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Semana final de trocas da NBA envolve Leandrinho e jogadores periféricos
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Giancarlo Giampietro

Na temporada passada, ainda estava tudo muito recente. As franquias sangraram um bocado durante o lo(uc)caute e ainda não haviam assimilado exatamente do que se tratavam as novas regras da liga, depois de longas e desgastantes discussões e as decorrentes e consideráveis mudanças na relação trabalhista com os jogadores e também na limitação da condução de transações entre as próprias franquias.

Ronnie Brewer x Dwyane Wade

Ronnie Brewer (e) foi um dos poucos jogadores contratados por times de ponta em um mercado mais restrito. Agora vai ter de combater Wade ao lado de Durant

Agora, a julgar por uma semana de trocas bem tímida, parece que ou os clubes enfim conseguiram fazer a lição de casa e se assustaram, ou ainda não entenderam bem quais são as regras que estão na mesa e tiraram o pé. De todo modo, o que predominou, mesmo, foi uma extrema precaução nas conversações entre os clubes. Prova mais clara desse cuidado todo foi a escassa quantidade de escolhas de Draft .

Geralmente, essas escolhas funcionam como fator decisivo para o fechamento de um negócio, como uma medida de convencimento: “Escuta, se você não adora tanto assim esse jogador aqui, eu te dou mais, e não se fala mais nisso”. Hoje, elas viraram commodities muito valiosas, devido ao baixo salários que os calouros recebem em seus contratos – ou, pelo menos, baixos quando comparados com a produção em quadra que oferecem.

De todas as trocas acertadas nesta temporada, apenas o Memphis Grizzlies cedeu um pick, para convencer o Cleveland Cavaliers a receber um punhado de reservas, livrando-se assim de alguns salários indesejados. E mais nada. O mesmo Grizzlies que depois despachou Rudy Gay algumas semanas atrás na movimentação de maior destaque.

Relembremos, então, o que aconteceu nesta semana, com alguns pitacos sobre as trocas mais significantes:

Boston Celtics recebe Jordan Crawford, Washington Wizards recebe Leandrinho e Jason Collins.

Jordan Crawford x Jason Terry x Leandrinho?

Crawford assume o papel de Leandrinho em Boston. Jason Terry vai gostar?

– O que o Celtics ganha: um reforço pontual para Doc Rivers no perímetro, ocupando a vaga que era do brasileiro. Crawford é um dos atletas que consegue criar jogadas por conta própria contra qualquer marcador, com muita habilidade no drible e um destemor que muitas vezes pode lhe colocar em situações embaraçosas (pedradas e airballs, leia-se). Pode ser um fominha exagerado e não marca muito bem. Fica a expectativa para ver como vai se comportar ao lado de veteranos como Garnett e Pierce e como responde aos comandos de Doc Rivers. Pode ser uma boa pedida ou dor-de-cabeça.

– O que o Wizards ganha: adição por subtração, saca? Mesmo que Leandrinho não possa jogar mais nesta temporada, o clube ao menos se livrou de Crawford, que estava chiando demais na capital norte-americana desde que o novato Brad Beal tomou conta de sua posição e John Wall retornou de lesão. Jason Collins, pelo contrário, é um veterano bom-moço, que não apontar o dedo para ninguém. E quanto a Leandrinho? Quem se lembra da declaração de Danny Ainge de que gostaria de renovar com o brasileiro? Não durou muito. Negócios são negócios.

Milwaukee Bucks recebe JJ Redick, Gustavo Ayón e Ish Smith. Orlando Magic recebe Tobias Harris, Doron Lamb e Beno Udrih.

JJ Redick

JJ Redick deixa o Bucks mais forte para os playoffs

– O que o Bucks ganha: O gerente geral John Hammond prova que leva sua temporada a sério – acredite, nem todos os cartolas avaliam a situação desta maneira – e tenta desafiar os cabeças-de-chave nos playoffs do Leste, fortalecendo, e muito, sua rotação de perímetro com  Redick, um jogador sobre o qual já foi publicado um manifesto na encarnação passada do Vinte Um. Para os preguiçosos de fim de semana, resumimos: o ala é um dos caras mais eficientes da liga e também dos mais conscientes. Vamos falar mais a respeito em breve. Ayón é outro jogador bastante inteligente, indicado por algum sabichão como um possível reforço barato neste ano, mas que tem um problema pela frente: chega a um clube com rotação completamente congestionada no garrafão. Ish Smith? Se Jim Boylan precisar usar o baixinho em jogos decisivos neste ano, seria um péssimo sinal para suas pretensões.

– O que o Magic ganha: Tobias Harris e Doron Lamb foram muito pouco aproveitados em Milwaukee, mas são bem avaliados pelos scouts da liga. Harris está em sua segunda temporada na liga, mas tem apenas 20 anos e é conhecido por sua força física e firme presença próximo da cesta.  Lamb foi campeão universitário por Kentucky. Embora não seja o jogador mais atlético, tem fundamentos sólidos  no ataque e um belo arremesso de longa distância. São mais dois prospectos para Jacque Vaughn trabalhar em um elenco que carece de jovens talentos. Antes de retornar ao mercado de agentes livres, Beno Udrih pode quebrar um galho no caso de a lesão de Jameer Nelson ser grave.

(Paralelamente, o Orlando Magic mandou o ala-pivô Josh McRoberts para o Charlotte Bobcats, em troca de Hakim Warrick, que deve ser dispensado. Provavelmente, então, Michael Jordan concordou em dar alguma graninha para a franquia da flórida, ou alguma escolha de segunda rodada. Agora: o que McRoberts vai fazer em Charlotte também fica no ar. É um jogador esforçado, que gosta de dar pancadas, tem boa impulsão e agilidade, mas não acrescenta muita coisa para um time que já tem bons operários em seu elenco, mas precisa desesperadamente de um astro).

Oklahoma City Thunder recebe Ronnie Brewer, New York Knicks ganha uma escolha de segunda rodada.
O que o Thunder ganha: Brewer foi mais um reforço bom e barato apontado aqui a mudar de ares. Valeu, Sam Presti, amigo de fé, meu irmão camarada. 🙂 O ala começou a bela temporada do Knicks como titular, mas foi afastado bruscamente da rotação por Mike Woodson, num movimento muito difícil de se entender. Ótimo defensor, experiente e atlético, pode ser útil por 10 a 15 minutos em média nos playoffs, ainda mais se o Thunder cruzar com o Miami Heat novamente na final – em seus tempo de Bulls, sempre fez um bom rabalho contra Wade.

– O que o Knicks ganha: alívio na folha salarial, mas fútil para um time que não tem preocupação alguma em economizar, além de uma escolha de segunda rodada no Draft, que deve ser insiginificante, entre os últimos lugares.

(Para abrir espaço a Brewer, o Thunder cedeu o armador reserva Eric Maynor para o Portland Trail Blazers, também em troca de um pick de segunda ronda. Maynor perdeu espaço para Reggie Jackson na reserva de Westbrook e ainda se recuper de uma cirurgia no joelho. De qualquer forma, o banco do Blazers é tão ruim que ele deve chegar ao Oregon com status de salvador, em seu último ano de contrato. Isto é: não representa impacto para as finanças do time.)

Houston Rockets recebe Thomas Robinson, Francisco Garcia e Tyler Honeycutt, Sacramento Kings recebe Patrick Patterson, Cole Aldrich e Toney Douglas.

Meu nome é Morris

Marcus Morris e Markieff Morris. Ou Markieff e Marcus Morris?

– O que o Rockets ganha: o quinto selecionado no último Draft em mais um ataque sorrateiro de Daryl Morey, o padrinho dos nerds. Com dezenas de jornalistas cobrindo a liga minuto a minuto, contectados ao Twitter, com celulares nas mãos, esperando o assobio do passarinho mais próximo, o gerente geral conseguiu fechar um negócio que ninguém havia especulado. Coisa que nem a CIA consegue hoje mais. Robinson não teve um bom início de carreira na NBA, mas estava cedo, mas muito cedo mesmo para se abrir mão. Tem coisas que só Sacramento Kings faz por você, mesmo. E mais: Garcia está em seu último ano de contrato, dando ao Rockets a chance de cortar mais um punhado de dólares de sua folha de pagamento ao final do campeonato. Para ir, então, em direção a Dwight Howard ou Josh Smith. Segura. Além disso, Garcia é um bom arremessador de três pontos, um sujeito que não complica as coisas no vestiário e pode entrar na rotação de Kevin McHale ao lado de Carlos Delfino.

O que o Kings ganha: grana. O time poupa US$ 4 milhões em salários neste ano com um só objetivo: fazer do time mais barato e mais atraente para um novo comprador. Por mais que publicamente a diretoria vá alegar que Patterson é amigo de DeMarcus Cousins (jogaram juntos em Kentucky) e que ele se encaixa melhor com seu talentoso e irritadiço pivô, abrindo a quadra com seus disparos de longa distância, não há explicação para trocar um pick 5 de Draft além desses tempos miseráveis por que passa a franquia. Douglas e Aldrich não devem ficar perdidos nessa situação por muito tempo.

(O Rockets também prestou um serviço público ao encaminhar o ala Marcus Morris para o Phoenix Suns, em troca de uma escolha de segunda rodada. Marcus agora volta a atuar ao lado de seu irmão gêmeo, Markieff. O problema é que os dois jogam hoje na mesma posição. Xi. Ah, e o Suns ainda acertou outro negócio menor, ao enviar o armador Sebastian Telfair para Toronto, em troca do pivô iraniano Hamed Haddadi e de – adivinha o quê??? – outra escolha de segunda rodada do Draft. Tcha-ram.)


Resumão da intertemporada da NBA: Conferência Oeste
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Giancarlo Giampietro

Com a temporada 2012-2013 da NBA fazendo sua pausa tradicional para o fim de semana das estrelas em Houston, é hora de fazer um resumão do que rolou até aqui, começando pela Conferência Oeste. Amanhã publicamos a do Leste:

Durant decola

Durant, atacando o aro, em constante evolução

Melhor jogador: Kevin Durant.
Dá sempre para melhorar, gente. Até mesmo um Kevin Durant. E por que não faria, ué? Ele tem apenas 24 anos – embora saibamos que há incontáveis casos de atletas que se acomodam rapidamente, rapidinho mesmo. Bem, o quanto melhorou o ala do Oklahoma City Thunder? Ele está chutando acima de 50% (51,9%!!!) pela primeira vez na carreira, em seu sexto ano, tem a melhor marca no tiro de três pontos (43,2%, e tenham em mente de que a maioria dos arremessos é contestada). Na verdade, ele está chutando melhor de todos os pontos da quadra – seja de fora, de média distância, pela direita ou esquerda, em bandejas e infiltrações. Em todos os lugares, desde que estreou na liga em 2007.  Vejam o estudo de Kirk Goldsberry para o Grantland. Mas não é só isso: Durant também tem a melhor marca em assistências, roubos de bola e tocos. Melhor que números, é ver também a evolução de seu jogo como um todo, com maior dedicação e destreza na defesa e o amadurecimento como um líder, tendo de conviver sadiamente com a bomba-relógio que é Russell Westbrook.
Não fosse a aberração chamada Durant, quem mais poderia entrar aqui? Tim Duncan e Tony Parker, Spurs; Kobe Bryant, Lakers; James Harden, Rockets; Chris Paul, Clippers.

Melhor técnico: Gregg Popovich.
O primeiro time a alcançar a marca de 40 vitórias na liga, de novo. A melhor campanha em um Oeste ainda brutal, sem nenhum grande reforço. A máquina de Pop está totalmente azeitada, não importando o que se pense ou não dele por causa de Tiago Splitter. A ponto de ele vencer o Chicago Bulls sem ter Duncan, Parker ou Ginóbili em sua escalação. Afinal, respeitando seus papéis, Kawhi Leonard, Danny Green, Nando de Colo, Gary Neal e o pivô catarinense estão produzindo como gente grande, ganhando confiança aos poucos sob a orientação do treinador. Mas o mais importante dado para ser considerado nesta campanha dos texanos é o seguinte: hoje eles têm a terceira defesa mais eficiente do campeonato, superando até mesmo os maníacos de Thibodeau. Isso era algo recorrente entre 2004 e 2007, mas não vinha acontecendo nos últimos anos. Sem perder o ritmo no ataque, com a quarta melhor ofensiva. O Spurs é o único time no top 5 dos dois lados.
Quem mais poderia estar no páreo? Mark Jackson, Warriors; talvez, mas talvez George Karl, Nuggets.

– Melhor reserva:  Jarrett Jack.
O armador sai do banco para dar mais consistência ao time, podendo render o genial Stephen Curry ou atuar ao lado do rapaz, devido a sua força física e capacidade defensiva. Ale ajuda na organização do time, mas também pode definir por conta própria, com um dos melhores chutes de média distância da NBA.
Quem mais? Jamal Crawford, Eric Bledsoe e Matt Barnes, Clippers (e um mata o outro); Andre Miller, Nuggets; Derrick Favors, Jazz.

Tony Parker e seu chute em flutuação

Tony Parker, cada vez melhor

– Dois quintetos:
1) Chris Paul, James Harden, Durant, Duncan, Marc Gasol.
Ficou clara a influência que CP3 tem dentro do Clippers quando ele teve de descansar nas últimas duas semanas. Harden supera Kobe estatisticamente e em resultados (mais, adiante). Marc Gasol é a âncora da segunda melhor defesa e o pivô mais inteligente da liga hoje.

2) Tony Parker, Russell Westbrook, Kobe Bryant, Blake Griffin, Al Jefferson.
Aos 30 anos, o armador francês joga sua melhor temporada, acreditem. Incrível. Já Westbrook acaba muitas vezes punido por aquilo que não é: um armador. Ele pode ter essa função determinada na hora de se anunciar a escalação, mas jamais deveria ser encarado como alguém que compete com Steve Nash ou John Stockton. Bota pressão na quadra toda, nem sempre toma as melhores decisões, mas é uma força aterrorizante. Kobe começou o ano muito bem, mas já erdeu rendimento e também perde pontos por se apresentar como um capitão muito temperamental, que não ajuda em nada seu time a se estabilizar em meio ao caos. Griffin é outro que, aos poucos, vai trabalhando seu jogo em diversos aspectos, tendo agora um chute de média distância respeitável. Para Al Jefferson ninguém dá muita bola, mas ele segue o pivô ofensivo consistente de sempre, liderando o Utah Jazz rumo aos playoffs novamente.
Quem mais poderia ganhar um convite para o baile? Stephen Curry e David Lee, Warriors; Damian Lillard e LaMarcus Aldridge, Blazers.

– Três surpresas agradáveis:

James Harden, surpresa pelo Rockets

Harden, agora barba de elite

1) James Harden, o craque: não havia dúvida alguma de que estávamos diante de um jogador talentoso, em seus tempos de assessor de Durant e Westbrook. Mas aqui no QG 21 a expectativa não era a de que ele poderia tomar a liga de assalto desta maneira. Em seu quarto ano na NBA, o barbudo se transformou num cestinha implacável, numa das maiores dores-de-cabeça para qualquer defensor de perímetro, com seu estilo muito vistoso e agressivo. O maior volume de jogo custou a Harden a eficiência nos tiros de quadra em geral e nas bolas de três pontos (agora ele não tem a duplinha do Thunder para aliviar a pressão, claro), mas, ao mesmo tempo, o ala tem se colocado ainda mais na linha de lances livres, cobrando quase 10 por partida. Ele também não deixou de olhar para os companheiros: 25% de suas posses de bola terminam em assistência. Depois de tanto tentar a contratação de Dwight Howard nas férias, o Rockets enfim conseguiu sua superestrela em Harden.

2) Golden State Warriors defendendo: a equipe das vizinhanças de San Francisco conseguiu limitar seus adversários a uma pontaria de apenas 44% na temporada, o suficiente para ter a sexta melhor marca de toda a liga. Empatados, pasme, com o Boston Celtics. O Warrios é o time que também permite o sétimo pior aproveitamento de três pontos aos oponentes (34,2%). Tudo isso com o novato e ainda cru Festuz Ezeli de titular por um bom tempo e Andrew Bogut trajando seus elegantes no banco de reservas.

3) Damian Lillard, mais um armador de elite: a moral do novo queridinho de Portland é tamanha que ele foi o primeiro jogador escolhido no falso “Draft” entre Charles Barkley e Shaquille O’Neal para o jogo festivo da molecada no fim de semana do All-Star. Sim, ele saiu antes mesmo de Kyrie Irving (o que mostra, aliás, que o Chuckster talvez não desse um bom gerente geral, mas tudo bem). Quando deixou a modestíssima universidade de Weber State, nenhum especialista ou gerente geral estava apostando em uma coisa dessas. Lillard enfrentava basicamente o segundo escalão da NCAA. Hoje, bate de frente, em igualdade, com os melhores do mundo, que têm dificuldade para conter seu jogo bastante burilado. Ele não é o mais rápido, o mais explosivo, o de maior impulsão, ou melhor chute e visão de jogo. Mas combina um pouco de tudo na média ou acima da média nesses quesitos para se tornar o grande favorito a novato do ano.

– Três surpresas desagradáveis:
1) Los Angeles Lakers: Sério?! Não acredito!

2) As lesões em Minnesota: Ricky Rubio começou a temporada de muletas. Kevin Love depois fratura a mão. JJ Barea sofre com concussão e um tornozelo esquerdo. Os problemas crônicos no joelho de Brandon Roy, adivinhem, seguem crônicos. Chase Budinger rompe o menisco do joelho esquerdo. Nikola Pekovic torce o tornozelo esquerdo. O promissor ala-armador Malcom Lee, ótimo defensor, lesiona o joelho. Andrei Kirilenko começa a lidar com espasmos musculares nas costas. Kevin Love volta a fraturar a mão direita. Alexey Shved torce o joelho esquerdo. Andrei Lirilenko enfrenta problemas musculares no quadríceps. Ah, e Dante Cunningham ficou doente. E lá se foi o sonho de playoffs para o Wolves.

3) Phoenix Suns, o lanterna: Goran Dragic não chega a ser Steve Nash, está bem longe disso, mas se mostrou um armador competente, de acordo com o que o clube pagou. O resto? Um elenco extremamente lento numa liga que valoriza mais e mais a velocidade. Um elenco também desequilibrado, com muitos jogadores duplicados, o que não ajuda na hora de tentar diversificar o plano de jogo. A aposta em Michael Beasley se mostra um fracasso. O resultado é um time habituado a competir nos playoffs amargando a lanterna da conferência.

– O que resta para os brasileiros:
Bem, com a dispensa de Scott Machado pelo Rockets, sobrou apenas Tiago Splitter para contar história. O catarinense se tornou titular de Popovich, enfim, mas isso não quer dizer que fique tanto tempo em quadra assim. Num elenco vasto, lhe cabem por enquanto 23,8 minutos por jogo – e o tempo subiu, aliás, também pela lesão recente de Duncan. O interessante é que, estatisticamente, seus números são inferiores aos da campanha passada e, ainda assim, ainda lhe posicionam entre os jogadores mais eficientes da NBA. E o mais importante é que, com ele em quadra, o Spurs como um todo rende bem mais, como o chapa Rafael Uehara já nos alertou.

PS: encontre o Vinte Um no Twitter: @vinteum21.


Equipe sensação da Euroliga encara seu maior desafio: a luta contra a falência
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Giancarlo Giampietro

Paul Davis enterra

Paul Davis, MVP da quarta semana do Top 16, mas sem salários

Um dos melhores times da Euroliga corre o risco de se declarar falido, ou algo perto disso, nos próximos dias ou semanas. Uma pena, pois estamos falando justamente da maior surpresa do torneio até aqui, o Khimki Moscou.

Quer dizer, vamos relativizar essa história de surpresa. Talvez seja melhor trocar por sensação. Porque uma equipe que pode escalar Zoran Planinic, Vitaly Fridzon, Sergei Monya, Matt Nielsen, Paul Davis, James Augustine, Kresimir Loncar e, ufa!, Petteri Koponen tem de ser cotada para brigar de igual para igual com qualquer um.

De todo modo, em termos de nome e porte, de fato não há como colocar “Khimki” na mesma sentença de Barcelona, Olympiakos, Maccabi ou Montepaschi. E, ao tomarmos nota do que se passa com o clube nesta temporada, realmente não tem como comparar o clube com essas instituições, mesmo: o time moscovita está devendo salários aos seus jogadores há três meses.

Calma, que dá para piorar. Segundo informações passadas de dentro do vestiário para diversos veículos russos há casos de jogadores que não recebem, tipo, desde outubro. O que equivale a “desde-o-início-do-campeonato”.

Literalmente uma dureza.

Durante a semana, cansados de promessas não cumpridas pelo presidente Andrey Nechaev, os atletas anunciaram uma greve. Para o bem do torneio e até para evitar um vexame do basquete russo, decidiram ir para quadra na sexta para receber – e aniquilar – o Maccabi. Mas se recusaram a treinar nas dependências do clube e prometeram que não jogam neste fim de semana pelo campeonato russo. O que aconteceu é que a diretoria montou um elenco bem caro, mas sem ter os patrocínios e recursos necessários para bancá-lo. Uma situação bizarra para um clube que esteja disputando a Euroliga.

No confronto com o Maccabi, houve uma tensão no ar. Os jogadores demoraram para ir para a quadra, atrasando o início da partida em mais de dez minutos. Foi um recado claro para o clube e, neste caso, também para a direção da liga, de que as coisas não estão bem por lá. Que providências serão tomadas não está claro ainda.

KC Rivers sobe para a bandeja

KC Rivers, cestinha que sai do banco para o Khimki

Em jogo, naturalmente o Khimki começou mais devagar, um tanto desligado, permitindo muitos contra-ataques para a equipe israelense (destaque para o ala Lior Eliyahu, cujos direitos na NBA pertencem ao Minnesota Timberwolves). Do segundo quarto em diante, porém, tomado pela adrenalina da partida, o time da casa foi avassalador 69 pontos contra apenas 42 do oponente, vencendo de lavada: 88 a 67.

Paul Davis, veterano americano com bastante experiência no basquete espanhol e que já foi uma aposta do Clippers, teve uma atuação completamente dominante no segundo tempo, terminando com 16 pontos, 9 rebotes e 5 tocos, anulando o talentoso compatriota Shawn James, do Maccabi. De tão bem que jogou o jovem finlandês Koponen (direitos na NBA pertencem ao Mavs), Planinic, que é o craque do time e vive uma fase excpecional, nem precisou ficar em quadra por tanto tempo, limitado a 25 minutos.

“Falando francamente, não esperava que conseguiríamos jogar juntos de um modo tão perfeito como esse. Estou muito feliz pelo trabalho que fizemos em quadra hoje”, afirmou o técnico Rimas Kurtinaits, legendária figura do basquete lituano e ex-soviético e um dos integrantes das poderosas e históricas seleções da URSS formadas nos anos 80. Arremessava tão bem, aliás, que em 1989 foi convidado para participar do torneio de três pontos do All-Star Weekend da NBA em 1989.

O lituano realmente tem do que se orgulhar. Essa foi a 18ª vitória seguida do Khimki jogando em Moscou, contando partidas do torneio continental, da liga russa e da Liga VTB, que reúne equipes do Leste europeu e da Escandinávia (nota: é muito legal escrever e ler Escandinávia, não?). No Top 16 da Euroliga, estão em terceiro no Grupo F, com três vitórias em quatro rodadas, atrás dos invictos Caja Laboral e Montepaschi Siena, mas acima de Barça, Olympiakos e do próprio Maccabi.

Nada mal, e jogar isso fora seria realmente um baita desperdício.

*  *  *

Algumas notas sobre a Euroliga:

– Com sete vitórias seguidas, o Caja Laboral (ou Baskonia) é o time do momento. Com um jogo muito solidário e um elenco recheado de jovens peças emergentes na Europa, o time joga muito mais solto  desde a saída do cerebral, mas quase tirano Dusko Ivanovic, que foi substituído pelo croata Zan Tabak, ex-pivô que já foi um sparring de Hakeem Olajuwon no Houston Rockets campeão da NBA nos anos 90. A linha de frente formada por nosso amigão Andrés Nocioni, Nemanja Bjelica e Maciej Lampe, com o suporte de Tibor Pleiss (alemão draftado pelo Thunder) e Milko Bjelica é muito forte e versátil.

– No Grupo E, os lanternas são dois clubes alemãos: Alba Berlin, cujo plantel está num patamar abaixo, e Bamberg, excessivamente dependente do talentosíssimo cestinha Bostjan Nachbar. Ambos perderam seus quatro jogos no Top 16. Na chave F, são dois trucos na lanterna, também com quatro reveses: Besiktas e Fenerbahçe.

– A campanha do Fener é a maior decepção desta fase, aliás. Eles pensavam em título. Agora já correm sério risco de nem conseguir a classificação para as quartas de final. Com um elenco estelar, mas sem liga alguma, a pressão é enorme para cima do técnico Simone Pianigiani – mentor de campanhas arrebatadoras do Siena nos últimos anos. Bo McCalebb não lembra em nada o jogador das últimas temporadas, David Andersen já não consegue apanhar mais nenhum rebote, e os promissores Bojan Bodanovic (croata) e Emir Preldzic (turco) ainda não têm cancha suficiente para liderar a equipe. O técnico italiano precisa encontrar alguma forma de fazer esse time jogar.

PS: encontre o Vinte Um no Twitter: @vinteum21.


A NBA em números: Scott Machado, Kobe, Calderón e um pouco mais para entender a liga
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Giancarlo Giampietro

Abrimos o ano do Vinte Um com um apanhado de números que repassa algumas histórias que vão correndo pela NBA:

Daequan Cook, na fila do desemprego

Daequan Cook foi mais um jogador chutado para fora de Houston enquanto Scott fica por lá

– US$ 8,8 milhões foi a quantia que o Houston Rockets já gastou em salários de jogadores que nada ou mal aproveitou neste campeonato e foram chutados para fora, enquanto o armador Scott Machado segue no elenco, apesar de seu contrato não-garantido. Isto é, apesar da longa estadia na D-League ou no banco de reservas de Kevin McHale, os U$ 3 milhões consumidos pelo último dispensado, o ala Daequan Cook – que deu lugar ao ex-Spur James Anderson, com apenas dois meses de temporada –, são mais três milhões de razões que sinalizariam a confiança do clube no brasileiro nova-iorquino. Atualização: a imprensa em Houston dá como certo o interesse do time no ala-armador Patrick Beverley, um jogador muito atlético que deixou cedo o basquete universitário sem emplacar na NBA e, desde então, se fixou como uma promessa na Europa. Ainda não está claro quem seria cortado para que ele ser contratado…

7.964 pontos separam Kobe Bryant de Kareem Abdul-Jabbar pelo topo da tabela de cestinhas históricos da temporada regular da NBA. Sua média de pontos hoje é de 30,3. Caso ele não perca nenhum jogo até o fim da temporada regular e sustente este ritmo, terá diminuído essa contagem para 6.419. Para bater, então, a marca do ator de Lew Alcindor, digamos, nos próximos quatro anos, o ala do Lakers teria de sustentar uma média de 19,6 pontos, contando que jogasse as 82 partidas sempre. Neste campeonato ele já superaria, de todo modo, o mítico Wilt Chamberlain como o quarto maior pontuador da liga.

34% é o quanto o Golden State Warriors, no momento, vem melhorando seu aproveitamento em comparação ao ano passado, sendo a equipe que mais subiu de produção. A franquia californiana realmente é a grande surpresa do campeonato, e a surra que eles deram no Los Angeles Clippers veio para comprovar isso. Num milagre do basquete, o técnico Mark Jackson, assistido por Brendan Malone, conseguiu colocar o Warriors entre as dez defesas mais eficientes da liga, em nono, acima do Oklahoma City Thunder.

David Lee: uma enterrada para Blake Griffin assistir

David Lee e o Warriors são a grande surpresa da temporada e um dos times acima dos 50% de aproveitamento numa liga equilibradíssima. Já vamos falar mais dos caras

20 clubes têm mais vitórias do que derrotas ou flertam com um aproveitamento de 50%, num dos campeonatos mais equilibrados em muito tempo. Apenas Wizards, Cavs, Hornets, Hornets, Pistons, Suns, Magic, Raptors, Kings e Mavs por enquanto estão distantes de um retrospecto respeitável, situados na casa dos 30% de aproveitamento. O Leste agora contribui mais para essa maior competitividade, com sete clubes vencendo mais do que perdendo e seis com saldo positivo de cestas – pode parecer pouco, mas, levando em conta o que vimos da conferência nos últimos anos, é um baita avanço.

– Se o Oklahoma City Thunder tem a melhor campanha, com 77,4% de aproveitamento, 9,0 é o saldo de pontos do Spurs, o melhor da temporada, seguido de perto pelos 8,4 de Clippers e do próprio Thunder. Quanto maior esse número, maiores as chances da equipe no campeonato, segundo as estatísticas indicam. Para constar, o Bobcats é quem mais tomou sacoladas até aqui, com saldo negativo de 8,4, pior mesmo que o do lanterninha Wizards (-7,9). Ainda assim, a temporada da franquia de Michael Jordan só pode ser considerada um sucesso até agora, com oito vitórias. Oito! Boa!

0. Zero mesmo: o Toronto Raptors aniquilou o Portland Trail Blazers nesta quarta-feira sem contar com nenhum ponto de seus dois excelentes principais armadores, o Zé Calderón e o Kyle “Pittbull” Lowry. Eles jogaram por 45 minutos e tentaram apenas três arremessos de quadra, sendo dois para Lowry em 22 minutos e um para o espanhol em 23. Incrível. E quer saber mais? Juntos, eles somaram 22 assistências das 34 da equipe. Foram também 34 assistências para 41 cestas de quadra. Para comparar: o terceiro armador dos canadenses, John Lucas, completou os 48 minutos da rotação  e não perdeu tempo: meteu logo três pontos em seus três minutinhos de quadra.Sensacional. O técnico Dwane Casey deve ser um homem feliz nesta quinta. Depois de um início de campanha claudicante, o Raptors vem crescendo e pode entrar na briga por uma vaga nos playoffs daqui a pouco.

José Calderón x Kyle Lowry

Calderón e Lowry, nossos heróis altruístas da noite


James Harden conta o seu lado da história e revela mágoa com ultimato do Thunder
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Giancarlo Giampietro

James Harden em foco

Muitas vezes é bem fácil tomar um lado, especialmente o do clube, e tacar uns bons xingos em direção ao atleta, né? Você não sabe as particularidades da negociação, apenas se perde nos números de seus salários e vai achar que tudo o que eles fazem, ou deixam de fazer, é um absurdo.

James Harden se recusou a continuar no Oklahoma City Thunder por causa de US$ 7 milhões? Mercenário.

James Harden preferiu trocar um candidato perene ao título por uma equipe em reconstrução? Não liga para vitórias, só qué sabê de grana.

Normal. Em todas as modalidades há muitos exemplos, mesmo, de jogadores que parecem não ligar para muitas coisas além da conta bancária, patrocínio, fama e outras amenidades. Na NBA, então? Tá cheio. Só não quer dizer que esse é o padrão, que todos sigam de acordo com essas regras.

Enquanto vai se adaptando a Houston, se sentindo mais confortável, o barbudo aos poucos vai abrindo o jogo sobre sua saída do Thunder. Contou seu lado da história na fracassada negociação para renovar o contrato, culminando em sua transferência para o Houston Rockets. Em entrevista ao Yahoo Sports, disse que recebeu um ultimato: que teria apenas uma hora para decidir se topava a última oferta da franquia. Se não, seria trocado.

“Depois de tudo que construímos, você me dá uma hora? Essa era uma das maiores decisões da minha vida. Queria ir para casa e rezar por isso. Isso me feriu. Feriu”, afirmou. “Quem sabe (o que iria acontecer se tivessem dado um prazo maior)? Outro dia, quem sabe o que outro dia teria feito?”, indagou.

Deixem o ala falar mais: “Ouvi muitas coisas. Ouvi que era ganancioso, que não me importava em vencer. Ouvi duvidarem de minha lealdade. E fiquei pensando: ‘É claro que quero vencer. Tenho vencido na minha vida toda’. Qualquer um tem sua própria opinião sobre mim. (Em Oklahoma) Fui para o banco de trás e fiz o que fosse necessário para o time vencer. Algumas noites eu pontuei. Em outras eu passei. O que fosse preciso para vencer. Agora estou de volta aos velhos tempos. Precisando ser o líder, precisando fazer cestas. Em qualquer situação, vou me dar bem”.

Deu para sacar que Harden precisava realmente desabafar, né?

Com esse espírito ele começou sua trajetória pelo Rockets avacalhando com a oposição. Foram 82 pontos e 19 assistências nos dois primeiros jogos. Isso rendeu, claro, muitas manchetes. Foi um chamariz danado. Vieram, então, as defesas mais apertadas, mais determinadas em parar o talentoso barbudo. Nas três partidas seguintes, três derrotas, ele foi limitado a apenas 17 chutes de quadra convertidos em 57 tentados (aproveitamento pífio de 29%). Ele também cometeu 16 desperdícios de bola. Aumentou a pressão. Na penúltima partida, foram apenas 4 em 18 arremessos. Cortesia da marcação de Tony Allen.

“Sabia que ele era capaz de conseguir algo em torno de 30 pontos. Ele tem jogado com um ar de vingança. Apenas quis ir para a quadra e competir e não ser um dos caras acertados por 30 pontos. Assumi isso como um desafio. E ainda tive a ajuda de muitos caras para marcá-lo”, afirmou o ala do Grizzlies, um voraz defensor.

Harden não é nem o jogador espetacular das primeiras duas rodadas, nem esse desastre ofensivo que os números das três derrotas podem indicar (mesmo porque ele sempre dá um jeito de contribuir se o arremesso não está caindo: cava muitas faltas, converte seus lances livres e ainda pode criar para os parceiros).

O que ele vai ser pelo Hoston a gente ainda não sabe.

Só dá para falar que magoado com o ex-clube ele está.


Prévia Vinte Um para a temporada 2012-2013 da NBA
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Giancarlo Giampietro

Dá até vertigem de pensar. Começa nesta terça-feira a temporada 2012-2013 da NBA, e a gente sabe que, daqui até junho, vamos longe, bem longe, com os melhores jogadores do mundo, grandes confrontos, histórias engraçadas e escabrosas, novos heróis e vilões e sabe-se lá mais o quê. As surpresas são realmente o que mais divertem e atiçam colunas. Mas há alguns pontos que já valem a observação desde o tiro de largada:

Rei dos Anéis. Dãr

Rei dos Anéis. Dãr

LeBron James, enfim um rei
Por nove anos não houve jogador mais pressionado, perseguido e, ao mesmo tempo, cortejado e bajulado. Tudo pela mesma razão: seu incrível potencial para conquistar o anel e o que fazer com este potencial. Como LeBron vai agir agora que o peso de toda uma liga saiu de seus ombros? É possível fazer uma campanha ainda melhor do que a passada, com 27,1 pontos, 7,9 rebotes e 6,2 assistências, com 53,1% nos arremessos?

Celebridades
Precisa dizer mesmo? Se com Chris Mihm, Smush Parker, Sasha Vujacic e Kwame Brown já havia uma bagunça toda, imagine o circo quando o Lakers vai de Kobe, Howard, Nash, Gasol e o mais lunático de todos? Quem começa o campeonato com a maior cobrança é Mike Brown. Por mais bom moço e simpático que seja com os jornalistas, o técnico não inspira confiança alguma de que possa administrar um esquadrão desses. Instaurar o esquema ofensivo de Princeton em um elenco todo renovado já não parece o melhor primeiro passo. Outro ponto para ser monitorado: como vai ser o relacionamento de Kobe com os novos companheiros se as coisas não se acertarem conforme o esperado? E qual impacto eventuais tropeços podem causar na decisão de Dwight Howard. Lembrando: ele vai se tornar um agente livre ao final do campeonato.

Monopólio
Quando Danny Ainge encontrou um meio de juntar Kevin Garnett e Ray Allen com Paul Pierce, dificilmente esperava que as transações que salvaram seu emprego em Boston serviria como exemplo, como modelo de montagem no início da nova tendência para a construção dos supertimes da liga. Em quadra, a ironia continua: após seguidas derrotas para os velhinhos de Boston só motivou que LeBron procurasse abrigo com os amigos Dwyane Wade e Chris Bosh em Miami. E a preocupação dos proprietários dos clubes em evitar essa concentração de poder durante o último estúpido locaute parece não ter dado muito certo. Oras, o inimigo público número um, o Lakers, cansado de apanhar, ficou ainda mais forte! O Brooklyn Nets, com o investimento irrestrito de Mikhail Prokhorov, e o New York Knicks (coff! coff!) também foram atrás.

Lembra do Jeremy, Melo?

É bom não dar motivos para NYC se lembrar de uma Linsanidade, Carmelo

– Gangues de Nova York
Os clubes podem nem lutar pelo título, mas a mídia nova-iorquina vai dar um jeito de botar fogo nas relações entre Nets e Knicks. E olho nos ‘Bockers: depois de anos para tentar reformular seu elenco, a diretoria voltou a se aprisionar com contratos de médio prazo – algo muito perigoso numa liga cada vez mais restritiva no que se refere a movimentação dos jogadores. Então não importa se Amar’e já vai perder um bocado da temporada regular, ou se a maioria de seus reforços para este ano poderia estar muito bem aposentada a essa altura da vida. A base é esta, e pronto. Se, por ventura, os rivais de Brooklyn saírem na frente, como Spike Lee e outros fanáticos vão reagir? Vão tolerar mais um ano medíocre liderado por Carmelo Anthony?

Lugar de teatro é no palco
A NBA promete fiscalizar seus principais artistas. Quem for flagrado cavando, forjando faltas, no ataque ou na defesa, vai ser multado (veja os valores) e tomará pitos em público. Claro que essa medida desagradou aos jogadores, que dizem ser impossível julgar o que é uma reação desproporcional ao nível de contato físico filmado – e que não foi sentido por dirigentes da liga e árbitros.  Quem vai liderar o ranking?

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Palavras-chave para os brasileiros:
O que está em jogo para o sexteto do Brasil na temporada e os desafios que eles encaram em suas equipes.

– Anderson Varejão e a saúde
– Fabrício Melo e Scott Machado e a D-League
– Leandrinho e a eficiência
– Nenê e a paciência
– Tiago Splitter e os minutos

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Jogadores para marcar de perto:
Atletas que não são necessariamente as maiores estrelas da liga, mas cujo desempenho pode ser fundamental para levar seus clubes a uma boa campanha na temporada, enfrentando alguns elementos interessantes, seja de por conta de suas personalidades, ou pelos problemas e carências de seus elencos. Vamos continuar com a série até o final do ano.

Brook Lopez, Nets: pode um nerd fã de quadrinhos ser um xerife de garrafão?
DeMarcus Cousins, Kings: um colosso que tem tudo para ser dominante, menos a maturidade
Goran Dragic, Suns: os altos e baixos do sucessor de Steve Nash
Andrew Bougt, Warriors: a desesperada franquia espera que o australiano possa fortalecer sua defesa
Andrei Kirilenko, Wolves: dominante na Euroliga, o russo está de volta com seu jogo único

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Palpites:
Chutes descabidos, mas que não podem faltar, ou podem? Mas podem falhar, então apelamos ao espírito covarde e nos resguardamos com outras duas possibilidades, mas que não têm nada a ver com as versões do mundo bizarro que valem como o inverso do que poderia acontecer.

Campeão: Miami Heat
Continuidade, superestrelas no auge, menos pressão, Ray Allen, difícil imaginar o que poderia atrapalhar a jornada rumo ao bicampeonato. (Quem mais? Thunder ou Lakers.)

Mundo bizarro: Charlotte Bobcats, Michael Jordan consegue novamente!

Final: Miami Heat x Los Angeles Lakers
David Stern daria piruetas de samba-canção no coração de Manhattan. Os proprietários radicais dos pequenos mercados quebrariam seus escritórios. Star power. (Quem mais? Heat x Thunder.)

Mundo bizarro: Washington Wizards x Sacramento Kings. Aquele que antes era um clássico do desarranjo, de equipes que reuniram muitos talentos nos últimos anos na loteria do Draft e, ainda assim, não conseguiram montar um time decente. Hoje vira um duelo de duas potências emergentes da liga, atropelando aqueles que esperavam construir dinastias. Fácil.

Alonzo Gee crava pelo Cavs

M-V-Gee. Nem nos sonhos de Dan Gilbert

MVP: LeBron James
Explicado lá em cima, né?

Mundo bizarro: Alonzo Gee. Nada contra, nada pessoal, é um jogador que trabalhou firmemente nos últimos anos a partir da  D-League e conseguiu um contrato que provavelmente deixaria o agente Leandrinho satisfeito. A graça aqui que ele é o ala titular do Cleveland Cavaliers. Pegou?

Melhor técnico: Tom Thibodeau (Bulls)
Fazer mais com menos, tudo baseado em um sistema defensivo impressionante, dos mais fortes que a liga já viu. Se conseguir transformar uma unidade com Marco Belinelli, Vlad Radmanovic e Nate Robinson em uma sólida retaguarda, valeria até um Nobel. (Quem mais: Rick Adelman pelo Wolves e Avery Johnson pelo Nets.)

Mundo bizarro: Vinny Del Negro (Clippers), aquele que saiu de um Derrick Rose para um Chris Paul,  consegue finalmente juntar as peças sem atrapalhar com o que monta em quadra – parte de seu time quer correr e decolar para enterradas, enquanto outra parte quer jogar em meia-quadra, de um modo mais metódico –, fazendo  o Clippers a fungar no cangote

Melhor sexto homem: Ray Allen (Heat)
Aaaaaaaaargh! Mas aí é a hora de por o coração na mesa. Quantos chutes completamente livres o veterano vai ter nesta temporada? (Quem mais:  Kevin Martin pelo Thunder, Mike Dunleavy Jr. pelo Bucks,  Matt Barnes pelo Clippers, Carl Landry pelo Warriors e Chase Budinger pelo Wolves… Desculpe, mas impossível segurar em três.)

Mundo bizarro: Andray Blatche (Nets). Em um time com quinteto titular bastante vulnerável defensivamente, um dos jogadores mais problemáticos e imaturos da NBA consegue sair do banco para fazer o papel de durão, cobrindo espaços e protegendo o aro, sem dar nenhuma dor-de-cabeça ao pequeno general Avery Johnson durante todo o ano. Nem Gilbert Arenas poderia com isso. 

Anthony Davis, calouro número um do Draft

Toco para o Monocelha. Vá se acostumando

Melhor calouro: Anthony Davis, o Monocelha (Hornets)
Uma barbada, segundo todas as fontes possíveis. Um baita defensor, extremamente concentrado e inteligente, já aos 19 anos. O ataque chegará aos poucos, ainda mais nas mãos de um ótimo treinador. (Quem mais: Damian Lillard pelo Blazers e Jonas Valanciunas pelo Raptors)

Mundo bizarro: Fabrício Melo (Celtics). O pivô brasileiro  que pouco jogou na pré-temporada, evolui consideravelmente a cada mês e termina o ano como o cadeado da defesa de Doc Rivers e vira uma figura cult em Boston. Seu mentor Kevin Garnett enfim daria o braço a torcer e o chamaria de “Fab”.

Melhor defensor: Dwight Howard (Lakers)
Enquanto o ataque dos angelinos não se ajusta, o pivô vai ter de fazer a sua parte na cobertura, com uma ajudinha de nosso anti-herói Ron-Ron. (Quem mais: Joakim Noah pelo Bulls e Kevin Garnett pelo Celtics.)

Mundo bizarro: JaVale McGee (Nuggets). O cabeça-de-vento põe os pingos nos is e se transforma numa versão 2.0 de Dikembe Mutombo.


Cartolas apontam Miami como grande favorito ao título e LeBron como o melhor da NBA
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Giancarlo Giampietro

Não um, mas dois, mas três...

Não adiantou o Los Angeles Lakers contratar Dwight Howard e Steve Nash de uma vez, não. Em sua pesquisa anual com os 30 gerentes gerais de suas franquias, o site da NBA constatou que esses dirigentes ainda consideram o Miami Heat como o grande candidato ao título da próxima temporada.

A equipe da Flórida recebeu 70% dos votos na enquete. O Lakers ao menos tem o consolo de ser um dos outros dois clubes mencionados, com 23,3%, superando os 7,7% do Oklahoma City Thunder, atual campeão do Oeste, que o eliminou nos últimos playoffs.

A enquete também constata uma clara elevação no status do astro nos bastidores da liga.

Dãr.

Nada como um título.

Depois de sua atuação dominante no campeonato empastelado graças ao locaute, LeBron James foi votado por 66,7% dos cartolas como favorito ao prêmio de MVP de 2013 (mesma votação de Kevin Durant no ano passado, diga-se) – 20% foram com Kevin Durant, 16,7%, com Dwight Howard e 6,7%, com Chris Paul.

LeBron no auge

Agora, sim, LeBron é o rei da NBA para os gerentes

Quando questionados sobre qual atleta eles gostariam de ter para começar as operações de uma franquia, 80% responderam seu nome, contra 16,7% de Durant e 3,3% de Howard. Em 2011, a pesquisa teve um empate entre Durant e James, com 37%. LeBron também foi eleito como o jogador que mais força os técnicos fazerem ajustes em seus sistemas para tentar conter (50%) e o melhor ala da liga (73,3%) – algo relativo, considerando as tantas funções que o craque desempenha em uma partida.

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Na eleição posição por posição, Chris Paul bateu forte concorrência para ser apontado como o melhor armador, com 69%, seguido por Derrick Rose (20,7%), Rajon Rondo (6,9%) e Tony Parker (3,4). Rose havia vencido em 2011 com 59,3%.

Kobe Bryant ganhou como melhor shooting guard: 66,7%, diante de 23,3% de Dwyane Wade, que certamente não gostou nada, nada do resultado.  Durant e seu companheiro de Thunder, James Harden, e Manu Ginóbili foram outros lembrados.

Entre os alas-pivôs, outro posto com diversos candidatos, Kevin Love brilhou com 30%, de modo até surpreendente, dado o conservadorismo que costuma predomuniar nas diregções dos clubes. O segundo foi Dirk Nowitzki, com 23,3%, enquanto LeBron  teve 16,7%, LaMarcus Aldridge, 10%, e Kevin Garnett e Blake Griffin, 6,7% – Tim Duncan e Pau Gasol também figuraram na liga.

Por fim, Dwight Howard liderou com folga (93.3%), mas houve dois dirigentes que apontaram aquele que ele substituiu em Los Angeles, Andrew Bynum, reforço do Philadelphia 76ers.

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Entre os brasileiros, Tiago Splitter foi citado em uma de suas perguntas, recebendo um voto quando os gerentes gerais foram questionados sobre qual jogador estrangeiro da NBA teria o desempenho, digamos, mais surpreendente na próxima temporada. Neste quesito, quem levou recebeu mais votos foi o jovem pivô Jonas Valanciunas, do Toronto Raptors (17,2% ou seis).

Kobe, decisivo?

Kobe é outro que não vai gostar muito da pesquisa

Já Anderson Varejão aparece em duas questões, com um voto em cada: “Quem faz mais considerando habilidades naturais limitadas?” e “Quem é o jogador mais durão da liga?”. Engraçado que o capixaba é um jogador extremamente atlético ao seu modo. Pode não ter a força física ou estar longe da impulsão de um Howard ou Blake Griffin, mas é muito veloz, ágil e coordenado. Essa discrepância mostra um pouco como alguns diretores enxergam o jogo.

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Para fechar, claro, os tiros no estouro do cronômetro. Pela primeira vez em muitos anos, Kobe Bryant não foi o mais votado quando perguntados sobre qual atleta gostariam de ver com a bola nas mãos para fazer o arremesso decisivo de um jogo. Dessa vez deu Kevin Durant, com 46,7%, contra 40% do veterano. Carmelo Anthony teve 6,7%. Chauncey Billups e LeBron tiveram um voto cada.

Clique aqui para conferir todas as perguntas da gigantesca enquete que o NBA.com elabora. Sempre muito divertido de conferir.


Cartola do Thunder quebra barreira e contrata técnico sérvio para filial
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Giancarlo Giampietro

Criado sob as asas de RC Buford e Gregg Popovich em San Antonio, Sam Presti viu o Spurs se estabelecer como um modelo de gestão da NBA na década passada. A ponto de, a cada ano, seus concorrentes buscarem em seus escritórios as cabeças pensantes que possam renovar suas operações.

Darko Rajakovic, novo técnico do Tulsa 66ers

Da Espanha para a D-League: Rajakovic

Agora ele vai criando a sua própria escola. Nesta quarta, o Yahoo Sports norte-americano divulgou que cartola chegou a um acordo para contratar o sérvio Darko Rajakovic para ser o treinador da filial de D-League do Oklahoma City Thunder, o Tulsa 66ers.

Aguardando apenas a conclusão de seu processo imigratório, Rajakovic está prestes a se tornar, desta forma, o primeiro estrangeiro a assumir o comando de um clube da liga de desenvolvimento – e, desta forma, ligado à NBA.

Não é de se estranhar, considerando a franquia de onde o gerente geral saiu, uma das que mais investiu em estrangeiros na década passada. Foi seu pedigree de Spur, aliás, que motivou sua própria contratação pelo Oklahoma City, então Seattle Supersonics, em 2007. Desde então, Presti virou um símbolo por si só de como um dirigente deveria agir ao reformular sua equipe, considerando que ele levou sua equipe de pior campanha a candidato ao título em três, quatro anos.

Ele pode ter dado a sorte com a preferência do Blazers por Greg Oden, em vez de Kevin Durant, mas suas escolhas seguintes de Russell Westbrook, James Haden e Serge Ibaka são inquestionáveis. Assim como a condução se sua folha salarial, com a paciência para montar o time, ainda que um ou bom aparente bom negócio tenha sido descartado em prol de uma visão a longo prazo.

Todos esses movimentos deram a Presti uma carta branca para agir do modo que quiser, tomar a decisão que bem entender. Como apostar num sérvio para guiar os jogadoers mais jovens ligados ao seu clube e que passarão um tempo em Tulsa. Aos 33, Rajakovic estava no Torrelodones, da Espanha, elogiado justamente por seu trabalho no desenvolvimento de atletas.

Ettore Messina trabalhou na campanha passada como consultor de Mike Brown em Los Angeles e viu de perto uma temporada insana nos bastidores para o Lakers e se mandou para a Rússia. Também sérvio, Igor Kokoskov é assistente do Phoenix Suns e trabalha na liga há 12 temporadas, sendo o primeiro europeu contatado para um cargo integral de comissão técnica na liga.

Mas Rajokovic é quem primeiro cruza fronteiras para ser o chefe, ainda que na liga menor.

Teriam Presti, Bryan Colangelo, Popovich – na hora da saideira – ou outro dirigente a coragem de entregar seus times principais na mão de um estrangeiro, um europeu? Quanto maior o contato e o intercâmbio entre os dois continentes, é provável que um dia aconteça.

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Petrovic e Karl em Madri

George Karl teve o privilégio de dirigir Drazen Petrovic pelo Real Madrid

Também não é muito comoum ver a rota oposta: norte-americanos com selo de NBA dirigindo clubes da Europa. Dois vêm na cabeça agora.

O primeiro seria George Karl, sabiam? Depois de dirigir Cleveland Cavaliers e Golden State Warriors nos anos 80 e não ter muito sucesso, o hoje treinador do Nuggets comandou o Real Madrid em duas temporadas, revezando-se com o Albany Patroons da CBA.

Ídolo de infância de Kobe Bryant na Itália, Mike D’Antoni começou como técnico no basquete de lá, trabalhando no Milano e, depois, no Bennetton Treviso.


Gerente geral do Thunder se divide entre Ibaka, casamento e um homem barbado
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Giancarlo Giampietro

Sabe aquele tipo de trabalho que a gente enche o peito para dizer: queria ser eu ali!

Vai falar para o Sam Presti, vai.

Sam Presti, do Oklahoma City Thunder

Prest resolveu seu compromisso com Ibaka pela manhã

O gerente geral do Oklahoma City Thunder acaba de renovar o contrato do espanhol (coff-coff!) Serge Ibaka por cerca de US$ 48 milhões e mais quatro anos de vínculo, além da próxima temporada, na qual ainda vai receber ‘apenas’ US$ 2,25 milhões.

O contrato foi divulgado no sábado passado, mesmo dia em que o gerente geral do clube, um dos caçulas na profissão, iria… Se casar! Leia novamente: contrato de US$ 48 milhões divulgado no dia em que o gerente geral Sam Presti iria se casar.

“Estou querendo muito sair dessa teleconferência, sem querer ofender, e me voltar para a segunda metade do dia. Acho que dá para dizer que não há nenhuma dúvida sobre o comprometimento aqui deste lado do telefone”, afirmou Presti, ainda com estômago para brincar com os repórteres de Oklahoma City, pela manhã.

Enquanto sua noiva se embonecava!

Ainda quer o trabalho?

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A renovação de Ibaka foi a primeira grande peça que o gerente geral prodigioso do Thunder deveria encaixar quanto ao futuro do Thunder, no projeto de fazer do clube um candidato ao título perene. Agora ele tem de se voltar para o ala-armador James Harden.

Serge Ibaka e James Harden, unidos no Thunder

Ibaka e Harden, unidos para sempre?

Tirando o fato de que Harden tem hoje a barba mais legal do esporte mundial, Daniel Alves que o diga, e que ele não foi nada bem nas finais da NBA contra o Miami Heat, o ala é um tremendo jogador, versátil, com capacidade para matar o jogo tanto de dentro como fora, servindo também aos companheiros, canhoto, alguém muito parecido a Ginóbili. Também deve ter crescido um bocado durante sua experiência com o Team USA campeão olímpico.

No competitivo contexto econômico da liga norte-americana, o insucesso alheio sempre é uma oportunidade, e vai ter muita gente de olho nas negociações entre Harden e o Thunder, incluindo o Phoenix Suns e o Dallas Mavericks nessa, por exemplo.

Os grandalhões geralmente recebem mais que os alas e armadores, mas Harden tem o tipo de talento e números que vêm subindo na liga que devem exigir um contrato bem generoso. Talvez maior que o de Ibaka. Sabendo que a franquia está sediada no menor mercado da liga, não é muito fácil fechar essa conta.

No momento, o Thunder já tem muita grana garantida para Durant, Westbrook, Perkings e, agora, Ibaka. Algo em torno de US$ 55 milhões apenas para os quatro, já acima do teto salarial. Se Clay Bennett, proprietário do clube, estiver disposto a quebrar a banca para investir, sem se preocupar com o retorno financeiro, mas apenas com o esportivo, pode ser que assine um baita cheque para o barbudo.

Ainda há tempo para resolver essa questão, no entanto. Harden tem pelo menos mais um ano em seu contrato, pronto para receber US$ 5,8 milhões nesta temporada.

Não precisa de pressa, então, para abrir as negociações.

A não ser que Presti queira dar um tempo nas núpcias para isso.


Durant põe Turquia, fora dos Jogos, na turma dos favoritos ao pódio
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Giancarlo Giampietro

Ok, para os que não estão muito familiarizados com a cena, funciona mais ou menos assim: antes de começar a Olimpíada, para dar uma (pequena) chance para o reportariado de todo o mundo pegar qualquer declaração que seja de um superastro do esporte, o assessor de seu comitê, de sua equipe ou particular, em conjunto como o comitê local, organizam uma entrevista coletiva daquelas.

Entope de gente, a coisa fica meio caótica, e os atletas podem ou encarar o evento com bom humor e profissionalismo, com preguiça ou com raiva, pensando em como dariam tudo para estar em casa ou na balada a uma hora dessas.

Kevin Durant, no Mundial de Istambul 2010

Durant foi campeão mundial em Istambul

Pela foto que vemos nesta foto aqui, Kevin Durant parece que está mais para o segundo ou terceiro grupo. Fácil. Lembrando que ele já é um pouco introspectivo, de não dar muita conversa nem mesmo para os repórteres norte-americanos que o seguem no dia-a-dia da NBA.

Tudo isso para colocar um pouco de contexto em torno da gafe que o ala cometeu, e nosso chapa Bruno Freitas captou. Vejam aqui as equipes que ele coloca com favoritas ao pódio olímpico, além dos Estados Unidos: “Temos boas equipes, como Espanha, Argentina, França, Brasil e Turquia”, listou o cestinha do Thunder.

Bacana ele mencionar o Brasil, e tal. O resto é o básico. Tirando a Turquia. Que nem classificada para os Jogos de Londres-2012 está.

Feio, né?

Dá para entender que talvez Durant estivesse com a cabeça na lua. Outro detalhe: foram os turcos que ele derrotou na final do Mundial de 2010, em Istambul. Então pera lá: se o time é vice-campeão mundial, tem de estar na Olimpíada, e forte!

Não foi o caso.

Houve um hiato no início da década passada que os EUA sofreram muito internacionalmente pela desorganização e a arrogância. Subestimando os adversários, foram surpreendidos até mesmo em casa, em 2002, em Indianápolis. Desde a entrada de Jerry Colangelo para o programa, a coisa mudou bastante. Eles mandaram scouts para Foz do Iguaçu e Estrasburgo para observar seus adversários. Pode ter certeza de que, a cada rodada, o Team USA vai saber tudinho sobre cada adversário.

Foi um lapso de Durant. Mas que revela como até mesmo os maiores talentos do mundo, em qualquer modalidade, precisam de um apoio de fora, de estafes que antenados e um passo adiante.