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Vocação de Scott Machado para o passe atrai técnico do Warriors e garante nova chance
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Giancarlo Giampietro

O azar de Mark Jackson foi, de certa forma, ter concorrido a carreira inteira com um certo John Stockton, o líder de toda a história da NBA em assistências e um dos caras que poderia ser chamado de “robótico” no bom sentido. O homem era uma maquininha de jogar basquete, mesmo, com regularidade impressionante.

Claro que Jackson não chegava aos pés de Stockton em muitos sentidos. Mas, como passador, armador puro, um entendido do jogo, tornando a vida dos companheiros muito mais fácil em quadra, ele podia rivalizar, sim – ainda que tivesse ficado quase sempre à sombra do mítico armador reserva do Dream Team.

Mark Jackson, naqueles tempos

Mark Jackson, conexão NY com Scott?

Tenham em vista que sua carreira como profissional começou em 1987 e durou até 2004 e ele nunca chutou acima dos 50% nos arremessos de quadra. Na verdade, só passou dos 45% em seis temporadas das 17 que disputou. De três pontos, então? Matou mais de 40% em três ocasiões, todas elas já depois dos 30 anos. No final, sua média foi de 33,2%, algo medíocre.

Era um problema sério para se contornar. Pois o armador também nunca foi muito explosivo em quadra, com raras investidas para dentro do garrafão. Enão, na hora de marcá-lo, a coisa ficava fácil, né? O sujeito não vai me machucar no tiro de fora e nem vai me deixar comendo poeira?  E toca o defensor responsável por Jackson se dedicando mais à ajuda, fazendo dobras, do que qualquer outra coisa. Seria uma estratégia sensata, não fosse o detalhe de que um passe bem feito, preciso e criativo pode ser bastante nocivo. Se não fosse um excepcional criador de jogadas (para os outros), seria difícil imaginar que fosse tão longe. E Reggie Miller, Danny Manning e Patrick Ewing, entre outros craques abastecidos pelo cerebral nova-iorquino, só podem agradecer, assim como operários como Antonio e Dale Davis, que puderam dar muitas enterradas em Indiana e ganhar alguns bons dólares depois de atuarem ao seu lado.

Tudo isso de introdução para comentar a contratação de Scott Machado pelo Golden State Warriors, time justamente hoje dirigido por Mark Jackson.

Está certo que o vínculo inicialmente vale por apenas dez dias, mas só o fato de a franquia convocá-lo para ser avaliado mais de perto já tem um significado especial. Ainda mais que o brasileiro do Queens mal completou um mês dentro da “família Warriors” – foi adquirido pelo Santa Cruz, filial do Golden State, precisamente no dia 8 de março –, tendo causado boa impressão em tão pouco tempo.

Scott Machado x Coby Karl

Scott Machado ainda luta por seu lugar na NBA, agora vinculado a nova franquia: Golden State

Seus números são, inicialmente, “modestos”, “tímidos”, “fracos”, avaliando apenas pela calculadora:  6,5 pontos, 3,4 assistências e 1,8 rebote em dez jogos por seu novo clube, depois de uma campanha frustrada pelo Rio Grande Valley Vipers. Acontece que, na liga menor, é preciso muito cuidado na hora de avaliar estatísticas, por diversos fatores. Especialmente dois:

1) Muitos jogadores podem parecer dominantes em um cenário, mas com um tipo de atitude ou jogo que não se encaixaria um nível mais acima – isto é, o cestinha de um time X da D-League talvez só possa ser a 11ª ou 14ª opção na NBA. E como ele aceitaria isso? Será que ele tem outras habilidades que possam se encaixar melhor de acordo com as necessidades de um elenco já abarrotado de talento?

2) Os jogos desta competição muitas vezes também descambam em peladas, sem preocupação defensiva alguma, uma correria desenfreada que infla os números de muitos atletas, mas pode apresentar pouca substância.

Scott Machado, ao menos, já conseguiu exibir ao Warriors que tem, sim, um fundamento que pode ser traduzido para a liga principal.  “Ele é um passador muito bom, um quarterback (no sentido de líder e organizador/estrategista) muito bom e um armador tradicional”, resumiu Mark Jackson, para quem, aliás, imagino não deve ser lá uma grande novidade – o técnico também é de Nova York, assim como Scott, e o burburinho dos jogos locais passa de um para outro com facilidade.

Um dos pontos fracos no basquete do brasileiro hoje é, justamente, seu arremesso, o que não deixa de ser uma ironia em sua associação com Jackson. Por outro lado, o ex-armador sempre foi um grande defensor, usando seu físico e estatura para pressionar os adversários. Neste ponto, ainda tem chão para seu novo atleta.

O treinador lembrou, porém, que o Golden State tem vários jogadores extremamente dedicados em seu elenco hoje – quem diria, né? – e que essa seria uma influência positiva para que Scott desenvolva seu  jogo. “Espero que esse ambiente o ajude a melhorar e impulsione uma longa carreira”, afirmou. É só o que o garoto quer.

*  *  *

“Minhas emoções estão loucas agora, realmente como em uma montanha-russa”, disse Scott ao jornal San Francisco Chronicle, periódico tradicional da Costa Oeste dos EUA. Ao mesmo tempo em que está empolgado por receber já uma segunda chance na NBA, o jovem armador ainda tenta assimilar a morte de seu pai, o gaúcho Luiz Machado, aos 61, devido a um ataque cardíaco depois de ser detido por autoridades no aeroporto JFK, no dia 28 de março. O motorista de táxi teria ficado à espera de um atendimento médico por 11 minutos. As investigações ainda estão em curso. “Ele era um grande fã de basquete. Então sei que ele vai estar assistindo”, afirmou Scott.

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Curry & Jack

Scott vai poder treinar ou ver de perto a duplinha aqui

Os contratos de 10 dias podem ser assinados por times da NBA a partir do dia 5 de janeiro de cada campeonato. Eles, porém, não podem ser estendidos durante os playoffs – os vínculos deste tipo se encerram no dia da última partida da temporada regular. Caso o Warriors queira manter Scott em seu elenco para 2013-2014, sem encarar o risco de perdê-lo durante as férias, a diretoria teria de fazer um contrato para o restante da temporada, ainda que ele não tenha nenhuma garantia de que vá ser realmente aproveitado pela franquia. Caso Machado fique, dificilmente teria tempo de quadra nos playoffs. Sua posição está ocupada pelo fantástico Stephen Curry e pelo veterano Jarrett Jack, um dos candidatos a melhor reserva da liga.

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O Golden State Warriors tem um ótimo histórico no aproveitamento de jogadores com passagem e/ou revelados pela D-League. O ala Reggie Williams – esse, sim, um cestinha que se deu bem na NBA, como um pontuador vindo do banco de reservas – foi um deles. Descoberto pelo Warriors, fechou um contrato de US$ 5 milhões por dois anos de serviço com o Charlotte Bobcats. Outros destaques: os armadores CJ Watson, hoje no Brooklyn Nets, e Will Bynum, Detroit Pistons, os alas-pivôs Anthony Tolliver, do Atlanta Hawks, e Jeff Adrien, também do Bobcats, e o ala Kelenna Azubuike.


Poderia Brittney Griner ser a 3ª mulher selecionada por um time da NBA? Relembre casos históricos
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Giancarlo Giampietro

Ah, o Mark Cuban.

O dono do Dallas Mavericks volta a fazer barulho – aliás, quando ele realmente para? –, dizendo nesta terça-feira que não veria problema algum se o clube escolhesse a pivô Brittney Griner no próximo Draft da NBA. “Se ela for a melhor jogadora disponível em nossa lista, eu a pegaria. Já pensei a respeito. Será que eu faria? A essa altura, estou inclinado a dizer sim, apenas para ver se ela consegue”, afirmou. “Você nunca sabe, a não ser que dê uma chance para a pessoa, e não é que qualquer selecionado na última parte do Draft tenha muita chance de ficar na liga, mesmo.”

Brittney enterrando

Slaaaaam jam, Brittney!

Se o gerente geral Donnie Nelson não tiver coragem ou interesse em selecionar no dia 27 de junho, em Nova York, Cuban afirmou que ela ainda poderia ter uma chance de entrar para o time sendo testada em alguma liga de verão deste ano.

Jogando por Baylor, Brittney se tornou neste ano a segunda maior cestinha da história da NCAA, primeira divisão, com 3.283 pontos, atrás apenas dos 3.393 de Jackie Stiles. Mas são 36 pontos especificamente que chamam mais a atenção para a talentosa jogadora: os 36 produzidos nas 18 enterradas que tem em sua carreira – é como se ela fosse o equivalente a Wilt Chamberlain ou Shaquille O’Neal no basquete universitário feminino, em termos de domínio físico. Como prova disso, seus 748 tocos são um recorde, incluindo os registros dos homens.

Bastante confiante em suas habilidades e um vasto currículo de títulos e prêmios que não caberia aqui, empolgada com o raciocínio de Cuban, a pivô foi ao Twitter para dizer que está aí, pronta para o que der vier. “Eu dou conta! Vamos fazer isso”, afirmou.

Quem não gostou nada dessa história foi o técnico Geno Auriemma, da universidade de Connecticut e campeão olímpico com a seleção americana feminina em Londres. Repetindo: não gostou n a d i n h a disso. “Obviamente Mark Cuban é um gênio, porque ele foi capaz de transformar algumas grandes ideias em indústrias de bilhões de dólares, e ele faz um grande trabalho como proprietário do Dallas Mavericks. Mas sua condição de gênio sofreria sérios danos se ele ‘draftar’ Brittney Griner. E se Brittney Griner tentar entrar em um time de NBA, acho que seria uma coisa de relações públicas e acho que seria uma farsa. O fato de que uma mulher poderia realmente jogar agora na NBA e competir com sucesso contra o nível de jogo que eles têm é absolutamente ridículo”, afirmou.

Cuba, logicamente, não ficou quieto e defendeu a ideia, rebatendo o treinador. “Nós avaliamos cada jogador elegível para o Draft no planeta. Não estaríamos fazendo nosso trabalho se não considerarmos todo mundo. Com disse ontem para a mídia, ela teria de brilhar nos treiamentos para ser selecionada. Não tenho problema algum em dar a ela essa oportunidade. Espero que ela tente. Nada pode ferir mais uma organização ou uma companhia do que uma mente fechada”

As críticas de Auriemma fazem sentido. Brittney é listada pela universidade de Baylor com 2,03 m de altura e 94 kg. Gigante para o basquete feminino, poderosa. Na NBA, não muito. Para se ter uma ideia, o ala Jared Dudley, do Phoenix Suns, tem 2,01 m de altura e 102 kg. Não necessariamente o jogador mais atlético, mas que consegue dar suas enterradas também, apesar das piadas dos companheiros. Kyle Korver, ala do Atlanta Hawks que quase nunca se aventura no garrafão e representa a finesse, tem 2,01 m e 96 kg.

Por outro lado, a lógica de Cuban é difícil de ser contrariada, independentemente de suas intenções marketeiras. Se ela quiser, topar, quem vai dizer que a garota não pode tentar?

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Caso  Brittney Griner e o arrojado dono do Mavs levem os planos adiante, eles podem fazer história, mas não seria algo inédito.

Ann Meyers Drysdale, sensacional

Ann Meyers Drysdale tenta a sorte pelo Pacers

Ann Meyers Drysdale, armadora que se destacou por UCLA nos anos 70, instituição pela qual ganhara uma rara bolsa de estudos, chegou a ser testada pelo Indiana Pacers em 1979, recebendo um contrato de US$ 50 mil. Ela participou de atividades com a equipe por três dias, mas acabou cortada do elenco final para a temporada – os destaques eram os alas George McGinnis e Alex English, além do armador Johnny Davis e do pivô James Edwards.

A dispensa não a abalou de forma alguma, e seu relato sobre a experiência abre muitas perspectivas para a jovem pivô formada em Baylor avaliar: “Passei por isso no colegial e na minha vida toda, jogando contra os caras no playground, então não foi nada muito diferente. No colegial eu tive a oportunidade de jogar no time dos garotos. É nesta fase que seu corpo muda, suas emoções mudam, assim como sua percepção social e as coisas que dizem sobre você. Então quando eu lidava com as pessoas tentando me convencer a não tentar jogar pela equipe dos garotos no meu último ano de colégio, isso ficou na minha cabeça”, afirmou.

“Quem imaginaria que cinco anos depois eu teria a mesma oportunidade? Era um nível diferente, mas tinha conseguido tanta coisa na universidade e pela seleção que não ia permitir que as pessoas me tirassem dessa novamente. Muitas pessoas achavam que era uma situação em que não ganharia nada. Se eu fizesse uma cesta, diriam que haviam me deixado. Se eu levasse um toco, era porque era uma garota, e não tinha nada demais. Já tinha visto isso minha vida toda enfrentado os garotos nos parques, e o que eles ou as garotas diziam sobre mim, ou até mesmo os pais. Mas, quando cheguei a esse alto nível, pude bloquear tudo isso.”

*  *  *

Vocês sabiam que duas jogadoras já marcaram presença no Draft da NBA?

Sim, duas.

A primeira foi Denise Long, pelo San Francisco Warriors, em 1969. Sensação do basquete colegial de Iowa, ela foi selecionada na 13ª (!!!) rodada do Draft daquele ano. O comissário Walter Kennedy, porém, não permitiu que a experiência fosse adiante, anulando a escolha imediatamente. Não obstante, a história teve repercussão imediata, com direito a matérias no New York Times e na Sports Illustrated.

Denise Long, pioneiraDenise marcou 6.250 pontos em sua carreira no colegial, a maior marca do país. O problema é que, naquela época, as universidades não davam bolsa de estudos para nenhuma jogadora. Que fique claro: para nenhuma jogadorA. De modo que a jogadora se viu numa situação extremamente desagradável, sem poder levar adiante sua paixão e vocação. Não havia também basquete feminino nas Olimpíadas – o primeiro torneio aconteceu apenas em 1976. O fim de carreira abrupto nunca foi bem assimilado pela americana, claro, restando apenas um caderno de recortes dos tempos de glória e uma frustração que nunca deixou a ex-atleta. “Eu a perguntei uma vez se ela se arrependia de algo”, disse seu treinador Paul Eckerman. “Ela respondeu que eu poderia ter ensinado tênis ou golfe para ela.”

A segunda ‘draftada’ foi Lusia Harris, em 1977, pelo New Orleans (futuro Utah) Jazz. Uma pivô de 1,90 m, formada em Delta State, ela havia sido eleita por três anos para a seleção das melhores universitárias, com médias de 25,9 pontos e 14,5 rebotes e 64% nos arremessos de quadra. No geral, ela foi a 137ª escolha daquele ano, na sétima rodada, na frente de outros 36 jogadores. Saindo na posição 138, o ala Alvin Scott teria uma carreira de oito temporadas pelo Phoenix Suns.

Lusia Harris, Hall da Fama

Lusia Harris, pré-Karl Malone

A decisão do Jazz, no entanto, não tinha nada a ver com basquete. Era uma ação declaradamente para atrair os holofotes – Lusia nem mesmo sabia o que estava acontecendo e nunca chegou a fazer nenhuma atividade pelo clube, até por estar grávida (!) na época. Anos depois, mas antes de montar a base fortíssima com John Stocktone e Karl Malone, com uma draga de time nas mãos, o gerente geral Frank Layden brincaria a respeito, dizendo que a pivô “era melhor que qualquer um em seu time, menos Pete Maravich”, em referência ao icônico astro, o Pistol Pete. Layden também comentaria com humor a gravidez da universitária, dizendo que havia ganhado dois jogadores pelo preço de um. Em 1992, Lusia Harris se tornou a primeira jogadora a ser indicada ao Hall da Fama do basquete.

*  *  *

Nancy Lieberman conseguiu, sim, jogar contra homens profissionais.

Mas, opa!, não na NBA. Ela chegou a jogar na liga USBL e também pelo Washington Generals, o infame adversário de tantos jogos contra o Harlem Globetrotters, nos anos 80.

Entrou para o Hall da Fama em 1996 e, no ano seguinte, voltou para as quadras, disputando a temporada inaugural da WNBA, com 39 anos, sendo a atleta mais velha da competição. Em 1998, virou treinadora e dirigente, pelo Detroit Shock. Ela acabou afastada de ambos os cargos três anos mais tarde, depois de acusações de que teria se relacionado com a armadora Anna DeForge. Em 2008, no entanto, Nancy voltaria a se envolver com o time de Detroit, premiada com um contrato de sete dias – como jogadora! Aos 50 anos, quebrou seu próprio recorde, e disputou uma partida, em derrota por 79 a 61 para o Hoston Comets, dando duas assistências.

Em novembro de 2009, ela foi pioneira em outra esfera, quando foi contratada para ser a treinadora do Texas Legends, na D-League. Foi, desta forma, a primeira técnica a dirigir um time profissional masculino. Hoje, trabalha como dirigente do clube.

E a qual franquia da NBA o Legends está vinculado?

O Dallas Mavericks, justamente.


Grizzlies avalia Scott Machado como possível reforço para os playoffs
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Giancarlo Giampietro

Scott Machado, do Santa Cruz Warriors

Scott Machado em lance livre, agora vestido de Warrior (em uniforme que lembra a vestimenta dos anos 90 do Golden State)

Segundo Chris Vernon, influente jornalista de Memphis, âncora de um programas de rádio mais ouvidos na cidade – e olha que por lá, onde Elvis Presley, Jerry Lee Lewis, Johnny Cash, Roy Orbison, BB King, Otis Redding, Isaac Hayes* e outras lendas foram reveladas,  há muita coisa boa para se ouvir em rádio além de informativos esportivos –, o brasileiro Scott Machado está na mira do Grizzlies, que procura mais um armador para a reta final de temporada e disputa dos playoffs. Essa é a boa notícia.

A má? O gaúcho nova-iorquino 🙂 é apenas um dos nomes especulados pela franquia do Tennessee para as próximas semanas, ao lado de Keyon Dooling, Johnny Flynn, Courtney Fortson e Sundiata Gaines.

A partir dessa informação, é possível refletir sobre diversos aspectos. Vamos tentar dar conta de algum deles:

– Primeiro de tudo é que Scott ainda pode despertar interesse de uma franquia da NBA mesmo não encantando, exatamente, encantado durante este mês de março em atividade pela D-League, já a serviço do Santa Cruz Warriors – ele deixou o Rio Grande Valley Vipers, clube filiado ao Houston Rockets, que investiu bastante em seu basquete durante a temporada. A equipe de Santa Cruz, como o apelido entrega, está vinculada ao Golden State e tem como titular em sua posição o armador Stefhon (isso mesmo, com f + h) Hannah, formado na universidade de Missouri.

Recapitulando, então: Scott jogou seu último jogo pelo Vipers no dia 13 de fevereiro, até sofrer uma contusão. Então, perdeu espaço no time – para gente rodada como Andre Gaudeolock ou mesmo para o conturbado ala-pivô Royce White, que, na verdade, é mais um criador de jogadas do que um definidor, e depois fez sua estreia pelo Santa Cruz Warriors no início de março. Desde então, segue em atividade pelo time californiano. Desde então, jogou apenas uma média de 15,7 minutos, com média de 4,1 assistências por jogo (média bastante elevada, por sinal).

Ante de pular para o próximo tópico, vale sempre a ressalva de como o universo da D-League consegue ser ainda mais maluco do que o nosso – ou o da NBA, no caso. Os jogadores trocam, sim, facilmente de equipe e lidar quase sempre com atletas que preferem mais ver um companheiro morto do que ajudá-lo, tudo em busca do Eldorado. Para um armador puro feito Scott, essas condições podem ser extremamente nocivas ou positivas, tudo dependendo do controle que ele consiga exercer sobre a equipe. Em Santa Cruz, ele tenta agora estabelecer melhor relação do que teve em Hidalgo, pelo Rio Grande Valley.

Scott Machado x Coby Karl

Scott Machado ainda luta por seu lugar na NBA, agora vinculado a nova franquia: Golden State

– Gastamos alguns parágrafos para falar do Scott, mas já fica logo o aviso: pode ser que não dê em nada. O Memphis Grizzlies tem hoje 13 jogadores sob contrato, o mínimo necessário da liga para a disputa dos playoffs. Eles não são, então, obrigados a contratar ninguém mais.

– Ainda assim, parecem inclinados a adicionar um reforço barato para o elenco – nunca se sabe quando alguém pode torcer o tornozelo, afinal. E aí pensando em playoffs talvez faça mais sentido contratar um jogador muito mais provado do que um novato inexperiente. E aí Dooling, supostamente aposentado em Boston, mas já topando qualquer coisa, pintaria como o favorito disparado. Além disso, mesmo sem jogar, Dooling pode ser uma figura positiva para se adicionar por sua influência fora de quadra, no vestiário. Danny Ainge e Doc Rivers tentaram contratá-lo como assistente técnico no ano passado, inclusive, para mantê-lo por perto, mas, uma vez que anunciou sua aposentadoria, teria de esperar um ano para retornar a Boston.

– Em termos de experiência, pensando em alguém talvez até mais útil em quadra, Sundiana Gaines, 26, também levaria vantagem, já com 113 partidas disputadas na liga, 57 pelo New Jersey Nets em 2011-2012. Pior: Gaines tem em John Hollinger, ex-analista da ESPN e vice-presidente de basquete do Grizzlies hoje, um fã. Veja o que ele, ainda como jornalista, escreveu no ano passado sobre o jogador, avaliando sua produção estatística: “Se ele pudesse arremessar a bola, ele seria muito bom. Gaines está na elite em diversas áreas que não pedem o arremesso da bola de basquete”.

– Pode ser, por outro lado, que o Grizzlies contrate alguém de olho mais na próxima campanha do que necessariamente nos mata-matas, alguém que ficaria de molho nos playoffs. O segredo seria contratar alguém barato agora, para tê-lo nas ligas de verão de 2013 e, no mínimo, poder envolver seu contrato (não-garantido, na maioria das vezes) em outra negociação, para ganhar flexibilidade. Se for este o caso, as chances do brasileiro subiriam bastante, a despeito da presença do jovem e muito talentoso Wroten no elenco de Memphis.

– Disputar novamente posição com Courtney Fortson serve para Scott relembrar como a coisa realmente não é fácil: os dois, alguns meses atrás, estavam na briga por uma vaga no elenco do Houston Rockets para iniciar a temporada 2012-2013, e o brasileiro do Queens acabou vencendo essa – para, um pouco depois, ser dispensado já durante o campeonato em favor de Patrick Beverley, hoje reserva fixo de Jeremy Lin.

Achou que era simples? De o Scott Machado estar entre os nomes discutidos pelo Grizzlies e ser contratado de prontidão?

Nada.

Na NBA, quase nunca funciona assim, e o armador, numa nova equipe, agora olhando Stephen Curry e Jarrett Jack no time de cima, vai ter de paciência para lidar com isso.

*PS: não fosse o som de Memphis, o que seria da civilização ocidental?


Armador veterano comanda a reação do Dallas Mavericks em busca pelos playoffs
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Giancarlo Giampietro

Mike James para o chute

Mike James, ele mesmo, pode ajudar Nowitzki a enfim fazer a barba

E quem se lembrava do Mike James?

“Acho que meu nome realmente faz você se perguntar: ‘Quem?”, brinca o jogador. De fato: nome muito comum. Mike James.

Nos tempos de Detroit Pistons, ele foi apelidado de Pitbull por Rasheed Wallace. Era quando saía do banco de reservas mordendo, ao lado de Lindsey Hunter, hoje treinador do Phoenix Suns, para render Chauncey Billups e Rip Hamilton por alguns minutos, colocando muita pressão no perímetro, deixando a defesa de Larry Brown ainda mais insuportável. Conquistaram o título.

Foi certamente o melhor momento da carreira deste veterano, que entrou na NBA apenas aos 26 anos, como agente livre contratado por Pat Riley, em Miami. Da Flórida ele foi para Boston, até ser enviado para a Motown na mesma troca que envolveu Sheed. Depois – não percam a conta – jogou por Milwaukee Bucks, Houston Rockets, Toronto Raptors, Minnesota Timberwolves, New Orleans Hornets, Washington Wizards e Chicago Bulls. Em termos de produção estatística e relevância no elenco, surpreendeu em 2005-2006 quando marcou 20,3 pontos e 5,8 assistências em 79 partidas pelo Raptors, o que lhe rendeu um aumento significativo, praticamente de 100%.

Que mais?

James foi trocado cinco vezes e dispensado outras três. Ficou fora da liga em 2010-2011, aos 35 anos, quando acreditavam que sua trajetória na NBA havia chegado a um fim.

Para sorte de Rick Carlisle, Mark Cuban e Dirk Nowitzki, não era bem assim.

Ingressando na D-League, pela filial do Dallas Mavericks, provou que ainda tinha o que oferecer, mas, não se enganem, foi contratado mais como um quebra-galho, como reserva de Darren Collison, tendo assinado um contrato de apenas dez dias em 8 de janeiro. O titular, no entanto, estava decepcionando, e o veterano acabou assinando até o fim do campeonato, até ser promovido. De modo que, na sistemática abordagem de Carlisle, sem muita correria e com a ajuda de OJ Mayo para conduzir a bola, deu mais que certo.

“Estou como uma criancinha numa loja de doces. Vocês não entendem o quanto estou me divertindo”, afirmou James neste domingo, depois de ter anotado 19 pontos na vitória deste domingo em confronto direto com o Utah Jazz. Foi seu recorde na temporada.”Já que as pessoas dizem que eu não posso mais fazer parte deste jogo, estou curtindo muito esta fase”, completou.

Desde que James entrou para o quinteto inicial no dia 6 de março, o Mavs venceu oito partidas e perdeu três. Agora, com 34 vitórias e 36 derrotas no total, o time se vê novamente com esperanças de chegar aos playoffs, para manter viva uma sequência de participações nos mata-matas que começou em 2001.

Com os próximos três jogos em Dallas, há uma grande chance de o time chegar ao aproveitamento de 50%, algo que não acontece desde 12 dezembro, quando tinha 11 triunfos e 11 reveses, para, enfim, Dirk Nowitzki poder fazer a barba.

Kobe Bryant certamente está observando tudo isso, e, depois das finais de 2004, Mike James pode novamente estragar sua festa.


Scott Machado: “Posso fazer o que Ricky Rubio faz”
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Giancarlo Giampietro

Scott batalhando na D-League

Competição da D-League primeiro, Ricky Rubio depois

Scott Machado estava em seu giro básico de toda noite pelo Twitter, quinta-feira passada. Primeiro ele disse que estava pronto para concluir um “Trabalho”, assim com caixa alta. Depois, avisou que iria assistir ao companheiro de Rio Grande Valley Vipers, Royce White, participar da série do Dr. Phil,  Phil McGraw, que tinha um quadro no programa da Oprah e hoje comanda seu próprio talk show, abordando toda a sorte de tópicos familiares e particulares. É o psicólogo da galera. Pelo respeito prestado a White, uma figura bastante controversa hoje na NBA, tudo bem que ele se perca por alguns minutos como telespectador disso. E aí… Pouco depois, ele acionou a rede que soa como um desabafo:

– “Eu posso fazer o que Ricky Rubio faz!!!”

– “Estou apenas esperando pelo meu momento!!!”

Foram dois tweets em sequência. Provavelmente ele estava assistindo ao confronto entre o Wolves do armador espanhol e o Los Angeles Lakers, fechando a rodada da liga norte-americana daquela noite. Para constar: todo estrupicado de lesões, o time de Minnesota apanhou do mambembe Lakers por 116 a 94, mas Rubio aprontou mais das suas, com 13 pontos, 13 assistências e oito rebotes, ganhando mais confiança em seu joelho cirurgicamente reparado a cada temporada.

O paralelo que se pode traçar entre os jogos do brasileiro nova-iorquino e o da jovem estrela espanhola é o seguinte: são dois casos raríssimos de armadores puros que ainda sobrevivem à sua maneira, muito mais preocupados em servir aos companheiros, encontrando prazer, se divertindo na hora de passar a bola, mesmo. Curiosamente, na hora de atacar, os dois não são realmente os arremessadores mais temidos em quadra – Scott na D-League e Rubio pelo Wolves estão com aproveitamento abaixo de 40%, algo muito baixo.

Mas as comparações param por aqui.

Rubio também tem dessas

Defesa de Ricky Rubio: outro patamar

Pela plasticidade de seus passes, seu espírito de líder desde a adolescência, quando se pensa em Rubio, é muito mais natural que se fale sobre o impacto que causa no ataque do Wolves, mas há muito mais substância em seu basquete para se avaliar, especialmente o modo como ele usa seus atributos físicos –  larga envergadura e a movimentação rápida de pés, especialmente – na hora de marcar. Tanto fora da bola, rompendo linhas de passe, como na contenção individual, o rapaz atormenta os adversários, exercendo sua maior influência em quadra. Mas o melhor disso tudo é poder ser um ladrão de bola eficaz sem atos irresponsáveis, procurando respeitar um posicionamento adequado para não quebrar a defesa coletiva de sua equipe.

O ponto é: há muito mais em Ricky Rubio do que passes picados que atravessam a quadra.

Dá para entender de onde vem a frustração de Scott, que não teve muito tempo de Rockets para mostrar serviço, de agarrar aquele sonho de se dizer jogador de NBA. Ele esteve lá, mas durou pouco. E, em sua cabeça, depois de tanto ralar, as coisas não deveriam ser assim.

Mas não é fácil, mesmo.

Nem na D-League, especialmente com a filial do Rockets pensando sempre longe, cheia de planos alternativos, com uma equipe de scouts bastante atuante e influente – lembrem-se que o clube é administrado pela mesma diretoria de Houston. A mesma diretoria que, quando teve a chance de contratar um talento como Patrick Beverley, não hesitou. A mesma que, na semana passada, com uma vaga em seu elenco aberta depois da saída de Marcus Morris, promoveu mais um jogador do Vipers – mas não o armador, e, sim, o alemão Tim Ohlbrecht, que foi premiado com um contrato plurianual. Era mais uma oportunidade, mas a vez foi do pivô que tomou a corajosa decisão de abrir mão de bons contratos na Europa para tentar a sorte nos porões do basquete norte-americano.

No próprio elenco do Vipers, por exemplo, em constante fluxo, Scott tem de brigar por tempo de quadra com Andrew Goudelock, ex-Lakers, e Malik Wayns, ex-Sixers, dois atletas que também foram desligados da liga principal recentemente e que devem acreditar sinceramente de que pertencem ao que há de melhor no basquete. Os dois podem não ter o maior nome do mercado, mas não se iludam: a competição acaba sendo ferrenha.

Uma disputa da qual Rubio já está muito distante.


Grupos da Copa América definidos: ótima oportunidade para avaliar os prospectos da seleção
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Giancarlo Giampietro

Olha o Brasil aí

Olha, aqui no QG 21 tava fazendo falta, sim. Conversar sobre a seleção brasileira.

Nesta quinta-feira, a Fiba Américas divulgou a tabela da Copa América masculina de basquete, que será disputada de 30 de agosto a 11 de setembro na Venezuela. Os quatro primeiros colocados se classificam para a Copa do Mundo da Espanha em 2014.

Na primeira fase, não dá para ter apreensão alguma: num grupo de cinco times, avançam as quatro primeiras. Só não dá para tropeçar muito porque os pontos se acumulam na segunda etapa, que definirá os quatro semifinalistas – e classificados – do torneio. O Brasil encara Porto Rico, Canadá, Uruguai e Jamaica em seus quatro duelos iniciais.

Aqui de longe, ainda sem saber nada das listas, dá para arriscar dizer que o Canadá se projeta como o adversário mais complicado. Sim, mais que Porto Rico – independentemente da presença de José Juan Barea, Carlos Arroyo etc.. Agora com Steve Nash engravatado, cumprindo papel de  dirigente, a confederação canadense tem se esforçado em agrupar seus principais jogadores, tentando formar um programa realmente competitivo. Os primeiros sinais são promissores, e talento não faltará ao time, mesmo que os alas-pivôs Kelly Olynyk e Anthony Bennett, dois dos jogadores mais dominantes do basquete univeristário dos EUA nesta temporada, e o jovem armador Myck Kabongo sejam selecionados no Draft da NBA neste ano e possam, eventualmente, ter suas convocações vetadas.

Rubén Magnano, do seu canto, adota o discurso protocolar de qualquer jogo é pedreira. Conhecendo o técnico, não era de se esperar outra coisa, claro. (Isso, claro, se o argentino ainda for o comandante da seleção até lá, lembrando que a CBB passa por eleições em março. Mesmo que o candidato da oposição, o velho conhecido presente-de-Grego, tenha indicado que não haveria mudança alguma nesse sentindo, não dá para cravar como ficaria a situação, pensando muito mais em Magnano aqui. E, não, esse pequeno comentário não é uma campanha em prol do horrendo Carlos Nunes, que tem na contratação do supertécnico seu grande – e único?! – trunfo para buscar a reeleição.)

“Não será uma competição fácil e não podemos descuidar de nenhum adversário. Enfrentaremos nossos rivais mais difíceis na sequência. A estreia será contra Porto Rico, que pela capacidade e bagagem técnica é um grande candidato à classificação. Precisamos estar bem preparados para jogar e ir atrás do nosso objetivo”, afirmou o treinador. “A seleção do Canadá também é uma grande equipe e tem muito potencial. Mas precisamos saber antes de fazer uma análise mais completa quais os jogadores irão representar seu país, pois eles trocam bastante a cada ciclo os jogadores. O mesmo serve para o Uruguai que dependerá dos jogadores que vão atuar, mas com certeza será um jogo difícil. A Jamaica não é tão difícil quanto os demais, mas não podemos descuidar de nenhum adversário.”

Um pouco de blablabla.

O Uruguai realmente tem jogadores muito interessantes, com o pivô Esteban Batista, os armadores Gustavo Barrera, Jayson Granger e o veterano Martín Osimani etc. A Jamaica também pode até contar com o grandalhão Roy Hibbert, do Indiana Pacers, o pivô Samardo Samuels e Patrick Ewing Jr. Mas não dá para esperar perrengue algum contra esses dois times se o Brasil praticar um basquete minimamente consistente.

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Na outra chave estão: Argentina, República Dominicana, México, Paraguai e Venezuela. México e Paraguai são as babas.

Avaliando as dez equipes participantes, em teoria apenas seis brigam por vaga, em ordem alfabética: Argentina, Brasil, Canadá, Porto Rico, República Dominicana e Venezuela Quem chegará mais forte que o outro? Aí, sim, é impossível dizer. Tudo depende de quem vai dizer sim a seus técnicos.

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Para Magnano, as notícias que já vieram dos Estados Unidos não são boas, sabemos:

– O argentino já sabe que não vai poder contar com Leandrinho, que ainda vai estar em recuperação de uma cirurgia no joelho.

– Anderson Varejão hoje é, na melhor das hipóteses, uma incógnita. Ele é outro que não vai terminar a temporada regular da NBA jogando, afastado devido a um coágulo detectado em seu pulmão direito. O pivô já deixou o hospital, visitou os companheiros de Cavs, mas a estimativa inicial era de que ele ainda passaria por tratamento até maio. Se ele vai estar pronto em agosto, física e/ou espiritualmente, é uma dúvida tão grande quanto sua cabeleira – e raça em quadra.

– Ainda em atividade, Nenê jogou as Olimpíadas no sacrifício, algo que implicou em mais uma temporada acidentada na liga norte-americana, agora vestindo a camisa do Washington Wizards. Será que ele topa emendar mais uma vez suas férias?

Tiago Splitter e o San Antonio Spurs esperam sinceramente que ainda estejam em quadra em meados de junho, nas finais da NBA.

– Fabrício Melo consegue jogar na D-League, tem potencial físico, mas ainda está longe de ser um jogador de impacto em partidas decisivas, de peso, como teremos na Copa América. Caso não seja envolvido em alguma troca durante o próximo Draft, em junho, certamente estará em ação pelo Celtics nas próximas ligas de verão em julho.

– Scott Machado ainda não conseguiu retomar o caminho da NBA depois de ser dispensado pelo Houston Rockets. Conseguindo ou não uma nova chance na liga principal, também deve participar dos torneios de verão norte-americanos. Para quando será que Magnano vai marcar sua apresentação?

Mas calma, gente. Nem tudo está perdido.

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Mesmo se não puder contar o sexteto que iniciou a atual temporada da NBA, Magnano ainda teria talento o suficiente para compor uma equipe de respeito, forte, para disputar a Copa América, contando com aqueles que julga os destaques do NBB – embora nem sempre os melhores de fato do campeonato nacional sejam chamados, diga-se – e com os garotos em desenvolvimento na Europa. (Desde que, claro, nenhum deles faça a transição para a liga norte-americana entre as temporadas.)

Rafael Hettsheimeir vai recuperando a melhor forma pelo Real Madrid aos poucos, Vitor Faverani tratou de fazer as pazes e é um pivô de elite na Europa, Rauzlinho ganhou minutos preciosos de Liga ACB nesta temporada, assim como Lucas Bebê, e Augusto Lima e Rafael Luz devem estar doidos para mostrar mais serviço pela seleção.

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Muita gente pode ter se despedido de Manu Ginóbili, Andrés Nocioni e Pablo Prigioni em Londres, mas nenhum dos três anunciou oficialmente a aposentadoria da seleção argentina. Luis Scola, pelo contrário, garantiu que joga. A República Dominicana não vai contar mais com John Calipari. Sem o badalado treinador, Al Horford e Francisco Garcia vão topar o desafio? A Venezuela depende, muito, do cada vez melhor Greivis Vasquez.


Substituto de Scott Machado estava cansado de se destacar na Rússia
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Giancarlo Giampietro

Patrick Beverley desbancou Scott Machado

Patrick Beverley, MVP na Europa, 15º jogador do Rockets

Na Rússia, Patrick Beverley era praticamente um czar em quadra. Mas ele já estava bem cansado dessa vida. Por isso, o interesse do Houston Rockets não poderia ter surgido em melhor hora – ou pior, do ponto de vista de Scott Machado.

“Não fazia uma refeição com comida americana há cerca de seis meses. E é diferente olhar para a TV e ver todo mundo falando inglês. Agora entendo o que as pessoas tão falando quando vou para a rua também”, disse o jogador, que é difícil de se enquadrar em uma posição. Escolha algo entre armador, ala-armador ou escolta: vai depender da combinação de jogadores que o treinador usar em quadra.

O que sabemos sobre o jogador é que ele é um atleta de primeiro escalão. Mesmo medindo 1,85 m e jogando basicamente no perímetro, Beverley tem o costume de liderar, pasme, suas equipes em rebotes. Ele fez isso jogando pela universidade de Arkansas – onde ficou por dois anos – e também sustentava essa façanha neste começo de temporada europeia pelo Spartak St. Petersburg na Rússia, depois de ter sido o MVP da última Eurocup (torneio de clubes um nível abaixo da Euroliga, mas forte de seu jeito).

Seus atributos físicos sempre chamaram a atenção dos olheiros da liga norte-americana. Foi draftado pelo Lakers em 2009, mas nunca chegou a constar nos planos de Phil Jackson, sendo repassado para o Miami Heat rapidamente. Jogou na segunda divisão da Grécia naquela temporada, fez alguns amistosos de pré-temporada pelo clube da Flórida no ano seguinte e, de novo, foi dispensado.

O problema era entender em que posição ou como ele poderia ser aproveitado. Como um protótipo de armador, era um jogador interessante, com potencial para ser um enérgico jogador, especialmente em aspecto defensivos. Uma discussão que, na NBA de hoje, vai perdendo o sentido. Ainda mais quando vemos em Houston, mesmo, um Toney Douglas, alguém formado nos mesmos moldes, seguindo firme como o armador reserva do time. Na verdade, jogando ao lado de James Harden, ele apenas marca o armador, enquanto a organização da equipe fique por conta do barbudo.

Essa capacidade atlética permite que Beverley jogue com eficiência no garrafão, atacando o aro, uma característica que é muito importante para a direção e comissão técnica do Rockets – como havíamos destacado aqui. A equipe valoriza muito os jogadores capazes de bater para a cesta, cavando lances livres ou abrindo espaço para os tiros de três da quina, de maior aproveitamento. São pontos em que Scott ainda estava longe de dominar.

Agora em Houston, o rapaz além de se ver envolto pela cultura de seu país, sem estranhezas, ele também se reencontra com a sua mãe, vejam só. Sua família é de Chicago, mas a Sra. Beverley havia se cansado de lá e decidiu se mudar para o Texas há três anos. Mal sabiam os dois… “Tive a sorte de poder abrir para ela um salão de manicure, e ela está trabalhando aqui desde então”, diz Patrick, que a princípio vai jogar pelo Rio Grande Valley Vipers na D-League. “Estou mais do que feliz e eu vou definitivamente aproveitar esta oportunidade.”

No esporte, a alegria de um quase sempre está ligada a uma frustração do outro.


Trajetória de pivô emergente do Rockets serve de exemplo para Scott Machado
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Giancarlo Giampietro

Greg Smith quem?

Matt Smith? Pat Smith? Jack Smith?

Não, nada disso. É Greg Smith.  E você conhece o Greg Smith?

É o pivô do Houston Rockets, jogando sua segunda temporada na NBA. Reserva do Omer Asik, o turco que você realmente deveria ter destacado em seu caderninho de anotações. (Se não fez, corra para vê-lo em ação. Um baita jogador).

Mas o Smith? Com esse nome tão comum nos EUA que poderia lhe valer a condição de anônimo, jogando 15 minutos em média por um time que não é exatamente a sensação do momento, é bem capaz que ele tenha passado batido mesmo na hora de se vasculhar a liga norte-americana em busca de informação.

De todo modo, para o aficionado brasileiro, a trajetória do grandalhão ajuda a dar um pouco de precioso contexto em torno de Scott Machado, o armador que vive uma situação difícil, já que o gerente geral Daryl Morey acabou de dispensá-lo.

Assim como Machado, Smith não jogou em uma universidade norte-americana de ponta – ele cursou em Fresno State. Assim como Machado, não foi dfraftado –se inscreveu no recrutamento de calouros em 2011, um ano antes do nova-iorquino filho de gaúchos e não teve seu nome chamado. Assim como Machado, foi acolhido prontamente pelo Rockets como um projeto de longo prazo.

Greg Smith x Manu Ginóbili

Mais eficiente que Manu Ginóbili?

Participou do training camp pelo clube texano em 2011, mas foi cortado do elenco principal após ter disputado apenas dois amistosos na pré-temporada – de novo: tudo muito familiar com a trajetória do armador. O jogador teve, então, de se contentar em jogar na D-League, a liga de apoio da NBA na qual o “D” vale por desenvolvimento. E ele realmente se desenvolveu.

Enfrentando veteranos rodados e alguns atletas inexperientes, Smith desfrutou de uma campanha de sucesso pelo Rio Grande Valley Vipers, a filial do Rockets, com 16,6 pontos, 7,8 rebotes e aproveitamento de 66,8% nos arremessos em pouco mais de 28,2 minutos. Foi tão bem que mereceu uma recompensa: um contrato ao final da temporada com o próprio clube de Houston, que, desta forma, conseguiria mantê-lo sob sua alçada. (Funciona assim: o clube oferece um contrato de dois anos para o atleta, no qual geralmente o segundo não tem nada de dinheiro garantido; ainda assim, esse time ao menos garante os direitos sobre o jogador, podendo dispensá-lo a qualquer hora.)

O pivô iniciou o atual campeonato no mesmo  barco de Scott Machado: não tinha um vínculo assegurado, tendo de convencer o técnico Kevin McHale e a direção de que valeria a pena investir mais em seus talentos. Os dois passaram juntos por um momento dramático no final de outubro, quando o Rockets tinha 20 atletas sob contrato e precisaria dispensar cinco deles antes que a competição iniciasse.

No fim, Morey continuou com seus movimentos ousados, manteve a dupla inexperiente e torrou cerca de US$ 6 milhões de salário ao mandar embora alguns veteranos estabilizados na liga. Na semana passada, quando chegou o ala James Anderson, foi a vez de Daequan Cook ser chutado e de mais US$ 3 milhões serem triturados. Agora, para abrir espaço para Patrick Beverley (escrevo mais sobre ele em breve), chegou enfim a vez de Scott. Greg Smith ficou.

Greg Smith, o Mãozão

Greg Smith e o maior par de mãos já medido nos testes físicos pré-Draft da NBA

Com o maior par de mãos já medidos na preparação para o Draft –, ótima envergadura e a cabeça amadurecida após tantos testes o pivô tem seu lugar fixo na rotação de McHale, e o que se escuta vindo de Houston é que o técnico já estuda um meio de abrir mais espaço para o cara em sua escalação, estudando colocá-lo ao lado de Asik.

Pudera: segundo as estatísticas mais avançadas, Smith seria hoje o 27º jogador mais eficiente de toda a NBA. Manu Ginóbili, Serge Ibaka e Paul Pierce são, respectivamente, os 28º, 29º e 30º da lista. (O que não quer dizer que sejam inferiores, claro. Mas é uma avaliação que mostra o potencial do jogador e que tem, em seu topo, pela ordem, as seguintes figuras: LeBron James, Kevin Durant, Chris Paul e Carmelo Anthony. Justa?)

Enfim. Parece até uma fábula. Mas que deveria ser estudada com atenção por Scott Machado. Ser dispensado pelo Rockets definitivamente não é o fim da linha, como você pode ver neste link aqui do DraftExpress.

Nessa entrevista, o antes desconhecido e dispensado Greg Smith diz o seguinte, com muita confiança: “Consigo me enxergar como um ala-pivô ou pivô titular em qualquer equipe da liga, de preferência no Rockets. Seria um bom jogador com o qual você pode contar e que ajudaria um time a vencer. E, daqui a cinco anos, acredito que poderia ser um All-Star”.

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 No ano passado, durante o lo(u)caute da NBA, Smith jogou no México, para fazer um troco. Perto de Fresno, na fronteira com os EUA, mas, ainda assim, o México, que não é lá o principal pólo que você vai pensar quando o assunto é basquete. “No primeiro momento eu não queria jogar lá. Havia algo de errado, mas então decidi que iria, sim, e que seria por uns cinco ou seis meses. Quando cheguei, foi difícil, mas eu aprendi muito sobre mim mesmo, crescendo e amadurecendo. Joguei por três ou quatro meses, e aprendi muito enfrentando caras experientes que não se importam com quem você seja, com seu nome ou com qualquer outra coisa. Eles jogavam duro”, diz o pivô.

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“É complicado para os jogadores jovens, porque eles estão vindo da universidade ou da Europa, onde estão acostumados a jogar mais de 30 minutos. Vir para cá, em Houston, com tempo limitado de quadra é difícil. Esse é o desafio para eles ao entrar na NBA, procurando se estabelecer. Achamos que a D-League dá a eles uma grande vantagem para continuar jogando e, ao mesmo tempo, trabalhar em suas fraquezas.”

Esse já não é mais o Greg Smith falando, mas, sim, de Gersson Rosas, o vice-presidente de basquete do Rockets, e gerente geral do Rio Grande Valley Vipers.

PS: encontre o Vinte Um no Twitter: @vinteum21.


Cartola sinaliza que Scott Machado só será aproveitado a longo prazo pelo Rockets
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Giancarlo Giampietro

Scott Machado na D-League

Scott Machado, por enquanto, vai com o unfirome do Vipers, mesmo

O aproveitamento de Scott Machado pelo Houston Rockets não deve acontecer tão cedo, a julgar por uma entrevista do vice-presidente de operações de basquete, Gersson Rosas, ao blog “Ridiculous Upside”, o armador ainda é encarado como um projeto de longo prazo.

O Rockets tem deixado o brasileiro nova-iorquino permanentemente com sua filial na D-League, o Rio Grande Valley Vipers, onde por vezes tem a companhia de mais dois calouros do, digamos, time de cima: os alas-pivôs Terrence Jones e Donatas Motiejunas. Esse par o cartola julga mais preparado para encarar uma concorrência de alto nível. Por outro lado….

“Machado é um caso diferente”, conta. Para, então, abrir o jogo sobre o que esperam do rapaz nos próximos meses, elencando uma espécie de (loooonga) lista de tarefas de casa que Scott tem de cumprir.

“Ele não foi draftado, e, sendo um armador, ele joga na posição mais difícil de se fazer a transição da universidade para a NBA. Estamos investindo muito tempo e nossos esforços ao permitir que ele conduza um time. Queremos que ele faça um bom trabalho coordenando o ataque, fazendo boas jogadas e colocando seus companheiros nos lugares certos para que tenham sucesso. Melhorar do outro lado da quadra como um defensor também é importante. Na D-League, Scott também está em posição de se tornar um marcador melhor. Tudo se resume a aprender como defender melhor os pick-and-rolls, ser um reboteiro consistente na defesa e apenas entender o jogo dos dois lados. O que estamos fazendo é desenvolver um cara que pode causar impacto como um armador reserva.”

Olha, em princípio, não são os comentários mais animadores, não? Nada como a boa e sumida franqueza. Na opinião de um dos três ou quatro principais tomadores de decisão do Rockets,  o brasileiro ainda tem muito arroz e feijão para comer antes de se tornar uma presença regular no elenco de Kevin McHale.

Na D-League, os números do armador ainda se mostram pouco eficientes, chamando a atenção especialmente o baixo aproveitamento nos arremessos de quadra e o elevado número de desperdício de posse de bola, e justificam o discurso exigente e, ao mesmo tempo, paciente de Rosas – que, a propósito, esteve no Brasil em 2007 para observar os jogos do Pan do Rio de Janeiro. Creiam.

Agora, um ponto a ser destacado nesse extenso comentário é o fato de a franquia texana estar realmente jogando suas fichas no progresso do rapaz. De modo que enxergam muito potencial para ser explorado. Lembrando: diversos jogadores veteranos foram dispensados no início do ano, já com seus salários garantidos, para que pudessem manter Scott sob sua alçada.

Assim como fizeram com o pivô Greg Smith no ano passado. O jogador, que também passou batido pelo Draft, foi aproveitado em pouquíssimas partidas na temporada passada, ficou um tempão na D-League – onde foi dominante, diga-se – e neste ano emergiu como um excelente reserva para Omer Asik. Sua trajetória é um evidente exemplo que deve servir para motivar qualquer atleta relegado ao campeonato de desenvolvimento. Grupo a que Scott, no momento, pertence.

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As avaliações sobre o desempenho de qualquer jogador na D-League também merecem cuidado: o cotidiano de seus clubes pode ser caótico, por diversos motivos: a rotação constante dos elencos, as idas e vindas dos jogadores da NBA, muita gente querendo mostrar serviço de qualquer forma e a qualquer preço,  viagens mais complicadas, menores salários e mais. No caso do Vipers, ainda há a segurança de que seu departamento de basquete é inteiramente gerido pela direção do Rockets. Ainda assim, ser um armador puro, organizador, nesse contexto, não é fácil.

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Um atleta interessante de se observar no elenco do Vipers nesta temporada é o alemão Tim Ohlbrecht, de 24 anos. Ele já foi considerado pelos olheiros europeus como uma grande aposta, mas teve um início de trajetória como profissional um pouco frustrante, com sua dedicação sendo questionada em diversas ocasiões. Pelas poucas partidas do sujeito assistidas no QG 21, seu talento como reboteiro e arremessador é realmente instigante. A opção por deixar a Europa e encarar a “Segundona” da NBA é bem incomum e quiçá sinalize que o alemão tenha caído na real e esquecido os comentários de “próximo-Dirk-Nowitzki”, buscando endireitar a carreira.


Houston Rockets manda Scott Machado e mais dois para liga de desenvolvimento
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Giancarlo Giampietro

Scott Machado vai ter de arrumar as malas e cair na estrada. Ele tem uma viagem de cerca de 500 km para fazer entre Houston e Hidalgo, pequena cidade localizada ainda no Texas. Passadas duas semanas de temporada regular na NBA, o Rockets decidiu, enfim, enviar o jovem armador para sua filial na D-League, o Rio Grande Valley Vipers.

Scott Machado pelo Rockets em Las Vegas

Scott vai ter tempo de quadra pela primeira vez desde a pré-temporada

Sem ser aproveitado no elenco, ficando fora até mesmo do banco de reservas, o movimento por parte da franquia não pode ser encarado como um rebaixamento para o nova-iorquino brasileiro. Em meio a dezenas de viagens, um corre-corre danado, é mais fácil que ele mostre serviço para sua diretoria e comissão técnica e diretoria jogando com regularidade, em vez de depender dos minutos escassos de coletivos.

Aliás, em sua mudança, Scott vai acompanhado de dois companheiros do Rockets, o ala Royce White e o ala-pivô Donatas Motiejunas, duas escolhas de primeira rodada do clube nos últimos anos e que também mal vinham sendo aproveitados pelo técnico Kevin McHale – ele tem dado prioridade a seus jogadores mais experientes. Dos novatos, apenas Terrence Jones fica, então, em Houston, embora tenha minutos esporádicos nas partidas.

O salário do armador não muda. Ele continua sendo pago pelo clube surpreendeu ao contratá-lo este ano, torrando mais de US$ 5 milhões em salários de jogadores dispensados, e pode ser chamado de volta para a qualquer momento por McHale para o time principal. O que muda é sua rotina: as instalações, as viagens, a rotina de um atleta da D-League são bem mais modestas do que os luxos que rodeiam os astros do primeiro escalão.

O nível de competitividade também é intenso. Cada um dos jogadores inscritos no campeonato de desenvolvimento sonha com uma contratação por parte dos primos ricos. Atletas como Scott, Motiejunas e White são vistos como alvos preferenciais dos concorrentes – é a chance de competir com caras que desfrutam da “mamata” e mostrar que são melhores ou que pelo menos têm nível para voos mais altos. Mas não que isso vá assustar o armador, que teve de batalhar bastante para entrar no radar da NBA jogando pela pequena universidade de Iona. Depois de ser ignorado no Draft, suou um pouco mais para garantir seu contrato. Então não tem nada de novo para o rapaz.

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Veja alguns jogadores que o Houston Rockets já mandou para Hidalgo: o armador Aaron Brooks, o ala Steve Novak, o pivô Joey Dorsey, o ala-armador Jermaine Taylor, o armador Ish Smith, além do pivô Greg Smith, do ala-pivô Patrick Patterson e do ala Marcus Morris (os três ainda no Rockets). Desses, apenas Dorsey e Taylor estão fora da NBA hoje, sendo que o primeiro por opção – foi campeão europeu pelo Olympiacos na temporada passada e recusou propostas que considerou baixas por parte da liga. Taylor acabou de acertar com o Lagun Aro na Liga ACB espanhola e vai fazer companhia ao nosso Raulzinho.

Outros atletas passaram pelo Vipers e ainda têm contratos: o ala Terrell Harris, reserva de Dwyane Wade e Ray Allen no Miami Heat, o ala Ivan Johnson, duro-na-queda do Atlanta Hawks, e o armador Will Conroy, que conseguiu neste ano uma vaga no Minnesota Timberwolves.

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Quem não reagiu nada bem ao comunicado sobre a decisão do Rockets foi o ex-técnico de Motiejunas na Euroliga, Tomas Pacesas, com quem trabalhou no Asseco Prokom. Na real, o cara ficou furioso. “Não fiquei só surpreso, mas nervoso com esse tipo de decisão. Na minha opinião, Donatas é um dos melhores pivôs não só da Europa, mas no mundo também. Suas capacidades físicas e técnicas deixariam jogá-lo bem mesmo na piada que é essa liga” disse. “Para mim, Donatas é tão bom quanto Jonas Valanciunas e poderia jogar tão bem ou talvez melhor que ele na NBA.”

O treinador teria sugerido, então, que seu ex-pupilo – paparicado pelos olheiros europeus há anos e anos, isso é fato – se daria melhor num time como o Toronto Raptors ou o San Antonio Spurs, duas franquias historicamente ricas em seus relacionamentos com jogadores vindos da Europa. Mal sabe ele o que anda acontecendo com Tiago Splitter…