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Reforçado, Uruguai corre por fora e acredita em disputa por vaga na Copa América
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Giancarlo Giampietro

Mazzarino voltou

Nicolás Mazzarino ainda rende bem aos 37 anos. Cuidado com ele

Nicolás Mazzarino, 37, é daqueles jogadores que, na hora de se formar duas equipes para se disputar uma pelada no parque, muito provavelmente ficaria fora. Tudo por causa do olhômetro: você bate a vista no sujeito, baixinho, o cabelo com boas entradas, e tal. Sai o que daí, diria o preconceito do capitão de ambas as equipes?

Olha, uma coisa com certeza sairia: muitas bolas de três pontos. O veterano uruguaio é um dos maiores atiradores de longa distância que o basquete sul-americano já viu e, depois de sete anos, resolveu aceitar uma convocação, voltando a defender a equipe celeste na Copa América que se inicia no dia 30 de agosto.

Mazzarino não defendia o time desde o Sul-Americano de 2008. Já o ala Emilio Taboada, 31, também decidiu voltar à seleção nacional pela primeira vez desde a Copa América 2009, aquela que a seleção brasileira venceu sob o comando de Moncho Monsalve.

E o que acontece no Uruguai para o Natal ser antecipado tanto assim para o técnico Pablo Lopez?

Bem… Cientes dos desfalques que muitas das potências continentais têm no momento, os uruguaios talvez simplesmente acreditem que possam beliscar uma das quatro vagas para a Copa do Mundo de 2014, na Espanha. Algo que não parece nada exagerado, aliás. Estão farejando sangue e chegarão ligadíssimos à disputa. Aí chamam a cavalaria, ainda que seja a cavalaria uruguaia.

Mazzarino já não é mais o cestinha de mão cheia de meados dos anos 2000, assim como Taboada nunca foi.  O armador/escolta, porém, jogou na forte liga italiana até esta última temporada, sem parar, em clube de ponta, disputando Euroliga e tudo. E não não como simples mascote. Converteu 41% de seus disparos do perímetro, depois de ter matado 45,3%, 44,3% e 45,8% nas campanhas anteriores.

No contexto uruguaio, em que a mão-de-obra não é nada abundante, poder contar com esses dois jogadores, de nível internacional, é um reforço danado.  São duas peças que se somam aos já “batidos” Martin Osimani, Leandro Garcia Morales e Mauricio Aguiar, além do sub-23 Bruno Fitipaldo. Estamos diante de um elenco muito talentoso ofensivamente, com artilharia pesada, para espaçar a quadra. Resta saber se Reque Newsome e Esteban Batista estão em condições de pontuar dentro do garrafão para completar o ataque da equipe.

Batista vem em declínio no basquete europeu e, para piorar, sofreu um baita susto durante os treinamentos no Uruguai, ao cair sobre o braço, contundindo o cotovelo e o punho. No elenco uruguaio, porém, é o único que pode causar algum estrago próximo da cesta, para se aproveitar de tantos arremessadores ao seu redor.

Olho neles.

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Os veteranos voltaram, mas o Uruguai perdeu um de seus principais jogadores jovens, se não o principal, para a Copa América. É o armador Jayson Granger, formado no basquete espanhol. Ex-Estudiantes, o atleta defendeu o Boston Celtics na liga de verão da NBA em Orlando ao lado de Fabrício Melo este ano e acaba de assinar contrato com o Unicaja Málaga, de Augusto Lima. Para facilitar a adaptação ao novo clube, abriu mão de defender a seleção nacional, pela qual jogou pela primeira vez no Sul-Americano de 2012. Um bom defensor, alto e forte para a posição, Granger ajudaria bastante, mas nessa posição os vizinhos do sul ainda se viram muito bem obrigado com Osimani e o joven Bruno Fitipaldo, um armador muito talentoso ofensivamente.

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Sob o comando de López, que assumiu o time no ano passado, a preparação uruguaia já começou no dia 8 de julho e vai ser uma das mais extensas das seleções participantes. O Brasil vai enfrentá-los pela primeira vez no dia 7 de agosto, em São Carlos. As duas seleções também realizarão um Super 4 em Anápolis, entre 10 e 11 de agosto. Em jogos para valer, se enfrentam no dia 2 de agosto já pela Copa América.

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Mazzarino não está de volta apenas ao time nacional. Na próxima temporada, ele vai defender o Malvin, tradicional clube de seu país, depois de passar 12 anos na Itália, aonde defendeu o Reggio Calabria e o Cantù . Quer dizer, vai cruzar novamente com as defesas brasileiras nas Ligas Sul-Americanas e das Américas da vida.


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