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Chega ao fim a carreira de Kammerichs, o operário argentino e xodó do Flamengo por um ano
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Giancarlo Giampietro

Pesquisando sobre a seleção alternativa da Argentina que Júlio Lamas vai trabalhar para a Copa América, me deparei com esta manchete aqui o site do diário Olé, nosso bom e velho companheiro de tiração de sarro:

La extinción del Yacaré

 

Não é possível!

O jacaré?!

Sim, o jacaré Federico Kammerichs. O bigodudo que conquistou a torcida do Flamengo por uma temporada de NBB decidiu se aposentar neste ano, precocemente aos 33 anos. Convocado por Lamas, até pensou em fazer sua saideira em Caracas, mas optou por parar já, deixando o grupo dos atuais quarto colocados das Olimpíadas – e precisava lembrar!? – ainda mais inexperiente na busca pelo título continental e por uma vaga na Copa do Mundo.

Kammerichs, barba completa

O gesto característico de um Yacaré

Sem muita velocidade ou impulsão, mas com inteligência e coração, o ala-pivô teve uma carreira formidável, ainda que não à altura de seus companheiros de geração muito mais laureados. Ficando à sombra de Nocioni, Delfino e Herrmann, não teve lá muitos momentos brilhantes pela seleção, com exceção daquele fatídico Pré-Olímpico de Las Vegas 2007 – e precisava lembrar de novo, cazzo!? –, em que fez todo o serviço sujo necessário, limpando a quadra para Scola brilhar.

De qualquer forma, quando ele ficou aqui pertinho de nós, respirando os ares cariocas, Kammerichs mostrou o quanto podia ser especial em quadra.

Segue abaixo  um texto de nossa encarnação passada, tentando compreender o sucesso que ele desfrutava pelo Flamengo – pontuando bastante, somando double-doubles–, de certa forma surpreendente, para quem o conhecia apenas como um mero operário pela seleção argentina. Para não correr o risco de autoplágio, reproduzo na íntegra, já que não haveria muita coisa para acrescentar a respeito do cara, que fez sua última temporada pelo Regatas, em casa.

Foi publicado em 10 de janeiro de 2012, o que obviamente o inviabiliza desde já a concorrer à categoria de clássico da literatura esportiva nacional, logo depois de uma derrota rubro-negra para o Uberlândia, em dia inspirado do americano Robert Day.

Vamos lá:

“Robert Day acabou roubando a cena. A pauta prévia do VinteUm era assistir ao duelo entre Flamengo e Uberlândia no sábado com olhos fixos (bem, na medida que o enquadramento da TV permitir) em Federico Kammerichs, que vem arrebentando no campeonato nacional. Desviamos um pouco a atenção, mas cá estamos com ele.

Para os que acompanham o bigodudo por anos e anos de confronto com a Argentina, não surpreende que o medalhista olímpico contribua positivamente para o clube carioca e que seja um sucesso no NBB. Só não dava para esperar tamanho êxito, che: Kammerichs vai sustentando médias de 13,9 pontos por jogo, algo que jamais contentaria um Oscar Schmidt, mas é de se destacar num clube que já reuniu na mesma quadra gatilhos como Machado, Leandrinho e David Jackson, em um contexto de salve-se-quem-puder. Nos rebotes, está ainda melhor, com 10 por partida, liderando toda a liga. Além disso, seu aproveitamento nos arremessos de dois pontos é de 69,47%, convertendo basicamente seis por jogo a cada oito ou nove tentativas. Seus números defensivos não são de outro mundo, num reflexo de seu posicionamento correto, em detrimento de  precipitações em busca de roubos de bola ou tocos. Na somatória, noves fora, temos o segundo jogador mais eficiente (estatisticamente) do campeonato.

Aquela noite inesquecível de Las Vegas 2007

Kammerichs, naquela dolorida vitória argentina em Vegas

Um quadro que não condiz, que não bate com o que aprendemos a admirar – ou lamentar, dependendo do grau de envolvimento emocional – em suas partidas pela seleção argentina, na qual é valorizado por sua atenção aos pequenos detalhes do esporte, e, não, como um carro-chefe da equipe, daqueles com volume de jogo (mucho gusto, Scola, Delfino, Nocioni, Ginóbili, Quinteros, Prigioni etc).

Em toda a sua carreira em torneios FIBA com a albiceleste, só teve duplo digíto em pontuação no Sul-Americano de 2003, lá em Campos dos Goytacazes, com 11,2 por partida – época em que sua massa capilar ia muito além do bigodón, compondo um visual setentista daqueles –, e na Copa América de Santo Domingo-2005. Fora esses dois torneios, em competições de alto nível (ou não), ele teve médias de: 3,8, 3,7, 4,4, 0,5, 2, 7,3 e 4,4 pontos. Em quatro ocasiões, teve mais rebotes do que pontos, na verdade.

(Agora uma pausa nem tão breve para rodar o relógio para trás: era 2003 em Campos de Goytacazes, e naqueles dias a cidade fluminense tinha seu próprio clube na elite do basquete brasileiro, dirigido por Guerrinha, usando um modesto ginásio, onde este palpiteiro aqui ficou enfurnado para as finais do Sul-Americano, sentado nas tímidas arquibancadas ao lado de alguns scouts perdidos da NBA – o argentino Lisandro Miranda, do Dallas Mavericks, e dois (vai entender…) do Houston Rockets, BJ alguma coisa, um gigante figuraça, e Melvin Hunt, mais calado e hoje assistente técnico preferido de George Karl no Denver Nuggets, em ascensão notável, depois de ter trabalhado no banco do Cleveland Cavaliers. O principal alvo da trupe era o então jovem Carlos Delfino, que, na decisão, saltou para uma enterrada frontal, no meio do garrafão, diante do imponente Estevam: por alguns segundos, a respiração coletiva do ginásio parou e os olheiros da liga norte-americana levaram as mãos para a cabeça; o tempo se descongelou quando o pivô brasileiro, corajoso e ainda vigoroso, acabou fazendo a falta no ala, que seria selecionado no Draft um ano mais tarde pelo Detroit Pistons. Neste mesmo jogo, num domingo bem quente, Walter Herrmann, um cracaço que fazia a bola parecer de tênis em suas mãos, só não fez chover dentro de quadra. No time brasileiro, lembro que André Bambu havia rendido algumas notas para esses deslocados visitantes da NBA).

Kammerichs e Leandrinho tipo NBB

Leandrinho disparou, e Kammerichs vem atrás de qualquer sobra

Agora voltando: estávamos falando de como Kammerichs construiu sua carreira internacional muito mais como um operário do que como chefe da companhia. E o que acontece, então, para este veterano argentino se sobressair no NBB?

O ala-pivô nunca foi um jogador conhecido por sua capacidade atlética. Mas descolou seu nicho pela capacidade de leitura de jogo. Quase sempre aparece no lugar certo na hora certa para recuperar uma bola perdida, para fazer uma cobertura defensiva, se sacrificar em corta-luzes, capturar um rebote ofensivo, bloquear um pivô por trás. Ele sabe se aproveitar de quebras no sistema, de alguma interrupção no fluxo da partida para dar o bote. E, nos jogos frenéticos e desorganizados que temos visto durante o campeonato nacional, esse tipo de lapso ocorre aos montes, e há poucos concorrentes interessados nesse tipo de ação.

Kammerichs também é daqueles que joga duro o tempo todo. Pode ser lento e não sair do chão, mas  seus rivais não se podem deixar levar pela falsa impressão de estarem diante de um molenga. Especialmente quando confrontado com jogadores pouco móveis ou atléticos, que não consigam se aproveitar de suas deficiências – como Lucas Cipolini e Luis Felipe Gruber fizeram no sábado, aliás –, seu tino pela bola e dedicação podem colocá-lo em vantagem com facilidade. Ele vai correr o contra-ataque e receber a assistência do armador velocista que disparou primeiro. Vai atacar o rebote ofensivo. Vai se posicionar em um buraco defensivo e ter toda a liberdade do mundo para matar seu arremesso de média distância, embora não seja nenhum Léo Gutiérrez em termos de precisão.

Daí o volume maior ofensivo, ainda que nenhuma jogada seja propriamente desenhada para sua prestação de serviços. A cada cesta que faz, ele tem o hábito de cerrar o punho, com o braço flexionado, vibrando consigo de um modo um tanto desengonçado. Nunca em sua vida foi tão fácil atacar assim, então é hora de comemorar e aproveitar mesmo.

Só fica registrada aqui, no fim, a expectativa de que esse esforçado operário possa exercer qualquer tipo de influência em seus concorrentes brasileiros que não pelos seus supostos dotes ofensivos.”

*  *  *

Sabia? Kammerichs também foi draftado na NBA, o Portland Trail Blazers, lá nos idos de 2002, o mesmo ano de Nenê. Ele saiu na posição 51, cinco postos acima de… Luis Scola!. O bigodudo foi testado algumas vezes pela franquia do Oregon, mas nunca assinou contrato.

Na época, ele havia acabado de sair do modesto clube Ourense, hoje na LEB Oro, para o Valencia, ex-clube de Faverani e Splitter (por umas semanas de lo(u)caute). Jogou na Espanha sem muito destaque até 2008, quando retornou para casa, pelo Regatas. Aqui, sua ficha técnica de quando jogou a Eurocup, como se fosse a Liga Europa do futebol, em 2004-2005.


Reforçado, Uruguai corre por fora e acredita em disputa por vaga na Copa América
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Giancarlo Giampietro

Mazzarino voltou

Nicolás Mazzarino ainda rende bem aos 37 anos. Cuidado com ele

Nicolás Mazzarino, 37, é daqueles jogadores que, na hora de se formar duas equipes para se disputar uma pelada no parque, muito provavelmente ficaria fora. Tudo por causa do olhômetro: você bate a vista no sujeito, baixinho, o cabelo com boas entradas, e tal. Sai o que daí, diria o preconceito do capitão de ambas as equipes?

Olha, uma coisa com certeza sairia: muitas bolas de três pontos. O veterano uruguaio é um dos maiores atiradores de longa distância que o basquete sul-americano já viu e, depois de sete anos, resolveu aceitar uma convocação, voltando a defender a equipe celeste na Copa América que se inicia no dia 30 de agosto.

Mazzarino não defendia o time desde o Sul-Americano de 2008. Já o ala Emilio Taboada, 31, também decidiu voltar à seleção nacional pela primeira vez desde a Copa América 2009, aquela que a seleção brasileira venceu sob o comando de Moncho Monsalve.

E o que acontece no Uruguai para o Natal ser antecipado tanto assim para o técnico Pablo Lopez?

Bem… Cientes dos desfalques que muitas das potências continentais têm no momento, os uruguaios talvez simplesmente acreditem que possam beliscar uma das quatro vagas para a Copa do Mundo de 2014, na Espanha. Algo que não parece nada exagerado, aliás. Estão farejando sangue e chegarão ligadíssimos à disputa. Aí chamam a cavalaria, ainda que seja a cavalaria uruguaia.

Mazzarino já não é mais o cestinha de mão cheia de meados dos anos 2000, assim como Taboada nunca foi.  O armador/escolta, porém, jogou na forte liga italiana até esta última temporada, sem parar, em clube de ponta, disputando Euroliga e tudo. E não não como simples mascote. Converteu 41% de seus disparos do perímetro, depois de ter matado 45,3%, 44,3% e 45,8% nas campanhas anteriores.

No contexto uruguaio, em que a mão-de-obra não é nada abundante, poder contar com esses dois jogadores, de nível internacional, é um reforço danado.  São duas peças que se somam aos já “batidos” Martin Osimani, Leandro Garcia Morales e Mauricio Aguiar, além do sub-23 Bruno Fitipaldo. Estamos diante de um elenco muito talentoso ofensivamente, com artilharia pesada, para espaçar a quadra. Resta saber se Reque Newsome e Esteban Batista estão em condições de pontuar dentro do garrafão para completar o ataque da equipe.

Batista vem em declínio no basquete europeu e, para piorar, sofreu um baita susto durante os treinamentos no Uruguai, ao cair sobre o braço, contundindo o cotovelo e o punho. No elenco uruguaio, porém, é o único que pode causar algum estrago próximo da cesta, para se aproveitar de tantos arremessadores ao seu redor.

Olho neles.

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Os veteranos voltaram, mas o Uruguai perdeu um de seus principais jogadores jovens, se não o principal, para a Copa América. É o armador Jayson Granger, formado no basquete espanhol. Ex-Estudiantes, o atleta defendeu o Boston Celtics na liga de verão da NBA em Orlando ao lado de Fabrício Melo este ano e acaba de assinar contrato com o Unicaja Málaga, de Augusto Lima. Para facilitar a adaptação ao novo clube, abriu mão de defender a seleção nacional, pela qual jogou pela primeira vez no Sul-Americano de 2012. Um bom defensor, alto e forte para a posição, Granger ajudaria bastante, mas nessa posição os vizinhos do sul ainda se viram muito bem obrigado com Osimani e o joven Bruno Fitipaldo, um armador muito talentoso ofensivamente.

*  *  *

Sob o comando de López, que assumiu o time no ano passado, a preparação uruguaia já começou no dia 8 de julho e vai ser uma das mais extensas das seleções participantes. O Brasil vai enfrentá-los pela primeira vez no dia 7 de agosto, em São Carlos. As duas seleções também realizarão um Super 4 em Anápolis, entre 10 e 11 de agosto. Em jogos para valer, se enfrentam no dia 2 de agosto já pela Copa América.

*  *  *

Mazzarino não está de volta apenas ao time nacional. Na próxima temporada, ele vai defender o Malvin, tradicional clube de seu país, depois de passar 12 anos na Itália, aonde defendeu o Reggio Calabria e o Cantù . Quer dizer, vai cruzar novamente com as defesas brasileiras nas Ligas Sul-Americanas e das Américas da vida.


Há 15 anos, a Espanha descobria Gasol, Navarro e sua geração de ouro no basquete
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Giancarlo Giampietro

Enquanto as últimas peças ainda caem no dominó do mercado da NBA, temos um tempinho para aqui para dar uma pausa nessa maratona.

A foto aí cima já varia um post por conta própria. Só ela, sem preciar dizer mais nada.

Vocês reconhecem alguns dos indivíduos? No centro da foto, quem é aquele garotão ali debaixo do sovaco direito do sujeito (Aparecido! Metido! Só dá ele de agasalho!)? E esse exibidão aí está agarrando seu braço esquerdo no cangote de quem? Do lado desse cangote, olha o pirulão!

Vamos identificando, então, da esquerda para a direita: Drame, López Valera, Berni, Bueno, Herráis, Calderón, Raúl, Germán, Felipe, Pau, Cabezas e Navarro. Esse é o modo como são conhecidos por quem tem afinidade.

Já sacou, né?

Estamos hablando da jovem seleção espanhola sub-20 campeã europeia em 1998, lá numa terra chamada Varna, que fica na Bulgária. Há 15 anos, esse apanhado de molecotes conquistaria um título que abriria uma era dourada para o basquete deles.

O cotovelo esquerdo de Felipe Reyes cobre aquele que viria a ser La Bomba, sem nenhum pelo nenhum na cara. Assim como está limpa a face do pirula Gasol, numa época em que o irmão Marc deveria beirar apenas o 1,95 m de altura, gordotinho que só no quintal da família – tinha 13 anos. Será que já enterrava? O de agasalho é o Raúl López, na época O Futuro Armador da Espanha – esse, sim, escolhido para suceder John Stockton em Utah, mas que teve uma carreira muito acidentada por lesões. Ao seu lado direito, o José Calderón, aquele que viria a liderar seus companheiros no futuro, de fato. Enquanto o Cabezas, penúltimo, seria seu escudeiro. Muita história.

Desse grupo, alguns poucos ficaram pelo caminho.

Souley Drame, ou Souleymane Drame Kamara, foi um deles. Para se ter uma ideia, no site da ACB seu nome estava identificado como “Dramec”, com o “c” sobrando. Foi difícil  encontrá-lo na rede (quer dizer, “difícil”, levou uns cinco hits no Google – aposto que o vizinho da frente do QG 21, de sete anos, faria mais rápido). Ele nasceu na Nigéria e foi desenvolvido nas tradicionais categorias de base do Badalona, de Rubio e Rudy Fernández. Subiu ao profissional pelo clube, mas nunca vingou e vagou pelas divisões abaixo da elite. Aposentou-se em 2011 pelo time B do Barcelona. 🙁

Félix Herráiz nem página na Wikipedia tem. Um texto de 2009 no site da FEB, a CBB deles, que nos ajuda a falar sobre seu paradeiro. A manchete: “O júnior de ouro no esquecimento”. Já viu, né? Nascido nos arredores de Valência, era o camisa 12 e viu sua carreira ser sabotada por uma grave lesão no joelho. Abandonou as quadras em 2002 e virou técnico.

José López Valera se formou na base do Real Madrid, mas também não foi muito longe no profissional, tendo nessa conquista juvenil o maior feito de seu currículo (un junior de oro toda a vida). O pivô Antonio Bueno teve uma carreira sólida na ACB até 2010 (quando sofreu um feio acidente de carro), assim como Berni Rodríguez, que jogou por um tempão na seleção principal. O pivô Germán Gabriel, companheiro de Lucas Bebê no Estudiantes, talvez viva hoje sua melhor fase. O restante dispensa comentários.

Para o basquete espanhol, essa imagem deve ser a mais rica de toda a sua história, aquela mais cheia de significados.

Das dez medalhas que o país conquistou em Eurobaskets, metade foi conquistada de 2001 para cá. As outras cinco saíram entre 1935 e 1999. Mundial? Apenas o ouro de 2006. Olimpíadas? Ok, uma prata em 1984, mas duas em 2008 e 2012.  Dá para ter uma ideia do que foi a Roja antes e depois dessa geração, né?

Quer ver mais fotos deles adolescentes? Aqui no site da Liga ACB.

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Pau Gasol, creiam, terminou aquele europeu sub-20 com médias de 6,4 pontos e 3,7 rebotes (veja todas as estatísticas), jogando pouco mais de 12 minutos por partida – jogu menos que Drame, ala atlético, que tinha mais de 20 minutos por embate. Dois anos mais tarde, Pau seria a escolha número três do Draft da NBA, logo atrás de Kwame Brown e Tyson Chandler.

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Juan Carlos Navarro foi o cestinha do time espanhol na campanha, com 14,6 pontos por jogo. Durante a campanha, ele atirou em média 4,0 bolas de três pontos por duelo, acertando 43,8% delas. La Biribinha!

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Raúl López acumulou 203 minutos em oito jogos, com 26 assistências. Calderón? Apenas 79 minutos em sete, com apenas dois passes para a cesta.

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No Brasil? Luiz Gomes resgatou no Draft Brasil ainda este ano um artigo antigo de Guilherme Tadeu para falar sobre o fiasco que é o nosso basquete na hora de aproveitar seus talentos da base, mesmo aqueles que conseguem algum sucesso pelas seleçãozinhas. Se tiver estômago, clique nos links acima. Enquanto Guilherme falava de uma turma de 1999, Luiz nem precisou ir muito longe, resgatando a trupe semifinalista do Mundial de 2007 para detectar o quão enferrujada e é a nossa máquina de desperdiçar talentos.


Ida imediata de Bebê e Raulzinho para a NBA depende de projetos específicos dos clubes
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Giancarlo Giampietro

O agente e a garotada

Aylton e os dois draftados: trabalho sério para desenvolver a rapaziada

Essa talvez seja a pergunta que ronda a cabeça de uma boa parte de vocês, viciados em basquete, que não têm muito mais o que fazer da vida, que ficam vagando por aí chutando pedrinhas e imaginando qual será a rotação de seu time, nesses últimos e nestes próximos dias: será que Lucas Bebê e Raulzinho vão jogar na NBA já na próxima temporada?

Por uma cortesia do companheiro Murilo Borges, antenadíssimo jornalista da Rádio Bradesco Esportes FM, temos aqui algumas respostas que, embora não definitivas, ajudam a elucidar o que está em jogo para os dois promissores brasileiros no momento.

Murilo bateu um longo papo com o ex-jogador da seleção brasileira, Aylton Tesch, hoje um importante agente de atletas internacionais, cuja cartela vai de gente como Anderson Varejão, Nenê e Ricky Rubio até Nikola Mirotic, o astro do Real Madrid. A entrevista vai ao ar na sexta-feira, no programa Sports All the Time (que ele toca ao lado de Ivan Zimmerman).

Desta conversa, o que dá para tirar basicamente: não há ansiedade alguma por parte do agente – que é sócio do temido (pelos dirigentes) Dan Fegan – de levar os garotos para a NBA agora. O que não quer dizer que possa acontecer. Zelando pela carreira dos dois, ele espera que Atlanta Hawks e Utah Jazz tenham algum plano de desenvolvimento pronto para seus clientes, caso os queiram na liga para já.

“Não tem por que fazer uma mudança drástica, nem forçar para que levem este ano, se não tiver um planejamento. É assim que muitas carreiras se perdem”, afirma Aylton. Para ser justo, a resposta se referia apenas a Lucas. Mas dá para imaginar que o processo seja o mesmo para o armador.

Sobre o pivô, em específico, uma das primeiras preocupações se referem, naturalmente, ao seu físico franzino. Qual seria a melhor forma de desenvolver isso – e o quanto ele realmente precisa encorpar? Ao mesmo tempo, não adianta se fortalecer, se não for para jogar. E aí a diretoria do Hawks tem de entregar um projeto satisfatório.

“Se você tem uma franquia por trás, tentando desenvolver o jogador, lá nos Estados Unidos o foco da parte física é outro. Se ele focar em ganhar dez quilos em três meses, ele consegue. Mas ele só vai para a NBA se o time tiver um plano de evolução para ele”, diz o agente. “Tem de planejar algo para que eu me sinta bem e o atleta também. Se for para colocá-lo lá hoje e deixá-lo de lado, melhor deixar jogando na ACB, que é a segunda maior liga do mundo, na qual ele vai jogar mais de 25 minutos.”

Maaaas…

“Se o Atlanta falar que vai dar de cinco a dez minutos de jogo para o Lucas e que, no final do ano, ele vai estar com 15 kg a mais de massa magra muscular e que vão fazer um trabalho extraquadra, de vídeo, para ele poder aprender mais o jogo da NBA, vale mais a pena do que se ele for jogar 25 minutos na Espanha, onde para condicionamento físico eles só querem que os atletas corram.”

Essa declaração acima é crucial. Se Danny Ferry e o técnico Mike Budenholzer estiver de acordo – e não parece nada absurdo, convenhamos –, Lucas deve assinar agora mesmo com o Hawks, pagando sua multa rescisória ao Estudiantes, na Espanha.

O Atlanta contratou nesta segunda-feira o experiente Elton Brand, que chega para fortalecer uma rotação que estava reduzida, até, então, a Al Horford e Paul Millsap. Ter Brand no banco é importante porque tira qualquer pressão do caminho de Bebê – ele não está pronto para ficar muito tempo em quadra por uma equipe que obviamente mira a vaga nos playoffs novamente.

Não dá para descartar que Ferry ainda contrate mais um veterano barato como seu quarto grandalhão na rotação, embora o ala Demarre Carroll possa assumir esse papel, numa formação de small-ball que deve ser empregada por Budenholzer. O segundanista Mike Scott também é um candidato, apresentando um jogo desenvolvido na liga de verão de Las Vegas desta semana. Sobrariam, então, alguns minutinhos para Bebê ou para o outro novato da equipe, Mike Muscala – mais maduro, mas também um pouco frágil fisicamente? Ainda não dá para saber.

“Hoje o que eu tenho em mente: se ele for para a Espanha, tenho essa conversa mais ou menos acertada de que o Atlanta Hawks mandaria um preparador físico para cuidar dele duas ou três vezes na semana. Então estou planejamento para que, aonde quer que ele esteja, ele vai desenvolver, seja na NBA ou na ACB”, assegura Aylton.

Sobre Raulzinho? Bem, o Utah Jazz era identificado por seu time com um clube em potencial para o armador. Afinal, sua posição era uma carência do elenco. A franquia, porém, investiu duas primeiras escolhas de Draft para contar com Trey Burke, o jogador do ano do basquete colegial. Isso muda de modo significativo o encaminhamento dessa negociação.

“Será que é a hora de ir para a NBA agora com dois armadores novatos no mesmo time? Ou será que é a hora de buscar um time (na Europa) um pouco mais forte, pelo qual possa estar jogando talvez na Euroliga ou EuroCup e ACB ao mesmo tempo, fazendo dois jogos (por semana)? É a decisão que agora nos cabe tomar”, diz o agente.

E, neste ponto, ais uma peça do dominó do mercado da liga norte-americana caiu nesta segunda: segundo a ESPN.com, o armador John Lucas III, ex-Bulls e Raptors, já está apalavrado com o Utah e chega como uma espécie de apólice de seguro. Afinal, o badalado Burke viveu dias infernais em Orlando na semana passada, e não foi por causa do calor. O garoto foi muito mal na primeira liga de verão do ano e bombou em muitos quesitos, preocupando muita gente. Mas não será um fiasco desses que fará a franquia desistir do atleta, claro. O que fica claro é qeu ele precisará de muita ajuda de seus treinadores. E, com tanta atenção assim dedicada ao “titular”, talvez não seja o caso de Raul fazer a transição neste ano, mesmo.

Agora, tem muito mais no bate-papo com Aylton. Ele detalha como é o dia de Draft para um agente de atletas, por exemplo. Vale conferir na íntegra na sexta. Aqui está o site da rádio.


Faverani, Lucas Bebê, Raulzinho, Alexandre… A quantas anda a ‘invasão brasileira’ na NBA?
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Giancarlo Giampietro

Lucas Bebê e sua turminha nova

Lucas, Schroeder e Muscala aguardam as negociações do Haws para assinar, ou não

Está tudo indefinido no momento. Tudo depende de alguma coisa, ou de várias coisas, na verdade. Mas o contingente brasileiro, de uma hora para outra, poderia saltar de seis para 10 na NBA. Ou ser reduzido para cinco (Leandrinho e Scott Machado). Vai saber: é um período de incertezas, mesmo, com muitos times ainda bem distantes de tomar uma cara, enquanto outros buscam apenas alguns últimos retoques. Nesse furacão, Lucas Bebê, Raulzinho & Cia. são vistos como trunfos (“assets”) das franquias, peças num grande tabuleiro (para ficar numa metáfora mais básica), aguardando a hora de colocar as coisas no papel.

Mas vamos lá, tentar resumir e entender a quantas anda a invasão brasileira na liga. Por tópicos:

Vitor, de Valência para Boston?

Faverani em dupla com Fabrício?

Vitor Faverani (atualizado)
Aos 25 anos, estabelecido como um jogador de ponta na Espanha, Vitor foi testado pelo menos por quatro clubes da NBA – Knicks, Wizards, Celtics e Spurs – nas últimas semanas, mas já tem um bom emprego no Valencia, atraindo o interesse de Real Madrid e Barcelona ano sim, ano não. Não precisa se esgoelar para cruzar o Atlântico.

A boa nova, porém, vem do site Tubasket.com: o Boston estaria interessado em lhe oferecer um contrato. “Dos quatro, o Celtics lhe quer em seu elenco”, afirma a publicação, sem dar muitos detalhes, contudo. Com a megatroca que fechou com o Nets, se despedindo de Pierce e Garnett, Danny Ainge já teria no mínimo 13 jogadores sob contrato – Fabrício Melo entre eles –, restando duas vagas para completar o plantel.

Horas mais tarde, o mesmo site espanhol foi adiante e colocou Faverani “muito próximo” de um acordo para se tornar o terceiro brasileiro a jogar pela histórica franquia. “Com o passar das horas, já temos novidades. Todas elas deixam o jogador cada vez mais próximo de Boston, onde esteve há duas semanas entrevistando dirigentes da franquia. Fontes próximas da operação confirmam ao Tubasket.com que o acordo está quase fechado, quase 100%”, escreveram. “Faltam detalhes, embora no principal exista um entendimento: dois anos de contrato mais um terceiro opcional.

Vitor passou batido no Draft de 2009, a despeito de ser seguido pelos olheiros da NBA por anos, admirados com seu talento, mas preocupados com seu comportamento fora de quadra.  Aos poucos, devarzinho, as coisas foram se ajeitando para o paulista de Paulínia. Aparentemente, duas semanas depois de entrevistado, para os cartolas da Beantown, não resta dúvida sobre seu amadurecimento. Vamos ver se eles fecham a negociação.

“Na parte com o time americano, está tudo praticamente certo. Agora precisamos esperar os dois times entrarem em contato, e isso demora um pouco mais. Eles irão pagar uma multa para ele deixar o Valência”, disse o agente Luiz Martín, ao Lancenet!.

Lucas Bebê
Danny Ferry, gerente geral do Atlanta Hawks, anda bastante ocupado nas últimas semanas. Com mais de US$ 20 milhões em salários para gastar, tentou Dwight Howard em vão, assinou com Paul Millsap, renovou com Kyle Korver, fechou com o operário DeMarre Carroll, vai se sentar com Andrew Bynum nesta semana (talvez até nesta terça) e ainda precisa ver o que fazer com Jeff Teague. Ele pode tanto estender um novo contrato para o pequenino, ou envolvê-lo em uma negociação por Brandon Jennings ou Monta Ellis.

Considerando toda essa movimentação, Ferry tem sob sua alçada nove jogadores – sejam contratados ou apalavrados. Restam quatro vagas para ele preencher um elenco mínimo para a próxima temporada. Uma certamente seria a do armador titular. Outra poderia ser de Bynum, mas precisa ver se há espaço na folha salarial para isso dar certo. Talvez não sobre grana. As outras duas ou três? Neste ponto entrariam Lucas Bebê e o alemão Dennis Schroeder, suas duas escolhas de primeira rodada do Draft deste ano, além de Mike Muscala, pivô apanhado na segunda rodada.Primeiro, trabalham com os agentes livres, depois com os calouros.

Lucas e sua icônica subida ao palco do Draft

Será que Bebê vai jogar na NBA de Stern ou na do próximo comissário?

Pensando primeiro no Hawks, o técnico Mike Budenholzer teria como opções de garrafão hoje o talentosíssimo Al Horford, Millsap, Carroll (numa formação mais baixa) e… só. Zaza Pachulia se foi, algo providencial. Bebê e Muscala, então, completariam a rotação. Mas, olha-lá, considerando sua inexperiência, esse grupo ainda fique muito frágil, por mais que queiram usar de small ball. Se o Hawks ainda mira os playoffs – e a contratação de Millsap só corrobora isso –, os cartolas do clube teriam de confiar muito em seus novatos para toparem batalhar com este elenco.

Agora, está pendente ainda a liberação do pivô brasileiro. Ele renovou seu contrato com o Estudiantes por mais dois anos. Poderia ficar na Liga ACB até 2015, confortável, se desenvolvendo. A renegociação, no entanto, permitiu que sua multa rescisória fosse reduzida, facilitando sua saída. Antes, estávamos falando de cerca de 2 milhões de euros, segundo a mídia espanhola, para que o carioca saísse este ano – em 2014, seria de graça. Para não ficar de mãos abanando, o time de Madri aceitou abaixar o valor pedido para agora, desde que no ano que vem também pudessem receber algo.

Ainda que Bebê não tenha saído entre os 10 ou 15 primeiros, com salário mais alto, sendo a 16ª escolha, ganharia no mínimo $1,371 milhão (o valor poderia chegar até US$ 1,6 milhão, dependendo da boa vontade de Ferry) em sua primeira temporada. Estaria provavelmente em condições de pagar sua multa – lembrando que o Hawks pode contribuir com US$ 550 mil nesta conta. Financeiramente valeria a pena, ainda mais de olho no segundo contrato, costumeiramente mais generoso. Agora, essa remuneração só aumentaria de modo mais significativo desde que Lucas mande bem em quadra. Até agora, em todas suas entrevistas, o jogador manifesta confiança de que estaria pronto, sim, para fazer a transição.

Raulzinho (atualizado)

Raulzinho, ainda sem a farda

Espanha ou NBA? Pergunta importante para evolução, diz Raul

A situação é bem mais instável que a de Lucas. A começar pelo fato de ter sido escolhido na segunda rodada do Draft, o que lhe dá menos prestígio na hora de negociar. Mas, mais importante, é o fato de o Utah Jazz já ter assinado com Trey Burke, o n¡umero 9 do Draft, armador  como ele e eleito o jogador do ano do basquete universitário. Para ficar com Burke, a franquia gastou duas escolhas de primeiro round. Ele chega para ser titular, até que se prove o contrário (seu primeiro jogo não foi dos melhores, mas ainda está MUITO cedo para qualquer avaliação).

Por mais que o clube tenha, enfim, adotado uma rota de rejuvenescimento em seu plantel, permitindo a saída de Al Jefferson e Millsap para abrir espaço para os promissores Derrick Favors e Enes Kanter, seria muito raro o clube iniciar a temporada com dois armadores novatos dividindo o tempo de quadra. Improvável demais. Tanto que, na noite de segunda-feira, seus diretores se reuniram com John Lucas III em Orlando.

Não ajuda em nada Raul não ter conseguido uma liberação da Fiba para disputar a liga de verão de Orlando nesta semana. Ainda com contrato com o Lagun Aro GBC (ou San Sebastián Gipuzkoa BC), Raulzinho precisava de uma licença para participar dos amistosos e mostrar em que estágio está seu desenvolvimento. Demorou um pouco, mas chegou. Nesta terça, já estava apto para jogar contra o Houston Rockets. Com experiência de duas temporadas numa Liga ACB, tem grandes chances de impressionar.

No caso de o Utah fechar com um atleta mais rodado para ajudar Burke, valeria a pena para o brasileiro ser o terceiro armador? Duvido. Seria bem melhor seguir na Espanha como titular, enfrentando veteranos de alto nível, para, no futuro, tentar a NBA ainda mais consolidado.

“Não sei ainda quando sairá essa decisão sobre meu futuro”, afirmou o armador ao ESPN.com.br. “Meu agente Aylton Tesch está em contato com minha equipe na Espanha, assim como com o Utah Jazz, buscando aquilo que for melhor no momento. Mudar para NBA ou não? Não é algo a ser pensado ainda, tenho que pensar o que vai ser melhor para eu continuar evoluindo.”

Ainda sobre Raulzinho, uma coisa: sei que não temos muitas referências sobre Utah, ou Salt Lake City, vá lá… Mas que tal propormos um pacto coletivo e jamais lhe perguntar o que ele pensa sobre jogar no time que tinha John Stockton? Ok, uma lenda. Ok, um dos maiores da história. Ok, Stockton-to-Malone. Mas… A aposentadoria do carteiro do carteiro, já completou 10 anos. Quantos anos o brasileiro tinha quando o o sujeito disse adeus? Só 11. Então… Deixem que os filhos de Stockton, David e Michael, com o sobrenome nas costas e a função de armador em quadra, falem a respeito. É importante colocar isso porque muitas vezes nós, entidade conhecida como mídia, podemos criar uma história que não existe e, depois, cobrar a respeito.

Alexandre Paranhos

Alexandre, ele

Alexandre mal vestiu a camisa do Flamengo em jogos para valer. Dallas observa

Aposta de Leandrinho, o jogador revelado pelo Flamengo está inscrito no elenco de verão do Dallas Mavericks, que vai jogar na semana que vem em Las Vegas. É difícil dizer o que esperar do ala. Fisicamente, estamos falando de um jogador muito talentoso. Forte, vigoroso, com tremenda envergadura. Aparentemente, deu um duro danado nos Estados Unidos na preparação para o Draft e teria valorizado ainda mais esses atributos. Por outro lado, ainda é muito cru nos fundamentos e muito inexperiente – em alto nível,  isso nunca aconteceu; mal jogou no NBB.

Para agravar, faz muito tempo que o rapaz não disputa uma partida de verdade de basquete. Como, então, vai reagir diante da pressão de tentar uma vaguinha no clube texano, enferrujado e ainda enfrentando a famosa barreira da língua? (No Dallas, o atenuante ao menos fica por conta da predisposição histórica da franquia para trabalhar com estrangeiros).

Durante os treinos desta semana e, em Las Vegas, Alexandre deve convencer os técnicos e dirigentes de Mark Cuban de que merece ao menos um chamado para o training camp em outubro. Desta forma, mesmo que não entrasse para o elenco final, poderia seguir sob a tutela de Donnie Nelson na filial do Mavs da D-League, o Texas Legends.

Para constar: na liga de verão, os segundanistas Jae Crowder (ala) e Bernard James (pivô) saem na frente. Assim como o armador Shane Larkin, escolha de primeira rodada, o ala Ricky Ledo, do segundo round, e o israelense Gal Mekel, já com contrato garantido. De resto, o brasileiro teria de trombar com Christian Watford, calouro revelado por Indiana, DJ Stephens, calouro hiperatlético de Memphis, além dos pirulões Hamady N’Diaye, ex-Wizards, e Dewayne Dedmon, formado pela USC.

É uma trajetória surpreendente a de Alexandre, de qualquer maneira, que desperta muita curiosidade, ainda mais pelo simples convite por parte do Mavs.

PS importante: muito do que está explanado acima pode mudar com um sopro. Considerando a loucura que foi a noite do Draft – Raulzinho já experimentou o que é ser trocado – e toda a movimentação da intertemporada, basta um negócio inesperado para se fechar um elenco, abrir vagas etc. Há muita coisa em jogo ainda.


Site espanhol levanta informações importantes sobre os planos de Lucas Bebê no Draft
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Giancarlo Giampietro

Bebê, Gui, Raulzinho e Mariano

Ao avaliar o que está em jogo para o Estudiantes na próxima temporada espanhola, não haveria como o site Encestando não passar pelo futuro do pivô Lucas Bebê, inscrito no Draft da NBA, ponderando se é a hora, ou não, de fazer essa transição. Em sua nota, o site traz duas informações importantes sobre, digamos, a candidatura do brasileiro, duas peças importantes para um quebra-cabeça que começa a se montar.

1) Lucas teria uma multa rescisória de US$ 2 milhões para sair do seu atual clube.

2) Talvez por isso só fique no Draft se for escolhido entre os 15 primeiros, tendo aí a garantia de que receberia um bom salário, podendo arcar com essa multa.

Por enquanto há uma boa vontade geral em torno do nome do pivô, bastante elogiado nos bastidores. Ele aparece hoje em terreno firme em todas as principais projeções dos sites especializados na primeira rodada do Draft. O problema é que, tirando o NBADraft.net, que o coloca como o 17º, ele aparece bem distante da área em que espera ser selecionado – o DraftExpress o tem como 27º, enquanto o ESPN.com, como 28º.

Lucas Bebê cá, Lucas Nogueira lá

Lucas Bebê em situação confortável rumo ao Draft da NBA: não há pressa

Conforme explicamos aqui, ainda é cedo, porém, para levar essas estimativas a ferro e fogo. E, a partir deste sábado, em Treviso, Lucas tem sua grande cartada para tentar melhorar sua cotação, na disputa do adidas Euro Camp, com duração de três dias, reunindo alguns dos principais prospectos espalhados pelo mundo, observados por técnicos, dirigentes e scouts. Raulzinho e Augusto também vão jogar lá, assim como o promissor Lucas Mariano, revelação do Franca, que não está inscrito no Draft, mas pode se inserir no radar da NBA com uma boa apresentação.

Em termos de competição direta, seu principal concorrente durante os treinos e jogos na simpática cidade italiana é o francês Rudy Gobert, que é ainda mais alto e comprido que Bebê, mas menos atlético (salta menos e é mais lento, por exemplo). Os dois são crus fundamentos e um tanto inexperientes em grandes partidas – na verdade, o brasileiro levaria vantagem aqui, por jogar em uma liga ACB muito, mas muito mais competitiva que a francesa.

Mas o mais importante pra o pivô carioca é mostrar serviço em geral, de provar a evolução em seu jogo e, principalmente, demonstrar que hoje encara o basquete de outra forma,  com ganho de maturidade – algo que ele vem reforçado sistematicamente a cada entrevista que dá – e que sua comissão técnica e diretoria em Madri garantem ser verdadeiro. Depois de algum estranhamento nos primeiros anos do adolescente na capita espanhola, hoje eles adoram o garoto e bancam seu futuro.

Neste ponto, Lucas fica, então, numa posição confortável. Ele não é obrigado a passar pelo Draft da NBA neste ano. Pode retirar seu nome, esperar por mais um ano, e aproveitar mais um ano de ACB pelo Estudiantes, clube com o qual tem contrato até 2014, mesmo. Com publica o Encestando: “Salvo que saia entre os 15 primeiros, algo improvável, deseja seguir um ano a mais no ‘Estu’ para completar sua formação e ter garantidos minutos importantes”.

Aliás, sobre a extensão de seu vínculo, esse é outro detalhe relevante: no ano que vem, o brasileiro poderia migrar para a NBA sem ter de desembolsar nada, algo que preocupa os espanhóis, que têm interesse em uma renovação contratual para não correr o risco de ficar de mãos abanando. “O clube primeiro quer que ele renova até 2015 para que não saia de graça em 2014”, diz o site. “O pivô brasileiro parece disposto (a renovar) se abaixarem sua cláusula de saída atual.”

Vejam só: seria um movimento bom para ambas as partes, não? Lucas seguiria progredindo na Espanha, com um contrato de mais dois anos, ganhando mais segurança também. E o clube poderia levar algum trocado na próxima temporada – isso, no caso, de o pivô realmente ser selecionado, né? Se está cedo para falar de 27 de junho de 2013, imagine, então, pensar em junho de 2014?

Antes de confabular sobre essas alternativas, contudo, esse Bebê tem é que entrar em quadra em Treviso e arrebentar. O basquete fica sempre mais divertido em quadra, mesmo.

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Você não está familiarizado com o jogo de Lucas Bebê? O DraftExpress resolve seu problema. A infalível dupla Jonathan Givony-Mike Schmitz disseca neste link aqui os pontos fortes e fracos do pivô. Um trabalho admirável e competentíssimo. Aliás, cada um dos principais prospectos deste ano passou pela mesma rigorosa avaliação. Veja a lista completa: para os draftmaníacos ou mesmo para aqueles interessados em como se prepara um scout, um material indispensável. Pena que Augusto e Raulzinho não estejam nessa ainda.

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Bebê, Raul, Augusto e Mariano, acompanhados também pelo ala Guilherme Deodato, o Gui, de Bauru, passaram alguns dias em Los Angeles, enfurnados no ginásio e academia da Proactive Sports Performance. Em seu site, a companhia mostra dezenas de atletas de futebol americano que trabalharam em suas instalações e nenhum de basquete. Imaginamos, então, que o quinteto tenha se matado por lá em trabalhos físicos. Em quadra, tiveram a companhia de Gilbert Arenas e Yi Jianlian, entre outras figuras desta lista aqui, o elenco da Relativity Sports, empresa que os agencia. Nesta aqui, eles parecem ter a companhia de JJ Barea, na cabeça do garrafão:

Batendo uma bolinha


Equipes de Augusto e Rafael Luz lutam por últimas vagas dos playoffs na Espanha
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Giancarlo Giampietro

Rafa Luz, na briga ainda

Rafael Luz ainda tenta se meter nos playoffs da Liga ACB com o Obradoiro

O Estudiantes de Lucas Bebê está eliminado, assim como Lagun Aro de Raulzinho – este há muito tempo já e, pior, rebaixado. Mas ainda há muita ação para o restante da legião brasileira nos momentos finais da temporada regular da Liga ACB, o campeonato espanhol, com dois deles lutando pela sobrevivência.

Restam apenas uma rodada e duas vagas em aberto para os playoffs, e o Unicaja Málaga de Augusto Lima e o Obradoiro (“Blusens Monbús”) de Rafael Luz estão no páreo. Os dois clubes disputam com o Herbalife Gran Canaria as sétima e oitava colocações. No momento, o Málaga e o time das Ilhas Canárias estão em melhor situação, empatados com 18 vitórias e 15 derrotas – justamente depois de um confronto direto entre os dois na última rodada, com vitória para a equipe de Augusto por 67 a 65. Já a equipe da Galícia aparece em nono, com 17 vitórias e 16 derrotas.

Sarunas Jasikevicius x Marcus Williams

O Unicaja de Marcus Williams tem de se virar contra o Barcelona na última rodada

Neste fim de semana, para a jornada derradeira, o clube malaguenho tem uma pedreira pela frente, o Barcelona, que está todo arrebentado física e emocionalmente depois do Final Four da Euroliga, mas ainda é um gigante a ser respeitado na Espanha. O Gran Canaria pega o Valladolid, do surpreendente Nacho Martín. O Obradoiro encara o Bilbao,  o sexto colocado.

A matemática diz o seguinte: o Gran Canaria avança caso vença ou se o Unicaja perder, ou o Obradoiro não conseguir tirar uma desvantagem de 16 pontos no saldo de cestas. Para o Unicaja,  é necessário um triunfo contra o Barça ou um revés do Obradoiro, que só se classifica se bater o Bilbao e o Málaga perder, ou se conseguir tirar sua desvantagem de 16 pontos para o Gran Canaria.

Do ponto de vista individual para os brasileiros, o caçulinha da família Luz, ex-Málaga, seria aquele que tem mais a lucrar com uma sobrevida na temporada, considerando que tem um papel firme e importante para sua equipe. Já Augusto vem sendo utilizado com regularidade, mas com atribuições mínimas. Se por um lado ele ficou fora de apenas três partidas em toda a campanha, por outro lado é pouco envolvido no ataque e não tem conseguido controlar os rebotes. Talvez tenha chegado o momento de o pivô, que participa automaticamente do Draft da NBA devido ao limite de idade, procurar outro clube para jogar de verdade, para valer.

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Três brasileiros já estão garantidos nos mata-matas: Rafael Hettsheimeir com o Real Madrid, Marcelinho Huertas com o Barcelona e Vitor Faverani com o Valencia. Desses três, Hettsheimeir é o único que não tem tempo de quadra certo para os jogos decisivos. Aos poucos, o pivô acabou limado da rotação de Pablo Laso. Huertas e Faverani não têm com o que se preocupar, embora o pivô tenha lidado com muitos problemas físicos durante o ano e vem sendo menos utilizado do que o esperado. Muitos de seus minutos acabaram direcionados para o montenegrino Bojan Dubljevic, outro candidato automático ao Draft da NBA este ano e figura em ascensão na Europa, subindo com 2,05 m de altura e talento para pontuar na linha de três pontos.

*  *  *

Na ponta da tabela, o Real Madrid, melhor ataque, já está garantido como o cabeça-de-chave 1, seguido por Saski Baskonia (que começou o ano como “Caja Laboral” e agora atende por “Laboral Kutxa”…), Barcelona, melhor defesa de longe, e Valencia. Zaragoza e Bilbao estão nessa também.

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Sobre Nacho Martín: com 17,7, o veterano pivô lidera o ranking de eficiência da Liga ACB, ocupando um posto que já foi de Marc Gasol, Tiago Splitter, Luis Scola, Joel Freeland e gente dessa linha. É um tanto bizarra essa constatação. O ala-pivô, que acabou de completar 30 anos em abril, tem média de 15,4 pontos e 6,9 rebotes, em 31,1 minutos, as melhores marcas de sua carreira, de longe. No ano passado, por exemplo, ele teve médias de 8,2 pontos e 5,6 rebotes, em 25 minutos. Na carreira, que começou em 2002 pelo Barcelona, são 6,9 pontos e 3,8 rebotes.

Matrín mudou por completo seu padrão de atuação, cobrando praticamente o triplo de lances livres quando comparado com a última temporada (94 x 32). Nas assistências, mais que o dobro (55 x 18). Também tem sua melhor média de aproveitamento nos tiros de dois pontos, com 59%. Sinal de que nunca é tarde para evoluir em quadra.

 


Time de Rafael Luz completa sequência especial como “mata-gigantes” na Espanha
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Giancarlo Giampietro

Olho nele, Magnano: Rafael Luz

“Rafa Luz, ex-Freire” ataca o Real Madrid em mais uma sólida atuação na Espanha

Falamos há pouco sobre o crescimento do talentoso Rafael Luz na Espanha. Agora dá para destacar sua equipe numa abordagem mais abrangente, geral, depois de o Obradoiro vencer o Real Madrid por 64 a 61 e completou uma sequência especial na Liga ACB, o Campeonato Espanhol de basquete: venceu todos os quatro participantes do país na Euroliga fora de casa. Antes do triunfo em Madri, o Obradoiro havia vencido Barcelona, Caja Laboral e Unicaja Málaga como visitantes.

A abertura do relato do site oficial da liga espanhola para destacar essa “quadra” completa é demais: “Cuando la sorpresa se viste de rutina, deja de ser sorpresa, mas cuando la excelencia se convierte en frecuente, no deja de ser excelencia. Es el caso del Blusens Monbus. Etiqueta de revelación, de sensación, de matagigantes. Etiqueta ganada en pista, ganada con el juego, ganada con el tiempo”, escreveram.

A excelência, no caso, reside no sucesso longe de casa. O último clube que bateu Real, Barça e Baskonia (o atual Caja Laboral, ex-TAU Cerámica) em seus domínios acabou avançando até a final. Difícil imaginar que isso possa acontecer com o aguerrido, mas modesto time de Rafael. De todo modo, é uma façanha, e o brasileiro tem participação direta nisso.

Contra o Real, para celebração de seus 120 torcedores que visitaram a capital espanhola, ele jogou por pouco mais de 26 minutos, vindo do banco, e converteu apenas um arremesso em quatro tentativas. Porém, encontrou outras formas de contribuir, somando cinco pontos, seis assistências e três rebotes. Novamente, o Obradoiro rendeu muito mais com o mais novo representante da “Dinastia Luz”: enquanto ele esteve em quadra, a equipe teve um saldo de cestas de + 12, sua melhor marca no jogo. O quer dizer ainda que, com Rafael no banco, o time perdeu (ou “teria perdido”) por seis pontos de diferença.

*  *  *

Cabe ressaltar que o Real, que enfrenta o Maccabi Tel Aviv pelas quartas de final da Euroliga, maneirou em sua escalação, controlando os minutos dos dois Sergios armadors, Llull e Rodríquez, e de mais dois titulares regulares, o ala Carlos Suárez e o pivô Mirza Begic. O que não quer dizer, claro, que, diante de um elenco fortíssimo, seja fácil batê-los em Madri. Quem se beneficiou dessa opção do técnico Pablo Laso foi Rafael Hettsheimeir, xará de seu compatriota. Se muito tempo para mostrar serviço na Euroliga, ele pôde começar a partida como titular, terminando com seis pontos e cinco rebotes em 28min54s. Essa é uma situação que precisa ser monitorada, pensando em convocação: um dos heróis da classificação olímpica da seleção masculina, o pivô revelado em Ribeirão Preto está um pouco fora de ritmo de jogo. Sua presença seria inquestionável, mas Magnano teria de trabalhar bem com ele nos treinos para a Copa América.

*  *  *

Se Rafael Luz foi revelado pelo Málaga, Hettsheimeir jogou pelo Obradoiro de novembro de 2009 a fevereiro de 2010, numa breve, mas muito importante passagem de sua carreira. Foi no clube de Santiago de Compostela que ele conseguiu mostrar serviço, de verdade, na elite do basquete espanhol, até regressar ao Zaragoza e virar um pivô cobiçado em todo o mercado europeu – chamando a atenção da NBA, ao mesmo tempo.

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Com o triunfo, o Obradoiro (ou “Blusens Monbus”) se mantém na oitava colocação da temporada regular da Liga ACB, posto que vale a classificação para os playoffs. O clube tem uma vitória a mais que o Unicaja Málaga, justamente o responsável pela formação de Rafa Luz em seus últimos anos de juvenil na Espanha e que tem um orçamento muito maior e conta com o pivô Augusto Lima em seu elenco.


Rafael Luz ganha confiança na Espanha e tenta levar Obradoiro aos playoffs
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Giancarlo Giampietro

Rafa Luz, crescendo na Espanha

Rafae Luz ajuda o Obradoiro a se manter na briga pelos playoffs na Espanha

Depois de um início tímido de temporada, o armador Rafael Luz vai se tornando uma peça importante do Obradoiro (ou “Blusens Monbus”) no segundo turno da Liga ACB, na Espanha. Neste sábado, o brasileiro teve uma das melhores atuações de sua carreira, ou pelo menos pelo clube ao qual se juntou este ano, guiando uma vitória de virada sobre o Herbalife Gran Canarias por 72 a 70.

O site oficial do clube fala de dois atletas como homens da partida: o ala americano Ben Dewar, que matou uma bola de três pontos a 4s6 do fim para definir o placar, e seu compatriota Robbie Hummel, draftado pelo Minnesota Timberwolves, que impediu o ataque posterior do adversário, com um toco para cima de Jon Scheyer, queridinho do Coach K em Dule. Mas isso, “pedindo licença para Rafa Luz”.

Tem de pedir a permissão para o armador, mesmo, já que ele conseguiu o segundo maior índice de eficiência da equipe (15, abaixo dos 21 de Hummel), mas teve a melhor marca de +/-, o plus-minus, vulgo saldo de cestas, com +16. Apenas ele e o ala Alberto Corbacho, outro que saiu do banco de reservas, conseguiram marcas de duplo dígito nesse quesito. Quer dizer, foi quando os dois estavam em quadra que o Obradoiro deslanchou, vencendo o quarto final por 24 a 15 para dar ao time sua 14ª vitória em 27 jogos, numa briga ferrenha pela oitava colocação – que dá a última vaga nos playoffs – com o Unicaja Málaga, de Augusto Lima.

No geral, Rafael Luz teve 2o minutos de tempo de quadra e somou seis pontos, cinco assistências, três roubos de bola, três rebotes e um toco, convertendo dois em quatro arremessos. Segundo o relato do clube, o rapaz justificou seu sobrenome, iluminando tanto o ataque como a defesa da equipe.  Extremamente atlético, o armador tem realmente a capacidade de influenciar uma partida dos dois lados da quadra, quando joga com energia e confiança.

Tomando nota, Magnano, tomando nota.

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Desde a rodada 16, Rafael Luz ficou em quadra por 15 ou mais minutos em dez partidas. Ficou abaixo disso apenas em duas ocasiões, na verdade. Antes? Entre as primeira e 15ª jornadas, havia batido essa marca em apenas três jogos.

 


Um jogo para Magnano ver: Bebê e Faverani duelam na Espanha
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Giancarlo Giampietro

Toco para Lucas Bebê

Lucas Bebê sobe para fazer o toco em bela atuação contra o Valencia

Taí um DVD que Rubén Magnano precisa obter: o da vitória do Valencia sobre o Estudiantes por 81 a 71 pela Liga ACB deste sábado. E, dãr, não por ter sido um confronto direto de duas equipes que caminham rumo aos playoffs de uma das poucas ligas europeias que (ainda) não se deixou abater pela crise e segue fortíssima. A razão é bem mais simples: Vitor Faverani de um lado, Lucas Bebê do outro, num duelo de dois candidatos a convocação, podendo ser avaliados de uma só vez.

E a grande surpresa para se anotar? Embora a equipe madrilenha tenha perdido, Lucas Bebê foi quem levou a melhor individualmente, com um de seus melhores jogos no campeonato espanhol, isso se não a de maior destaque. Ele jogou por 26min26s e somou 14 pontos, 8 rebotes e 1 toco. Melhor ainda: acertou seus seis arremessos de quadra, dos quais, na real, quatro foram cravadas – sozinho, ele somou a mesma quantidade de enterradas dos adversários.

Do lado do clube mediterrâneo, Faverani viu sua atuação sabotada por um elevado número de faltas. Foram quatro anotadas pelo brasileiro, ficando em quadra apenas por 13min42s, justo ele que é muito mais polido, desenvolvido do que o jovem compatriota do Estudiantes. Fora de ritmo, Vitor conseguiu quatro pontos e seis rebotes, mas desperdiçou a posse de bala de sua equipe em quatro ocasiões.

No caso de Magnano ter acesso a esse jogo, naturalmente o treinador não vai poder ser tão duro assim em sua avaliação sobre Faverani, nem se empolgar muito com o que fez Lucas. Quer dizer… Neste último caso, pode um pouquinho, sim. Tudo bem.

Em termos de consistência e pacote técnico, Faverani é hoje o jogador superior, sem discussão.Se a sua temporada não foi de arromba, conforme o esperado, é bastante sólida, com médias de 9,1 pontos e 4,8 rebotes em 17 minutos (confira análise completa produzida por Rafael Uehara). Lucas joga apenas 12 minutos em média, mas produtivos também: 4,9 pontos, 3,2 rebotes e 1,0 toco. Os scouts da NBA certamente vêm tomando nota de seu progresso, assim como nosso marcador implacável, Rafael,  também já fez por aqui aqui.