Vinte Um

Arquivo : Marbury

Jogadores americanos descendentes causam impacto e ajudam a explicar surpresas no continente
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Giancarlo Giampietro

Holland x Feldeine

John Holland e James Feldeine: duas novidades norte-americanas no Caribe

Os Estados Unidos nem jogaram a Copa América de basquete neste ano, mas o talento de seus jogadores ainda deu o jeito de fazer a diferença. Do campeão México à surpreendente Jamaica, passando até mesmo pelo Brasil com Larry Taylor, muitas das seleções que disputaram o torneio continental contaram com uma ajudinha da mão-de-obra dos atuais bicampeões olímpicos. O grau de sucesso variou de time para time, mas a presença deles foi impactante de um modo geral, para atestar, ainda que por vias tortas, a influência do país no esporte.

Aí você pode pensar: “Dãr. Quanta novidade, hein?”

Bem, acreditem. Antes de Jerry Colangelo, Coach K, LeBron & Cia. conseguirem restaurar um certo grau de normalidade para as competições masculinas da Fiba, essa aura, essa influência estava sendo esculhambada em praça pública. Voltemos.

Muito se falou sobre o Pan de 1987 nestes últimos dias de Oscar Schmidt no Hall da Fama, então esta vocês já sabem responder direitinho no vestibular: que, no basquete masculino, o Brasil foi o primeiro time a vencer os Estados Unidos na casa dos caras, em Indianápolis. Que os norte-americanos perderam para a União Soviética nas Olimpíadas de 1988 também vem por esteira, e que esses acontecimentos somados a uma boa dose de interesses econômicos dos dois lados, Fiba e NBA, levaram ao ingresso do Dream Team em Barcelona 1992, e o resto foi história.

Uma história que, se for pensar bem, não durou taaaaaaaaaanto assim, não. Em Sydney 2000, lá estavam os EUA penando contra a Lituânia na semifinal, a um chute de três pontos de Sarunas Jasikevicius de ver o império ruir.

Não tardou muito, mesmo: no Mundial de 2002, de novo no solo sagrado amaldiçoado de Indianápolis, veio o maior vexame da história (para eles): derrotas para Argentina na segunda fase, Iugoslávia nas quartas e, como se não bastasse, Espanha na disputa pelo sexto lugar. Os jogadores utilizados nesta? Andre Miller, Baron Davis, Jay Williams, Reggie Miller, Michael Finley, Paul Pierce, Shawn Marion, Raef LaFrentz, Elton Brand, Jermaine O’Neal, Antonio Davis e Ben Wallace. Um timaço em qualquer circunstância. Todos All-Stars ou futuros All-Stars, ultramilionários, estrelas de seus times, alguns que seriam campeões mais adiante. Mas nem todos eram maduros o suficiente para a empreitada e, além disso, não eram necessariamente os maiorais da liga na época (nada de Kobe Bryant e Shaquille O’Neal, por exemplo).

Conclusão da época? Nós, ianques, não podemos mais nos dar ao luxo de não levar o que temos de melhor.

Dois anos depois, Atenas 2004, Jogos em que a seleção norte-americana sofreu mais uma humilhação daquelas com a derrota para Porto Rico na primeira fase e a assinatura da caderneta de freguesia para a Argentina, nas semifinais. Ao menos bateram os lituanos novamente e ganharam o bronze. Quem estava lá? Allen Iverson, Stephon Marbury, Dwyane Wade, LeBron James, Carmelo Anthony, Richard Jefferson, Shawn Marion, Lamar Odom, Amar’e Stoudemire, Carlos Boozer, Emeka Okafor e Tim Duncan. Reparem: grandessíssimos nomes, mas uma combinação de talentos que não faz o menor sentido, com nenhum chutador de primeira linha – e lembrem-se que Wade, Melo e LeBron eram apenas novatos na liga e saíram da capital grega odiando Larry Brown. Além do mais, com Iverson e Marbury, era como se eles tivessem a versão deluxe de Arroyo e Ayuso, sobrando tiros pra tudo que é lado.

Conclusão? No, we can’t. Não dava para jogar sem ter os melhores em quadra – e sem passar o mínimo possível de espírito de equipe.

Aí que o resto se fez de história também, com a reformulação completa da confederação. Antes disso, os fiascos seguidos botaram em dúvida o tipo de basquete praticado por lá. E até mesmo a qualidade do “jogador americano X” foi questionada. O orgulho todo foi embrulhado num jornal velho e atirado na lata de lixo. Compreensível a reação e exagerada da mesma forma.

Ainda numa digressão, temos o caso de uma campanha na qual eles não levaram o ouro, mas em que o talento abundante no país ficou em evidência. Antes da “derrocada” em Indianápolis, vale quebrar a linearidade e voltar quatro anos no tempo para edição 1998 do Mundial, também em Atenas. Abalada pela instauração do primeiro lo(u)caute na NBA, USA Basketball teve de se virar com um catadão de universitários, jogadores que na época estariam na D-League, caso ela existisse, ou de alguns veteranos em atividade na Europa. Destaque para o pivô Brad Miller, que remaria bastante e viraria um dos melhores de sua posição na grande liga, e o ala Trajan Langdon, um ídolo para os torcedores do CSKA Moscou. Treinados por Rudy Tomjanovich, com a assistência de Del Harris, esses atletas foram valentes o suficiente para conquistar o bronze, somando 7 vitórias (incluindo um placar de 83 a 59 contra o Brasil…) e 2 derrotas (Lituânia e, na semi, contra a Rússia, por um total de quatro pontos) – leia aqui o relato comovido da federação deles.

Jimmy King, um dos quase-anônimos do bronze

O ala Jimmy King, companheiro de Webber, Rose e Howard no histórico time dos “Fab Five” da univesidade de Michigan, foi um dos que conquistou o bronze no Mundial da Grécia em 1998

Nesse campeonato, os Estados Unidos foram obrigados a se alimentar com a rebarba, jogadores que não teriam a menor chance de entrar num elenco final de 12 atletas caso estivessem todos os de ponta disponíveis, mas ainda assim deram um jeito de brigar por um lugar ao pódio, lutando contra cachorros grandes. Com o tanto de jogadores que o país produz, algo semelhante apenas ao que o Brasil faz no futebol, não é impossível formar uma equipe competitiva.

Ao mesmo tempo, sem muita margem de erro, podem ficar em quarto num torneio continental como na Copa América de 2005, atrás de Brasil, Argentina e Venezuela, algo impensável para sua grife, ou, só com jogadores da D-League, ficar com um bronze no Pan de Guadalajara 2011, com um elenco que contou com três atletas hoje inscritos na NBA (Greg Stiemsma, Donald Sloan e Lance Thomas).

Tudo depende de preparação, seriedade, química e – por que não? – um pouco de sorte. De qualquer forma, passando por essas diferentes equipes citadas, algo fica muito claro: não é qualquer grupo que vai sair triunfante de uma competição oficial, independentemente de quem estiver jogando. Isso Paul Pierce e Tim Duncan poderão confirmar. Mas também não dá para negar o talento disponível.

E é a partir dessa fonte inesgotável de talento que o cenário da Copa América, hoje, se vê drasticamente alterado. Foram diversos os jogadores nascidos nos Estados Unidos inscritos no torneio disputado em Caracas, espalhados por vários elencos, como o ala Donta Smith, que se naturalizou venezuelano a menos de dez dias do torneio. Mas nem todos são descaradamente mercenários como o jogador ex-Atlanta Hawks: muitos entregam já em seus sobrenomes a ascendência latino-americana. A diferença é que, depois de passarem pelo High School, se formarem, ou não, nas universidades de lá, se beneficiando de toda a estrutura de seu país, na hora de jogar por uma seleção, eles simplesmente não teriam espaço se não na de seus familiares – como Scott Machado.

No México, temos, por exemplo, o pivô Lorenzo Mata, nascido na Califórnia, formado na UCLA. Combativo, disposto a trombar e fazer o serviço sujo, também um bom passador, inteligente, ele se apresentou como um sólido companheiro de garrafão para o astro Gustavo Ayón no México. Os inéditos campeões continentais também contaram com mais dois californianos em sua rotação, com papel importante: Jovan Harris, cestinha na final contra Porto Rico, com 23 pontos, e Orlando Méndez, além do baixinho catimbeiro que é o tal do Paul Stoll, esse natural do estado de Michigan.

O marrentinho Stoll

Paul Stoll, o tampinha e marrento armador reserva do México, direto de Michigan

Mais uma equipe a ser surpreendida pelos mexicanos, Porto Rico não teria muito do que reclamar, não, já que Renaldo Balkman, um dos melhores do torneio, veio de Nova York. Assim como John Holland, encontrou um ótimo ala para complementar seus armadores talentosos. Ele é um nova-iorquino de 24 anos, muito atlético, aguerrido na defesa, que vem evoluindo consideravelmente nas últimas duas temporadas. Neste campeonato, eles ganharam a companhia de outro conterrâneo, Ramon Clemente, ala-pivô estreante, da mesma forma que o ala Ricky Chaney, de Los Angeles. (E tenham em mente que Carmelo Anthony também seria uma possibilidade não fosse tão badalado e cobiçado desde a adolescência, de modo que a USA Basketball não o deixaria escapar de modo algum.)

O mesmo aconteceu na República Dominicana, com outro jogador de ponta: o ala-armador James Feldeine, de Nova York e uma ótima opção para pontuação a partir do perímetro, com suas infiltrações que desafogam a pressão pra cima dos, aí, sim, dominicanos naturais como Francisco Garcia e Jack Martínez. Outros nova-iorquinos: Edgar Sosa, Ricardo Greer e até mesmo o Ronald Ramon, de Limeira. Já o promissor Karl Towns Jr., de 17 aninhos, é de Nova Jersey.

E a Jamaica? Bem, Samardo Samuels nasceu realmente na ilha, vindo de Trelawny. De resto, temos cinco americanos e até um canadense, o jovem armador Dylan Howell, que saiu de Toronto. (Outro “gringo” que pode reforçar a seleção é o gigante Roy Hibbert, do Indiana Pacers, que já defendeu a equipe num torneio regional, mas se arrependeu e nutria esperanças de que pudesse ser liberado para defender os Estados Unidos de volta – sendo que já havia jogado pelo Team USA no Pan do Rio de Janeiro… –, até que seu pedido estapafúrdio foi recusado pela Fiba. Tá vendo? Acha que a federação vai dizer “sim” pra tudo?!)

Mas deu para sacar, né?

Os jogadores “importados” não chegam a ser Os Craques de suas seleções, mas se tornaram peças complementares importantes para a formação de sólidas e competitivas bases. Se fosse para subtrair todos esses caras, provavelmente nenhum dos três países teria beliscado a vaga – ou, no mínimo, teriam sofrido muito mais para assegurar a vaga. O “se” não entra em quadra, no entanto.

A única condição que se espera é que esses reforços tenham realmente alguma relação direta com os países que adotaram, algo que vá além de uma eventual valorização econômica pela vitrine que é disputar um torneio internacional de seleções.

Bem diferente do que vem acontecendo na Europa… Mas esta história fica para amanhã.

 


Recusa de Scott Machado ao Spurs em 2012 ganha outro contexto após duas demissões
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Giancarlo Giampietro

Scott Machado

Não sei bem como me posiciono na hora de falar sobre “O que aconteceria se… ?”, sobre rotas alternativas, caminhos hipotéticos, saca?

É meio que da “natureza humana” (gasp!) ficar repensando as coisas? Remoendo, remexendo? Talvez. Mas é fato também que nem todo mundo age desta forma. São admiráveis também essas pessoas resolutas, que avançam como um trator, só mirando para a frente, sem volta. Desde que tenham um pouco de escrúpulo, claro.

Todo esse papinho filosófico para levantarmos uma pergunta daquelas, envolvendo Scott Machado:

“E se ele tivesse dito sim ao San Antonio Spurs?”

Foi uma lembrança do leitor “HFavilla”, em nosso post anterior sobre a dispensa do armador pelo Golden State Warriors. A de que o brasileiro nova-iorquino estava prestes a ser selecionado pelo clube texano no Draft do ano passado, na 59ª posição, mas forçou a barra para que Gregg Popovich o deixasse em paz.

Escreveu o “HFavilla”: “O erro do Scott aconteceu na noite do Draft, quando desprezou o San Antonio Spurs, que tem um armador que, apesar de estar no seu auge técnico, já é veterano e não possui nenhum reserva consistente ainda, fazendo com que o time procure por muitas alternativas. Passaria uns 2 anos evoluindo na Europa? Sim, provavelmente, mas é assim que as coisas funcionam por lá”.

Lembremos aqui o que Scott falou ao vizinho Balassiano em 2012: “O San Antonio Spurs me queria, e eu acabei recusando. Disse ao Aylton (Tesch, seu agente na época) que preferia tentar a sorte nas Ligas de Verão, porque sabia que iriam me mandar jogar fora dos Estados Unidos, algo que eu não queria. Foi uma decisão rápida, na hora mesmo, e que acabou dando certo. Logo depois o Houston Rockets me chamou pra jogar”.

Bem, nada na liga norte-americana é definitivo, como Scott agora já sabe bem. O que “dá certo” numa semana pode não se sustentar no mês seguinte. Contratado pelo Rockets, demitido pelo Rockets. Contratado pelo Warriors…

Reparem no termo que ele usa: “Uma decisão rápida, na hora mesmo”. Por ímpeto, claro. Scott cresceu em Nova York como jogador de basquete, uma cidade com muita tradição em seus playgrounds e colegiais, tendo revelado dezenas e dezenas de talentos que viriam a se tornar profissionais, especialmente armadores – Stephon Marbury, Sebastian Telfair, Mark Jackson são alguns exemplos de uma lista vasta. Neste contexto, imagine a expectativa, a pressão (também financeira), a ansiedade de um garoto da megalópole quando ele se aproxima da liga. Embora não tivesse o maior cartaz, o brasileiro fez um bom trabalho pela modesta universidade de Iona, entrou no radar dos scouts e desenvolveu legítima ambição de ser um cara de NBA.

Daí que, quando as coisas não saem conforme o esperado – descolar um contrato garantido na noite do Draft –, por vezes você se sente impelido a tomar um atalho, a querer resolver as coisas na hora. Foi a decisão que o armador tomou. Em vez de se colocar sob a alçada de uma franquia que é notória no desenvolvimento de seus atletas, preferiu se tornar um agente livre para ampliar seu leque de negociações. Fechou rapidamente com o Houston Rockets, mas acabou perdido nos planos do irrequieto gerente geral Daryl Morey.

Agora, as ressalvas. Os calouros selecionados na segunda rodada de um Draft também não têm presença certa na NBA, diga-se. Depende muito da equipe, de suas necessidades imediatas e do quanto gostam de um determinado jogador. Por exemplo: em 2008, o Bulls se empenhou horrores para ter o turcão Omer Asik. O Portland Trail Blazers o escolheu como o número 36 daquele recrutamento, mas foi convencido a repassá-lo para Chicago em troca de três escolhas futuras de segunda rodada. Três! Quer dizer, o gerente geral John Paxson realmente queria Asik.

No caso de Scott e do Spurs, ao fazer a escolha na penúltima posição da lista, não saberemos dizer se o Spurs estava necessariamente enamorado por Scott. Seria o caso de perguntar para Popovich ou RC Buford algum dia desses. Depois da recusa do brasileiro, o time optou pelo ala-armador Marcus Denmon, da universidade de Missouri. E não deu outra: Denmon iniciou sua carreira como profissional no basquete francês, sendo campeão nacional pelo Élan Chalon ao lado do pivô Shelden Williams.

Neste ano, Denmon participou da liga de verão de Las Vegas pelo Spurs. Quer dizer, estão monitorando o rapaz, de 23 anos. Na rotação do time, teve de dividir espaço com Nando De Colo e Cory Joseph, que são prioridade, e terminou com médias de 10,8 pontos, 2,8 assistências e 2,6 rebotes, em 21,8 minutos. O que ele faz de melhor é arremessar de fora, e ele mandou bala da linha de três pontos sem piedade (26 chutes no total, mais de cinco por jogo), que é sua especialidade. Acertou 38,5% desses disparos, um bom aproveitamento para as peladas que são esses confrontos. Pensando em seu progresso, seria um eventual substituto para Gary Neal, sendo moldando da mesma forma (em termo de vocação ofensiva), mas ainda com deficiências no drible. Não está pronto para a grande liga ainda, mas não é o mesmo que Rockets e Warriors acham o mesmo sobre Scott?

Há outros casos de escolhas de segunda rodada de Buford e Popovich que ainda não foram aproveitados no elenco principal. Entre os americanos, o ala-armador Jack McClinton (51 em 2009) e o pivô James Gist (hoje um nome top na Euroliga, 57 em 2008) são dois exemplos recentes. Temos também diversos jovens europeus nessa condição: o húngaro Adam Hanga em 2011 (também 59), o inglês Ryan Richards em 2010 (49), o centro-africano Romain Sato em 2004 (52), entre outros. Mas aí as coisas fazem mais sentido: são os clássicos casos de “stash picks”, quando as franquias da Europa fazem a seleção com o plano de já deixá-los nas ligas europeias para desenvolvimento.

Enfim, ser selecionado pelo Spurs e virar um jogador de NBA no futuro, então, não é uma ciência exata. Por outro lado, que o brasileiro não estava pronto também para a liga fica claro.

Mas, sabendo o que sabemos hoje, será que ali, nos minutos finais de uma looonga noite de 28 de junho de 2012, quando foi abordado pelos diretores do time texano, será que a resposta seria diferente?

 


Arenas deve ser próxima estrela renegada da NBA a jogar na China
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Giancarlo Giampietro

Stephon Marbury abriu o caminho. Tracy McGrady partiu ano. E já, já os dois jogadores devem ter a companhia de mais uma estrela renegada da NBA na China: Gilbert Arenas, que, segundo consta, recebeu… Hã… Zero propostas para estender sua carreira na liga norte-americana.

Marbury eterno

Marbury eterno: ex-armador de Knicks, Suns, Nets e Wolves é ídolo em Pequim

Ao que tudo indica, levando em conta  a cultivação intensa de novos talentos nos Estados Unidos, a crise europeia, o dinheiro das corporações chinesas e a carência de ídolos no campeonato do país, não seria de se estranhar que outros antigos All-Stars também sigam esta rota.

Tal como T-Mac, Arenas sofreu com muitas lesões nos últimos anos, mas sua ficha corrida de problemas fora de quadra pesa ainda mais para forçar seu exílio.

Que tipo de problema? Bem, tirando o episódio de ter sacado uma pistola e ameaçado um bangue-bangue com Javaris Crittenton no vestiário do Washington Wizards, ele acabava incomodando mais suas franquias, no aspecto corporativo, devido ao seu comportamento errático. Em um primeiro momento, seu senso de humor atraía fãs e rendia um bom lucro para a franquia. Desde o episódio das armas, porém, qualquer piada do veterano, descambava para o mau gosto para a opinião pública.

Orlando Magic e Memphis Grizzlies ainda estenderam a mão para o escolta, mas seu basquete já não lembrava em nada o daquele astro da década passada – em 2005-2006, foram 29,3 pontos de média –, nos tempos em que perturbava as defesas com um primeiro passo explosivo, muita criatividade no drible e um arremesso que funcionava de muitos ângulos diferentes. Aos 30, ele deixa a NBA com 20,7 pontos por jogo.

Na China, pode ser que o Agente Zero, caso acerte mesmo com o Guangdong Southern Tigers, chegue a esse tipo de número. No ano passado, devido ao locaute, alguns americanos se precipitaram e fecharam contrato com times chineses. Entre eles estavam JR Smith e Wilson Chandler. Suas estatísticas foram de videogame. Smith chegou a marcar 60 pontos numa partida, com direito a 14 chutes certos em 18 tentativas da linha de três pontos. Sim, pode ler a frase anterior den ovo que é tudo verdade. Em seu jogo de estreia, Wilson Chandler somou 43 pontos e 22 rebotes. Tipo Wilt Chamberlain.

JR Smith, na maior folga

JR Smith sofreu para se adaptar fora de quadra; quando jogava, reinava na China

Tratado como um pária em Nova York, Stephon Marbury, aliás, já virou estátua na capital chinesa depois de ter ajudado o Beijing Ducks os Patos de Pequim a conquistar o título na última  campanha ao marcar 41 pontos no Jogo 5 das finais do campeonato. Ele está no país há três temporadas.

Por isso, na hora de receber uma oferta com um ano de contrato garantido, de poder explorar um mercado gigantesco e ainda mandar em quadra, fica difícil para um veterano dizer não. “Os jogadores que podem ganhar um salário mínimo na NBA podem muito bem decidir ir para a China, em vez de esperar por um contrato da NBA”, afirmou o agente Mark Bartelstein, que trabalha com mais de 30 atletas na liga americana.

A não ser que esse veterano se chame Allen Iverson. Sempre do contra, o genial e genioso baixinho do Sixers já disse não aos chineses.

*  *  *

Um artigo recente do HoopsHype expõe o quanto a crise europeia está mudando o mapa do mercado de transferências do basquete. Neste ano, um número muito reduzido de jogadores com selo NBA se transferiu para países que antes eram contumazes importadores como Espanha, Itália e Grécia.

“A Liga ACB espanhola costumava ser a melhor liga, mas a base do que eles podem bancar mudaram bastante. Os times de nível médio para baixo sofreram um grande golpe. Atletas que talvez estivessem ganhando US$ 250 mil por ano estão fazendo agora entre US$ 80 e 100 mil”, disse Bartelstein.

Isso quando o dinheiro cai de verdade no banco, claro. “Não há mais lugares seguros na Europa. A Fiba pode até ajudar, mas em muitos, se não na maioria dos lugares na Europa, você agora gasta mais tempo lutando pelo dinheiro de seu jogador do que administrando sua carreira”, afirmou o empresário Bill Neff.

*  *  *

A temporada 2012-2013 da NBA começa pela primeira vez sem um chinês desde 2001, ano em que o pivô Wang Zhizhi assinou com o Dallas Mavericks para ser o primeiro atleta do país a jogar na grande liga. Depois de tanto vagar pelos EUA, sem confirmar seu talento, Yi Jianlian voltou para casa. Ele agora aguarda a chegada de Arenas ao Guangdong Southern Tigers.


Cinco motivos para entender por que Leandrinho ainda não tem clube na NBA
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Giancarlo Giampietro

Leandrinho, pelo Indiana Pacers

Passam as semanas, o Vinte Um esteve em ritmo de férias por alguns dias preciosos e justíssimos, não caía nem goteira de ar-condicionado em São Paulo até esta terça-feira, as pesquisas eleitorais já assombram grandes e pequenas cidades, mas nada de Leandrinho assinar um contrato para a próxima temporada da NBA.

Entre os agentes livres disponíveis estão veteranaços em declínio como Tracy McGrady, Gilbert Arenas, Michael Redd, Mike Bibby, Kenyon Martin, Derek Fisher e jovens pouco provados como Donte Greene, DJ White, Derrick Brown, Armon Johnson e Solomon Alabi.

Não daria para enquadrar o ala-armador brasileiro em nenhuma dessas categorias. Ele nunca mais rendeu como nos tempos de correria com Mike D’Antoni, mas ainda pode ser um bom pontuador para o banco de reservas e teoricamente ainda estaria fisicamente no auge.

Então… Que diacho!?

Juntando alguns pauzinhos por aqui, vamos tentar entender o que se passa com o momentâneo desemprego de Leandro Barbosa:

Ray Allen, do Miami Heat

Ray Allen assina por menos com o Heat, não se aposenta e ‘rouba’ emprego na liga

1) Aposentar para quê?
Com a evolução das técnicas de preparação física, novos recursos medicinais, maior atenção com a alimentação e regras que inibem um contato mais forte – ou maldoso –, a NBA testemunhou em sua última década uma evolução atlética impressionante. Compare os vídeos de hoje com os da era dourada dos anos 80, e o impacto visual é mais ou menos o mesmo que temos ao colocar lado a lado o futebol de hoje com o de ontem. Inevitável no esporte.

Agora, atletas mais bem preparados tendem a ganhar em longevidade também. Não só eles se mantêm em atividade por mais tempo como ainda conseguem produzir de modo adequado. Peguem os casos de Grant Hill e Jason Kidd, que dividiram o prêmio de novatos do ano lá atrás em 1995 (!!!) e ainda são cobiçados hoje por clubes que brigam pelo título. Os dois, aliás, vão completar 40 anos durante a próxima temporada. Assim como Kurt Thomas, Juwan Howard (que pode virar assistente técnico do Miami Heat). Steve Nash e Marcus Camby começam o campeonato com 38 anos. Ray Allen e Jerry Stackhouse têm 37. Andre Miller, Kevin Garnett, Chauncey Billups, Antawn Jamison e Tim Duncan, 36.

Nem todos esses caras concorrem por posição com Leandrinho, mas o raciocínio aqui é válido na medida que estes vovôs todos estão ocupando vagas em elencos – basicamente, empregos – que, em outros tempos, já teriam sido entregues a outras gerações. Ainda mais aqueles que ainda conseguem ser bem pagos.

2) A fila anda, de todo modo
Por mais que os velhinhos estejam durando, aguentando, a NBA também abastece seus elencos anualmente com calouros, alguns deles adolescentes, via Draft. São 60 novos possíveis jogadores por ano – dependendo do que acontece com as escolhas de segundo round ou com europeus que por vezes são escolhidos no primeiro, mas demoram um tico para deixar seus países.

Orlando Johnson, Pacers

Orlando Johnson foi selecionado pelo Pacers na segunda rodada do Draft e já tem seu contrato

Aqui a gente pode se concentrar apenas em jogadores que batem de frente com Leandrinho em termos de tempo de quadra, fazendo as contas de atletas que poderiam ser escalados como shooting guards ou aproveitados como combo guards ou somente guards pelos clubes da NBA.

E a má notícia: nos últimos três anos, o Draft de 2012 foi o que mais forneceu concorrentes diretos para Leandrinho, com 14 caras já sob contrato e com equipes diferentes. São eles: Bradley Beal (Wizards), Dion Waiters (Cavs), Austin Rivers (Hornets), Terrence Ross (Raptors), Jeremy Lamb (Rockets), Evan Fournier (Nuggets), John Jenkins (Hawks), Jared Cunningham (Mavs), Tony Wroten (Grizzlies), Orlando Johnson (Pacers), Will Barton (Blazers), Doron Lamb (Bucks), Kim English (Pistons) e Kevin Murphy (Jazz). Reparem em Ross e Johnson, dois que foram contratados justamente pelos ex-clubes do ligeirinho.

Em 2011, foram dez que ainda estão na liga. Em 2010, 12. Somando, temos 36 empregos a menos para a função de Leandrinho. Não quer dizer que esses calouros sejam melhores que o brasileiro. Mas eles ganham menos, seguindo a escala salarial para os novatos. Como diria o Capitão Nascimento: o sistema é f***.

3) New Deal
O locaute dos proprietários das franquias pode não ter freado a tendência de composição de novos supertimes na liga, mas certamente mudou a economia e seu modelo de gestão. Ainda é tudo muito novo, agentes e cartolas entraram nas negociações deste ano estudando, se testando, mas muita gente perdeu dinheiro.

Quem sofreu mais foi o pelotão intermediário, especialmente aqueles que não conseguiram renovar contrato com suas equipes  – para estender seu vínculo com um atleta, uma franquia em geral tem a chance de pagar mais que as outras 29 – e caíram no mercado. Justamente o caso de Leandrinho, depois que o Pacers fechou com Gerald Green por US$ 3 milhões, além de ter draftado Orlando Johnson.

Com as restrições das chamadas “exceções de mercado”, que os clubes poderiam usar para reforçar seus elencos sem se estreparem com o teto salarial, maiores penas para quem estourar o teto e o consenso de que não dá mais para gastar tanto assim a não ser que você trabalhe para o Lakers, ficou muito mais fácil para os atletas com demanda salarial mais baixa se encaixarem – paga-se muito para os astros e complementa-se os elencos com o que sobrar. Como o armador E’Twaun Moore, que acabou de assinar com o Orlando Magic depois de ser trocado pelo Boston e dispensado pelo Houston.

Vale o mesmo para muitos caras que passaram batido pelo Draft, mas conseguiram alguma reputação na Europa e agora estão de volta aos Estados Unidos, só para dizer que são, enfim, atletas de NBA: James White e Chris Copeland (Knicks), Jamar Smith e Dionte Christmas (Celtics), Brian Roberts (Hornets), PJ Tucker (Suns) e Reeves Nelson (Lakers).

4) Não era um bom mercado
De todo modo, vários jogadores de sua posição conseguiram mudar de clube neste ano: Ray Allen, Jason Terry, Courtney Lee, Nick Young, Lou Williams, Jamal Crawford, Randy Foye, Marco Belinelli e Jodie Meeks, por exemplo. Era muita gente concorrendo com Leandrinho, e vale a lei da oferta e procura.

Jason Terry

Até que Terry ficou bem de verde e branco

Deste grupo, Lee, Terry, Williams e Crawford fecharam por cerca de US$ 5 milhões anuais. Young fechou com o Sixers por uma temporada e US$ 6 milhões. Allen, para ingressar no campeão Miami Heat, aceitou ganhar menos: US$ 3 milhões, assim como Mayo fez com o Mavericks (US$ 4 milhões). Foye acertou com o Utah por US$ 2,5 milhões. Belinelli é quem vai ganhar menos neste grupo: US$ 1,9 milhão pelo Bulls. Meeks será o reserva de Kobe por US$ 1,4 milhão na vaga que um dia já foi bem cotada para Barbosa.

Precisa ver quais são – seriam? – as demandas salariais de Leandrinho. Avaliando o grupo acima, está claro que seu valor de mercado ficaria enquadrado em uma dessas faixas salariais. Será que ele pediu mais? Será que ofereceram menos? Na última temporada por Raptors e Pacers, ele embolsou US$ 7,1 milhões – no último ano de um contrato de US$ 25 milhões por quatro anos. É o tipo de contrato que hoje realmente não está mais disponível para jogadores de seu calibre. Com esta grana, hoje você contrataria um Jason Terry e Belinelli por exemplo.

Não ajudou o fato de o brasileiro ter jogado as Olimpíadas. É claro que os dirigentes esperariam a conclusão do torneio londrino para negociar para valer com seus agentes – tanto para avaliar seu jogo como pelo temor de alguma lesão. (E aqui, depois de tantas críticas que o cara recebeu nos últimos anos pela suposta falta de patriotismo, é importante notar que ele pode ter sacrificado um bom punhado de dólares para defender seu país. Alguém vai elogiar agora?).

5) E, no fim, sua produção já não é a mesma
Não é, contudo, apenas uma conspiração maligna dos astros ou das forças de mercado que deixa Leandrinho nessa situação complicada. Nos últimos campeonatos, o brasileiro simplesmente não foi o mesmo jogador que aterrorizava defesas sob o comando de Mike D’Antoni no Suns do “Seven Seconds or Less”.

Leandrinho, no auge pelo Suns

Cora, Leandrinho, corra: produção pelo Suns

Pode parecer cruel, mas é assim que as coisas funcionam nas negociações da NBA: não importam os problemas no pulso, na munheca que infernizaram a vida do ala por meses e meses. Também ninguém do outro lado da mesa vai pesar se as mudanças de cidade mexem com a cabeça do jogador, dificultam seu entrosamento etc.

Na hora de barganhar, os dirigentes vão apontar que sua média de pontos vem caindo. Sua pontaria foi de apenas 39,9% nos chutes de quadra pelo Pacers e de 42,5% no geral (contando os jogos pelo Raptors). A pior da carreira, igualando sua sabotada campanha de 2009-2010 devido a lesões.

Mas a queda não acontece apenas em números absolutos. Numa projeção de pontos por minuto, se ele tivesse jogado 36 minutos por partida nas últimas duas temporadas, seu rendimento cairia de 19,8 pelo Raptors em 2010-2011 para 16,2 pelo Pacers no último campeonato. Essa média chegou a ser de 21 por jogo pelo Suns em 2008-2009. E Leandrinho é reconhecido na liga como um cestinha e pouco mais. Fato.

No caso das métricas mais avançadas, a coisa também não é muito boa. Não dá para explicar e detalhar todos estes números aqui – pois o post já está gigantesco o bastante –, mas, basicamente, dá para dizer que, no ano passado, o brasileiro teve sua pior atuação desde as duas primeiras temporadas de adaptação ao Suns, quando era usado muito mais como um armador, seja como reserva de Stephon Marbury ou de Steve Nash. O único fundamento que ele teria melhorado seria o rebote.

Tudo isso para…?
Segundo um informante do Bala, Leandrinho teria de procurar algum time mais fraco neste ano, em busca de números e exposição. Ele cita Cavs, Magic e Bobcats como alternativas. Acontece que os três clubes já estão acima do teto para a próxima temporada e, além disso, acabaram de se reforçar em sua posição, respectivamente com Dion Waiters, Arron Afflalo e Ben Gordon. Ele não teria tanto tempo de quadra assim, de qualquer jeito.

De julho para cá passou muito tempo, os clubes já estão com o planejamento avançado, elencos praticamente fechados. É como se não tivesse mais espaço para Leandrinho. Essa é a impressão que fica aqui de fora e a que seus representantes estão tendo de enfrentar.

A mesma fonte assinala que o ligeirinho agora teria de se contentar hoje com o salário mínimo para alguém com sua experiência, algo em torno de US$ 1,2 milhão. Caso seus agentes consigam algo além disso, merecerão uma medalha.

Desta forma, não seria estranho realmente se o ala desse prosseguimento a seus treinamentos com o Flamengo para jogar o NBB. Ou que tentasse a Europa – caso o estilo de jogo combinasse e caso não tivesse questões particulares que o afastassem de lá.

Porque tá russo, gente.


Em números: os recordes e marcas incríveis da surra dos EUA sobre a Nigéria
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Giancarlo Giampietro

EUA humilham a Nigéria no basquete

Reparem na cara de Chris Paul e Andre Iguodala olhando para o placar, provavelmente

Confesso logo de cara: estava limitado a acompanhar via Twitter (@vinteum21) as atualizações da surra dos Estados Unidos na Nigéria, enquanto aguardava a abertura da sala UOL (juro!) para ver o desfecho da trilogia de Christopher Nolan para o Batman. Ter esperado tanto tempo para assistir ao filme foi extremamente sofrido, acreditem, mesmo com a anestesia olímpica. Então não dava arrependimento algum de apenas ler sobre as façanhas de Carmelo Anthony e Ike Diogu – 😉 – e as infindáveis exclamações.

(Ok. Mentirinha: deu um pouco de remorso).

Não deu para ver o torpedeamento nigeriano, as cravadas, os contra-ataques, o talento e a capacadidade atléticas elevados a um nível de excelência.

De qualquer forma, mesmo sem ter assistido aos melhores momentos, os resquícios estatísticos desta vitória histórica são impressionantes:

– O placar foi de 156 a 73 (mais que o dobro). Os norte-americanos quebraram o recorde estabelecido pelo Brasil nas Olimpíadas de Seul-1988: 138, sendo que os adversários fizeram 85;

– A maior contagem de pontos de uma seleção dos Estados Unidos até então havia sido de 133 pontos, em Atlanta-96, contra a China;

– Os 83 pontos somados se tornaram a maior vantagem estabelecida pelo Team USA nos Jogos Olímpicos, superando os 72 contra a Tailândia em 1956: 101 a 29.;

– Outros recordes particulares dos ianques no jogo: 29 cestas de três pontos, aproveitamento de 71,1% nos arremessos (tem gente que nem no lance livre consegue isso), 59 cestas de quadra, 41 assistências;

– Esta é de matar a concorrência. Apenas uma equipe em toda a rodada desta quinta-feira conseguiu marcar mais pontos do que os 83 pontos de vantagem:  a Argentina, que bateu a Tunísia por 92 a 69;

– A maior diferença de pontos que o Dream Team de 1992 havia conseguido foi de 68 pontos, contra Angola, por 116 a 48. Para apimentar a polêmica aberta por Kobe Bryant, a média de pontos pela qual os Estados Unidos têm derrotado seus oponentes nas primeiras três rodadas das Olimpíadas é de absurdos 52,3 por jogo. Em Barcelona-92, a legendária equipe teve média de 48,0 pontos no mesmo período;

– Carmelo Anthony fez inacreditáveis 37 pontos em apenas 14 minutos. É algo realmente inconcebível, de achar que a gente digitou errado mesmo (uma piada que até mesmo a USA Basketball fez em seu Twitter durante o massacre, sem conseguir se segurar na gracinha). Se ele tivesse jogado os 40 minutos com o mesmo ritmo, poderia ter feito 102 pontos. Hehehe.

– De qualquer forma, ajudado por suas dez cestas de três pontos, Carmelo conseguiu se tornar o maior cestinha olímpico (em um só jogo) da história dos EUA, superando o infame Stephon Marbury, que chocou a Espanha em Atenas-2004 com 34 pontos, derrubando o time ibérico, então invicto, nas quartas de final. A maior pontuação individual em uma partida olímpica ainda é de Oscar Schmidt, com 55;

– Ike Diogu marcou 27 pontos pelos nigerianos, só para o caso de você adorar o ala-pivô;

Chega, né?

Sobre o Batman? Saí um pouco decepcionado da sessão. E dessa vez não tinha nada relacionado com o fato de ter perdido esse espetáculo.

Mesmo.


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