Vinte Um

Arquivo : setembro 2012

Garnett corta relações com Ray Allen, que já vestiu a camisa do Heat
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Giancarlo Giampietro

Kevin Garnett jura que não tem mais o número do celular de Ray Allen. E aí o jornalista de Boston Steve Bulpett faz uma observação esperta: “O número não mudou. Então faça as contas”.

O pivô e líder do Celtics simplesmente cortou relações com o ala, que pulou a cerca para defender o rival Miami Heat. O mesmo time que o havia derrotado numa série dramática pela final da Conferência Leste em maio. Imagino a reação de alguém irado como o KG ao ver esta foto aqui:

Ray Allen e seus novos amiguinhos

Ray Allen e os novos amiguinhos: de certa forma, uma foto constrangedora

“Não estou tentando me comunicar com ele. Estou apenas sendo honesto com todo mundo aqui. Não é que eu deseje a ele algo pior ou nada disso, é só que isso acontece”, afirmou Garnett ao receber a mídia local para a abertura do training campda franquia mais vencedora da história da NBA.

“Escolhi não me comunicar com ele. É uma decisão que tomei pessoalmente. Sou muito próximo de Ray, conheço sua família, mas tomei a decisão de seguir em frente. É isso. Estou agora me concentrando em JT (Jason Terry), Courtney Lee e os novos caras que estão aqui. Não queria vir aqui para responder um monte de perguntas sobre Ray Allen. Obviamente iria responder uma vez e então me concentrar nos caras que estão aqui no ginásio e no que é o presente. É isso”, completou.

Kevin Garnett, orgulho de Boston

Soletrando com Garnett: C-e-l-t-i-c-s

Garnett tem um contrato de mais três anos com o Celtics, que só espera que ele consiga sustentar o nível que apresentou na última temporada, crescendo durante o campeonato a ponto de voltar a ser aquele marcador implacável na zona interior da fortíssima defesa de seu time.

No mundo abarrotado de ególatras da NBA, KG se destaca como uma das personalidades mais fortes. Tira os adversários do sério, mas é adorado por seus companheiros. Rajon Rondo, que não se dá com ninguém, diz que é seu melhor amigo na equipe. Por isso fica a expectativa sobre como o garotão Fabrício Melo vai se relacionar com o cara. Pode ser uma influência extremamente positiva, pelas cobranças e incentivos, mas ao mesmo tempo pode ser destrutivo, como já falou o técnico Doc Rivers. Depende de como rola a química.

Quem estava de olho na negociação do Celtics com o pivô era o ala Paul Pierce, que afirmou que chegou até mesmo a cogitar sua aposentadoria caso Garnett não retornasse. Sobre Ray Allen, Pierce disse apenas, sorrindo, que gostaria que, se fosse para ele sair de Boston, que fosse para o Clippers, clube que, inclusive, ofereceu mais dinheiro ao arremessador e também se candidata ao título este ano.

Mas Allen optou pelo Miami, onde agora está escoltado por LeBron James e Dwyane Wade. Imagine o tanto de chutes livres um dos maiores gatilhos da história vai ter…Por isso ele se diz extremamente confortável com sua nova vizinhança: “Uma vez que você veste o uniforme, nunca vai se olhar e tentar entender que uniforme você tem. Não importa”, afirmou. “É mais o modo como as outras pessoas o veem ou o enxergam. Daqui para a frente, a coisa mais importante para mim é o que faço por esse uniforme, a cidade e os torcedores que represento. Espero ver mais pessoas que gostam do Heat do que as que odeiam o Heat.”

Simples assim.

(Eu, hein.)

*  *  *

Não que Allen não possa jogar onde queira. Mas é realmente muito estranha a foto postada acima, não? LeBron e Wade cresceram odiando a geração do “Big 3” de Boston, cansados de apanhar (em muitos sentidos) deles nos playoffs. Allen também é conhecido por ser um jogador muito, mas muito competitivo – daí as rusgas e faíscas que tinha com Kobe Bryant quando jogava em Seattle, de simplesmente não tolerar que o astro do Lakers o superasse. E agora está ele apoiado no ombro de LeBron, para surfar a última onda de sua carreira.

No fim, quem sai ganhando com isso é o público: os pegas entre as duas equipes nem precisavam mais de tanta pimenta assim, né?

*  *  *

Em Miami, o técnico Erik Spoelstra já se disse positivamente impressionado com o que o ala Rashard Lewis vem mostrando nos treinos. Segundo o pupilo de Pat Riley, Lewis mal conseguia agachar nos últimos dois anos para abraçar seus filhos, com o joelho – e sabe-se lá o que mais – estourado. Mas que agora estaria se movimentando com leveza, lembrando o cara que dava um trabalhão peo Orlando Magic, abrindo a quadra para Rashard Lewis.

Tem aquela coisa: os caras não jogam há meses. Então essa é a hora em que todo mundo está saudável. “Nunca me senti assim antes” – o lema dos atletas na apresentação. Aí dá janeiro, fevereiro, e todo mundo aparece quebrado de novo. Pode ser o caso de Lewis, que jogou mancando as últimas duas temporadas.

Agora… Se ele e Allen conseguirem contribuir com, vá lá, 60% de seus talentos, a barra vai ficar muito pesada para a concorrência.


Os europeus que a NBA não consegue ou conseguiu aproveitar
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Giancarlo Giampietro

Fran Vázquez garante que, dessa vez, esperou pela NBA até o último momento antes assinar com o Unicaja Málaga por dois anos e tentar atrapalhar a vida de nosso Augusto. As propostas só não vieram.

Fran Vázquez, NBA Draft 2005

Vázquez só usou o boné do Magic, mesmo

No caso desse pivô espanhol, é melhor que não pronunciem o nome dele na arena de outro mundo do Orlando Magic, porque seu vínculo, ou melhor, não-vínculo com a equipe da Flórida é uma das vergonhas de sua história recente. Ele foi selecionado na 11ª posição do Draft de 2005, mas nunca jogou sequer um minutinho de azul e branco. Ele preferiu passar seis temporadas pelo Barcelona.

Uma cortesia do ex-gerente geral do clube, Otis Smith, que selecionou Vázquez sem nunca ter conversado direito com o jogador, sem saber seus planos, o quanto confortável ele estaria em fazer a transição para a liga norte-americana, sobre o quão disposto ele estaria a deixar seu país naquele momento ou em qualquer momento de sua vida.

Sete anos depois? Ele bem que tentou, mas a nova diretoria do Magic já não estava mais tão interessada assim, enquanto Smith curte algumc ampo de golfe por aí.

Ninguém sabe ao certo como seria a trajetória de Vázquez, hoje com 29 anos, se ele tivesse assinado de cara. Teria se entrosado bem com Dwight Howard? O par certamente teria um potencial defensivo. Mas isso vai ficar sempre no ar e no estômago dos vizinhos de Mickey Mouse.

Pensando no espanhol, essa é uma boa hora para lembrar alguns dos europeus que foram selecionados pelas franquias nos anos que passaram e nunca chegaram a cruzar o Oceano, pelos mais diversos motivos:

Frédéric Weis, pivô francês, aposentado desde o início de 2011, mundialmente conhecido pela enterrada inacreditável de Vince Carter na final das Olimpíadas de Sydney-2000. Acontece que, um ano antes daquele, digamos, incidente, ele havia sido escolhido pelo New York Knicks na 15ª colocação do Draft de 1999. Detalhe: um posto depois, o Chicago Bulls escolheu o jovem Ron Artest, da universidade de St John’s, produto do Queens (assim como Scott Machado) e o anti-herói preferido do Vinte Um.

Então quer dizer: os fãs do Knicks já não perdoariam Weis facilmente por essa suposta traição. Desde que foi eternizado por Carter, porém, Weis foi uma carta fora do baralho nova-iorquino. Ele só foi útil em uma pequena troca feita em 2008 na qual seus direitos foram repassados ao Houston Rockets em troca de Patrick Ewing Jr.! Não dá para ser mais irônico que isso, dá?

Relembre, se preciso, “le dunk de la mort”:

Sofoklis Schortsanitis, o Baby Shaq grego! Cujo nome sempre foi um desafio para narradores e repórteres de Internet escrevendo os relatos de Brasil x Grécia na correria. (Oi!). O mais massa-bruta de todos, um terror no pick-and-roll simplesmente porque são poucos os que têm coragem de parar em sua frente quando ele recebe a bola partindo feito locomotiva para a cesta. Máquina de lances livres. Ganha uma boa grana na Europa, mesmo não tendo o condicionamento físico para atuar de modo eficiente por mais de 25 minutos por partida. Ele foi draftado pelo Clippers em 2003, na segunda rodada (34). Em 2010, quando venceu seu contrato com o Olympiakos, se aprsentou ao time californiano, mas foi recusado precocemente, algo estranho. Hoje seus direitos pertencem ao Atlanta Hawks.

Sofoklis Schortsanitis, locomotiva

Quem vai segurar Sofoklis Schortsanitis?

Erazem Lorbek, pivô esloveno que recusou o assédio firme do San Antonio Spurs neste ano, renovando com o Barcelona, para o bem de Tiago Splitter. Embora um pouco lento para os padrões da NBA, sem dúvida conseguiria se fixar, aos 28 anos, no auge. É extremamente técnico. Bons fundamentos de rebote, passe e arremesso – seja via gancho próximo do aro ou em chutes de média e longa distância. Seus direitos foram repassados ao Spurs pelo Pacers (que o selecionaram na segunda rodada do Draft de 2006, em 46º) na troca que envolveu George Hill e Kawhi Leonard.  Curiosidade: Lorbek chegou a jogar uma temporada por Tom Izzo em Michigan State, mas optou por encerrar sua carreira universitária para lucrar na Europa desde cedo.

Sergio Llull, armador espanhol, ainda aos 24 anos. Então dá tempo, ué, para ele jogar pelo Houston Rockets, não? Claro. Desde que ele não aceite a – suposta – megaproposta de renovação de contrato do Real Madrid, que lhe estariam oferecendo mais seis anos de vínculo, com um sétimo opcional. Sete!!! Parece negociação dos anos 60 até. Se esse acordo for firmado, o gerente geral Daryl Morey vai ter de se conformarm com o fato de ter pago mais de US$ 2 milhões por uma escolha de segunda rodada (34ª) no Draft de 2009 para poder apanhar esse talentoso jogador, um terror na defesa e cada vez mais confiante no ataque.

Dejan Bodiroga

Bodiroga, multicampeão na Europa

Dejan Bodiroga, ex-ala sérvio, para fechar no melhor estilo. Sabe, uma coisa me causa inveja: quando ouço as histórias daqueles que viram os grandes brasileiros de nossa era dourada. De não ter visto Wlamir, Ubiratan, Rosa Branca e cavalaria. Já aposentado, egoísticamente, Bodiroga entra para mim nessa categoria agora: “Esse eu vi (pelo menos)”.

Não sei qual o apelido dele na sérvia, mas deve ter algo derivado de mágico. Bodiroga foi selecionado pelo Sacramento Kings em 2005, na 51ª posição, mas nunca esteve perto de jogar na NBA. Seu estilo era muito peculiar, e também sempre houve a dúvida sobre como ele poderia traduzir seu jogo para uma liga muito mais atlética – ainda seria uma estrela? No fim, o sérvio nunca pensou em pagar para ver.

Na Europa, defendeu Real Madrid, Barcelona (no qual já atuou com Anderson Varejão), Panathinaikos, diversos clubes italianos. Pela seleção, foi três vezes campeão do Eurobasket, medalha de prata nas Olimpíadas de Atlanta-1996, bicampeão mundial. Em clubes, ganhou quatro Euroligas. Com 2,05 m de altura, mas de modo algum um jogador de força, ele era praticamente um armador com essa altura toda. Um passador incrível, um grande arremessador, conseguia também sucesso surpreendente também no mano-a-mano, investindo até mesmo contra defensores mais ágeis e fortes, devido a uma série de truques com a bola e muita inteligência. Um gênio. Aos 39 anos, já está aposentado e trabalha como cartola..


Problema físico de Nenê ainda inspira “muita cautela” em Washington
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Giancarlo Giampietro

Nenê, Washington Wizards

A fascite plantar é uma praga para qualquer basqueteiro. Uma dor bem chata na sola do pé, que teima em não ir embora. Foi o que atrapalhou Nenê no final de temporada da NBA – e primeiros jogos pelo Washington Wizards – e nas Olmpíadas. Requer repouso, exercícios específicos de fisioterapia, termo ou crioterapia, em alguns casos medicação contra inflamação ou até mesmo algo mais pesado.

Até se apresentar ao clube da capital norte-americana, o pivô terá ficado afastado das quadras por cerca de dois meses e meio, teoricamente. Pode ser o suficiente para ele chegar bem ao training camp do técnico Randy Wittman?

Talvez.

No fim, porém, o Wizars vai adotar toda precaução possível com o brasileiro. “Vamos ser muito, mas muito cautelosos”, afirma o gerente geral Ernie Grunfeld. “Ele não teve o tempo necessário para descansar neste verão por causa de seu compromisso com a seleção nacional. Vamos, então, bem devagar com ele para garantir que ele chegue 100% na hora em que o usarmos para valer.”

Para o sucesso do Wizards, sua saúde é imprescindível. Em 11 partidas com o brasileiro na temporada passada, o clube conseguiu sete vitórias (uma delas contra o Miami Heat, com uma cesta do pivô no último segundo, veja abaixo), com um saldo de 10,3 pontos, algo impensável para quem só havia apanhado até então. Foram cinco triunfos em sequência até o fim do campeonato. Suas médias foram de 14,5 pontos e 7,5 rebotes.

Nenê vai ser, então, poupado durante a fase de preparação do time e deve ficar fora de uma das duas sessões diárias. É mais um, então que, tal como Leandrinho, se submeteu a alguns sacrifícios pela seleção brasileira e agora tem de juntar os cacos para cumprir com seu trabalho.

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*  *  *

A cada ano é a mesma coisa em Washington. “Agora vai!”

Com o reforço de Nenê e a chegada dos veteranos Emeka Okafor – que vale, aliás, como uma espécie de seguro para qualquer lesão mais chata do brasileiro – e Trevor Ariza e do prestigiado calouro Bradley Beal – cotado como um ‘novo Ray Allen’ (ou Eric Gordon) –, Grunfeld acredita que seu time está preparado para deixar a rabeira da tabela no Leste e lutar pelos playoffs.

Seria importante para isso a filosofia da adição por subtração também com a saída dos cabeças-de-vento Andray Blatche e JaVale McGee e do desinteressado Rashard Lewis. “Mudamos o ambiente da equipe. Conseguimos fazer muitas alterações no nosso elenco, acho que a atitude do time mudou, e teremos um grupo mais dedicado, trabalhador, em que um vai estar disposto a se sacrificar pelo outro”, afirmou o dirigente.

Palpite: para o Wizards vingar de verdade, o talentoso John Wall deve jogar um pouco mais, Beal tem de justificar seu status de grande arremessador – coisa que não aconteceu em seu único ano pela universidade Florida –, e Nenê  precisa se manter em quadra, sem perder eficiência e ganhando em agressividade.

*  *  *

Dois jovens europeus chamam muito a atenção no elenco do Washington: tcheco Jan Vesely e o francês Kevin Seraphin. Com a chegada de Ariza e Okafor, fica a dúvida sobre quanto tempo de quadra os dois terão para mostrar serviço. Mas são extremamente talentosos.

Seraphin é quem está mais avançado na sua curva de aprendizado, se transformando num cestinha respeitável no garrafão e de média distância e ótimo reboteiro. Ele subiu muito de produção com a chegada de Nenê e fez uma ótima Olimpíada, ainda que o técnico Vincent Collet insistisse com Ronny Turiaf. A Espanha que agradeceu nas quartas de final. Vesely é extremamente atlético, longo toda vida, mas ainda precisa se encontrar, ou ser encontrado. Por enquanto, nos Estados Unidos ele ainda é mais conhecido pelo beijo que ganhou de sua namorada no dia em que foi draftado, mas em quadra ele pode muito mais:


Rockets dispensa armador, mas contrata dois e volta a ter número máximo de atletas
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Giancarlo Giampietro

Primeiro foi dispensado o ala Diamon Simpson. Nesta terça, foi a vez de o Houston Rockets anunciar que o armador Courtney Fortson não faz mais parte dos planos da franquia para a próxima temporada da NBA.

Scott Machado em ação em Las Vegas

Scott, de preto, em ação em Las Vegas

Seria, então, um a menos no caminho de Scott Machado, certo?

Seria, não fosse a contratação de mais dois atletas pelo clube texano: o também armador Demetri McCarney e o ala-armador Kyle Fogg, segundo o setorista do Houston Chronicle, Jonathan Feigen.

McCarney, de 23 anos, foi revelado pela universidade de Illinois e que jogou a última temporada na Turquia, sem ter sido draftado por uma equipe norte-americana. Segundo consta, é um cara de perfil bem diferente do brasileiro nova-iorquino: mais alto, forte e voltado para a finalização de jogadas e passes pouco efetivos.

Fogg se formou pela universidade do Arizona, também passou direto pelo Draft e foi companheiro de Scott na liga de verão de Las Vegas. A parte bizarra: ele disputou apenas um jogo no torneio, ficou 22 minutos em quadra e marcou quatro pontos, mesmo número de desperdícios de posse de bola, aliás.

No vídeo abaixo, aliás, você pode ver Fogg vindo de ncontro ao brasileiro para cumprimentá-lo por uma bela assistência para o grandalhão Josh Harrelson em um contra-ataque. Mais interessante ainda agora: bem no finalzinho do clipe, repare no cabeludo que sai do banco para recebê-los. Trata-se do próprio Fortson. São as voltas e voltas do mundo, gente. Mundo pequeno esse. 🙂

Com a adição dos dois jogadores, o Rockets volta a atingir o número máximo de atletas que um clube da NBA pode ter numa pré-temporada: 20. Até o início do campeonato, lembrando, o gerente geral Daryl Morey precisa dispensar cinco deles, e aí está o risco para Scott Machado.

Difícil de entender, a não ser que McCarney e Fogg sejam encarados como ótimos reforços para o Rio Grande Valley Vipers, da D-League, já que os atletas que entrarem no training camp da NBA sob contrato com um clube são, por direito, exclusivos de sua respectiva franquia na divisão menor, caso não seja aproveitado.


Jogadores para marcar de perto na próxima temporada da NBA: Andrew Bogut
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Giancarlo Giampietro

Andrew Bogut

Bogut fica bem de terno, mas o time quer é vê-lo em quadra

Enquanto Andrew Bynum dava ainda um trabalhão para Phil Jackson, exigindo o máximo das técnicas motivacionais (e provocativas) do Mestre Zen, seu xará australiano, Bogut, trabalhou pela classificação como “o segundo melhor pivô” da NBA, atrás apenas dele, o líder absoluto, disparado, campeão com mais de dez rodadas de antecedência, Dwight Howard.

Mas podemos dizer também que Bogut nem trabalhou tanto assim e ganhou o vice-campeonato dos “cincões” por inércia, mesmo. De tão deslocada que parece a posição hoje em tempos do superatlético Miami Heat.

Só não tente dizer isso a Jerry West, ele mesmo, o Logo, e agora consultor manda-chuva do Warriors. Muito menos a Joe Lacob, o dono do clube, que faz de tudo – até o que não deve – para que a equipe volte a ser competitiva na Conferência Oeste e que para que seja amado por uma das torcidas mais peculiares da liga. Mesmo que, para isso, ele precise arruinar uma homenagem a Chris Mullin e ser vaiado por todo o ginásio:

Esses caras apostaram alto em Bogut como o jogador que revolucionararia a franquia dentro de quadra, como o primeiro pivô a fazer a diferença pelo time desde os tempos de… Felton Spencer? Rony Seikaly? Ou quem sabe… Clifford Rozier? Todd Fuller? Manute Bol? Hm… melhor ficar com Nate Thurmond, aquele monstro defensivo lá nos anos 70.

Nate Thurmond

Nate Thurmond em foto que já diz tudo

(Parêntese: pensar nos grandes pivôs que a NBA já teve no passado funciona na minha cabeça como os grandes pesos pesados que o boxe já teve. Thurmond, Alcindor, Malone, Wilt, Russell… Até os nomes se encaixam. Agora voltando…)

Monta Ellis era um cestinha pouco eficiente, e foi o que custou ao Warriors para ter Bogut. Não seria de fazer ninguém chorar. Mas o ala-armador era adorado por essa gente torturada que aprecia e nunca abandona um clube por mais que suas participações nos playoffs sejam muito mais raras do que anos bissextos.

Aí entra o australiano, que sofreu duas lesões bizarras nas últimas temporadas e disputou apenas 77 jogos de 144 possíveis. A metade, na mosca. Jornalista não sabe fazer conta. Há quem diga que foi só azar – e, realmente, a queda que ele teve depois de uma enterrada que resultou numa fratura absurda em seu braço foi muita falta de sorte (vídeo forte, escondido lá no pé do post). Porém, como explicar o fato de que até hoje o pivô disputou apenas uma temporada completa em sua carreira, justamente a sua de novato? Fora essa, apenas em uma outra campanha ele bateu a casa de 70 jogos: 2007-08. De resto, no mínimo 14 jogos perdidos por ano. É muita coisa.

O Warriors vai abrir a temporada 2012-13 com muitas esperanças, e não dá para dizer que dependa exclusivamente de Bogut para vencer. O armador Stephen Curry é um dos jogadores mais talentosos da nova geração, mas também não consegue parar em pé. Olho no ala Klay Thompson, que pode ser uma das surpresas do ano. O novato Harrison Barnes é outro badalado. David Lee te dá um double-double por jogo no Fantasy. Com Jarret Jack, Richard Jefferson, Andris Biedrins e Carl Landry, o banco nem é tão ruim assim.

Mas não tenha dúvidas: se a equipe está pensando, mesmo, em chegar aos playoffs, com chances de avançar nos mata-matas, tudo gira em torno da saúde, sim, do australiano.

A começar por sua presença defensiva. Não só por seus mais de dois tocos por partida nas últimas três temporadas ou pelo ótimo aproveitamento nos rebotes. Mas muito por sua inteligência no posicionamento, fechando espaços, podendo ser dominante mesmo com pouca impulsão ou velocidade. No ataque, se tudo der certo, a presença de Curry (ótimo passador e um arremessador melhor ainda) e Thompson (gatilhaço), abrindo a quadra, devem contribuir muito também para ele encaixar seus movimentos lentos, mas técnicos.

Assim sonham Lacob, West e hipongas.

Que desencanem disso aqui, então:


Jogadores para marcar de perto na próxima temporada da NBA: Andrei Kirilenko
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Giancarlo Giampietro

Kirilenko x Delfino

Kirilenko agora volta a enfrentar só atletas de nível NBA, como Delfino

Já não é segredo para ninguém a cotação que Andrei Kirilenko tem no QG 21 é alta, bem alta. Não são muitos os jogadores que conseguem causar tanto impacto numa partida sem nem mesmo ter a bola em mãos.

Geralmente, ao assistir a qualquer pelada, nossos olhos costumam seguir a bola de um lado para o outro, para cima e para baixo, não? Normal. Acontece que, ao mesmo tempo, tem muito mais coisa acontecendo. Existe a movimentação de outros oito atletas – julgando que a bola esteja marcada, claro. Corta-luzes do lado contrário, fintas pelas costas dos marcadores, agarrões, pancadas, o bicho pega, mesmo. E Kirilenko dá um trabalhão nessa confusão toda, tanto no ataque como na defesa.

Especialmente na retaguarda: ele usa de velocidade, impulsão e envergadura para distribuir tocos na cobertura e romper a linha de passe diante de adversários mais desatentos. No ataque, consegue se esgueirar em meio aos marcadores para aparecer livre próximo ao aro. Não são tarefas tão simples assim, ou exercícios aos quais todo atleta gosta de se dedicar.

Vem daí a explicação para algumas de suas métricas anômalas, como os 3,3 tocos por jogo que lideraram a temporada 2004-2005 da NBA, por exemplo. No geral, em sua carreira, ele é dos poucos que sustenta um rendimento de 2 tocos e 1,4 roubo de bola por embate. Aí você soma as 2,8 assistências, os 5,6 rebotes e os 12,4 pontos para ter, sim, um atleta bastante singular, capaz de fazer bem um pouco de tudo.

Em seus últimos anos de Utah Jazz, o russo era visto com desconfiança, para dizer o mínimo, pela dupla Deron Williams e Carlos Boozer. Juravam que o companheiro já não estava mais nem aí para nada, apenas cumprindo seu contrato em piloto automático. De modo algum vimos essa figura supostamente apática em 2011-2012. Depois de cumprir uma temporada excelente na Europa pelo CSKA Moscou e pela seleção russa nas Olimpíadas, o AK-47 – por mais infame que seja o apelido, ele combina demais com o ala – tem como desafio agora repetir esse rendimento num campeonato mais desgastante diante de competidores muito mais atléticos, aos 31 anos.

Se Kirilenko conseguir render pelo Minnesota Timberwolves do modo como atuou na Rússia, Kevin Love tem grandes chances de, enfim, sorrir nos playoffs.


Rasheed Wallace (ainda) quer voltar. E, claro, vai treinar com o Knicks
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Giancarlo Giampietro

Wallace não jogou nada pelo Boston em 2009-2010 e deixou a liga

O “totalmente excelente” (valeu, Bonfá) repórter Ric Bucher, da ESPN, soltou no Twitter: Rasheed Wallace foi visto treinando em ginásio do Knicks neste fim de semana. E o clube de Manhattan está, claro, considerando sua contratação. Afinal, eles já têm Kurt Thomas, Marcus Camby e Jason Kidd…

Não é a primeira vez que ‘Sheed, agora 38, flerta com um retorno à NBA. No ano passado, ele esteve de namorico com Los Angeles Lakers e Miami Heat. Depois de ter supostamente se aposentado pelo Boston Celtics. Só a elite, reparem.

O perigo desse tipo de flerte é o seguinte: para quem não joga para valer desde 2010, Wallace deve estar, sim, se sentindo muito bem com seu corpo agora. Mas vai encarar uma temporada de 82 jogos para ver como fica… Mesmo que ele não jogue muito. Já bastam as incessantes e intermináveis viagens para desgastar bastante.

Para alguém que tinha a língua afiada, um dos temperamentos mais intrigantes e aversivos da liga, não deixa de ser irônica a busca do pivô pelo tempo perdido – justamente ele que foi acusado durante anos e anos de ser daqueles que mais desperdiçava seu talento em quadra com lances descabidos e preguiçosos, sem contar a quantidade de minutos em que ele parecia estar com a cabeça na Lua, em Marte, Vênus ou Mercúrio, mas certamente não no jogo.

“Ball don’t lie” – que a bola não mentiria, não enganaria –, foi uma de suas frases célebres, em referência a erros de arbitragem grosseiros que poderiam influenciar num resultado. Será que Rasheed realmente quer voltar? O que a bola tem a dizer a respeito?

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Rasheed Wallace recebe uma técnica

Sheed era recordista de faltas técnicas nos bons tempos

Rasheedl Wallace foi draftado em 1995 pelo Washington Bullets (saudades!) na quinta posição, depois de acelerar o envelhecimento do legendário Dean Smith em UNC. Ele já tinha aquela manchinha redonda na cabeça. Reserva de Chris Webber e Juwan Howard, só foi mostrar serviço pelo Blazers anos mais tarde. Foi uma grande estrela da era “Jail Blazer” – um dos ‘movimentos’ mais impagáveis da NBA, com uma ficha criminal impressionante. Também com grandes batalhas nos playoffs, diga-se. Mas sua melhor fase técnica durou por pouco mais de uma temporada, entre 2004 e 2004, pelo Detroit Pistons, onde se achou. Cercado por veteranos bem sérios, que o domaram, (Rip, Billups, Big Ben e um técnico maluco em Larry Browon), foi decisivo para a conquista do último título da Motown.

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Nos anos posteriores, quem tirava ‘Sheed do sério era Anderson Varejão. Pistons e Cavs se encontraram muitas vezes nos mata-matas, e as faltas ofensivas que o capixaba conseguia cavar ou descolar irritavam profundamente o rival. Ele achava que aquilo não era basquete.

Na verdade, sua frustração devia ser simplesmente pelo fato de que não conseguia dominar um brasileiro do qual ele nunca havia ouvido falar. Anderson sempre foi um defensor infernal e um veterano desmotivado era presa fácil. Ponto para o Brasil.

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“Cut the check”, risque o cheque, foi outra frase minimalista famosa do pivô. Tipo: me paga aí e não me torre a paciência. Se você riscar o cheque, tá valendo. Outra: “Both teams played hard”, os dois times jogaram sério, para comentar as partidas nas entrevistas obrigatórias ao final do jogo. Ele não queria falar nada.


Ala francês apelou até a treinamento Shaolin para conseguir emprego na NBA
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Giancarlo Giampietro

Mickael Pietrus x Kobe Bryant

Kung Fu fighting: Pietrus não conseguiu lutar muito, mas jura que cresceu com os shaolins

Enquanto Leandrinho treina com os ex-companheiros de Flamengo para tentar se manter em forma, enquanto não assina com nenhuma equipe da NBA, o ala Mickael Pietrus, que está no mesmo barco, citou um exemplo nada tradicional que adotou em 2011 para tentar ser um jogador melhor. Dá para falar que ele, na questão de expandir seus horizontes, ele foi bem longe mesmo.

Diz o francês, ex-Boston Celtics, que, antes da temporada passada, passou um mês de reclusão ao lado de monges Shaolin. “Fui para treinar kung-fu e judô, mas meu joelho estava muito dolorido”, afirmou.

Bom, então não deu muito certo a coisa da pancadaria. Embora milionário, ele não ia perder a viagem de todo modo, né? Resolveu, então, testar outras searas – é sempre uma viagem transendental, galera. “Usei então um pouco da medicina chinesa e gostei. Foi uma experiência inesquecível. Quando você vê 150 monges se levantarem às 4h da manhã para correr por duas horas sem comer nada, você se torna mentalmente mais forte.”

Só faltou Pietrus falar se ele acompanhava os monges na corrida, né?

Duvido.

Os joelhos estavam muito doloridos.

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Brincadeira à parte, Pietrus sofreu com seus joelhos durante toda a temporada 2011-2012, massacrante devido ao locaute. No entanto, ainda fez um ótimo papel pelo Celtics, tendo alguns belos momentos como defensor nos playoffs. Não obstante, é um dos nomes de destaque na lista dos desempregados da NBA a menos de um mês do início dos training camps. A diferença, no caso, para Leandrinho, é que seu nome vem sendo constantemente envolvido em rumores de negociações. Segundo consta, ele deve fechar a qualquer momento com um time da Conferência Leste. O Minnesota Timberwolves estaria interessado.

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Pietrus fez muito sucesso em Boston com um público em especial: os diversos setoristas que acompanham a franquia mais vitoriosa da NBA. Suas respostas costumam ser um tanto mais profundas – ou malucas – do que a média. E isso vem muito da personalidade do francês. Não me lembro agora exatamente de um caso em específico, mas o ala já deixou muitos companheiros de equipe irritados com um misto de franqueza e arrogância no palavreado.

No mundo da liga norte-americana, de muitos e diferentes egos, tem muito disso: Pietrus pode estar longe do protagonismo, mas isso não vai impedi-lo de ser um jogador extremamente confiante, claro. Ainda mais ele que já foi um dia cotado como o “Euro Jordan”, por mais que hoje isso possa parecer absurdo.

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Já que é domingo, vamos com essa fantástica obra pop sem compromisso:


Moncho Monsalve ainda está internado, mas evolui positivamente
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Giancarlo Giampietro

Moncho Monsalve

Moncho Monsalve nos tempos de comandante da seleção em 2008 ou 2009

“Señores, por Dios!”

Os repórteres tinham de esperar na quadra ao lado, no complexo da Arena Olímpica de Atenas, enquanto a seleção brasileira treinva, e aquele senhor espanhol com alguma dificuldade de locomoção e uma cabeça muito acelerada para o basquete berrava com os jogadores. Quer dizer: a prática podia estar sendo fechado pra os forasteiros, mas dava para saber o que se passava por ali de qualquer modo.

Embora fosse um desconhecido em geral para os brasileiros, fosse muito mais velho, de outro país e não maneirasse nos gritos quando achasse necessário, Moncho Monsalve desenvolveu uma sólida relação com seus novos comandados no biênio em que dirigiu a equipe.  Era meticuloso, questionava os atletas por centímetros que talvez estivessem errados em seus posicionamentos – todo detalhe é importante e pode fazer a diferença, rá –, forçava a repetição de jogadas e fundamentos. Ao final dos treinamentos, nas entrevistas a rapaziada mostrava que levava, digamos, na esportiva. Sabiam que era para o bem.

E não que o espanhol fosse um carrasco ou coisa assim. Sabe dar risada e fazer rir (no bom sentido). Tem ótimo relacionamento, trânsito com muita gente no mundo Fiba. Sempre me lembro do dia em que consegui uma carona com o técnico e o assistente Neto num ônibus da seleção croata, na volta da arena para o hotel das delegações, e ele batendo o maior papo com Marko Tomas e Marko Banic, que jogavam na Espanha, contando e ouvindo histórias, e não parava. Em tempo: era a cobertura do Pré-Olímpico Mundial de 2008, no qual as aspirações da equipe brasileira se encerraram nos tiros de três pontos de um alemão – justo ele, o armador Pascoal Roeller, um merom coadjuvante de Nowitzki.

Na sexta-feira passada, Moncho, aos 67, sofreu um ataque cardíaco em quadra, quando dirigia o time júnior do Murcia. Foi levado as pressas para um hospital para um primeiro atendimento, até ser deslocado para outra unidade. Ele ainda está na UTI, mas segundo a mídia espanhola evolui positivamente e está consciente.

Melhoras, e rápido!

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Com Moncho, o Brasil venceu a Copa América de 2009, em Porto Rico, derrotando a seleção local em uma final dramática, por um ponto. Hoje pode não parecer muita coisa, mas esse era um tremendo dum fantasma para a seleção. Depois de, na primeira fase, já ter batido a Argentina de Luis Scola – sem o resto da cavalaria, mas ainda assim,  outro tipo de triunfo que contou muito naquela época.

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Moncho foi uma estrela da seleção espanhola na década de 60, foi jogador do Real Madrid, mas teve sua carreira abreviada em 1972 devido a uma grave lesão no joelho. De imediato, passou a trabalhar como treinador e foi uma figura influente no desenvolvimento da escola de técnicos, realmente excelente, da Espanha.


Barcelona abre temporada na Supercopa para tentar estender hegemonia
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Giancarlo Giampietro

Marcelinho Huertas, Barcelona

Huertas abre mais uma temporada com perspectiva de títulos pelo Barça

No futebol, virou praxe nos últimos anos dividir o Campeonato Espanhol em duas competições distintas: uma travada entre Barcelona e Real Madrid e a que fica para o resto da cambada (saiba, neste caso, que o Valencia seria tricampeão nacional!).

No basquete, ainda que não exista um abismo como nos gramados, o poderio financeiro dos dois clubes gigantes do país começou a fazer a diferença. O problema, só para aumentar a agonia dos merengues, dos seguidores do time da capital, é que, na verdade, a hipotética polarização entre Barça e Real não se concretizou. Porque só dá Catalunha nessa, algo muito bom para o currículo de Marcelinho Huertas.

A temporada espanhola começa oficialmente neste fim de semana, com a disputa da Supercopa. E os barcelonistas jogam pelo tetracampeonato do torneio. Um, dois, três seguidos eles já têm. Agora querem o quarto.

Dá para dizer que não é a competição mais badalada. Mas ainda é um caneco nacional. E, de todo modo, nos certames de maior prestígio,  o Barcelona conquistou também duas Ligas ACB e duas Copas do Rei nos últimos três anos. Eles não param, entende? Não é apenas a galera de Lionel Messi que irrita os madridistas.

A má notícia para a concorrência: no início desta campanha 2012-2013, o Barça ainda tem o elenco mais equilibrado e, por isso, mais forte. Na armação, Huertas tem a companhia de Sarunas Jasikevicius e Victor Sada. Juan Carlos Navarro também entra nessa rotação. Nas alas, o talentosíssimo australiano Joe Ingles, o veterano norte-americano Pete Mickeal, o promissor Alex Abrines (olho nesse, xodó de muitos scouts europeus) e Xabi Rabaseda. Os pivôs são o croata Ante Tomic, um de nossos preferidos, o craque esloveno Erazem Lorbek, que recusou o Spurs, o força-bruta australiano Nathan Jawai e o americano CJ Wallace.

Além de nomes consolidados no mercado europeu, são peças que se encaixam naturalmente. Diferentemente do que observamos no Real Madrid, que possui gente muito gabaritada no perímetro (Sérgio Llull, Sérgio Rodríguez, Dontaye Draper, Jaycee Carroll, Rudy Fernández e, ufa!, Martynas Pocius), mas deixa a desejar em seu jogo interior (Nikola Mirotic só vai melhorar, mas Felipe Reyes já não é mais o mesmo de três temporadas atrás e Mirza Begic e Marcus Slaughter ainda precisam se provar alto nível no continente).

Um degrau abaixo aparecem Caja Laboral, que é o Baskonia, Valencia, de Vitor Faverani, Unicaja Málaga, de Augusto Lima e que perdeu terreno recentemente, e Bilbao, clubes que vão precisar de excelentes química e trabalho tático para fazer frente aos dois gigantes.

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As semifinais da Supercopa são as seguintes: Barcelona x Valencia e Real Madrid x Zaragoza, que joga em casa. Os vencedores se enfrentam na semifinal, no domingo, 14h (horário de Brasília). O Bandsports deve transmitir tudo.

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É muito difícil escrever qualquer coisa sobre esses resultados obtidos pelo técnico Xavi Pascual nos últimos anos. Ele teve seu contrato renovado até 2015. Quem sabe, porém, se ele não chega ao final de seu vínculo com um basquete um pouco menos robótico do que obriga o seu clube praticar… Pascual é daqueles “control freak”, regulando toda e qualquer ação de seus atletas do lado de fora da quadra. Só Navarro pode ser Navarro. O resto que se enquadre, e assim ele vai vencendo. Mas não é de encher os olhos, não.

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Vitor Faverani terminou a Liga ACB passada como um dos atletas mais quentes no mercado europeu e acabou estendendo seu contrato com o Valencia, onde enfim encontrou um meio de fazer seu imenso talento valer.  Ele encara agora uma temporada muito importante para confirmar esse status.