimentação lateral também seria testada contra alas-pivôs mais ágeis. Não parece ser alguém bom o bastante para ser titular numa equipe com pretensões de avançar nos playoffs. Mais de US$ 10 milhões anuais é o novo preço de um reserva?

O que dizer, então, de Bairstow? O australiano, que virá para o #Rio2016, terá dificuldade para ficar no elenco, que veio em troca por Dinwiddie. É um cara que joga duro, inteligente, mas muito limitado do ponto de vista atlético.

Para o banco, Ish Smith parece ótima pedida, acelerando o ataque do Pistons nos momentos de descanso de Reggie Jackson. Dependendo do adversário, os dois também podem jogar juntos, desde que Jackson arremesse com com consistência de longa distância. Aos 24 anos, sendo uma das apostas nigerianas para os Jogos Olímpicos, o versátil Gbinije é um novato bem mais velho que a média e pode eventualmente ganhar espaço no banco.

– Indiana Pacers

Teague vai acelerar o Indiana. (Mas Nate McMillan é o técnico indicado?)

Teague vai acelerar o Indiana. (Mas Nate McMillan é o técnico indicado?)

Quem chegou: Jeff Teague, Thaddeus Young, Al Jefferson, Jeremy Evans e Georges Niang (*).
Quem saiu: George Hill (Jazz), Ian Mahinmi (Wizards) e Solomon Hill (Pelicans).

Já escrevi sobre as adições de Teague e Young. Larry Bird enfim deve ver o Indiana correndo mais, com jogadores bastante velozes e criativos para suas posições ao redor de Paul George. Teague deve tornar a vida do astro bem mais fácil no ataque, botando pressão nas defesas. Young deixa a linha de frente flexível. Foram excelentes contratações – ainda que considere o encaixe com Monta Ellis um tanto suspeito: o ideal seria encontrar um novo destino para esse pouco eficiente cestinha.

Se o intuito era acelerar geral, a contratação de Al Jefferson já parece deslocada, mesmo que ele vá receber menos que Leuer pelos próximos três anos (US$ 30 milhões). Pensando melhor, porém, o Big Al oferece ao técnico Nate McMillan uma segunda via ofensiva, para jogos mais truncados. Se as costas e os joelhos permitirem, o pivô ainda pode ser uma referência esporádica de costas para a cesta, com sua munheca invejável e um repertório ainda considerável de movimentos.

Ainda assim, é curioso que o clube tenha deixado Mahinmi sair, depois do tanto que o francês evoluiu nos últimos dois anos, segurando as pontas na defesa, sem que a saída de Roy Hibbert surtisse efeito nenhum. Pedir proteção de aro e cobertura para Jefferson seria uma piada cruel. O que dá para imaginar então? Que o jovem Myles Turner vai ser bastante exigido como patrulheiro no garrafão. Não está claro que apenas um ano de experiência tenha sido o suficiente para ele, em termos de bagagem tática para arcar com uma responsabilidade dessa. Lembrando que a equipe já vai perder a contenção de George Hill na primeira linha de marcação.

Niang é um caso semelhante ao de Gbinije: calouro, mas bastante rodado. Terá basicamente um ano, com contrato garantido, para provar que é jogador de NBA. Para isso, vai ter de brigar por espaço com Glenn Robinson III (que vem evoluindo gradativamente, vale ficar de olho) e o veterano Jeremy Evans, que também não se achou em Dallas.

Antes de tudo, fica a dúvida também para saber se McMillan é o treinador indicado para conduzir essa mudança de estilo. Em Seattle e Portland, seus times estavam entre os mais lentos e controlados da liga.

– Milwaukee Bucks

Entra Delly, sai Bayless na rotação de Kidd

Entra Delly, sai Bayless na rotação de Kidd

Quem chegou: Matthew Dellavedova, Mirza Teletovic, Thon Maker e Malcom Brogdon.
Quem saiu: Jerryd Bayless (Sixers), Greivis Vasquez (Nets), OJ Mayo, Damian Inglis, Johnny O’Bryant.

Discretamente, o Bucks se reforçou muito bem. Enquanto a NBA inteira se concentra em fazer piadas sobre a idade do calouro Thon Maker, o gerente geral John Hammond (*) deu uma boa força a Jason Kidd ao adicionar dois atletas experientes e excelentes nos arremessos de longa distância como Teletovic e Delly, suprindo a maior carência do elenco, enquanto Giannis Antetokounmpo e Jabari Parker ainda encontram dificuldades no assunto. Como se não bastasse, a dupla também contribui com experiência.

(*O asterisco aqui é para dizer que não dá para saber se o gerente geral nominal ainda está dando as cartas, ou se Jason Kidd é quem tem a decisão final, mesmo. Emulando o que o Golden State Warriors fez com Bob Myers, a franquia já contratou o ex-agente Justin Zanik, que estava em Utah, para ser o seu substituto em 2018, quando Hammond será deslocado para uma posição de consultor.)

Se Giannis vai realmente começar o campeonato como o armador do time, faz todo o sentido ter o australiano ao seu lado, para ajudar na condução e também para marcar o baixinho do outro lado, tal como ele fazia ao lado de LeBron James. Foi uma grande sacada, mesmo que o preço seja salgado (US$ 38 milhões por quatro anos). Teletovic já trabalhou com Kidd em Brooklyn e vai ter a vantagem de jogar ao lado de alas bastante atléticos e polivalentes, que lhe podem dar cobertura na defesa. Custou bem menos que Leuer ao Pistons, o que não dá para entender (US$ 30 milhões por três anos).

Enquanto os jogos de verdade não começam, a liga toda se diverte com Maker, que é praticamente um apátrida (sua família emigrou do Sudão quando ele era criança, indo para a Austrália – que é o país que ele pretende representar internacionalmente. De lá, já como prospecto, ele se mudou para o Canadá e, depois, para os Estados Unidos). Milwaukee causou espanto ao usar a décima escolha do Draft no pivô, que tem 2,16m, é mais uma aberração atlética, mas sem experiência nenhuma em competições minimamente organizadas, vindo direto das prep schools americanas. Em suas primeiras partidas, mostrou como está cru, mas também apanhou dezenas de rebotes e deu alguns tocos impressionantes. Se fosse apenas isso, tudo bem. Três anos atrás, Hammond apostou em um talento cru como Antetokounmpo, que estava na Segundona da Grécia, e deu no que deu. O que pega é que, em vez de 19 anos, o pivô poderia ter até mesmo 23 anos, segundo especulações que vêm de Perth, na Austrália. Daí o bafafá.

***Receba notícias de basquete pelo Whatsapp***
Quer receber notícias de basquete no seu celular sem pagar nada? 1) adicione este número à agenda do seu telefone: +55 11 96572-1480 (não esqueça do “+55”); 2) envie uma mensagem para este número por WhatsApp, escrevendo só: oscar87


Tim Duncan destoa de velhinhos e pode igualar marca histórica de Abdul-Jabbar nas finais
Comentários Comente

Giancarlo Giampietro

O eterno Duncan

Duncan eterno: a chance de ser MVP de uma final 14 anos depois

Muitos velhinhos começaram a temporada da NBA beirando ou ultrapassando a casa de 40 anos. Poucos deles chegaram aos playoffs inteiros e com relevância em suas equipes. Enquanto isso, Tim Duncan, de alguma forma, segue arrebentando pelo San Antonio Spurs, desafiando qualquer lógica, ou, pelo menos, o padrão apresentado por seus contemporâneos.

O torcedor do New York Knicks sabe muito bem do que estamos falando, né? Durante o ano, Jason Kidd, Rasheed Wallace, Kurt Thomas e Pablo Prigioni deram sua contribuição para a primeira campanha decente da equipe desde a saída de Jeff Van Gundy no início da década passada. Chegaram os playoffs, e Sheed e Thomas estavam fora de ação, assim como Marcus Camby, que mal foi para quadra no campeonato. Jason Kidd terminou os mata-matas com dez jogos seguidos sem fazer nenhuma cesta, tendo marcado apenas 11 pontos no total em duas séries – não à toa resolveu encerrar sua carreira no fim de semana passado. Prigioni, vai saber, talvez só tenha aguentado o tranco por ter sido guardado por um bom tempo à sombra do recém-aposentado. Melancólico.

Ainda assim, o Knicks passou na primeira rodada pelo Boston Celtics de Paul Pierce e Kevin Garnett, que alternaram bons e maus momentos no confronto, sendo muito mais relevantes que os adversários anciões, mas não tiveram forças para abrir mais uma longa campanha na fase decisiva. Assim como seu arquirrival Los Angeles Lakers, que mal pôde usar um Steve Nash todo arrebentado e teve de assimilar uma varrida pelo Spurs, sendo que Kobe Bryant acompanhava tudo de casa.

Tim Dunk, dãr

Duncan dá suas machadadas ainda

No Miami Heat, Ray Allen, que era aparentemente incansável, viu seu aproveitamento de três pontos despencar desde o confronto com o Chicago Bulls, acertando apenas 30,8% contra o Indiana Pacers, uma heresia considerando seu currículo. Rashard Lewis só sai do banco quando o jogo está decidido. Juwan Howard é mais um assistente técnico do que um pivô da equipe.

Enfim, tudo isso poderia servir como bom argumento para um artigo que discutiria o quanto vale, hoje, investir seriamente nesses quarentões ou quase na NBA superatlética de hoje, com um calendário ainda muito desgastante, não importando muito os voos fretados e mimos oferecidos pelos clubes. São jogadores que te ajudam no começo, mas, se forem muito exigidos durante a campanha, te deixam na mão na hora do vamos ver. Há uma tese a ser defendida aí, não?

Pois é.

Não fosse Duncan e seu San Antonio Spurs.

“Estou muito focado em mais uma oportunidade de conquistar outro campeonato, tentando vencer”, afirma o nativo das Ilhas Virgens. “Não estou preocupado sobre o quão velho eu sou ou qualquer coisa perto disso.”

E por que Duncan deveria estar preocupado com seus 37 anos?

Quando você olha para o pivô em quadra, é claro que tem diferença para aquele que entrou na liga em 1997 já destinado a entrar no Hall da Fama. Embora Duncan nunca tenha sido celebrado como uma aberração física como Kevin Garnett (mais veloz e explosivo), sempre foi um jogador com uma coordenação absurda para alguém de seu tamanho, o que já é uma capacidade atlética em si. Esse controle motor ainda está lá, mas com algumas limitações em seus movimentos. Tudo sai de modo um pouco mais custoso perto da cesta. Na verdade, hoje ele opera muito mais de média distância, na cabeça do garrafão, do que no auge, quando dominava com facilidade os adversários de costas para a cesta, ainda que pudesse atacar frontalmente sem problema algum.

Duncan light

Um Tim Duncan mais light em 2013

Sua vantagem, no entanto, é que seu basquete sempre pendeu mais para seus recursos técnicos e seu domínio tático do jogo. O cara não ganha o apelido de Big Fundamental por qualquer bobagem. Arremessos de média distância buscando o quadradinho em ângulos improváveis. Os ganchos de esquerda e direita, o jogo de pés criativo e eficiente, girando para todos os lados. O tempo perfeito para tocos e rebotes, a capacidade de recolher a bola fora de seu espaço – e sua loooonga envergadura não faz mal nenhum aqui. A capacidade tanto para executar como para receber os passes picados, de costas ou os passes mais simples e ainda mais importantes, devido a suas mãos gigantes e maleáveis. Enfim, o pacote completo, de modo que até poderia parecer injusto.

Mas essas coisas você não conquista apenas por talento natural. Tem de trabalhar bastante para atingir um determinado nível e flertar com ou, no seu caso, atingir a excelência. E Duncan segue dando duro, sem se importar com todas as suas condecorações: melhor jogador universitário em 1997, novato do ano da NBA em 1998, 14 vezes no All-Star Game, MVP das finais da NBA em 1999, 2003 e 2005, MVP da NBA em 2002 e 2003. Tetracampeão. “Ele é o maior ala-pivô de todos os tempos”, diz Chauncey Billups. “Seu retrospecto só mostra como o basquete de verdade prevalece. O basquete de fundamentos, eficiente, cerebral ainda é o jeito certo para se jogar.”

Para se manter relevante, Duncan afirma ter perdido cerca de 12 kg durante as férias, para ganhar agilidade. “Eu meio que mudei minha dieta no verão mais do que tudo. Nos últimos anos, meu jogo caiu um pouco e mudou. Mas eu não estava pronto para permitir isso, para deixar rolar. Pensei que se eu me tornasse mais leve, poderia diminuir a dor no meu corpo e ter uma temporada melhor”, afirmou.

As Torres Gêmeas do Spurs

Torres Gêmeas com Robinson enfim campeão e Duncan MVP lá em 1999

Parece que deu certo. Eleito para o primeiro quinteto da temporada, com um desempenho incrível, o veterano tem agora médias de 17,8 pontos e 9,2 rebotes 2,1 assistências, 1,7 toco. “Ele está jogando de modo incrível. Não sei se muitas pessoas na sua idade já fizeram isso na história da NBA”, disse Tony Parker. É difícil encontrar algo parecido, mesmo. Fazendo uma breve pesquisa, chegamos a um certo Kareem Abdul-Jabbar, que, aos 37, teve médias de 21,9 pontos, 8,1 rebotes, 4 assistências e 1,9 toco. Afe. Mas olha o nível sobre o qual estamos falando, né?

Abdul-Jabbar, aliás, evoca uma façanha que Duncan pode repetir neste ano. Ainda que LeBron esteja do outro lado, que Parker seja hoje a principal arma do Spurs, seu companheiro tem chances de ser o MVP das finais novamente, não? O mítico pivô do Bucks e Lakers conseguiu ser eleito melhor jogador de duas decisões separadas por 14 anos (1971 e 1985). Duncan ganhou esse troféu em 1999. De lá para cá, são precisamente 14 anos de intervalo.

Não que ele se importe com qualquer coisa nessa linha. “Estou muito concentrado em outra oportunidade de conquistar outro campeonato. Já fomos descartados por muitos anos, e hoje parece que não jogamos as finais há uma eternidade”, afirma o jogador.

Na verdade, são apenas seis anos desde que eles disputaram e ganharam o título de 2007, quando seu time superou o Cavs de um jovem LeBron James. De eterno, mesmo, para Duncan, apenas o seu jogo.


Conheça os 15 jogadores “anistiados” da NBA
Comentários Comente

Giancarlo Giampietro

Desculpem o trocadilho, mas é inevitável: boa parte destes aqui nem a Anistia Internacional deve defender. Pá-pum, o Vinte Um recapitula os 15 jogadores que já foram  alvos da chamada “cláusula de anistia” da NBA, à qual os clubes da liga podem recorrer para tirar de sua folha salarial um contrato indesejado, embora ainda sejam obrigados a pagar o prometido ao atleta:

Gilbert Arenas x Baron Davis

Arenas e Davis já foram mais felizes

Armadores: Gilbert Arenas (Orlando Magic), Baron Davis (Cleveland Cavaliers) e Chauncey Billups (New York Knicks)
São três jogadores com passagem pelo All-Star Game, que assinaram contratos gigantescos e supostamente liderariam seus clubes no auge de suas carreiras a campanhas de sucesso nos playoffs. No caso de Billups, deu certo, e fica até injusto listá-lo ao lado dos outros dois figuras. Campeão em 2004 pelo Detroit Pistons, MVP das finais daquele ano, ele só foi dispensado pelo Knicks no ano passado porque o clube vislumbrou a possibilidade de contratar Tyson Chandler – tanto que, prontamente, ele foi contratado pelo Los Angeles Clippers, pelo qual vai jogar a próxima temporada também.

Baron Davis assinou seu contrato com o Los Angeles Clippers para teoricamente formar uma grande dupla com Elton Brand em sua cidade preferida. Acontece que o pivô se mandou para Philadelphia, o primo pobre de LA se afundou novamente e o armador ficou mais interessado em sua carreira de produtor cinematográfico do que entrar em forma para jogar. Foi trocado para o Cleveland Cavaliers, que, na verdade, só estava interessado, mesmo, na escolha de Draft que levaria no negócio, ganhando no futuro um Kyrie Irving de presente. No campeonato passado, acabou ocupando a vaga de Billups em Nova York, mas esteve longe de causar qualquer tipo de impacto em quadra, privado de sua explosão física. Nos mata-matas, acabou sofrendo uma grave lesão no joelho e não joga mais neste ano.

Já Arenas… Bem… Por onde começar? Após defecar no tênis dos companheiros (sim, isso mesmo) e quase começar um bangue-bangue no vestiário, ser indiciado criminalmente e cair bastante de produção devido a uma cirurgia no joelho e o tempo inativo, ele ainda convenceu seu amigo Otis Smith, ex-gerente geral do Magic, a apostar em seu talento. Não deu nada certo, embora tenha ficado amigo de Dwight Howard. Foi cortado antes do campeonato, treinou sozinho por um tempão e descolou uma vaguinha no Memphis Grizzlies. Sua presença como reserva de Mike Conley foi insignificante, no fim.

– Alas: Charlie Bell (Golden State Warriors), Brandon Roy (Portland Trail Blazers), Travis Outlaw (Brooklyn/New Jersey Nets), James Posey (Indiana Pacers), Ryan Gomes (Los Angeles Clippers) e Josh Childress (Phoenix Suns).
Em uma quase-palavra: “Aaaargh”. Quem dá mais?

Bell: já não estava jogando nada mesmo, foi preso dirigindo alcoolizado, armou um barraco e público e acabou demitido para o time se aventurar no mercado de agentes livres , mesmo sem ganhar tanto assim. Roy: um craque, mas cuja estado precário dos joelhos lhe forçou uma aposentadoria precoce – ele agora tenta reviver a carreira. Outlaw: assinou um contrato de US$ 7 milhões por temporada com o Nets que ninguém entendeu, foi cortado um ano depois e já foi recolhido do lixo pelo Kings por US$ 4 milhões anuais, e todos continuaram sem entender. Posey: não era nem sombra do defesor implacável dos tempos de Celtics e Grizzlies. Gomes: dispensado para o Clippers contratar o quarentão Grant Hill. Josh Childress: quando voltou da Grécia, onde defendeu o Olympiakos, esqueceu seu jogo por lá.

Andray Blatche

Torcida da capital já não aturava mais Blatche

Alas-pivôs: Andray Blatche (Washington Wizards) e Luis Scola (Houston Rockets).
Dois jogadores opostos em termos de pacote físico: enquanto Scola faz o máximo com o mínimo (lento correndo, impulsão quase nula, mais baixo do que a média da posição), Blatche poderia ser rápido e explosivo e pular razoavelmente, além de bater os 2,10 m de altura. Poderia, mas não que quisesse. O desgosto da torcida do Washingotn com sua falta de preparo físico e intensidade em quadra chegou a um extremo em que, a cada vez que pegava na bola durante a última temporada, era vaiado. A cada bola. Já Scola é uma aberração aqui. Na ânsia de contratar Dwight Howard ou Andrew Bynum ou Neymar, o clube texano simplesmente decidiu limpar o salário do craque argentino, que havia perdido um pouco de rendimento, mas aind é extremamente produtivo. Voi resgatado na hora pelo Phoenix Suns.

Pivôs: Darko Milicic (Minnesota Timberwolves), Brendan Haywood (Dallas Mavericks), Elton Brand (Philadelphia 76ers) e Chris Andersen (Denver Nuggets).
Os grandalhões bem pagos de sempre. Darko já nem eterna promessa é mais, o que não impedirá de assinar mais um contrato milionário este ano. Haywood é imenso, ainda apanha rebotes e protege o aro, mas nada que justifique seu salário de US$ 21 milhões que tinha de contrato com o Mavs para as próximas três temporadas – por um preço menor, o Bobcats topou. Elton Brand receberia US$ 18 milhões do Sixers este ano, mas o time da Filadélfia optou por seguir outro caminho – agora, US$ 2 milhões desse total ao menos serão bancados pelo mesmo Mavs. Andersen, outro jogador ainda produtivo, o cara mais tatuado da história da liga, 100% carisma e impulsão, já não se encaixava  mais na jovem e pulsante rotação de pivôs do Nuggets.

Algumas notas para entender isso direito:

– cada jogador dispensado fica por 48 horas em estado de “waiver”, período  no qual os clubes abaixo do teto salarial podem tentar sua contratação em uma espécie de leilão, fazendo seus lances para a direção da liga sigilosamente;

– a partir do momento que o clube contrata esse jogador, o valor de seu lance vencedor será deduzido do que a franquia que o dispensou tem a pagar de salários;

– uma vez recolhido o jogador, ele não pode ser trocado por seu treinador pelo menos até o final da temporada. Isto é, Haywood obrigatoriamente fica em Charlotte até o fim da campanha 2012-2013;

– o prazo para “anistiar” os jogadores nesta temporada se enceroru na terça-feira. Isso não impede os clubes de sispensarem mais nomes eventualmente nos próximos meses, mas o saleario deles ainda constará na folha de pagamento.

– se o jogador não for recrutado por ninguém durante a fase de leilão, vira um agente livre total no mercado, podendo negociar com quem quiser. E, não, por enquanto ninguém teve coragem de assumir o risco Blatche.


Nets garante ter a melhor dupla de perímetro da NBA
Comentários Comente

Giancarlo Giampietro

Deron Williams e Joe Johnson – Brooklyn NetsHá certos termos do inglês, seja no basquete ou em qualquer outra área, que têm tradução difícil, né? Por exemplo, frontcourt e backcourt. Para frontcourt, adotei algo como “linha de frente”, incluindo alas e pivôs. Pensando no quanto eles brigam pelos rebotes e saem primeiro em disparada nos contra-ataques, parece adequado. Quem “galera do fronte” também? Mas talvez aí fosse longe demais na informalidade. Bem, para backcourt, “linha de trás” não vai funcionar. Nem “dupla de armadores”, pois, no caso abaixo, um deles não é um armador nato, armador de fato, embora tenha habilidades condizentes aqui e ali com a posição.

Tudo isso para falar que o Nets está todo orgulhoso de sua backcourt para as próximas temporadas: Deron Williams e Joe Johnson, dupla pela qual batalhou bastante. Era grande o temor do Mark Cuban Mutante Russo, o Mikhail Prokhorov, em levar a franquia para o Brooklyn sem ter sequer um jogador de destaque para apresentar aos nova-iorquinos entendidos e desentendidos.

O gerente geral Billy King já entrou de canela em sua coletiva: “Hoje é um ótimo dia, porque foi o dia em que formamos a melhor backcourt da NBA”. A declaração deve ter soado como Mozart nos ouvidos do bilionário playboy russo, que acredita ter montado mais um dos supertimes da liga.

Joe Johnson com sua família, Deron Williams com a esposa em Brooklyn

Veja com os jogadores foram apresentados: ao ar livre, em algum canto do Brooklyn, no tipo de ação que ainda vai render muitos dividendos para o clube e que realmente mexe com a cabeça dos atletas

Aqui, vamos traduzir, então, como a melhor dupla de perímetro, considerando as chamadas posições 1 e 2, PG e SG, armador e ala-armador/arremessador. Deron e Johnson podem ser dominantes, mesmo. São todos mais altos e fortes do que a maioria dos concorrentes de posição, têm bom chute de longa e média distância e passam muito bem. Mas talvez falte um pouco de velocidade e explosão.

Enquanto isso… O Thunder tem Russell Westbrook e James Harden, o Lakers vai de Nash e Kobe, o Clippers, de Chris Paul e Chauncey Billups por uma segunda vez, o Spurs já eternizou Tony Parker e Manu Ginóbili, e por aí vai.

Concordam que a melhor “backcourt” é a do Nets?

Bem, o Joe Johnson fez questão também de abrir outra discussão, afirmando que o time do Brooklyn já é definitivamente o melhor de Nova York.

(Uma vez que os elencos estiverm totalmente definidos, vamos fazer essa brincadeira, então).


Mercado da NBA: Panorama da Divisão Pacífico
Comentários Comente

Giancarlo Giampietro

O post já vai ficar imenso, então vamos direto ao assunto. Desde a quarta-feira, os clubes da NBA começaram a oficializar os acordos que trataram nos últimos dias, em período agitado no mercado de agentes livres. Nesta quinta, resumimos o Oeste. Veja o rolou em que cada franquia da Divisão Pacífico se meteu, ou não, abaixo:

Golden State Warriors: Mais um clube que se antecipou e tratou dos negócios pendentes que tinha já durante a temporada passada, ao trocar Monta Ellis por Andrew Bogut. O australiano agora passa por mais um período de reabilitação física e espera estar pronto para ser o primeiro pivô a defender de verdade o garrafão da franquia desde… Desde… Manute Bol? Na ala, o novato Harrison Barnes entra com muita coisa para provar, pegando a vaga de Dorrell Wright, que foi despachado para o Sixers. Outros dois calouros, o pivô Festus Ezeli e o ala Draymond Green, chegam com quatro anos de universidade nas costas e podem ajudar.

Los Angeles Clippers: É hora de bater na madeira. A franquia que sempre se sabotou ou foi atingida por muito azar acaba de renovar o contrato de Blake Griffin por mais cinco temporadas. Um dos pilares está garantido, o que leva a crer que é meio caminho andado para segurar Chris Paul. Chauncey Billups  já assinou por mais uma temporada, e Jamal Crawford está chegando. Tuddo isso mesmo que eles ainda não tenham um gerente geral e venham operando com uma tríade da qual faz parte o contestado técnico Vinny Del Negro, mantido no cargo.

Steve Nash, do Lakers

Steve Nash, agora do Lakers

Los Angeles Lakers: Enquanto Dwight Howard não deixar Orlando, não há nada definido para o Lakers também, principalmente em relação a Bynum e Gasol. Agora, o que é certo: por meses e meses, Jim Buss afirmou que o clube entraria num período de sustentabilidade. Que iriam maneirar nos gastos, administrar com responsabilidade. Bem, para aquele que tem o contrato particular de TV recordista da liga, parecia um discurso estranho. E bastou mais uma eliminação inconteste nos playoffs para os planos de gastos frugais ir para o espaço. Entra em cena Steve Nash, 38, com um contrato de três temporadas, que deixou muita gente perplexa na liga. Especialmente no…

Goran Dragic

Goran Dragic, novamente Sun

Phoenix Suns: Após oito temporadas, o Suns se despede de seu grande líder, talvez o principal jogador da história da franquia. Nash era o coração e cérebro da equipe. Devido a sua idade, no entanto, a diretoria de Robert Sarver decidiu que já não valeria investir no atleta de acordo com suas demandas (US$ 30 milhões por três temporadas). No fim, foi por um pouco menos disso que ele fechou com o Lakers, implorando para que o time do Arizona considerasse o negócio com os arquirrivais de modo que ficasse mais perto dos filhos em Phoenix. Após relutarem muito, aceitaram e seguiram em frente: Goran Dragic está apalavrado para retornar – legal redimir o erro, mas… que beleza, hein?! Com o esloveno listado, o novato Kendall Marshall pode se adaptar tranquilamente. Michael Beasley também vai chegar com a promessa de não ser tão lunático assim. E fica o impasse: o New Orleans Hornets vai, mesmo, segurar Eric Gordon? OJ Mayo e Shannon Brown seriam os planos alternativos, neste caso.

Sacramento Kings: É via Draft, mais uma vez, que o time tenta se reforçar. O ala-pivô Thomas Robinson caiu no colo do gerente geral Geoff Petrie no dia 28 de junho e pode formar uma dupla intimidadora com DeMarcus Cousins, rapaz que desceu o porrete durante os treinos da seleção olímpica dos EUA e deixou o Coach K tenso. Jason Thompson fez um novo contrato e também fará parte dessa rotação.

Veja o que aconteceu até agora nas Divisões Noroeste e Sudoeste.

Leste: veja o que aconteceu até agora nas Divisões Atlântico, Central e Sudeste.


< Anterior | Voltar à página inicial | Próximo>