Vinte Um

Arquivo : Deron Williams

Nets garante ter a melhor dupla de perímetro da NBA
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Giancarlo Giampietro

Deron Williams e Joe Johnson – Brooklyn NetsHá certos termos do inglês, seja no basquete ou em qualquer outra área, que têm tradução difícil, né? Por exemplo, frontcourt e backcourt. Para frontcourt, adotei algo como “linha de frente”, incluindo alas e pivôs. Pensando no quanto eles brigam pelos rebotes e saem primeiro em disparada nos contra-ataques, parece adequado. Quem “galera do fronte” também? Mas talvez aí fosse longe demais na informalidade. Bem, para backcourt, “linha de trás” não vai funcionar. Nem “dupla de armadores”, pois, no caso abaixo, um deles não é um armador nato, armador de fato, embora tenha habilidades condizentes aqui e ali com a posição.

Tudo isso para falar que o Nets está todo orgulhoso de sua backcourt para as próximas temporadas: Deron Williams e Joe Johnson, dupla pela qual batalhou bastante. Era grande o temor do Mark Cuban Mutante Russo, o Mikhail Prokhorov, em levar a franquia para o Brooklyn sem ter sequer um jogador de destaque para apresentar aos nova-iorquinos entendidos e desentendidos.

O gerente geral Billy King já entrou de canela em sua coletiva: “Hoje é um ótimo dia, porque foi o dia em que formamos a melhor backcourt da NBA”. A declaração deve ter soado como Mozart nos ouvidos do bilionário playboy russo, que acredita ter montado mais um dos supertimes da liga.

Joe Johnson com sua família, Deron Williams com a esposa em Brooklyn

Veja com os jogadores foram apresentados: ao ar livre, em algum canto do Brooklyn, no tipo de ação que ainda vai render muitos dividendos para o clube e que realmente mexe com a cabeça dos atletas

Aqui, vamos traduzir, então, como a melhor dupla de perímetro, considerando as chamadas posições 1 e 2, PG e SG, armador e ala-armador/arremessador. Deron e Johnson podem ser dominantes, mesmo. São todos mais altos e fortes do que a maioria dos concorrentes de posição, têm bom chute de longa e média distância e passam muito bem. Mas talvez falte um pouco de velocidade e explosão.

Enquanto isso… O Thunder tem Russell Westbrook e James Harden, o Lakers vai de Nash e Kobe, o Clippers, de Chris Paul e Chauncey Billups por uma segunda vez, o Spurs já eternizou Tony Parker e Manu Ginóbili, e por aí vai.

Concordam que a melhor “backcourt” é a do Nets?

Bem, o Joe Johnson fez questão também de abrir outra discussão, afirmando que o time do Brooklyn já é definitivamente o melhor de Nova York.

(Uma vez que os elencos estiverm totalmente definidos, vamos fazer essa brincadeira, então).


Mercado da NBA: Panorama da Divisão Sudoeste
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Giancarlo Giampietro

O post já vai ficar imenso, então vamos direto ao assunto. Desde a quarta-feira, os clubes da NBA começaram a oficializar os acordos que trataram nos últimos dias, em período agitado no mercado de agentes livres. Nesta quinta, resumimos o Oeste. Veja o rolou em que cada franquia da Divisão Sudoeste se meteu, ou não, abaixo:

Dirk Nowitzki

Quem vai ajudar Dirk a sorrir?

Dallas Mavericks: que fase! Mark Cuban implodiu seu elenco campeão da NBA para reconstruir outra potência mais jovem. Com a retirada de Dwight Howard e Chris Paul do mercado e a opção de Deron Williams por seguir com o Nets, Dirk Nowitzki ficou de mãos abanando por enquanto, sem uma estrela ao seu lado. E piorou, já que Jason Kidd e Jason Terry se mandaram. De modo que o Mavs se vê em uma situação delicada: não se precipitar e pagar demais por jogadores medianos e, ao mesmo tempo, montar um time minimamente competitivo para não enfurecer o craque alemão. A contratação do pivô Chris Kaman, companheiro de seleção alemã de Nowitzki, por apenas um ano, tenta equacionar esse dilema. Update: outro reforço é o armador Darren Collison, do Indiana Pacers, ao lado do ala Danthay Jones. Eles chegam em troca do pivô francês Ian Mahinmi.

Houston Rockets: operação implosão. Pai supremo da comunidade nerdística da NBA, Daryl Morey cansou de ver seu time terminar como a melhor equipe não classificada para os playoffs e abriu o balcão de negócios. Trocou Kyle Lowry e Marcus Camby, trocaria sem problemas Kevin Martin e Luis Scola, liberou Courtney Lee e optou por não atender ao que Dragic pedia. Sem armador, sonda o baixinho Aaron Brooks para um possível retorno, enquanto Scott Machado não faz sua estreia na Summer League de Las Vegas. Há quatro novatos chegando – os alas Jeremy Lamb, Terrence Jones e Royce White e o ala-pivô lituano Donatas Motiejunas – que podem nem mesmo fazer parte do elenco daqui a dois dias, dado o insistente envolvimento do time nas negociações por Dwight Howard, não importando o suposto desprezo do pivô por seu clube.

Memphis Grizzlies: pagando uma nota para Zach Randolph, Rudy Gay, Marc Gasol e Mike Conley, não deu para segurar OJ Mayo, liberado. Ainda assim, o Grizzlies conseguiu duas contratações interessantes: não só mantiveram Marreese Speights, como renovaram também com Darrell Arthur, que passou a temporada lesionado. Os dois não são dos mais badalados, mas devem ajudar bastante saindo do banco de reservas, assim como Jerryd Bayless, que chega para a vaga de Mayo.

Nando De Colo

O talentoso Nando De Colo deve enfrentar Rajon Rondo mais algumas vezes

New Orleans Hornets: Anthony Davis, Anthony Davis, Anthony Davis. O time que passou uma no controlado pela NBA tirou a sorte (acreditem) grande no draft, contratando ala-pivô badalado por 100 em cada 100 scouts norte-americanos. Tem também o Ryan Anderson chegando em troca com Orlando, uma aquisição interessante que combina com Davis. Ariza e Okafor se foram para Washington, Jarret Jack, para Oakland, aliviando a folha salarial do clube. Deste modo, não devem hesitar em segurar Eric Gordon, mesmo que o chutador diga que seu coração pertence a Phoenix. Se optarem por sua saída, Austin Rivers, filho do Doc, ganha mais espaço.

San Antonio Spurs: Tim Duncan vai renovar por mais três temporadas. Danny Green idem. Boris Diaw por mais duas – o que não é a melhor notícia para Splitter, aliás. Na dela, em seu canto confortável, a franquia-modelo da NBA vai tocando a vida em frente, tentando esquecer a decepção pelo dolorido revés na final do Oeste. Um reforço é o ala-armador francês Nando De Colo, embora não seja muito clara qual função ele teria na equipe de imediato, uma vez que a rotação parece entupida. O mesmo raciocínio valeria para uma eventual contratação do esloveno Erazem Lorbek, um dos pivôs mais caros da Europa que não toparia se sentar no banco quietinho ao lado de DeJuan Blair, alguém já bem chateado.

Veja o que aconteceu até agora nas Divisões Noroeste e Pacífico.

Leste: veja o que aconteceu até agora nas Divisões Atlântico, Central e Sudeste.


Mercado da NBA: panorama da Divisão Atlântico
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Giancarlo Giampietro

O post já vai ficar imenso, então vamos direto ao assunto. A partir desta quarta-feira, os clubes da NBA começaram a oficializar os acordos que trataram nos últimos dias, em período agitado no mercado de agentes livres. Nesta quarta, resumimos o Leste. Confira o rolo em que cada franquia da Divisão do Atlântico se meteu, ou não, abaixo:

Boston Celtics: a casa do quinto brasileiro da liga, o pivô Fabrício Melo, draftado como um projeto de longo prazo de um time que joga para vencer agora. O chefão Danny Ainge cuidou bem para que tivesse bastante espaço em sua folha salarial neste mercado. Muitos esperavam uma drástica reformulação no elenco. No fim, ele manteve sua base, renovando contrato com Kevin Garnett e Brandon Bass e acertando o retorno de Jeff Green, que ficou afastado do último campeonato devido a uma cirurgia no coração. Ainda assim, o técnico Doc Rivers lamentou muito a traumática saída de Ray Allen, que decidiu se transferir simplesmente para os arquirrivais do Miami Heat. Os boatos dão conta de que o veterano ala já não se bicava com Rajon Rondo de modo algum e ainda estaria com o orgulho bastante ferido por ter sido envolvido em diversas negociações (fracassadas) de Ainge nos últimos meses.  Como compensação, chega o tresloucado e ainda eficiente Jason Terry, de Dallas.

Deron ficou no BrooklynBrooklyn Nets: O  gerente geral Billy King conseguiu segurar o armador Deron Williams, renovou com Gerald Wallac e trouxe o ala Joe Johnson em uma troca –o salário absurdo do ala pouco importa para o bilionário Mikhail Prokhorov e, mais importante, Williams admitiu durante os treinamentos com a seleção norte-americana que sua contratação pesou muito na decisão de ficar no Nets. O bósnio Mirza Teletovic, destaque no basquete espanhol nas últimas temporadas, também é reforço. Já é o bastante? Nada, King ainda está pendurado no telefone tentando encontrar algum meio de resolver a saga que virou a tentativa de contratar Dwight Howard.

New York Knicks: o time de Manhattan agora tem um vizinho barulhento nas fronteiras nova-iorquinas e  teve de se virar para se manter em evidência no mercado. Se a negociação por Steve Nash naufragou, o clube ao menos vai poder contar com os veteranos Jason Kidd e Marcus Camby em atividade no Madison Square Garden na próxima temporada, na tentativa de trazer estabilidade ao seu elenco. Os alas JR Smith e Steve Novak renovaram. Ah, e você se lembra do Jeremy Lin? O armador aceitou uma proposta do Houston Rockets, mas o Knicks tem o direito de renová-la, não importando que tenham de pagar zilhões de dólares em multas a partir de 2015. Afinal, ele já rendeu mais que zilhões de dólares para a franquia em menos de seis meses. Já o ala Landry Fields pode ser o queridinho de Spike Lee, mas nem James Dolan parece disposto a cobrir a oferta feita pelo…

Camby em sua primeira passagem pelo Knicks

Camby, há 10 anos, pelo Knicks

Toronto Raptors: Steve Nash frustrou muitos nova-iorquinos, mas partiu o coração dos radicais torcedores do Raptors, que sonhavam com sua contratação para que ele, enfim, vestisse o uniforme de Capitão Canadá.  Pior: na tentativa de detonar os planos do Knicks, Bryan Colangelo encaminhou proposta para Fields que deixou muita gente perplexa. Seu plano era sabotar as negociações dos concorrentes com o Phoenix Suns. Mal sabia ele que havia mais gente poderosa no páreo. Como consolação, o dirigente fechou a contratação de Kyle Lowry em sequência. Ele pode não ter o apelo de Nash, mas é mais jovem, marca muito mais e vem em evolução contínua na sua carreira. Ainda falta assinar com o jovem pivô lituano Jonas Valanciunas.

Philadelphia 76ers: era o último ano de contrato, valendo US$ 18 milhões, mas o Sixers decidiu que não valia esperar: resolveram anistiar o ala-pivô Elton Brand pra já, mesmo, limpando sua folha salarial ­– embora tenha ainda a obrigação de arcar com o pagamento do veterano – para investir em outros atletas, como o ala Nick Young e o pivô Spencer Hawes, que vai ganhar um aumento em sua renovação contratual. Por enquanto é isso, mas há uma tímida expectativa de que o time possa se movimentar mais nas próximas semanas.  O ala novato Moe Harkless é mais um atleta de primeiro nível para o elenco.

Veja o que aconteceu até agora nas Divisões Central e Sudeste.

Na quinta, passamos a limpo aqui a Conferência Oeste.


Mark Cuban contra… o Mark Cuban Mutante Russo!
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Giancarlo Giampietro

Mikhail Prokhorov em Londres

Se Prokhorov quiser comprar uma ponte só para ele em Londres, vai fazer. Não tem jeito

Quando o Dallas Mavericks passou a limpar terreno, praticamente se declarando publicamente pelo Deron Williams, sabíamos que algum magnata iria sofrer de um modo ao qual não estava acostumado.

Ou Mark Cuban, o emblemático dono do Mavs, ou Mikhail Prokhorov, o Mark Cuban Mutante Russo dono do Brooklyn Nets, então empregador do armador. Vantagem, então, para aquele que luta kickboxing.

Para cortejar Deron – inicialmente Dwight Howard e Chris Paul eram para estar livres, mas ambos optaram por adiar suas entradas no mercado –, o clube texano decidiu implodir seu time que mal havia conquistado um campeonato tão sofrido. Jogaram uma campanha toda pelo ralo na esperança de reconstruir seu elenco e ser competitivo num mundo, teoricamente, bem diferente, de acordo com as novas regras trabalhistas da liga. “Se eles (Nets e outros times) gastarem em contratos ruins, particularmente contratos assinados de acordo com as regras anteriores (alô, Joe Johnson), então não importa o quanto você vai gastar, não vai dar certo.”

Cuban se defende desta forma: “É  melhor perder o jogador certo do que assinar o jogador errado”, vem repetindo como mantra, desde que permitiu que Tyson Chandler, JJ Barea e outros fossem embora. Só não contava perder o Jason Kidd também. Ou não importa?

Mark Cuban, dono do Dallas MavericksO problema para Cuban é que para o russão bilionário, um dos homens mais ricos do mundo (meeeesmo), não há acordo administrativo que o impeça de investir e conquistar. Se ele tiver de pagar US$ 100 milhões em taxas e achar isso divertido, vai fazer. Principalmente agora com as eleições em seu país bem distantes, seu clubinho de NBA parece ter atraído sua atenção novamente. Aí segura.

Estamos falando de um sujeito que, só na quinta-feira passada, lucrou US$ 26,37 milhões com seus investimentos. Compreende? São US$ 26,37 milhões só de um dia, que é o bastante para pagar o salário de uma temporada de Deron, sobrando dinheiro ainda para Mirza Teletovic. Muita grana, e não há previsão que esse panorama mude tão cedo.

Não deixa de ser irônico. No final dos anos 90, início dos 00, Cuban era visto como o vilão gastão da história. Agora não consegue lidar com sua versão mutante russa.

PS: Veja o que o blogueiro já publicou sobre Prokhorov em sua encarnação passada.


Coach K define a seleção dos EUA: veja quem entrou
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Giancarlo Giampietro

Team USA 2012

A seleção dos EUA que vai para Londres definir seu ouro olímpico foi definida neste sábado pelo Coach K.

Está preparado?

Então lá vai.

Os armadores são Chris Paul, Deron Williams e Russell Westbrook. Os alas: James Harden, Andre Iguodala, Kobe Bryant, Kevin Durant, Carmelo Anthony e LeBron James. Os pivôs: Tyson Chandler, Blake Griffin e Kevin Love.

Muito fraco, né? Fica extremamente preocupante a situação dos então favoritos ao título. Sem Wade, Howard e Bosh não dá.

(…)

Brincadeira.

Os últimos três cortados foram Eric Gordon, Rudy Gay e o calouro Anthony Davis. De certo modo, surpreende que dois campeões mundiais em Istambul tenham perdido suas vagas, dando lugar a Harden e Griffin, estreantes. Gordon tem um jogo que encaixa bem com o basquete internacional, sendo o “matador de zonas” (sem trocadilhos, por favor, que o papo agora é sério). Harden ganhou sua vaga e vai ter de caprichar no chute de três pontos, deixando o fiasco nas finais da NBA para trás. Griffin não é tão versátil como o ala do Grizzlies, mas dá ao Coach K mais segurança no garrafão, no caso de algum infortúnio com Love ou Chandler. Ah, também vai vender muita camisa.

Imagino o quinteto inicial com Paul, Kobe, LeBron, Carmelo e Chandler.

Durant de sexto homem? Afe.

Ou, de repente, Krzyzewski pode aprofundar suas ousadias e escalar LeBron como um suposto pivô? E mandar um time com Durant, Carmelo e o astro do Heat, tendo Chandler reservado para duelos com times de garrafão mais ameaçadores (alô, Brasil!, hola, España!).

Westbrook, Griffin, Iguodala saindo do banco mantêm um padrão atlético absurdo em quadra. Love, Deron e Harden entram com a parte técnica da coisa. O que importa mais nesse elenco é isso: as diversas maneiras de se encaixar tantas peças talentosas.

PS: Veja o que o blogueiro já publicou sobre a seleção dos EUA em sua encarnação passada.


Mesmo sem KGB, segue a guerra fria por Steve Nash
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Giancarlo Giampietro

Quando Deron Williams divulgou sua decisão, de modo bem mais tímido que LeBron James, apenas com um logo bem tosquinho do Brooklyn Nets via Twitter, foi pura lamentação aqui no QG 21.

Mas não pelo fato de termos aversão ao Mark Cuban Mutante Russo ou por torcer mais para o Mark Cuban de verdade e seu Mavs. O chororô foi mais porque a piada ia levar menos graça.

Queríamos falar da guerra fria travada entre algumas franquias por Steve Nash. Sem o Nets na parada, não daria para meter a KGB de Mikhail Prokhorov na história.

Steve Nash

Steve Nash, de saída do Suns

Agora, com essa enrolação toda, ao menos conseguimos passar a meia-piada.

Então, como íamos dizendo… A guerra fria. Que rola entre Knicks e Raptors pelos serviços do armador canadense, surpreendentemente desprezado pelo Phoenix Suns.

Tá certo que o clube do Arizona precisa se renovar, retomar o rumo após aparentemente buscar o genocídio de seu time nos últimos anos. Aos 38 anos, no entanto, Nash ainda era seu melhor jogador, sem dar sinais de que estava diminuindo a velocidade. Se tivesse melhores cestinhas ao seu lado, poderia voltar ao topo no Oeste, era a crença.

Não foi o que pensaram e, antes mesmo de o mercado se abrir, o canadense já deixava escapar que havia compreendido o recado e que talvez sua época de Sun havia chegado ao fim, mesmo. E aí que Raptors e Knicks se animaram todos.

Por razões óbvias,no caso da franquia canadense. Para os nova-iorquinos, pode ser mais difícil de entender, considerando aquele sino-asiático que dominou o mundo por duas semanas só há alguns meses, mas o fato é que eles investiram para ter Nash, sim – ele seria o mentor de Lin e colocaria Amar’e Stoudemire para cravar todas novamente.

Acontece que Bryan Colangelo não ia deixar isso barato, não. O Knicks já havia lhe roubado Mike D’Antoni um tempo atrás. Agora queria surrupiar o Nash? Tá de sacanagem?

Pois o manda-chuva do Raptors deu um golpe daqueles. Mandou uma proposta absurda para o ala Landry Fields, xodó de Spike Lee, que deve ter caído como uma bomba no Garden. Muito menos pelo status cult de Fields, do que pelas possibilidades de negócio que os Bockers tinham para contratar Nash.

Bryan Colangelo

Bryan Colangelo

Grana por grana, Toronto tinha mais disponível para oferecer. O clube de Manhattan precisava, então, encontrar outros meios para elevar sua proposta e reduzir uma diferença de até US$ 8 milhões para convencer Nash a ficar na cidade para andar de skate não só em suas férias. Uma opção seria dar um aumento para Fields, outro agente livre, e repassá-lo para o Arizona. Agora, com a oferta canadense em mãos, suas opções ficaram bem limitadas. A não ser que queiram incluir o promissor Iman Shumpert no negócio. Oh-oh.

Foi uma cartada ousada e caríssima por parte de Colangelo, que ofereceu algo em torno de US$ 19 milhões para o ala que pode nem ser titular do Raptors na próxima temporada. Se eles querem tanto o Nash assim, talvez o retorno comercial de contar com o canadense valha a pedida.

Mas não está garantido, de modo algum, que o armador vá retornar para casa. Já tem boato indicando que o Lakers se mostra interessado. O Dallas também poderia mandar um telegrama, agora que ficou sem Deron. O Suns, vai saber?

Agora podem tirar a KGB dessa parada. Só no caso de Nash, claro.

PS: Veja o que o blogueiro já publicou sobre Steve Nash em sua encarnação passada.


O período mais insano da NBA
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Giancarlo Giampietro

Acha que já era suficiente a loucura que vimos nos últimos meses pela temporada compensada pelo locaute? Que foi maluquice que o Draft tenha quase emendado com as finais, dando pouco tempo para muitos clubes se prepararem?

Deron Williams, cobiçado no mercado

Uma bolada Deron vai ganhar, certeza. E o restante?

Segure-se, que o período mais insano da NBA só está começando. Desde a meia-noite de domingo, os clubes foram autorizados a entrar em contato com agentes, pais, amigos, puxa-sacos e com os próprios jogadores em si, na tentativa de compor seus elencos para o próximo campeonato.

Os nomes mais badalados vocês já sabem: Deron Williams, que se reúne com Nets e Mavs nesta segunda, Jason Kidd, que definiu um raro “tamo-junto” com Deron, Steve Nash, que já andou conversando com o Raptors, Roy Hibbert, já apalavrado para assinar proposta gigantesca com o Blazers, tendo o Pacers o direito a cobrir, Ray Allen, Eric Gordon, Jeremy Lin etc.

Mas pensem o seguinte: esses são os destaques, aqueles que estavam para receber bem de qualquer jeito. Quando eles definirem seus destinos, ainda haverá muitas vagas abertas e, principalmente, muito dinheiro a ser gasto.

Nick Young, Randy Foye, Jamal Crawford, Jeff Green, Greg Stiemsma, Jordan Hill, Kirk Hinrich, Brandon Rush, Alonzo Gee, Nazr Mohammed, Delonte West, Ian Mahinmi, Brian Cook, Jared Jeffries, Anthony Randolph e outras dezenas de jogadores estão aguardando o encaixe das primeiras peças para saberem qual a fatia do bolo que vai lhes restar.

E tenha certeza de que sempre sobra, e muito, para se esbaldar. Novos cartolas querem impressionar sua base de torcedores. Outros precisam se livrar de erros antigos e acabam só piorando a coisa, e por aí vamos, com dinheiro chovendo.

Embora esse seja o primeiro verão (Hemisfério Norte) em que os times negociarão contratos com o locaute mais distante e teoricamente mais conscientes sobre as limitações do novo acordo trabalhista da liga, as primeiras horas de negociações já indicam o frenesi de sempre. A ponto de um contrato de US$ 40 milhões parecer insignifcante – valor especulado para o acordo verbal entre o mesmo Nets e Gerald Wallace, um ala que está prestes a completar 30 anos e depende muito do seu físico para desequilibrar.