Vinte Um

Arquivo : Al Horford

Prévia dos playoffs da Conferência Leste da NBA: Parte 2
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Giancarlo Giampietro

3-INDIANA PACERS x 6-ATLANTA HAWKS

A história: o Atlanta Hawks aliviou descaradamente em seus últimos jogos da temporada para fugir das quarta e quinta colocações – para supostamente, desta forma, evitar o lado da chave do Miami Heat. Hein?! O técnico Larry Drew se sente tão confortável assim em relação ao seu time para armar uma coisa dessas? E qual o prazer de se enfrentar uma defesa tão física e bem armada como a do Indiana Pacers? Não que a equipe de Frank Vogel tenha feito também a melhor campanha em abril, vencendo apenas um de seus últimos seis compromissos, depois de ter triunfado em 11 de 16 partidas em março. Há quem jure também que eles tiraram o pé, preservando saúde e energia para os playoffs – daí o fato de terem levado  90 pontos ou mais em cada uma de suas partidas no mês final da temporada regular, acima de sua média.

O jogo: com jogadores de muita envergadura e força física, Vogel consegue vedar seu garrafão e forçar os tiros longe da cesta. Mas nem tão longe: o Pacers é a equipe que melhor contestam os disparos de longa distância – e podem ter certeza de que Kyle Korver vai jogar com um alvo nas costas. Quer dizer, sobram propositalmente, então, os disparos de média distância, os de menor eficiência na liga. Josh Smith que vai gostar! O Atlanta Hawks vai precisar correr com a bola sempre que puder, explorando a velocidade de Jeff Teague, Devin Harris, Smith e Al Horford – que, em meia-quadra, é a melhor opção da equipe. Um jogador especial, multitalentoso, ele só não deu, porém, o salto esperado para esta temporada, para ser uma figura dominante na liga.

De dar nos nervos: barbada! O apelido do cara não é Psycho-T por bobeira. Tyler Hansbrough, amigos, passou de queridinho da América no basquete universitário ao branquelo mais odiado da NBA. Vai gostar de uma trombada assim o sujeito, e Vogel adora.” A beleza está nos olhos de quem vê”, diz o técnico. “Eu amo vê-lo esmagar as pessoas. Eu amo fisicalidade ofensiva”, vai adiante. O técnico é um sádico. Então, taí: em vez de se irritarem com Hansbrough, direcionem todo o rancor para o cara que está agitado ao lado da quadra. Ah, e não mexam com o Ben, o irmão do cara:

Olho nele: Kyle Korver, que é daquela turma que faz muito com pouco, tendo uma só grande habilidade para perseverar na liga. Mas que habilidade também, né? Ele acerta 41,9% na carreira na linha de três pontos. Em 2009-2010, ele liderou a temporada com 53,6% de aproveitamento. Neste ano, terminou com 45,7%. Sua mecânica de arremesso é perfeita, sempre com o corpo retinho, e o braço bastante elevado. Mas o mais legal é ver o modo como o ala do Hawks se desloca pela quadra em busca de brechas na defesa para receber o passe e engatilhar. Usando um corta-luz atrás do outro, serpenteando pela defesa, forçando um jogo de gato-e-rato.

Palpite: Indiana Pacers em cinco (4-1).

4-BROOKLYN NETS x 5-CHICAGO BULLS

A história: nos últimos anos o Bulls se firmou como um dos times muito, mas muito combativo sob o comando de Tom Thibodeau. Agora, sem Derrick Rose, com Joakim Noah e Taj Gibson no sacrifício, Luol Deng arrastado por mais de 38 minutos em média em todo o campeonato, vindo de uma dura participação nas Olimpíadas, sobra o que para batalhar? Só não esperem que eles se apeguem a qualquer desculpa. O que seus atletas tiverem eles vão deixar em quadra. E o Brooklyn Nets, com um proprietário que sonha com o título, a presidência da Rússia e o mundo todo, para falar a verdade,  vai ter de usar o talento de Deron Williams, Joe Johnson e Brook Lopez para tentar derrubar essa gente, que veste uma camisa bem mais pesada.

O jogo: meio chocante constatar isso – até melhor você tomar uma água com açúcar antes e depois ficar sentadinho na cadeira, nada de ler isso no celular fazendo esteira! –, mas… A defesa do Bulls hoje é ‘apenas’ a quinta melhor da NBA. Como o Thibs consegue conviver com algo assim?! Existem quatro times na sua frente nesse quesito (Pacers, Grizzlies, Spurs e Thunder). Ok, essa deve ser uma brincadeira que PJ Carlesimo e seu Nets não devem gostar muito, não. Kirk Hinrich, Luol Deng e Jimmy Butler vão testar para valer a boa fase de Deron – que resgatou do nada o seu jogo depois do All-Star Game e é o melhor jogador da série, uma vez que Rose não deve retornar mesmo. Para o Bulls ter alguma chance, porém, Noah e Gibson precisam estar inteiros. Do contrário, ter de anular Deron e Lopez de uma vez fica muito difícil.

De dar nos nervos: há diversos candidatos no elenco do Bulls, mas já falamos bastante deles durante a temporada. Vamos gastar algumas linhas, então, para destacar Reggie Evans, o reboteiro insano do Nets. Se Korver sobreviveu como o arremessador de elite, Evans só se tornou um milionário por sua capacidade de coletar as sobras próximas ao aro tanto no ataque como na defesa. Numa projeção de 36 minutos para sua carreira, Evans tem média de 13,3 rebotes contra apenas 9,0 pontos, roubos de bola, tocos e assistências somados! E, bem, além de rebotes, o pivô já ficou famoso por causa disso aqui. Sem palavras:

Olho nele: Jimmy Butler, o novo orgulho da torcida do Bulls. Inicialmente, quando foi selecionado no Draft de 2011 na 30ª escolha, o ala era mais admirado por sua trajetória comovente – seu pai morreu quando ainda era uma criança, sua mãe o expulsou de casa aos 13 anos porque não gostava de olhar para ele, mudando de uma casa para a outra até encontrar um lar definitivo com um amigo do colegial. Neste ano, porém, em sua segunda temporada, Butler mostra que é muito mais do que uma bela história ou mascote, caminhando para ser um dos melhores defensores de perímetro da liga sob a orientação de Thibodeau e, ao mesmo tempo, melhorando consideravelmente no ataque – versátil, atlético e enérgico, ele tem média de pouco mais de 15 pontos por jogo quando é titular.

Palpite: Nets em sete (4-3).

*PREVIA DO OESTE: Thunder x Rockets e Spurs x Lakers.
*PREVIA DO OESTE:
Nuggets x Warriors e Clippers x Grizzlies.
*PREVIA DO LESTE: Heat x Bucks e Knicks x Celtics


Grupos da Copa América definidos: ótima oportunidade para avaliar os prospectos da seleção
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Giancarlo Giampietro

Olha o Brasil aí

Olha, aqui no QG 21 tava fazendo falta, sim. Conversar sobre a seleção brasileira.

Nesta quinta-feira, a Fiba Américas divulgou a tabela da Copa América masculina de basquete, que será disputada de 30 de agosto a 11 de setembro na Venezuela. Os quatro primeiros colocados se classificam para a Copa do Mundo da Espanha em 2014.

Na primeira fase, não dá para ter apreensão alguma: num grupo de cinco times, avançam as quatro primeiras. Só não dá para tropeçar muito porque os pontos se acumulam na segunda etapa, que definirá os quatro semifinalistas – e classificados – do torneio. O Brasil encara Porto Rico, Canadá, Uruguai e Jamaica em seus quatro duelos iniciais.

Aqui de longe, ainda sem saber nada das listas, dá para arriscar dizer que o Canadá se projeta como o adversário mais complicado. Sim, mais que Porto Rico – independentemente da presença de José Juan Barea, Carlos Arroyo etc.. Agora com Steve Nash engravatado, cumprindo papel de  dirigente, a confederação canadense tem se esforçado em agrupar seus principais jogadores, tentando formar um programa realmente competitivo. Os primeiros sinais são promissores, e talento não faltará ao time, mesmo que os alas-pivôs Kelly Olynyk e Anthony Bennett, dois dos jogadores mais dominantes do basquete univeristário dos EUA nesta temporada, e o jovem armador Myck Kabongo sejam selecionados no Draft da NBA neste ano e possam, eventualmente, ter suas convocações vetadas.

Rubén Magnano, do seu canto, adota o discurso protocolar de qualquer jogo é pedreira. Conhecendo o técnico, não era de se esperar outra coisa, claro. (Isso, claro, se o argentino ainda for o comandante da seleção até lá, lembrando que a CBB passa por eleições em março. Mesmo que o candidato da oposição, o velho conhecido presente-de-Grego, tenha indicado que não haveria mudança alguma nesse sentindo, não dá para cravar como ficaria a situação, pensando muito mais em Magnano aqui. E, não, esse pequeno comentário não é uma campanha em prol do horrendo Carlos Nunes, que tem na contratação do supertécnico seu grande – e único?! – trunfo para buscar a reeleição.)

“Não será uma competição fácil e não podemos descuidar de nenhum adversário. Enfrentaremos nossos rivais mais difíceis na sequência. A estreia será contra Porto Rico, que pela capacidade e bagagem técnica é um grande candidato à classificação. Precisamos estar bem preparados para jogar e ir atrás do nosso objetivo”, afirmou o treinador. “A seleção do Canadá também é uma grande equipe e tem muito potencial. Mas precisamos saber antes de fazer uma análise mais completa quais os jogadores irão representar seu país, pois eles trocam bastante a cada ciclo os jogadores. O mesmo serve para o Uruguai que dependerá dos jogadores que vão atuar, mas com certeza será um jogo difícil. A Jamaica não é tão difícil quanto os demais, mas não podemos descuidar de nenhum adversário.”

Um pouco de blablabla.

O Uruguai realmente tem jogadores muito interessantes, com o pivô Esteban Batista, os armadores Gustavo Barrera, Jayson Granger e o veterano Martín Osimani etc. A Jamaica também pode até contar com o grandalhão Roy Hibbert, do Indiana Pacers, o pivô Samardo Samuels e Patrick Ewing Jr. Mas não dá para esperar perrengue algum contra esses dois times se o Brasil praticar um basquete minimamente consistente.

*  *  *

Na outra chave estão: Argentina, República Dominicana, México, Paraguai e Venezuela. México e Paraguai são as babas.

Avaliando as dez equipes participantes, em teoria apenas seis brigam por vaga, em ordem alfabética: Argentina, Brasil, Canadá, Porto Rico, República Dominicana e Venezuela Quem chegará mais forte que o outro? Aí, sim, é impossível dizer. Tudo depende de quem vai dizer sim a seus técnicos.

*  *  *

Para Magnano, as notícias que já vieram dos Estados Unidos não são boas, sabemos:

– O argentino já sabe que não vai poder contar com Leandrinho, que ainda vai estar em recuperação de uma cirurgia no joelho.

– Anderson Varejão hoje é, na melhor das hipóteses, uma incógnita. Ele é outro que não vai terminar a temporada regular da NBA jogando, afastado devido a um coágulo detectado em seu pulmão direito. O pivô já deixou o hospital, visitou os companheiros de Cavs, mas a estimativa inicial era de que ele ainda passaria por tratamento até maio. Se ele vai estar pronto em agosto, física e/ou espiritualmente, é uma dúvida tão grande quanto sua cabeleira – e raça em quadra.

– Ainda em atividade, Nenê jogou as Olimpíadas no sacrifício, algo que implicou em mais uma temporada acidentada na liga norte-americana, agora vestindo a camisa do Washington Wizards. Será que ele topa emendar mais uma vez suas férias?

Tiago Splitter e o San Antonio Spurs esperam sinceramente que ainda estejam em quadra em meados de junho, nas finais da NBA.

– Fabrício Melo consegue jogar na D-League, tem potencial físico, mas ainda está longe de ser um jogador de impacto em partidas decisivas, de peso, como teremos na Copa América. Caso não seja envolvido em alguma troca durante o próximo Draft, em junho, certamente estará em ação pelo Celtics nas próximas ligas de verão em julho.

– Scott Machado ainda não conseguiu retomar o caminho da NBA depois de ser dispensado pelo Houston Rockets. Conseguindo ou não uma nova chance na liga principal, também deve participar dos torneios de verão norte-americanos. Para quando será que Magnano vai marcar sua apresentação?

Mas calma, gente. Nem tudo está perdido.

*  *  *

Mesmo se não puder contar o sexteto que iniciou a atual temporada da NBA, Magnano ainda teria talento o suficiente para compor uma equipe de respeito, forte, para disputar a Copa América, contando com aqueles que julga os destaques do NBB – embora nem sempre os melhores de fato do campeonato nacional sejam chamados, diga-se – e com os garotos em desenvolvimento na Europa. (Desde que, claro, nenhum deles faça a transição para a liga norte-americana entre as temporadas.)

Rafael Hettsheimeir vai recuperando a melhor forma pelo Real Madrid aos poucos, Vitor Faverani tratou de fazer as pazes e é um pivô de elite na Europa, Rauzlinho ganhou minutos preciosos de Liga ACB nesta temporada, assim como Lucas Bebê, e Augusto Lima e Rafael Luz devem estar doidos para mostrar mais serviço pela seleção.

*  *  *

Muita gente pode ter se despedido de Manu Ginóbili, Andrés Nocioni e Pablo Prigioni em Londres, mas nenhum dos três anunciou oficialmente a aposentadoria da seleção argentina. Luis Scola, pelo contrário, garantiu que joga. A República Dominicana não vai contar mais com John Calipari. Sem o badalado treinador, Al Horford e Francisco Garcia vão topar o desafio? A Venezuela depende, muito, do cada vez melhor Greivis Vasquez.


Nigéria fecha semana histórica com a vaga olímpica
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Giancarlo Giampietro

Nigéria se classifica para as Olimpíadas de Londres-2012

É uma baita surpresa, mas não tratem como aberração a classificação da Nigéria para as Olimpíadas de Londres-2012, fechando os 12 times do torneio ao conquistar a vaga derradeira com uma vitória sobre a República Dominicana, neste domingo, em Caracas.

Foi um confronto extremamente físico, voltado para o garrafão, com atletas fora de série de ambos os lados. Não faltaram lapsos mentais também, mas em geral foi uma batalha agradável de se assistir – nada como ver de fora uma situação dramática dessas com duas equipes que se dedicaram bastante pela classificação.

Contra os nigerianos, os dominicanos encontraram um time que tinha uma resposta atlética com a qual não estão habituados. Al Horford e Jack Martínez não puderam simplesmente dominar as tábuas e a zona pintada. Porque Alade e Al-Farouq Aminu, Ike Diogu e o veterano Olumide Oyedeji, um dos líderes do grupo, não iam deixar. E falta ao time caribenho alguém para facilitar a vida de seus armadores vindo de fora – seus armadores Coronado e Fortuna (que nome para dupla sertaneja, hein?) foram muito destrambelhados durante todo o torneio e Francisco Garcia dificilmente passa a bola.

Do outro lado, os nigerianos apostam muito em investidas oficiais, mas seus ataques são centrados no garrafão e, lá dentro, eles são solidários. Brigam feito loucos pelo rebote ofensivo, fazem sólidos corta-luzes não hesitam em fazer o último passe no caso de um defensor estiver bem posicionado.

Tecnicamente, a Nigéria reuniu um elenco muito talentoso.

Ike Diogu pareceu um anônimo durante as transmissões da semana, mas se trata de um jogador que já ganhou mais de US$ 10 milhões em salários em sua carreira na NBA, pela qual foi ignorado na última campanha, de modo surpreendente. Fez apenas dois jogos pelo San Antonio Spurs, e só. Mas ele foi draftado na nona colocação em 2005 pelo Warriors, lidou com alguns problemas físicos no início, mas sempre foi um atleta eficiente nos minutos que recebeu, virando um dos queridinhos dos estatísticos. Não é uma estrela, mas é um pivô extremamente competente ofensivamente e cuja combinação de habilidades se traduz muito bem para o mundo Fiba (vide os dois arremessos de três pontos que converteu no quarto período neste domingo, ajudando seu time a se desvencilhar de uma reação dominicana). Ainda mais com o corpo fino do jeito que está.

Oyedeji foi draftado em 2000 pelo finado Seattle Superonics, no posto 42, e ficou por três temporadas na liga, sendo que já atuava em clubes de primeira divisão na Europa. Ele não balançou o coração de ninguém nos Estados Unidos, mas cumpriu uma carreira de nômade por todo o globo depois, adquirindo muita bagagem. Na hora do vamos ver, no quarto período, com Alade Aminu excluído por faltas, foi chamado para defender Martínez e deu conta do recado.

Esses são apenas dois exemplos, e nem precisamos nos estender muito sobre Al-Farouq Aminu, que ainda tem status de promessa na NBA e provou durante o torneio que os scouts estão certos – executou uma imitação perfeita de Kirilenko na disputa pela vaga, com 14 pontos e cinco tocos. Mas há muito mais histórias para serem contadas pelo restante do elenco.

São raros os momentos em que o blogueiro acerta alguma coisa, então lembramos aqui uma nota produzida, ainda na encarnação passada, para chamar a atenção sobre o grupo que a equipe africana estava reunindo, ainda que dois atletas de rebarba da NBA esperados não tenham jogado (seja por problemas na apresentação ou, a julgar pelo que vimos nas últimas duas semanas, talvez não tenham passado pelo corte final, oras).

Esta é a segunda vez que a Nigéria disputará as Olimpíadas, tendo terminado com a 11ª colocação em Atenas-2004 entre as mulheres. Valeu a bela festa que seus jogadores fizeram, comemorando com seus compatriotas em plena Caracas nas arquibancadas, para depois dançarem em quadra e se abraçarem feito garotos do basquete universitários – afinal, essa foi uma experiência marcante na formação de boa parte desse grupo também, de sua cultura basquetebolística. Antes da comemoração, a cena emblemática para isso aconteceu quando seus sete reservas se enganchavam pelos braços, sentados no banco, esperando o estouro do cronômetro, assim como haviam feito na grande vitória sobre a Grécia nas quartas de final.

Não que se agrupem em um timaço. Basta apenas não menosprezá-los.


Rússia e Lituânia se garantem em Londres-2012
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Giancarlo Giampietro

Um tempo atrás elas, juntas, compunham uma força dominante mundial. Hoje, com duas repúblicas independentes, Rússia e Lituânia ainda impõem muito respeito, e certamente Rubén Magnano não gostaria de ver nenhum desses países da Europa oriental perfilados no Grupo C. Pois eles conseguiram mais uma classificação olímpica neste sábado.

A Rússia controlou a Nigéria por três quartos e, assim como os gregos fizeram na véspera, teve problemas na parcial final. No fim, porém, conseguiu resistir a forte pressão dos africanos para vencer por 85 a 77 e garantir seu lugar na final do Pré-Olímpico mundial em Caracas e a consequente vaga em Londres-2012.

Alexey Shved, Rússia

Alexey Shved, da Rússia, joga barbaridade

O talentoso ala-armador Alexey Shved jogou barbaridade e encantou Wlamir Marques com 22 pontos, seis assistências e quatro rebotes e um estilo que faz o basquete parecer muito fácil. Deve ir para a NBA após os Jogos, campeonato ao qual pertence. Muito talentoso. O time europeu teve um ótimo aproveitamento na linha de três pontos, com 14 cestas em 27 arremessos (51,9%) e movimentou a bola muito bem no perímetro tambeem, computando 26 assistências. Em meio a tudo isso, Andrei Kirilenko estufou a tabela de estatísticas novamente, com 19 pontos, 8 rebotes, quatro roubos de bola e três assistências.

Pela Nigéria, o ala-armador Ade Dagunduro teve mais um brilhante quarto período, comandando uma nova reação, com 16 pontos e 5 assistências. Ike Diogu foi mais uma vez uma arma poderosa no garrafão, com 16 pontos e 14 rebotes.

Já a Lituânia teve uma noite muito mais fácil na capital venezuelana ao atropelar a República Dominicana por 109 a 83, tendo vencido o primeiro tempo já por 16 pontos para se tranquilizar, com uma exibição impecável do armador Mantas Kalnietis (nove assistências). Ele comandou simples jogadas de pick-and-roll muito bem tramadas, fazendo o nome do jovem Jonas Valanciunas, que terminou com 17 pontos e 7 rebotes em apenas 25 minutos, lidando novamente com problemas de falta. Do lado caribenho, Al Horford teve uma jornada para esquecer, somando apenas 12 pontos e 4 rebotes, errando dez de seus 14 arremessos.

Neste domingo, dominicanos e nigerianos  lutam pela terceira e derradeira vaga olímpica.