Vinte Um

Arquivo : Orlando

Conheça os reforços baratos que ainda podem ser úteis na NBA
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Giancarlo Giampietro

Nate Robinson, sim, senhor

Nate Robinson, o melhor jogador da semana no Leste. Acreditem

Quem poderia imaginar que Nate Robinson, fazendo as vezes de Derrick Rose no Chicago Bulls, poderia ser eleito o melhor jogador da semana no Leste em alguma ocasião? Larry Brown e Doc Rivers, que perderam alguns anos de vida ao comandar o dinâmico e tresloucado baixinho, certamente não.

Mas, para o Bulls, ele se provou um reforço perfeito. O time mantém um padrão defensivo absurdo, sufocante, e está bem posicionado na briga pelos playoffs no leste. Mas uma hora é preciso fazer cesta para vencer uma partida, não? E Robinson sabe fazer isso muito bem. Nem sempre ele é o jogador mais consciente e empenhado em quadra, mas seus talentos ofensivos são inegáveis. Ganhando o salário mínimo para sua idade, com o contrato sem garantia alguma, que mal teria, então? Thibodeau liberou a contratação, e foi na mosca.

Na NBA, muitas vezes o mercado funciona como o do futebol brasileiro, com uma oferta muito grande de jogadores. É normal que alguns passem despercebidos e demorem em fazer parte da liga, assim como há inúmeros casos de jogadores já contratados e envolvidos em negociações apenas como contrapeso e que, do nada, se tornam peças fundamentais em seus novos clubes (exemplo: ver Clark, Earl na enciclopédia que vai sendo preparada para dar conta dessa temporada completamente maluca por que passa o Lakers).

Com o dia 21 de fevereiro, a data-limite para a realização de trocas se aproximando, veja alguns jogadores para quem não se dá muita bola, ou que são muito pouco aproveitados hoje em seus atuais clubes, e que poderiam ganhar mais oportunidades ou ajudar outras equipes na briga pelos playoffs:

Sai de baixo que é o Will Bynum

Se não tomarem cuidado com Will Bynum…

– Will Bynum, armador, Detroit Pistons.
Pelo que vem produzindo vindo do banco na Motown, é um alvo de certo modo óbvio, de tão bem que vem jogando, fazendo dupla com o calouro-sensação Andre Drummond. Tem médias de 9,1 pontos e 3,7 assistências na temporada, com 45,6% de acerto, em apenas 18,1 minutos. Nos últimos cinco jogos, mesmo com a chegada de Calderón, seus números são de 13,6 pontos e 5,6 assistências, com pontaria incrível de 53,8%. Esse baixinho que não foi draftado por nenhum time ao sair de Georgia Tech e brilhou pelo Maccabi Tel Aviv na Europa não tem nenhum ano a mais em seu contrato, recebendo US$ 3,25 milhões nesta temporada. Isto é, seria uma opção para reforçar o banco de qualquer candidato ao título sem custar muito e produzindo demais, colocando pressão nas defesas com seu jogo explosivo e atlético.

– Ronnie Brewer, ala, New York Knicks.
Já em sua quarta equipe na liga, Brewer começou o campeonato como titular em uma campanha surpreendente do New York Knicks, mas perdeu espaço na metade da temporada, antes mesmo do retorno de Iman Shumpert, tendo jogado mais de dez minutos apenas em uma partida das últimas 11 – uma vitória contra o Hornets no dia 13 de janeiro. Estranho: embora estivesse visivelmente fora de forma (se comparado ao físico que mostrou em Utah e Chicago) depois de passar por uma cirurgia, ainda oferece a qualquer time vencedor uma importante presença física e atlética, dedicada ao serviço sujo. Esteticamente, seu arremesso é uma das coisas mais feias em toda a NBA, mas ele compensa isso com ataques ferozes por rebotes ofensivos, uma defesa capaz de incomodar gente como Dywane Wade. Recebe o salário mínimo no ano: US$ 1 milhão.

A prancheta de Luke Walton

QI: durante o lo(u)caute da NBA, Walton foi assistente técnico na Universidade de Memphis

– Luke Walton, ala, Cleveland Cavaliers.
Calma, calma, calma. O torcedor do Lakers pode ter vontade de rolar no chão, com uma síndrome do pânico às avessas. Já faz tempo que ele supostamente não servia para nada no banco de Phil Jackson. O que ele poderia fazer hoje que ajudaria uma equipe de ponta? Bem, nunca é demais ter um passador inteligente em seu elenco, e isso o veterano faz como poucos, deixando seu genial pai orgulhoso. Em sua carreira, tem média de 4,7 assistências numa projeção de 36 minutos por jogo. Tem armador que se contentaria com algo assim. De todo modo, é uma habilidade para ser empregada homeopaticamente: o Walton filho também tem o corpo quebradiço, é extremamente vulnerável na defesa e lento. Mas pode ajudar a dar fluidez pontualmente a uma equipe que dependa demais de investidas individuais. Salário um pouco alto (5,6$ milhões), mas no último ano de vínculo e já com boa parte dele paga pelo próprio Cavs.

– Chris Singleton e Dahntay Jones, alas, Washington Wizards e Dallas Mavericks.
Tal como Brewer, são defensores implacáveis, fortes e atléticos, e pouco usados por seus atuais treinadores. Não porque não consigam mais perseguir os principais jogadores da outra equipe, mas essencialmente por estarem elencos em que suas habilidades são sobressalentes. Acabaram vítimas das circunstâncias. Singleton é praticamente um joão-ninguém na NBA, mas tem lampejos pelo Wizards que mostram o quão relevante pode ser em quadra – com 2,03 m de altura, ótima envergadura, está equipado para jogar nesta nova liga que testemunhamos, que não se importa muito com posições. Seria um ala ou um ala-de-força? Não importa: fato é que, na defesa,  conseguiria ao menos fazer sombra a caras como LeBron James e Kevin Durant. Acreditem. Já Jones é um pouco mais baixo, reduzindo sua cobertura a jogadores com porte semelhante ao de Wade.

Deem uma chance a Ayón

Ayón pode fzer muito mais do que simplesmente posar para uma foto vestido de Orlando Magic

Gustavo Ayón, ala-pivô, Orlando Magic.
Na encarnação passada do Vinte Um, já revelamos que o mexicano é o orgulho de Zapotán, com direito a música em sua homenagem e tudo (veja abaixo). Já não é pouco. Mas saibam também que, em seus tempos de liga espanhola, Ayón sucedeu caras como Scola, Splitter e Marc Gasol como seu jogador mais eficiente, posicionado entre os destaques de diversas categorias no principal campeonato nacional da Europa. Na NBA, teve um começo discreto, mas muito interessante pelo Hornets na temporada passada, mas vem sendo pouco aproveitado na Flórida, atrás do emergente Nicola Vucevic, do calouro Andrew Nicholson (aposta da franquia) e do veterano Big Baby na rotação de garrafão. Superatlético, inteligente, bom arremessador de média distância, faz de tudo um pouco em quadra e seria uma ótima opção num time bem estruturado, em que cada jogador tenha suas missões bem definidas em quadra.

Timofey Mozgov, pivô, Denver Nuggets.
Na verdade, praticamente o elenco inteiro do Nuggets poderia se enquadrar nessa brincadeira. Entre eles e o Clippers, estamos falando certamente dos times com mais opções em toda a liga. Mas destacamos o gigantão russo, que já foi alvo de muita chacota em Nova York e agora não consegue sair do banco de George Karl. E o que tem de tão especial, então? Bem, qualquer um que viu a seleção russa jogando nas Olimpíadas vai sair responder. Ele dominou Splitter e Varejão em confronto direto, por exemplo. Mas não foi só isso: de um trabalhão para qualquer oponente na campanha rumo ao bronze, com movimentos sofisticados para quem supostamente seria apenas mais um lenhador russo. Também está no último ano de contrato e, de todos os listados aqui, é o mais provável para mudar de clube – até Karl já falou abertamente a respeito, de que ele merecia mais tempo de quadra, mas que, com Koufos jogando bem e McGee aprontando das suas, não há muito o que fazer no momento.


A NBA não vive apenas de estrelas: conheça os anônimos que brilham ao seu modo na liga
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Giancarlo Giampietro

Sabe o Jeremy Lin, né?

Aquele da Linsanidade e tal.

Então: seu caso de jogador que era refugo da D-League e virou um astro na NBA foi o mais emblemático quando pensamos em atletas que nem sempre foram valorizados como deviam por dirigentes, técnicos e scouts, ou, no mínimo, atletas que acabam evoluindo consideravelmente contrariando qualquer previsão e acabam se dando bem na liga norte-americana.

São histórias sempre bacanas de se acompanhar, mostrando que nunca é tarde para realizar seus sonhos.

(Espaço para imaginar a trilha de cinema, daquele filme de drama enobrecedor, que faz a pessoa se sentir nas nuvens depois de um clímax meloso, mas arrebatador. Que toque a sifonia na sua cuca…)

Agora ok.

No ano passado, ainda na primeira encarnação, o Vinte Um elegeu seu “Esquadrão Jeremy Lin” em homenagem ao armador que conquistou Manhattan, reunindo jogadores que tiveram de lutar e viajar um bocado até chegar ao bem-bom da NBA.

Ainda estamos na metade do campeonato 20120-2013, com muita coisa para rolar – especialmente a fase deprimente e ao mesmo tempo extremamente intrigante em que os times vão se autossabotar para tentar uma escolha mais alta de Draft, abrindo as portas para as hordas vindas da D-League. Mas já deu para pinçar aqui e ali quatro bons candidatos para formar o”EJL 2012-2013″.

Sem perder mais tempo, vamos aos rapazes que concorrem a uma honraria tão prestigiada como essa:

Chris Copeland, New York Knicks.

Chris Copeland

Copeland em ação na liga de verão de Las Vegas: calouro aos 28 anos

Nascido em Nova Jersey, formado na universidade de Colorado em 2006, o ala de 28 anos realmente apareceu do nada. Quer dizer, a não ser que o informado leitor do Vinte Um estivesse por dentro de tudo que se passava na liga belga de basquete. Era lá que ele estava jogando nas últimas duas temporadas, defendendo o ilustre Generall Okapi Aalstar (muito prazer) e foi encontrado pel olheiro europeu dos Bockers. Foi convidado para jogar a liga de verão de Las Vegas, ganhou um lugar no training camp de Mike Woodson e, alguns meses depois, já faz parte do quinteto titular, jogando ao lado de Carmelo Anthony como um Steve Novak turbinado. Arremessa muito bem de qualquer canto da quadra e é um pouco mais atlético que o branquelo. Já marcou mais de 20 pontos em três partidas.

– Alan Anderson, Toronto Raptors.

Alan Anderson para o chute

Alan Anderson chuta com Kevin Durant na plateia

Aos 30 anos, o ala enfim conseguiu seu lugar para valer no Eldorado. Graduado em uma universidade bem mais tradicional, Michigan State, demorou para ter destaque pelos Spartans, dirigido por Tom Izzo. Teve médias de 13,2 pontos, 5,6 rebotes e 1,7 assistência em sua última campanha. Não foi o suficiente para convencer um time a selecioná-lo no Draft de 2005, mas ele acabou jogando pelo Bobcats em duas temporadas intermitentes, alternando com passagens pelo Tulsa 66ers da D-League. Dispensado, decidiu então migrar para a Europa, onde jogou na Itália, na Rússia e na Croácia até assinar com o Maccabi Tel Aviv, pelo qual fez uma ótima temporada em 2009-2010. Voltou para os EUA, então, mas, sem ofertas da NBA, jogou pela D-League novamente em 2010. Era muito pouco para seu talento, tendo se transferido logo para o Barcelona. Foi eleito o MVP da Copa do Rei. Hora de se firmar na NBA? Claro que não: teve de ir para a China até que, em março de 2012, assninou um contrato de 10 dias com o Raptors. Depois, fechou pelo restante da temporada, com médias de 9,6 pontos por partida em 17 partidas como titular. Mas é apenas nesta temporada, mesmo como reserva, que ele vem sendo produtivo, com 12,2 pontos em 24,7 minutos, com desempenho decisivo em algumas vitórias do Raptors. Mais importante: tem seu primeiro contrato garantido.

– PJ Tucker, Phoenix Suns.

PJ Tucker x Nicolas Batum

PJ Tucker pressiona Batum: destaque isolado pelo Suns

Ao contrário dos dois jogadores citados acima, Anthony Leon Tucker foi selecionado no Draft da NBA na 36ª posição, no ano em que decidiu deixar a universidade do Texas, em 2006. Acontece que sua carreira pelo clube canadense não foi das mais produtivas ou duradouras: fez apenas 17 partidas em sua temporada de calouro até ser dispensado. Ele admite hoje que não soube lidar com a falta de tempo de quadra, deixando se levar pela frustração. “Eu ficava reclamando, brigando. Tinha a cabeça muito jovem e não entendi que isso é um negócio, perdi a perspectiva. Você precisa entender seu papel numa equipe. Agora vejo garotos fazendo a mesma coisa: dizendo que foram ferrados pelo GM ou pelo técnico. Quando você consegue ser verdadeiro consigo mesmo, é aí que as coisas fazem sentido. Foi uma jornada dura, mas completa”, diz o ala que é um dos poucos pontos positivos na decepcionante campanha do Suns. Nessa jornada dura você pode incluir passagens por dois clubes de Israel, um da Ucrânia, um da Grécia, um da Itália, um de Porto Rico e outro da Alemanha. Por clubes menores, mas preenchendo o currículo: foi eleito o MVP da liga israelense em 2008, cestinha da liga ucraniana e MVP da última final da liga alemã, pelo Brose Baskets Bamberg. Seu passe estava valorizado na Europa, mas optou por tentar a NBA mais uma vez, garantindo seu lugar no Arizona com muita garra, assumindo o desafio de marcar um LeBron James uma noite e Kevin Durant na outra. “Nunca deixo alguém trabalhar mais duro do que eu”, afirma.

– DeQuan Jones, Orlando Magic.

DeQuan Jones, Orlando Magic

DeQuan Jones, um titular improvável para o Orlando Magic

Um jogador com muita impulsão e elasticidade, candidato natural a qualquer concurso de enterradas, Jones era, porém, apenas o sétimo cestinha da universidade de Miami – equipe que está bem distante do pelotão de elite da NCAA. Não era de estranhar então que, na noite do Draft de 2012, sua família não tivesse preparado nenhuma festa de arromba. “Ninguém esperava por nada. Era mais como um tiro no escuro”, diz o ala. Sete meses depois, e lá está ele no quinteto titular em Orlando, clube pelo qual ele nem foi testado nos treinos particulares que antecedem o recrutamento de novatos. Para constar: apenas Bucks, Lakers e Pistons o observaram de perto, e foi em Detroit que Scott Perry, futuro gerente geral assistente da franquia da Flórida o conheceu. Perry o convidou para jogar a liga de verão, e deu certo. Acabou conseguindo uma vaga no traning camp, sem garantia alguma no seu contrato, mas bateu o veterano Quentin Richardson (US$ 4,5 milhões em salário) e os alas Justin Harper e DeAndre Liggins, que eram escolhas de Draft do clube.

PS: encontre o Vinte Um no Twitter: @vinteum21.


Com retorno de Ricky Rubio, Minnesota sonha com arrancada rumo aos playoffs
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Giancarlo Giampietro

Ricky Rubio

Por Rafael Uehara*

Após nove meses de molho devido a uma lesão séria no joelho esquerdo, o armador Ricky Rubio voltou às quadras no sábado passado contra o Dallas Mavericks para o delírio da torcida no Target Center, em Minnesota. Mesmo com Kevin Love se desenvolvendo em um All-Star, Rubio foi o principal responsável pela ressurreição da franquia como um time de interesse na temporada passada. Pela primeira vez desde que Kevin Garnett foi negociado quase meia década atrás, o futuro parecia promissor. Mesmo com um elenco limitado ao seu redor, Rubio estava liderando o time em direção aos playoffs quando colidiu joelhos com Kobe Bryant em Março e teve sua magistral primeira temporada abruptamente terminada. Sem ele, os Timberwolves perderam 17 de seus últimos 20 jogos.

Para essa campanha a diretoria reforçou a ala, setor de maior dor de cabeça ano passado, e a esperança era de que o time ganhasse jogos num número suficiente para não cair fora da briga enquanto Rubio não retornasse. Quando Love quebrou a mão na pré-temporada, as probabilidades estavam contra o time. Mas, mesmo ao cambalear no começo, em um momento perdendo cinco jogos seguidos, o Minnesota encontrou este meio de produzir vitórias, vencendo seis de suas próximas oito partidas, chegando a sábado com 11 vitórias em 20 jogos. E, agora que Rubio está de volta, semanas depois de Love, o time sonha em uma arrancada aos playoffs, algo 1u3 não disputa desde a temporada 2003-2004.

Há dúvidas com relação à capacidade de Rubio voltar a ser o jogador que era no passado, por se tratar de uma lesão tão séria, mas, se sua estréia na temporada serve de modelo, o jovem de 22 anos aparenta estar a caminho de uma recuperação completa. Em 18 minutos contra Dallas, Rubio marcou oito pontos, deu nove assistências e teve três roubos de bola. O time ganhou na prorrogação, 114-106, sem Rubio, pois o técnico Rick Adelman mostrou disciplina ao plano de segurar o garoto a exatamente no máximo que havia estipulado: 18 minutos. Mas, mesmo em tempo limitado, o impacto de Rubio na vitória foi claro.

Os Timberwolves têm tido dificuldade no ataque devido a tantas lesões a jogadores importantes e é atualmente apenas 19° em pontos por posse de bola. Luke Ridnour e JJ Barea são bons armadores, mas Rubio é especial por um motivo: sua visão de jogo o permite criar para o time situações para marcar pontos que outros jogadores não são capazes. E isso ficou evidente sábado. Quando Rubio entrou em quadra pela primeira vez, o time sofria contra a defesa de Rick Carlisle e perdia por dez. Quando Rubio saiu, o time perdia apenas por dois e com um ritmo de produção que resultou em uma vantagem de nove no intervalo.

Já na segunda-feira contra o Magic, em Orlando, Rubio realmente pareceu como alguém fazendo apenas o seu segundo jogo em nove meses. Ele esteve em quadra por 16 minutos, zerou em pontos, deu quatro assistências e teve apenas um roubo de bola. O Orlando tem sido um time de respeito este ano, especialmente em casa, o que tem surpreendido algumas pessoas pois a franquia acaba de perder Dwight Howard, mas esse é exatamente o tipo de jogo que Minnesota tem que vencer fora de casa para que possa chegar aos playoffs. Porém, o time foi muito mal em tiros de quadra e caiu, 93-102, ao permitir 52 pontos no garrafão e 28 no total para Glen Davis.

E, daqui pra frente, o caminho ficará apenas mais difícil. De acordo com Jeff Sagarin do jornal americano USA Today, os Timberwolves enfrentaram a quinta tabela mais fácil até o momento. Tudo se balanceará no próximo mês. Começou com o time visitando Miami nesta terça-feira. Receberá Oklahoma City quinta e, depois, viajará para Nova York. Em seguida, seus próximos adversários serão Houston, Phoenix, Utah, Denver, Portland, Atlanta, Oklahoma City de novo, Nova Orleans, Sacramento, Dallas, os Clippers, Houston de novo, Atlanta de novo, Brooklyn e Washington. Sete desses 15 jogos listados serão fora de casa. E isso nos leva até o fim de janeiro.

Logo, o retorno de Rubio não poderia ter vindo em hora mais oportuna. O jovem ainda não está 100% e talvez ainda não recupere o físico ideal por todo este mês, de modo que Adelman talvez relute em colocá-lo em quadra aos poucos. Isso pode ser muito difícil, porém. Esse é o trecho mais importante da temporada para Minnesota, no qual o time provará se tem ou não condição de chegar aos playoffs, e Rubio não é apenas peça fundamental nessa jornada, ele é única razão para que a jornada seja meramente possível.

*Editor do blog “The Basketball Post” e convidado do Vinte Um para este mês. Você pode encontrá-lo no Twitter aqui: @rafael_uehara.

PS: Durante dezembro, por motivos de ordem profissional (embora a gente goste mesmo é de férias, o Vinte Um vai ser atualizado num ritmo um pouco mais devagar. Voltamos no final do mês com tudo.

 


Em tom de vingança, Orlando vence Lakers de Howard com tática provocadora
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Giancarlo Giampietro

Hack-a-Howard em Los Angeles

Hack-a-Howard, numa vingança daquelas para o Orlando Magic

Se a vingança é realmente um prato que se serve frio, os rapazes do Orlando Magic entregaram a Dwight Howard uma bandeja com pedregulhos pontiagudos de gelo neste domingo.

E deve ter doído.

No jogo que marcou o reencontro do superpivô com seus ex-companheiros, o time da Flórida impôs ao Lakers mais uma derrota completamente embaraçosa. Daquelas que vão repercutir em novos rumores (e clamores) de troca envolvendo Pau Gasol certamente. O espanhol barbudo que se prepare.

De todo modo, quem foi para a cama com a cabeça mais cheia e atordoada certamente foi seu parceiro de garrafão, Dwight Howard. Que pancada que ele tomou na cuca!

O Orlando venceu por 113 a 103! Em Los Angeles!! Marcando 40 pontos no quarto período!!! Quarenta!!! E ainda tem mais exclamação pela frente!!!!!

Sabe por quê?

PORQUE ELES USARAM A TATICA DE HACK-A-HOWARD!

Mais humilhante que isso não dá. Nem perder para o Wizards. 🙂

O pivô foi parado com a bola em diversas ocasiões, sendo obrigado a cobrar 14 lances livres no período final (dos quais converteu sete). No total, ele bateu 21 lances livres, matando 9. Aproveitamento pífio. No final, ele saiu de quadra sem cumprimentar os (ex-?)amigos, talvez ofendido pela tática adotada pelos agora adversários. Chuim, que triste.

“Que Dwight seja Dwight. Se ele quer sair da quadra, tudo bem. Ele perdeu. Eu me sentiria mal também. Não gostaria de dar a mão para ninguém”, afirmou o pivô Glen Davis, cuja contratação pelo Magic havia sido expressamente recomendada por Howard no ano passado.

Davis, depois, exagerou na dose: “Não estávamos nem pensando nele. Apenas queríamos esta vitória”.

A-hã.

Depois de todo o dramalhão que tomou conta da franquia na temporada anterior? Reencontro em Los Angeles? Certamente eles nem estavam pensando nele.

Jameer Nelson, por exemplo? Aquele que admitiu publicamente a mágoa com o pivô, que pedia nos bastidores um armador melhor ao seu lado? Decidiu ignorar uma incômoda tendinite, que o afastou de diversos jogos no mês passado e marcou 19 pontos e deu 13 assistências. Mas é claro que ele estava pensando na morte da bezerra.

*  *  *

Algo bastante irônico também para os donos do Orlando Magic deve ter sido assistir a uma partidaça do montenegrino Nikola Vuceic, com 17 pontos, 12 rebotes e quatro tocos em 40 minutos. Praticamente se equivalendo aos 21 pontos e 15 rebotes de Howard por conta própria. Assim como os 30 pontos de Arron Afflalo, principal peça que a equipe recebeu na megatroca por Howard, beirando os 34 de Kobe Bryant.

*  *  *

O Lakers volta a ficar com mais derrotas do que vitória, no mês de dezembro. Ai.

Ainda assim, num ano de muito equilíbrio na liga, eles ao menos estariam nos playoffs se a temporada tivesse acabado neste dia 2 de dezembro, classificando-se em oitavo. Mas todo mundo sabe que, em LA, isso não é o bastante.


Rajon Rondo dá 20 assistências em um jogo e ainda sai desgostoso de quadra
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Giancarlo Giampietro

Rajon Rondo não pode ser o Peyton Manning em Boston

No esporte há vários atletas que são engraçados mesmo que não queiram, não?

Pelo menos o Rajon Rondo é visto aqui no QG 21 desta maneira. Então me desculpem a insistência com o Boston Celtics, mas quando um armador dá 20 assistências num jogo e diz que a contagem poderia ter sido maior, acaba se enquadrando nessa categoria e evoca mais um post.

(Mas não é só por isso que ele diverte o blogueiro: contem aí as brincadeiras fáceis que faz com a bola dadas as suas mãos enormes, suas expressões quase sempre mal-humoradas, o comportamento arredio, a competitividade absurda, tudo isso empacotado em um nome como  “Rajon Rondo”, e fica meio óbvio o apelo por cá).

Depois de sentar por uma partida par acurar uma torção no tornozelo, Rondo voltou neste sábado para tranquilizar a exigente torcida de Boston, em vitória sobre o Toronto Raptors, por 107 a 89 – que início frustrante para os canadenses, aliás. Com seu armador principal em ação, o ataque funcionou que foi uma beleza: 56,6% de aproveitamento nos arremessos.

Não foi o bastante para Rondo arrefecer e soltar um sorriso. “Ele na verdade estava bravo por causa das 20 assistências. Ele achava que poderia ter conseguido 30 hoje”, disse o ala Courtney Lee. Vai saber até que ponto isso é uma brincadeira.

Para se ter uma ideia da influência que ele pode exercer sobre o Celtics, o time conseguiu 37 passes para cesta no jogo em 43 chutes de quadra convertidos. Quer dizer: apenas seis cestas não foram resultado direto de um passe de um companheiro. Incrível: destroçaram a defesa por zona de Dwane Casey. Mas também é um reflexo direto do tipo de elenco que Doc Rivers tem em mãos, com poucos jogadores que estejam habituados a criar individualmente, como Paul Pierce e seus inúmeros truques com a bola. Courtney Lee, Jason Terry e seus pivôs tendem hoje a produzir mais de acordo com o ritmo do ataque e a troca de gentilezas do que isolados num canto.

“Fica muito mais fácil porque ele é o Peyton Manning jogando. Ele desmonta a defesa e dá a bola para os caras na posição certa para pontuar”, disse Lee, sem se dar conta que talvez fosse melhor usar um Tom Brady, o Sr. Bündchen, como referência na Nova Inglaterra, em vez do maior rival de sua vitoriosa carreira na NFL.

Mas tudo bem: enquanto Rondo seguir distribuindo presentes dessa maneira, em Boston só vai ter espaço para um cara se irritar. Ele mesmo.

*  *  *

Os adversários podem detestar Jason Terry, mas seus parceiros o adoram. Nas entrevista após a surra contra o Raptors, ele mostrou por quê. “Disse isso já no primeiro dia, que ele é o melhor armador nesta liga. Neste ano ele definitivamente vai fazer parte das conversas sobre MVP, se continuarmos vencendo. O modo como ele controla o jogo, sua liderança, sua habilidade para dominar a partida no ataque e na defesa: tudo isso faz dele especial”, discursou o veterano em tom de campanha precoce para Rondo.

*  *  *

Somando a boa e saudável atuação de Rondo, Terry com a pontaria certeira (20 pontos em 29 minutos) e Lee fazendo de tudo um pouco, Leandrinho acabou limitado a 16 minutos. O brasileiro marcou oito pontos, com 50% de quadra. Foi o único jogador do Boston a sair de quadra com um saldo negativo de pontos (-1). A maior marca foi de Rondo, claro (+19).

*  *  *

Rondo deu sete assistências apenas no primeiro quarto. Se tivesse mantido a média nas parciais posteriores, teria igualado a melhor marca de um Celtic: as 28 do legendário Bob Cousy, multicampeão nos anos 60 com o garçom de Red Auerbach.

*  *  *

O recorde de assistências em uma única partida da NBA pertence a Scott Skiles, hoje técnico do Milwaukee Bucks. Com a camisa do Orlando Magic, ele distribuiu 30 (sim, 10 + 10 + 10) em vitória do Orlando Magic sobre o Denver Nuggets na temporada 1990-1991. Contando com pivôs como Greg Kite e Terry Catledge, bem antes de Shaquille O’Neal dar as caras na Flórida, o armador precisou de uma forcinha dos alas Nick Anderson e Dennis Scott para chegar a esse incrível número. Para constar, o Nuggets tinha uma peneira de uma defesa e sofria com um elenco abaixo da mediocridade (Chris Jackson, que ficaria conhecido anos depois como Mahmoud Abdul-Rauf,  e o baixotinho Michael Adams eram os destaques). Confira, de todo modo, a noite mágica do general Skiles:


Os europeus que a NBA não consegue ou conseguiu aproveitar
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Giancarlo Giampietro

Fran Vázquez garante que, dessa vez, esperou pela NBA até o último momento antes assinar com o Unicaja Málaga por dois anos e tentar atrapalhar a vida de nosso Augusto. As propostas só não vieram.

Fran Vázquez, NBA Draft 2005

Vázquez só usou o boné do Magic, mesmo

No caso desse pivô espanhol, é melhor que não pronunciem o nome dele na arena de outro mundo do Orlando Magic, porque seu vínculo, ou melhor, não-vínculo com a equipe da Flórida é uma das vergonhas de sua história recente. Ele foi selecionado na 11ª posição do Draft de 2005, mas nunca jogou sequer um minutinho de azul e branco. Ele preferiu passar seis temporadas pelo Barcelona.

Uma cortesia do ex-gerente geral do clube, Otis Smith, que selecionou Vázquez sem nunca ter conversado direito com o jogador, sem saber seus planos, o quanto confortável ele estaria em fazer a transição para a liga norte-americana, sobre o quão disposto ele estaria a deixar seu país naquele momento ou em qualquer momento de sua vida.

Sete anos depois? Ele bem que tentou, mas a nova diretoria do Magic já não estava mais tão interessada assim, enquanto Smith curte algumc ampo de golfe por aí.

Ninguém sabe ao certo como seria a trajetória de Vázquez, hoje com 29 anos, se ele tivesse assinado de cara. Teria se entrosado bem com Dwight Howard? O par certamente teria um potencial defensivo. Mas isso vai ficar sempre no ar e no estômago dos vizinhos de Mickey Mouse.

Pensando no espanhol, essa é uma boa hora para lembrar alguns dos europeus que foram selecionados pelas franquias nos anos que passaram e nunca chegaram a cruzar o Oceano, pelos mais diversos motivos:

Frédéric Weis, pivô francês, aposentado desde o início de 2011, mundialmente conhecido pela enterrada inacreditável de Vince Carter na final das Olimpíadas de Sydney-2000. Acontece que, um ano antes daquele, digamos, incidente, ele havia sido escolhido pelo New York Knicks na 15ª colocação do Draft de 1999. Detalhe: um posto depois, o Chicago Bulls escolheu o jovem Ron Artest, da universidade de St John’s, produto do Queens (assim como Scott Machado) e o anti-herói preferido do Vinte Um.

Então quer dizer: os fãs do Knicks já não perdoariam Weis facilmente por essa suposta traição. Desde que foi eternizado por Carter, porém, Weis foi uma carta fora do baralho nova-iorquino. Ele só foi útil em uma pequena troca feita em 2008 na qual seus direitos foram repassados ao Houston Rockets em troca de Patrick Ewing Jr.! Não dá para ser mais irônico que isso, dá?

Relembre, se preciso, “le dunk de la mort”:

Sofoklis Schortsanitis, o Baby Shaq grego! Cujo nome sempre foi um desafio para narradores e repórteres de Internet escrevendo os relatos de Brasil x Grécia na correria. (Oi!). O mais massa-bruta de todos, um terror no pick-and-roll simplesmente porque são poucos os que têm coragem de parar em sua frente quando ele recebe a bola partindo feito locomotiva para a cesta. Máquina de lances livres. Ganha uma boa grana na Europa, mesmo não tendo o condicionamento físico para atuar de modo eficiente por mais de 25 minutos por partida. Ele foi draftado pelo Clippers em 2003, na segunda rodada (34). Em 2010, quando venceu seu contrato com o Olympiakos, se aprsentou ao time californiano, mas foi recusado precocemente, algo estranho. Hoje seus direitos pertencem ao Atlanta Hawks.

Sofoklis Schortsanitis, locomotiva

Quem vai segurar Sofoklis Schortsanitis?

Erazem Lorbek, pivô esloveno que recusou o assédio firme do San Antonio Spurs neste ano, renovando com o Barcelona, para o bem de Tiago Splitter. Embora um pouco lento para os padrões da NBA, sem dúvida conseguiria se fixar, aos 28 anos, no auge. É extremamente técnico. Bons fundamentos de rebote, passe e arremesso – seja via gancho próximo do aro ou em chutes de média e longa distância. Seus direitos foram repassados ao Spurs pelo Pacers (que o selecionaram na segunda rodada do Draft de 2006, em 46º) na troca que envolveu George Hill e Kawhi Leonard.  Curiosidade: Lorbek chegou a jogar uma temporada por Tom Izzo em Michigan State, mas optou por encerrar sua carreira universitária para lucrar na Europa desde cedo.

Sergio Llull, armador espanhol, ainda aos 24 anos. Então dá tempo, ué, para ele jogar pelo Houston Rockets, não? Claro. Desde que ele não aceite a – suposta – megaproposta de renovação de contrato do Real Madrid, que lhe estariam oferecendo mais seis anos de vínculo, com um sétimo opcional. Sete!!! Parece negociação dos anos 60 até. Se esse acordo for firmado, o gerente geral Daryl Morey vai ter de se conformarm com o fato de ter pago mais de US$ 2 milhões por uma escolha de segunda rodada (34ª) no Draft de 2009 para poder apanhar esse talentoso jogador, um terror na defesa e cada vez mais confiante no ataque.

Dejan Bodiroga

Bodiroga, multicampeão na Europa

Dejan Bodiroga, ex-ala sérvio, para fechar no melhor estilo. Sabe, uma coisa me causa inveja: quando ouço as histórias daqueles que viram os grandes brasileiros de nossa era dourada. De não ter visto Wlamir, Ubiratan, Rosa Branca e cavalaria. Já aposentado, egoísticamente, Bodiroga entra para mim nessa categoria agora: “Esse eu vi (pelo menos)”.

Não sei qual o apelido dele na sérvia, mas deve ter algo derivado de mágico. Bodiroga foi selecionado pelo Sacramento Kings em 2005, na 51ª posição, mas nunca esteve perto de jogar na NBA. Seu estilo era muito peculiar, e também sempre houve a dúvida sobre como ele poderia traduzir seu jogo para uma liga muito mais atlética – ainda seria uma estrela? No fim, o sérvio nunca pensou em pagar para ver.

Na Europa, defendeu Real Madrid, Barcelona (no qual já atuou com Anderson Varejão), Panathinaikos, diversos clubes italianos. Pela seleção, foi três vezes campeão do Eurobasket, medalha de prata nas Olimpíadas de Atlanta-1996, bicampeão mundial. Em clubes, ganhou quatro Euroligas. Com 2,05 m de altura, mas de modo algum um jogador de força, ele era praticamente um armador com essa altura toda. Um passador incrível, um grande arremessador, conseguia também sucesso surpreendente também no mano-a-mano, investindo até mesmo contra defensores mais ágeis e fortes, devido a uma série de truques com a bola e muita inteligência. Um gênio. Aos 39 anos, já está aposentado e trabalha como cartola..


Boston Celtics é o mais novo clube a tentar dar um jeito em Darko
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Giancarlo Giampietro

LeBron James, Darko Milicic, Carmelo Anthony, Chris Bosh, Dwyane Wade.

Os cinco primeiros selecionados, nesta ordem, no Draft de 2003 da NBA.

Histórico, não?

Darko Milicic, Pistons

Darko no dia do Draft de 2003

Não só pelas quatro três estrelas + Bosh que daí saíram como pela presença inusitada do então adolescente e multitalentoso pivô sérvio. No fim, ele não pôde sobreviver na liga para sustentar aquele status – hoje completamente descabido – de que poderia ter mais valor, sim, que Carmelo, Bosh e Wade (e Chris Kaman, Kirk Hinrich, Mickael Pietrus, Nick Collison, David West, Boris Diaw, Carlos Delfino, Kendrick Perkins, Leandrinho e Josh Howard, outros atletas de sólida carreira escolhidos naquele mesmo ano, diga-se).

Mas na época é o que jurava Joe Dumars, o gerente geral do Pistons que bancou Darko, para desespero dos torcedores mais hardcore da Motown. Estes só queriam saber de ver Melo integrado a um fortíssimo elenco que naquela mesma temporada se tornaria campeão da NBA.

Imagina só? Esse é um dos maiores “o que aconteceria se…” da história da liga norte-americana. O Pistons teria sido uma dinastia? Ou a presença de um cestinha e estrela como Anthony apagaria o brilho discreto de veteranos como Billups, Rip Hamilton e Ben Wallace? Eles seriam o mesmo time com a mesma química? Larry Brown iria tratar como o ala de Syracuse? Vai saber.

O que sabemos é que o técnico não tinha nenhuma paciência para lidar com um pivô que mal falava inglês, havia se tornado um milionário da noite pro dia e se deslumbrou com a vida luxuosa da NBA, mesmo que numa cidade industrial como Detroit – para ele, melhor do que qualquer coisa que tinha nos bálcãs, oras.

Darko virou uma piada na cidade – situação para qual o histérico e camaleônico Brown contribuiu muito, aliás – e, em 2006, foi trocado com o Orlando Magic. Por meia temporada, 30 jogos, ele teve seu melhor momento na liga, acreditem. Na reta final daquele campeonato, ao lado de Dwight Howard, mostrou alguns lampejos. Mas essa seria a história de sua carreira: lampejos, trocas, apostas, lampejos, trocas. Passou por Grizzlies, Knicks, Wolves. Agora é Danny Ainge e o Boston que apostam em tentar tirar algo valioso do sérvio, hoje com 27 anos.

O clube vai pagar pouco menos de US$ 900 mil por isso. Para os padrões da NBA, mixaria. Então não há risco nenhum na operação. Mas os torcedores do Wolves certamente aconselhariam os fanáticos de Boston a não se entusiasmarem muito, apesar de seu tamanho e de sua capacidade nos tocos que poderiam ser um bom complemento para a fortíssima defesa do Celtics. Afinal, ele foi dispensado em Minnesota ainda com US$ 10 milhões por receber. De tão apático que foi na última temporada.

O Celtics fez bons trabalhos com gente como Greg Stiemsma e Semih Erden nos últimos anos, então talvez Doc Rivers seja o homem para fazer do sérvio ao menos um pivô decente. O que só conclui uma história triste: pense apenas que houve um dia em que Darko era visto como um prospecto de superpivô. Um cara para 20 pontos, 10 rebotes e muitos tocos e assistências e tiros de fora. Um talento completo, plural.

Era só uma questão de tempo.

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Segundo a imprensa espanhola, Darko recusou uma proposta de US$ 6 milhões por três anos de contrato com o Real Madrid para tentar uma vez mais suas chances na NBA.

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Houve também uma vez que em que vi Darko ser utilizado como o foco do ataque de uma equipe em alto nível, com confiança, e na qual ele brilhou, entregou. Acreditem. Foi pela seleção sérvia no biênio 2006-2007. Primeiro, no Mundial do Japão, ele somou 16,2 pontos e 9,3 rebotes, em seis partidas, com destaque para os 24 pontos e 12 rebotes contra os campeões olímpicos da Argentina e os 18 pontos e 15 rebotes contra os eventuais campeões da Espanha. Podem checar aqui, juro. Depois, no Eurobasket 2007 ele teve 14,7 pontos e 9,3 rebotes, números excelentes para um torneio Fiba. Depois disso? Nunca mais jogou por seu país.

Veja o grandalhão em forma:

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A contratação de Darko é mais um indicativo de que não devemos assistir Fabrício Melo por muitos minutos em Boston na próxima temporada. O jovem brasileiro agora vê três veteranos disputando o posto de reserva imediato de Kevin Garnett – Jason Collins e Chris Wilcox são os outros. O pivô vai precisar de um grande training camp para impressionar Rivers e conseguir seus minutos.


Málaga reforça com pivôs seu elenco, e Augusto fica em situação nebulosa na Espanha
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Giancarlo Giampietro

Um dos clubes mais fortes da Espanha e tradicionais da Europa, o Unicaja Málaga estava ficando para trás, bem para trás. Barcelona e Real Madrid mantiveram um núcleo fortíssimo e ainda fizeram contratações mais que pontuais para a próxima temporada.

Os catalães agora contam com o talento do pivô croata Ante Tomic, que veio do arquirrival, aliás, além de um certo armador legendário Sarunas Jasikevicius, de volta após nove anos, nos quais passou por praticamente todos os clubes de elite do continente. Já o Real acertou o retorno do Rudy Fernández, eleito vilão olímpico no Vinte Um, e com o pivô Marcus Slaughter, que nunca teve uma chance real na NBA e construiu sua carreira na Europa, jogando por agremiações menores até chegar ao primeiro escalão.

Augusto enterra na Espanha

Augusto: pivô muito atlético, veloz, saltador, mas que pode ficar preso no banco

E nada de o Málaga se mexer? Mesmo depois de terminar a Liga ACB passada com um decepcionante nono lugar, fora dos playoffs, e de uma campanha nada empolgante na Euroliga, com 17 vitórias e 17 derrotas?

Bem, na semana passada seu elenco enfim começou a tomar uma forma mais séria, e aí vem a má notícia na parte que refere ao basquete brasileiro: as contratações são pouco promissoras para o progresso de Augusto Lima. Três dos principais reforços para o técnico Jasmin Repeša são homens de garrafão: o norte-americano James Gist, o sérvio Kosta Perovic e o espanhol Fran Vázquez, que deixou o Orlando Magic falando sozinho mais uma vez. Eles se juntam ao croata Luka Žorić, e, de repente, a rotação de pivôs da equipe já parece deixar o brasileiro afundado no banco.

Claro que depende de Augusto também, de tentar se impor nos treinamentos e deixar um dos medalhões para fora. Mas é muito difícil: Gist, Perovic e Vázquez chegam com salários altos e status de soluções. Žorić seria o homem a ser batido, mas é muito mais experiente e foi dos poucos, do elenco passado, que agradou e seguiu no clube.

Augusto, hoje com 21 anos, vem sendo preparado em Málaga há tempos, em mais um caso de brasileiro que foi cedo para a Espanha para ser cultivado por um grande clube – trilha aberta por Tiago Splitter em 2000. Dezenas de jogadores daqui repetiram essa rota, e foram poucos os que vingaram. Dois deles apenas quando se desvincularam do Unicaja:

– Vitor Faverani, que hoje está por cima, precisou de uma reviravolta na carreira na temporada passada, na qual jogou pelo Valencia. Hoje é visto como um dos melhores pivôs da liga, mas, diga-se, vai ter de dar sequência ao trabalho e confirmar essa confiança toda no próximo campeonato.

– O armador Rafael Luz conseguiu sair do Málaga para o bem e, até onde se sabe, sem traumas com a diretoria. Na temporada passada, fez um bom campeonato pelo falido Alicante e agora está no Obradorio, com vida própria no mercado espanhol.

Tem também o Paulão, que acabou de assinar com o Cajasol, mas ainda busca estabilidade na carreira após uma jornada igualmente turbulenta pelo clube da Andaluzia. Se Faverani teve problemas de comportamento, o pivô revelado em Ribeirão Preto penava para se manter em forma devido a uma série de lesões que deixou muita gente frustada.

Augusto Lima, do Málaga

Augusto vai tirar o uniforme de treino?

É um problema: o Málaga investe em projetos de base, mas não consegue incorporar os talentos desenvolvidos ao seu time principal. Há muita pressão por resultados em uma liga bastante competitiva, e a saída de Aito Garcia no ano passado, um treinador mais afeito ao trabalho com jovens, não ajudou em nada.

Fica, então, esse impasse para Augusto, que também rendeu bem mais quando foi emprestado para o Granada em 2010-2011 e ganhou minutos preciosos. Tudo para,  campanha seguinte, de volta ao seu clube, ser atrapalhado por uma cirurgia nas costas. Não pôde mostrar serviço e agora enfrenta uma dura concorrência para pisar em quadra.

Lembrando que, até para o seu futuro longe da Espanha, a próxima temporada é muito importante para o brasileiro. Como vai completar 22 anos em 2013, ele participará do draft da NBA automaticamente. Seu jogo – de capacidade atlética, vigor e energia incomuns para alguém de seu tamanho – é bem conhecido pelos olheiros europeus, mas uma boa produção nos meses que antecedem o recrutamento de calouros da liga poderia alçá-lo até mesmo ao primeiro round.

Para produzir, no entanto, ele precisa, antes, jogar.


Em meio ao caos olímpico, Orlando Magic manda Howard para o Lakers
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Giancarlo Giampietro

Dwight Howard agora posa de Laker

Dwight Howard agora posa de Laker

Para ajudar o blogueiro que nem estava atolado assim na vida e forçar que todos os setoristas de NBA cobrindo as Olmpíadas madrugassem em Londres, o Orlando Magic, enfim, aceitou uma proposta e fechou nesta sexta-feira a negociação que e o Mickey Mouse mais esperava. Chega de novela e pesadelos com Dwight Howard para o clube da Flrórida.

Muita gente vai odiar, outros vão se assustar, e é por aí mesmo: o superpivô vai reforçar o Los Angeles Lakersna próxima temporada. Como foi a megatroca, da qual participaram Denver Nuggets e Philadelphia 76ers também? Vamos com o desfecho abaixo e os comentário:

O Lakers recebe Howard, o armador Chris Duhon e Earl Clark.
O quinteto dos caras vai ser este aqui só: Steve Nash, Kobe Bryant, Ron Artest, Pau Gasol e Howard. Não sei, não, mas desconfio que nosso amigo Mike Brown vai ter alguma pressão para fazer o time atacar nesta temporada… Pensando no seu sistema ofensivo, porque a retaguarda acaba de ganhar o atleta eleito o melhor defensor da liga por três anos. Essa é a preocupação – e por acaso algum torcedor angelino vai ficar tenso depois de uma bargaha dessa??? – de curto prazo. A segunda, para daqui a um ano, é seguinte: Howard está na última temporada de contrato, e pode deixar a franquia de mãos abanando. Porém, sabendo que o pivô é carente ao extremo em termos de visibilidade, que está num tremendo mercado e numa cidade de clima agradável, que pode receber US$ 30 milhões a mais do Lakers do que de qualquer outra franquia e que vai jogar em um timaço, quais as chances de isso realmente acontecer? Muita coisa precisa dar errado.

No mais, Duhon é o peso morto do qual o Orlando se livro e vai competir com Steve Blake para ver quem brincará mais com o jovem Darius Morris. Clark é um jogador  que já foi comparado a Lamar Odom, mas nunca teve – ou mereceu? – muitas chances. Seja pelo Phoenix Suns, que o draftou na loteria, e pelo Orlando, onde era elogiado pelo potencial defensivo, mas ficava no banco de Ryan Anderson, Brandon Bass e Big Baby.

O Sixers recebe o pivô Andrew Bynum e o ala Jason Richardson.
Com o salário anistiado de Elton Brand, o time de Philadelphia deu sinais de vida, entrou no negócio e pegou o segundo jogador mais talentoso de todo o pacote, surpreendentemente. Bynum está na mesma situação de Howard: tem apenas mais um ano de vínculo e vai precisar ser convencido de que vale a pena renovar com o clube. A regra dos US$ 30 milhões vale para ele da mesam forma. Com o grandão, a equipe tem seu primeiro pivô decente desde Dikembe Mutombo e vai alterar drasticamente sua forma de atuar, saindo do perímetro para o garrafão.

J-Rich tem mais US$ 18 milhões em três anos de salário, mas pode ser útil ainda, desde que perca uns quilinhos e não se acanhe de revezar com Evan Turner e Nick Young durante a campanha. Se for minimamente produtivo, foi um tremendo negócio.

O Nuggets recebe o ala Andre Iguodala.
O terceiro melhor jogador da complicada transação vai para as Montanhas Rochosas. Uma baita sacada: num sistema que abusa da velocidade, preparo físico e capacidade atlética de seus jogadores, Iggy cai como uma luva. Vai ter muito mais gente com quem correr em quadra e mais liberdade para poder criar ofensivamente (desde que não não seja nos moldes de um JR Smith, claro). Ao lado de McGee, o Manimal Faried, Corey Brewer e Wilson Chandler, Iguodala também aumenta a pegada defensiva da equipe. Vai ser um inferno para os Kobes e Hardens no Oeste. O gerente geral Masai Ujiri vai muito bem no cargo.

O Magic recebe… Arron Afflalo, Al Harrington, Maurice Harkless, Nikola Vucevic, Josh McRoberts, Christian Eyenga e mais três escolhas de primeira rodada (Nuggets, Sixers e Lakers) e duas de segunda rodada do Draft (Nuggets, Lakers).
Se três clubes já haviam se dado bem na troca, alguém teria de ficar com o prejuízo, não? E… Fica até difícil colocar em palavras o quão aturdido essa negociação deixa. Incompreensível a motivação por trás desse pacote.

Vamos lá: Afflalo é um bom soldado, um jogador muito esforçado, prova viva de que, com dedicação e seriedade, um atleta pode evoluir muito, e será um titular por muito tempo. Alguns scouts afirmaram durante todo o processo do Draft que Harkless pode ser um prodígio, mas demorando alguns anos – anos que Eyenga já tem de liga, ainda sem espaço algum. Vucevic tem potencial, mas não de um cara que faça diferença. Harrington tem mais três anos de contrato, então não é que Orlando tenha limpado sua folha salarial.

E o que mais? McRoberts é um ala-pivô: posição que já contava com os calouros Andrew Nicholson e Kyle O’quinn, o segundanista Justin Harper, o gigante Big Baby e o mexicano Gustavo Ayón. Somando Vucevic e Harrington, são sete atletas brigando na mesma. Uma bagunça. O estreante Jacque Vaughn que se vire com uma combinação de Jameer Nelson, Afflalo, Turkoglu/Harkless, Nicholson/Ayón/Vucevic/Glen Davis. De novo: inacreditável. Os donos da franquia demoraram muito para tomar a decisão de se livrar de Howard. Receberam algo muito, mas muito abaixo de seu valor mercado. Vão reconstruir, mas vai demorar um bocado.


Conheça os 15 jogadores “anistiados” da NBA
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Giancarlo Giampietro

Desculpem o trocadilho, mas é inevitável: boa parte destes aqui nem a Anistia Internacional deve defender. Pá-pum, o Vinte Um recapitula os 15 jogadores que já foram  alvos da chamada “cláusula de anistia” da NBA, à qual os clubes da liga podem recorrer para tirar de sua folha salarial um contrato indesejado, embora ainda sejam obrigados a pagar o prometido ao atleta:

Gilbert Arenas x Baron Davis

Arenas e Davis já foram mais felizes

Armadores: Gilbert Arenas (Orlando Magic), Baron Davis (Cleveland Cavaliers) e Chauncey Billups (New York Knicks)
São três jogadores com passagem pelo All-Star Game, que assinaram contratos gigantescos e supostamente liderariam seus clubes no auge de suas carreiras a campanhas de sucesso nos playoffs. No caso de Billups, deu certo, e fica até injusto listá-lo ao lado dos outros dois figuras. Campeão em 2004 pelo Detroit Pistons, MVP das finais daquele ano, ele só foi dispensado pelo Knicks no ano passado porque o clube vislumbrou a possibilidade de contratar Tyson Chandler – tanto que, prontamente, ele foi contratado pelo Los Angeles Clippers, pelo qual vai jogar a próxima temporada também.

Baron Davis assinou seu contrato com o Los Angeles Clippers para teoricamente formar uma grande dupla com Elton Brand em sua cidade preferida. Acontece que o pivô se mandou para Philadelphia, o primo pobre de LA se afundou novamente e o armador ficou mais interessado em sua carreira de produtor cinematográfico do que entrar em forma para jogar. Foi trocado para o Cleveland Cavaliers, que, na verdade, só estava interessado, mesmo, na escolha de Draft que levaria no negócio, ganhando no futuro um Kyrie Irving de presente. No campeonato passado, acabou ocupando a vaga de Billups em Nova York, mas esteve longe de causar qualquer tipo de impacto em quadra, privado de sua explosão física. Nos mata-matas, acabou sofrendo uma grave lesão no joelho e não joga mais neste ano.

Já Arenas… Bem… Por onde começar? Após defecar no tênis dos companheiros (sim, isso mesmo) e quase começar um bangue-bangue no vestiário, ser indiciado criminalmente e cair bastante de produção devido a uma cirurgia no joelho e o tempo inativo, ele ainda convenceu seu amigo Otis Smith, ex-gerente geral do Magic, a apostar em seu talento. Não deu nada certo, embora tenha ficado amigo de Dwight Howard. Foi cortado antes do campeonato, treinou sozinho por um tempão e descolou uma vaguinha no Memphis Grizzlies. Sua presença como reserva de Mike Conley foi insignificante, no fim.

– Alas: Charlie Bell (Golden State Warriors), Brandon Roy (Portland Trail Blazers), Travis Outlaw (Brooklyn/New Jersey Nets), James Posey (Indiana Pacers), Ryan Gomes (Los Angeles Clippers) e Josh Childress (Phoenix Suns).
Em uma quase-palavra: “Aaaargh”. Quem dá mais?

Bell: já não estava jogando nada mesmo, foi preso dirigindo alcoolizado, armou um barraco e público e acabou demitido para o time se aventurar no mercado de agentes livres , mesmo sem ganhar tanto assim. Roy: um craque, mas cuja estado precário dos joelhos lhe forçou uma aposentadoria precoce – ele agora tenta reviver a carreira. Outlaw: assinou um contrato de US$ 7 milhões por temporada com o Nets que ninguém entendeu, foi cortado um ano depois e já foi recolhido do lixo pelo Kings por US$ 4 milhões anuais, e todos continuaram sem entender. Posey: não era nem sombra do defesor implacável dos tempos de Celtics e Grizzlies. Gomes: dispensado para o Clippers contratar o quarentão Grant Hill. Josh Childress: quando voltou da Grécia, onde defendeu o Olympiakos, esqueceu seu jogo por lá.

Andray Blatche

Torcida da capital já não aturava mais Blatche

Alas-pivôs: Andray Blatche (Washington Wizards) e Luis Scola (Houston Rockets).
Dois jogadores opostos em termos de pacote físico: enquanto Scola faz o máximo com o mínimo (lento correndo, impulsão quase nula, mais baixo do que a média da posição), Blatche poderia ser rápido e explosivo e pular razoavelmente, além de bater os 2,10 m de altura. Poderia, mas não que quisesse. O desgosto da torcida do Washingotn com sua falta de preparo físico e intensidade em quadra chegou a um extremo em que, a cada vez que pegava na bola durante a última temporada, era vaiado. A cada bola. Já Scola é uma aberração aqui. Na ânsia de contratar Dwight Howard ou Andrew Bynum ou Neymar, o clube texano simplesmente decidiu limpar o salário do craque argentino, que havia perdido um pouco de rendimento, mas aind é extremamente produtivo. Voi resgatado na hora pelo Phoenix Suns.

Pivôs: Darko Milicic (Minnesota Timberwolves), Brendan Haywood (Dallas Mavericks), Elton Brand (Philadelphia 76ers) e Chris Andersen (Denver Nuggets).
Os grandalhões bem pagos de sempre. Darko já nem eterna promessa é mais, o que não impedirá de assinar mais um contrato milionário este ano. Haywood é imenso, ainda apanha rebotes e protege o aro, mas nada que justifique seu salário de US$ 21 milhões que tinha de contrato com o Mavs para as próximas três temporadas – por um preço menor, o Bobcats topou. Elton Brand receberia US$ 18 milhões do Sixers este ano, mas o time da Filadélfia optou por seguir outro caminho – agora, US$ 2 milhões desse total ao menos serão bancados pelo mesmo Mavs. Andersen, outro jogador ainda produtivo, o cara mais tatuado da história da liga, 100% carisma e impulsão, já não se encaixava  mais na jovem e pulsante rotação de pivôs do Nuggets.

Algumas notas para entender isso direito:

– cada jogador dispensado fica por 48 horas em estado de “waiver”, período  no qual os clubes abaixo do teto salarial podem tentar sua contratação em uma espécie de leilão, fazendo seus lances para a direção da liga sigilosamente;

– a partir do momento que o clube contrata esse jogador, o valor de seu lance vencedor será deduzido do que a franquia que o dispensou tem a pagar de salários;

– uma vez recolhido o jogador, ele não pode ser trocado por seu treinador pelo menos até o final da temporada. Isto é, Haywood obrigatoriamente fica em Charlotte até o fim da campanha 2012-2013;

– o prazo para “anistiar” os jogadores nesta temporada se enceroru na terça-feira. Isso não impede os clubes de sispensarem mais nomes eventualmente nos próximos meses, mas o saleario deles ainda constará na folha de pagamento.

– se o jogador não for recrutado por ninguém durante a fase de leilão, vira um agente livre total no mercado, podendo negociar com quem quiser. E, não, por enquanto ninguém teve coragem de assumir o risco Blatche.