Vinte Um

Arquivo : T-Mac

Orlando Magic: um Philadelphia mais adiantado
Comentários Comente

Giancarlo Giampietro

30 times, 30 notas sobre a NBA 2014-2015

Orlando Magic espera vencer mais com sua ainda jovem base este ano

Orlando Magic espera vencer mais com sua ainda jovem base este ano

Muito antes de o Sixers despertar asco, revolta e choque na NBA , o Orlando Magic embarcou no mesmo plano de reformulação via Draft. É a reconstrução de um mundo sem Dwight Howard, que chega agora a seu terceiro ano – estando, então, mais avançado que o de seus companheiros de pindaíba em Philly. Perder, perder, perder, coletar jovens jogadores no Draft e tentar dar um salto no futuro. A diferença é que em nenhum momento eles foram tão radicais no projeto, um pouco por força das circunstâncias, mas também para manter um ou outro veterano por perto, mesmo.

>> Não sai do Facebook? Curta a página do 21 lá
>> Bombardeio no Twitter? Também tou nessa

Jameer Nelson, Arron Afflalo, Al Harrington, Jason Maxiell, Solomon Jones, Glen Davis (esse não, vai), JJ Redick. Todos eles estão fora agora, mas, em geral, duraram mais tempo com o gerente geral Rob Hennigan do que qualquer veterano que Sam Hinkie tenha herdado. E quer saber do que mais? Não adiantou de nada para deixar a equipe mais competitiva. As 121 derrotas que sofreram nas últimas duas temporadas contaram como a pior marca da liga.

O que Hennigan e o técnico Jacque Vaughn esperavam era que ao menos a influência de jogadores mais experientes pudesse influenciar os mais jovens, apontando a direção a ser seguida, em termos de profissionalismo. Nesta temporada, chegou a hora de avaliar tudo isso. O Orlando adicionou mais duas escolhas altas de Draft, com os extremamente promissores Aaron Gordon e Elfrid Payton saindo delas, mas não ficou só nisso. Usou seu espaço no teto salarial para ir às compras e se reforçar. Parece que decidiram que chegou a hora de brigar pelos playoffs. De pelo menos tentar.

Ben Gordon ainda vive. Ou quase

Ben Gordon ainda vive. Ou quase

Se contrataram certo, aí já é uma outra questão. Qualquer um poderia estranhar, de início, o valor pago por Channing Frye. São US$ 32 milhões por quatro anos de serviço para o pivô que já tem 31. Mas aí a gente lembra que o mercado de agentes livres sempre funcionou assim. Os preços ficam inflados. Além do mais, Frye é um jogador bastante útil para qualquer equipe, com sua habilidade para converter os chutes de três pontos e defender o garrafão do outro lado. Claro que não se trata de nenhum Dikembe Mutombo, mas é um marcador muito mais atento que um Ryan Anderson, por exemplo. Ao final do acordo, estará no finalzinho da carreira, mas supostamente seu arremesso não será afetado, já que é alto pacas. Sam Perkins provou isso para nós, afinal. E um detalhe: ele foi apenas a segunda opção do time. Antes, foram atrás de Patrick Patterson, oferecendo a vaga de titular ao lado de Nikola Vucevic. Mas o ala-pivô preferiu ficar em Toronto.

Na hora de comentar as demais contratações, vocês me desculpem se tudo ficar muito mal-escrito. É que fechar com Luke Ridnour, Willie Green e Ben Gordon gera um tipo de confusão mental. Especialmente Gordon. O torcedor do Bulls ainda deve guardar um pouco de estima no coração sobre o veterano britânico, o que é compreensível. Agora, nem ouse falar sobre ele com aqueles que tenham apreço por Bulls e Bobcats/Hornets. O que ele mais fez por esses clubes? Reclamar. Dar trabalho aos técnicos. Ver seus índices de acerto nos arremessos despencar. Um horror.

Harris, 22, ainda está em evolução e vai virar agente livre: vale quanto?

Harris, 22, ainda está em evolução e vai virar agente livre: vale quanto? O Orlando lhe ofereceu algo em torno de US$ 8 a 9 milhões por ano. Seus agentes esperavam muito mais

Com tantos jovens atletas no elenco, Hennigan sentiu a necessidade de adicionar arremessadores experientes, para espaçar a quadra, encontrar um equilíbrio. Pena que o diminuto Gordon, seja por ferrugem ou pelo peso do tempo, mesmo, não pareça mais se enquadrar na condição de “especialista”. Seu contrato vale US$ 4,5 milhões, tem curta duração, mas não se justifica.

Ridnour, ao menos, oferece algo a mais: não só é mais produtivo hoje, como dá mais estabilidade na armação, para verdadeiramente contrabalancear o jogo ainda afoito de Payton e Victor Oladipo. Um cara para acalmar a situação quando necessário, errar pouco e ainda matar os chutes de média distância com muita eficiência. Tinha coisa melhor disponível, todavia? Sim, ainda mais se os recursos empregados em Gordon tivessem direcionados para tanto. Em termos de força estabilizadora, Frye já daria sua contribuição valiosa. Sem contar Green, cujos técnicos já encaram como um assistente extraoficial, dentro do vestiário.

De qualquer forma, está claro que para Orlando chegou a hora de subir alguns degraus. Querem se distanciar do fundo do poço. Ao final do campeonato, dependendo dos resultados e se a memória for curta, podem muito bem se achar no direito de criticar o que Philadelphia anda fazendo. Coisa. Feia. Mas faz parte do jogo.

O time: na última temporada, Vaughn coordenou o segundo pior ataque e a 17ª defesa. Quer dizer: tem muita coisa que acertar para que eles possam sonhar com os playoffs. No Oeste, seria impossível. Como a Flórida é um dos pontos mais visitados na Costa Leste, tudo muda de figura. Lá só um café com leite como o Sixers não pode ter aspiração a nada.

Vucevic sustenta números impressionantes, mas tem pouca presença defensiva. É, de qualquer forma, um dos pilares da equipe

Vucevic sustenta números impressionantes, mas tem pouca presença defensiva. É, de qualquer forma, um dos pilares da equipe

Em termos de material humano, o time tem grandes atletas para formar uma defesa asfixiante. Aaron Gordon infelizmente sofreu uma fratura, e o menino de 19 anos, apenas alguns dias mais velho que Bruno Caboclo, se mostrava muito mais pronto que o esperado para contribuir. Pode marcar oponentes de diversos perfis, e com segurança. Oladipo, um tremendo atleta e competidor, está retornando agora de uma lesão no joelho e de uma fratura facial.  Payton é um armador alto, veloz e impertinente. Tobias Harris é uma fortaleza, enquanto Maurice Harkless pode fazer de tudo um pouco. O problema é a inexperiência coletiva deles. O treinador precisa realmente ensinar o caminho das pedras.

Vucevic tem os números de um dos melhores reboteiros da liga, é verdade, mas ainda desperta dúvida na maioria dos scouts, principalmente por suas deficiências na defesa. Sua movimentação lateral fica aquém do desejado para impedir infiltrações de armadores e alas. Zach Lowe dá uma palhinha aqui.

No ataque, porém, o suíço-montenegrino vem evoluindo a cada ano, mesmo que sua carga aumente junto. Isto é: não perdeu eficiência quando foi mais exigido, o que é bom sinal. Ele pode matar seus arremessos de diversos pontos da quadra, tendo um excelente chute de média distância. Como finalizador, Harris também se destaca. Forte-pra-burro, ele tende a castigar defensores menores perto da cesta. Seu chute de longa distância vem sendo refinado, mas sua visão de jogo ainda é bastante limitada. A bola vai dele para a cesta, mas dificilmente encontra um companheiro mais bem posicionado.

Payton e Oladipo vão colecionar highlights o ano todo, mas também vão cometer um caminhão de erros com a bola. São de todo modo os principais criadores da equipe, e Vaughn, um ex-armador pouco brilhante, mas muito regular, vai ter de conviver com seus desperdícios e ensinar algumas manhas. Cabe ao treinador e sua comissão desenvolver essas peças talentosas. Ainda que jovens, vai chegar uma hora em que todos vão querer ser pagos. Harris, por exemplo, já vira um agente livre ao final do campeonato. Orlando precisa saber quem é que merece aumento, e nada melhor que jogar para valer para avaliá-los.

A pedida: a contratação de veteranos indica que, sim, o Orlando já acha que chegou a hora de entrar nos playoffs.

Allez, Fournier: liberdade para o francês em Orlando

Allez, Fournier: liberdade para o francês em Orlando

Olho nele: Evan Fournier. Pouco aproveitado por Brian Shaw em Denver, Fournier veio na troca por Arron Afflalo. Poucos entenderam, acreditando que o experiente ala valia no mínimo uma futura escolha de primeira rodada. Acontece que, para Hennigan, o ala de 22 anos seria tão ou mais valioso que isso, e o início de campanha dá indícios de que esteja certo. Se Payton e Oladipo são os principais condutores do time, o francês pode dar uma ajudinha aqui. Ainda que venha causando impacto mais com suas bombas de três, ele é outro que pode driblar e dar dinamismo ao sistema ofensivo à medida que se sinta mais confortável em quadra.

Abre o jogo: “Vucevic é o melhor jogador que ninguém conhece. Ele é um All-Star”, Doc Rivers, dando moral ao pivô do Orlando, time pelo qual fez sua estreia como treinador em 1999, ganhando de cara o prêmio de Técnico do Ano. Ele ficou na franquia até 2003.

Payton foi brevemente sequestrado pelo Philadelphia na noite do Draft

Payton foi brevemente sequestrado pelo Philadelphia na noite do Draft

Você não perguntou, mas… o Orlando Magic foi sacaneado por Sam Hinkie e o Philadelphia no último Draft. O gerente geral do Sixers deduziu, até com uma ajuda do diário Orlando Sentinental, que o time da Flórida estaria extremamente interessado no armador Elfrid Payton, na 12ª posição, depois de selecionar Aaron Gordon em quarto. Sua equipe tinha a 10ª posição. O que ele fez? Escolheu Payton. Um prospecto interessante, e tal. Mas ele nunca teve a intenção de contar com o armador. A ideia era apenas extorquir o clube da Disney. Deu certo: Rob Hennigan queria tanto Payton, que pagou não só a 12ª escolha, mas também outra futura. Justamente um pick que a gestão anterior havia cedido ao Magic na supertroca de Howard, Bynum e Iguodala em 2012. Cruel, muito cruel, diria o Januário de Oliveira.

Jacque Vaughn, Orlando Magic, point guardUm card do passado: Jacque Vaughn. O atual treinador teve uma breve passagem pela equipe da Flórida, dividindo a armação da equipe em 2002-2003 com Darrell Armstrong, hoje um dos 39 assistentes técnicos de Rick Carlisle em Dallas. Naquele ano, Orlando tinha mais uma jovem estrela, Tracy McGrady, mas que não havia chegado via Draft, mas, sim, como agente livre. A franquia não teve paciência para se solidificar ao redor do ala, nem mesmo depois do trágico negócio envolvendo Grant Hill. Era para os dois formarem a melhor dupla de perímetro da liga, mas a imprudência médica no tratamento de Hill, resultando em constantes graves lesões, acabou com esse sonho. Ainda assim, a cartolagem investiu na contratação de gente como Shawn Kemp, em seu triste fim de carreira, Andrew DeClerq, Pat Burke e Horace Grant. Vaughn era mais um desses veteranos que fazia contrapeso aos mais jovens – e não tão talentosos – do  elenco, como Ryan Humphrey, Jeryl Sasser, Steven Hunter e Olumide Oyedji. Mike Miller era aquele que se salvava, mas acabou trocado ao lado de Hmphrey para Memphis, vindo para o seu lugar Drew Gooden e Gordan Giricek. Era um time indeciso, que nunca chegou a formar uma base forte, para frustração de T-Mac.


Miami exorciza fantasma, vence em Boston e alcança 2ª maior série invicta da NBA. E o que isso quer dizer?
Comentários Comente

Giancarlo Giampietro

Há números e números, feitos e feitos.

Que o Miami Heat 2012-2013 guardou seu lugar na história da NBA? Não há dúvida. A equipe da Flórida venceu nesta segunda-feira o Boston Celtics por 105 a 103 e estabeleceu a segunda maior sequência vencedora de t o d a a h i s t o r i a da liga, com 23 triunfos em sequência. No embalo, exorcizou ainda um demônio ou outro na Bean Town, onde, estranhamente, não vencia pela temporada regular desde 6 de abril de 2007. Veja bem. Seis. De Abril. De 2007. Muito antes, beeeeeem antes de LeBron afinar e mudar para a equipe de assinar seu atual contrato.

Então tudo bem. Não dá para exatamente colocar água no chope por aqui, e dizer que não significa nada.

Em termos de registros históricos, significa que eles estão a dez vitórias de igualar o recorde histórico do Los Angeles Lakers de Jerry West e – do já decadente – Wilt Chamberlain. Nos livros de história, então, claro, que significa muita coisa.

Mas a vitória desta segunda-feira diz, exatamente, o quê?

Não sei o quanto realmente conta para encher ainda mais balões para sua festa de comemoração do título 2013. Não quando todo mundo, ou quase, já apostava suas fichas neste elenco cada vez mais forte – qualquer gato pingado vítima de desemprego pela nova conjuntura econômica da liga vai querer completar o elenco de um candidato ato título, conforme fez o “Bird”, Chris Andersen. Assim como fizeram Ray Allen e Rashard Lewis nas férias passadas. Assim como fez Shane Battier um ano antes disso.

Além do mais, quem estava do outro lado?

Ou melhor, quem não estava?

Fora Rajon Rondo, que não ia jogar mesmo, se reabilitando de uma cirurgia delicada no joelho, a mesma pela qual passou Leandrinho, o time de Doc Rivers não contou com um certo Kevin Garnett, que pouco ou mal defende, né?

De qualquer forma, o torcedor do Heat pode logo apontar o sofrimento que foi para se somar mais este triunfo. Precisou de o tal de LeBron arrebentar com tudo novamente, convetendo a cesta da vitória a pouco mais de sete segundos do fim, com a mão do Jeff Green toda esparramada na frente de seu rosto, sendo de média para longa distância o chute.

Um desfecho desses serve um pouco de testemunho para a capacidade de Doc Rivers de armar seu time, mesmo sem contar com um jogador competente sequer em sua rotação acima dos 2,08 m de altura (e não vale falar de Chris Wilcox, que, nesta fase de sua carreira, mal consegue sair do chão). Também diz muito sobre o talento abundante na liga norte-americana, em que um Brandon Bass, um Jason Terry ou, principalmente, um Jeff Green estão ali prontos para serem acionados e liberarem seus talentos quando vem a oportunidade.

*  *  *

Por curiosidade, o Boston Celtics foi justamente o último time a encerrar uma sequência quase tão longa como essa da turma de Spoelstra. Em 2007-2008, o Houston Rockets desembestou a ganhar jogos, mesmo sem contar com Tracy McGrady ou Yao Ming em forma ao mesmo tempo por um bom período, e engatou 22 vitórias em série, com um elenco muito bem conectado, em pura química. Entre aquele time e o atual Miami Heat, havia só um ponto em comum: Shane Battier.

*  *  *

Para um time tão orgulhoso feito Boston, em uma derrota, a linha estatística de Jeff Green pode não servir de muito alento, mas deveria: 43 pontos, 7 rebotes, 4 tocos e 2 assistências e 2 roubos de bola em 40 minutos? Uau. E mais: cinco bolas de três convertidas em sete chutes e um aproveitamento espetacular de 14 em 21 arremessos no geral. Por mais que possa ficar uma sensação de desperdício – “não acreditamos que perdemos mesmo com o cara jogando isso tudo “ –, na real Pierce, Garnett e, principalmente, Rivers só podem se entusiasmar com a atuação do ala. Visto com muita desconfiança quando assinou seu contrato de US$ 9 milhões anuais em 2012, o produto da universidade de Georgetown deu um baita indicativo de que está pronto para batalhas maiores nos playoffs do Leste daqui a alguns meses.


Arenas deve ser próxima estrela renegada da NBA a jogar na China
Comentários Comente

Giancarlo Giampietro

Stephon Marbury abriu o caminho. Tracy McGrady partiu ano. E já, já os dois jogadores devem ter a companhia de mais uma estrela renegada da NBA na China: Gilbert Arenas, que, segundo consta, recebeu… Hã… Zero propostas para estender sua carreira na liga norte-americana.

Marbury eterno

Marbury eterno: ex-armador de Knicks, Suns, Nets e Wolves é ídolo em Pequim

Ao que tudo indica, levando em conta  a cultivação intensa de novos talentos nos Estados Unidos, a crise europeia, o dinheiro das corporações chinesas e a carência de ídolos no campeonato do país, não seria de se estranhar que outros antigos All-Stars também sigam esta rota.

Tal como T-Mac, Arenas sofreu com muitas lesões nos últimos anos, mas sua ficha corrida de problemas fora de quadra pesa ainda mais para forçar seu exílio.

Que tipo de problema? Bem, tirando o episódio de ter sacado uma pistola e ameaçado um bangue-bangue com Javaris Crittenton no vestiário do Washington Wizards, ele acabava incomodando mais suas franquias, no aspecto corporativo, devido ao seu comportamento errático. Em um primeiro momento, seu senso de humor atraía fãs e rendia um bom lucro para a franquia. Desde o episódio das armas, porém, qualquer piada do veterano, descambava para o mau gosto para a opinião pública.

Orlando Magic e Memphis Grizzlies ainda estenderam a mão para o escolta, mas seu basquete já não lembrava em nada o daquele astro da década passada – em 2005-2006, foram 29,3 pontos de média –, nos tempos em que perturbava as defesas com um primeiro passo explosivo, muita criatividade no drible e um arremesso que funcionava de muitos ângulos diferentes. Aos 30, ele deixa a NBA com 20,7 pontos por jogo.

Na China, pode ser que o Agente Zero, caso acerte mesmo com o Guangdong Southern Tigers, chegue a esse tipo de número. No ano passado, devido ao locaute, alguns americanos se precipitaram e fecharam contrato com times chineses. Entre eles estavam JR Smith e Wilson Chandler. Suas estatísticas foram de videogame. Smith chegou a marcar 60 pontos numa partida, com direito a 14 chutes certos em 18 tentativas da linha de três pontos. Sim, pode ler a frase anterior den ovo que é tudo verdade. Em seu jogo de estreia, Wilson Chandler somou 43 pontos e 22 rebotes. Tipo Wilt Chamberlain.

JR Smith, na maior folga

JR Smith sofreu para se adaptar fora de quadra; quando jogava, reinava na China

Tratado como um pária em Nova York, Stephon Marbury, aliás, já virou estátua na capital chinesa depois de ter ajudado o Beijing Ducks os Patos de Pequim a conquistar o título na última  campanha ao marcar 41 pontos no Jogo 5 das finais do campeonato. Ele está no país há três temporadas.

Por isso, na hora de receber uma oferta com um ano de contrato garantido, de poder explorar um mercado gigantesco e ainda mandar em quadra, fica difícil para um veterano dizer não. “Os jogadores que podem ganhar um salário mínimo na NBA podem muito bem decidir ir para a China, em vez de esperar por um contrato da NBA”, afirmou o agente Mark Bartelstein, que trabalha com mais de 30 atletas na liga americana.

A não ser que esse veterano se chame Allen Iverson. Sempre do contra, o genial e genioso baixinho do Sixers já disse não aos chineses.

*  *  *

Um artigo recente do HoopsHype expõe o quanto a crise europeia está mudando o mapa do mercado de transferências do basquete. Neste ano, um número muito reduzido de jogadores com selo NBA se transferiu para países que antes eram contumazes importadores como Espanha, Itália e Grécia.

“A Liga ACB espanhola costumava ser a melhor liga, mas a base do que eles podem bancar mudaram bastante. Os times de nível médio para baixo sofreram um grande golpe. Atletas que talvez estivessem ganhando US$ 250 mil por ano estão fazendo agora entre US$ 80 e 100 mil”, disse Bartelstein.

Isso quando o dinheiro cai de verdade no banco, claro. “Não há mais lugares seguros na Europa. A Fiba pode até ajudar, mas em muitos, se não na maioria dos lugares na Europa, você agora gasta mais tempo lutando pelo dinheiro de seu jogador do que administrando sua carreira”, afirmou o empresário Bill Neff.

*  *  *

A temporada 2012-2013 da NBA começa pela primeira vez sem um chinês desde 2001, ano em que o pivô Wang Zhizhi assinou com o Dallas Mavericks para ser o primeiro atleta do país a jogar na grande liga. Depois de tanto vagar pelos EUA, sem confirmar seu talento, Yi Jianlian voltou para casa. Ele agora aguarda a chegada de Arenas ao Guangdong Southern Tigers.


< Anterior | Voltar à página inicial | Próximo>