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Cartola do Thunder quebra barreira e contrata técnico sérvio para filial
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Giancarlo Giampietro

Criado sob as asas de RC Buford e Gregg Popovich em San Antonio, Sam Presti viu o Spurs se estabelecer como um modelo de gestão da NBA na década passada. A ponto de, a cada ano, seus concorrentes buscarem em seus escritórios as cabeças pensantes que possam renovar suas operações.

Darko Rajakovic, novo técnico do Tulsa 66ers

Da Espanha para a D-League: Rajakovic

Agora ele vai criando a sua própria escola. Nesta quarta, o Yahoo Sports norte-americano divulgou que cartola chegou a um acordo para contratar o sérvio Darko Rajakovic para ser o treinador da filial de D-League do Oklahoma City Thunder, o Tulsa 66ers.

Aguardando apenas a conclusão de seu processo imigratório, Rajakovic está prestes a se tornar, desta forma, o primeiro estrangeiro a assumir o comando de um clube da liga de desenvolvimento – e, desta forma, ligado à NBA.

Não é de se estranhar, considerando a franquia de onde o gerente geral saiu, uma das que mais investiu em estrangeiros na década passada. Foi seu pedigree de Spur, aliás, que motivou sua própria contratação pelo Oklahoma City, então Seattle Supersonics, em 2007. Desde então, Presti virou um símbolo por si só de como um dirigente deveria agir ao reformular sua equipe, considerando que ele levou sua equipe de pior campanha a candidato ao título em três, quatro anos.

Ele pode ter dado a sorte com a preferência do Blazers por Greg Oden, em vez de Kevin Durant, mas suas escolhas seguintes de Russell Westbrook, James Haden e Serge Ibaka são inquestionáveis. Assim como a condução se sua folha salarial, com a paciência para montar o time, ainda que um ou bom aparente bom negócio tenha sido descartado em prol de uma visão a longo prazo.

Todos esses movimentos deram a Presti uma carta branca para agir do modo que quiser, tomar a decisão que bem entender. Como apostar num sérvio para guiar os jogadoers mais jovens ligados ao seu clube e que passarão um tempo em Tulsa. Aos 33, Rajakovic estava no Torrelodones, da Espanha, elogiado justamente por seu trabalho no desenvolvimento de atletas.

Ettore Messina trabalhou na campanha passada como consultor de Mike Brown em Los Angeles e viu de perto uma temporada insana nos bastidores para o Lakers e se mandou para a Rússia. Também sérvio, Igor Kokoskov é assistente do Phoenix Suns e trabalha na liga há 12 temporadas, sendo o primeiro europeu contatado para um cargo integral de comissão técnica na liga.

Mas Rajokovic é quem primeiro cruza fronteiras para ser o chefe, ainda que na liga menor.

Teriam Presti, Bryan Colangelo, Popovich – na hora da saideira – ou outro dirigente a coragem de entregar seus times principais na mão de um estrangeiro, um europeu? Quanto maior o contato e o intercâmbio entre os dois continentes, é provável que um dia aconteça.

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Petrovic e Karl em Madri

George Karl teve o privilégio de dirigir Drazen Petrovic pelo Real Madrid

Também não é muito comoum ver a rota oposta: norte-americanos com selo de NBA dirigindo clubes da Europa. Dois vêm na cabeça agora.

O primeiro seria George Karl, sabiam? Depois de dirigir Cleveland Cavaliers e Golden State Warriors nos anos 80 e não ter muito sucesso, o hoje treinador do Nuggets comandou o Real Madrid em duas temporadas, revezando-se com o Albany Patroons da CBA.

Ídolo de infância de Kobe Bryant na Itália, Mike D’Antoni começou como técnico no basquete de lá, trabalhando no Milano e, depois, no Bennetton Treviso.


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