Vinte Um

Categoria : Notas

Barça busca 3ª vitória contra rival de NBA em mais um teste para Huertas
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Giancarlo Giampietro

Marcelinho Huertas x Deron Williams

Huertas ignorou a marcação de Deron Williams em amistoso

Lembram do zum-zum-zum que Marcelinho Huertas causou com sua atuação no amistoso da seleção brasileira contra os Estados Unidos, pouco antes das Olimpíadas?

Naquela ocasião, o armador jogou de igual para igual com Chris Paul, superou Deron Williams, um homem de mais de US$ 100 milhões de contrato, e ganhou elogios do Coach K e de um monte de jornalistas locais impressionados em Washington.

De modo que o raciocínio lógico, a seguir, era o de especular como Huertas se daria numa quadra de NBA, se teria sucesso, se poderia ser um titular etc. Nesta terça-feira, em amistoso do Barcelona contra o Dallas Mavericks, o brasileiro tem, então, mais uma chance de mostrar suas habilidades para a audiência norte-americana.

Não custa, né?

“Este é um jogo que não tem muita valia, já que se trata de um amistoso, mas ter vitória contra um time da NBA é muito bom. O Barcelona tentará seu quarto resultado positivo contra os profissionais e eu vou atrás da primeira vitória”, afirmou. Verdade: o Barça já teve dois triunfos sobre clubes dos EUA (Sixers e Lakers, o último deles em 2010).

O duelo será na cidade catalã, no Palau Sant Jordi, e opõe o campeão da NBA e o da Liga ACB, o segundo campeonato nacional de clubes mais forte do mundo. Será o segundo embate do Mavs na Europa, depois de vitória apertada sobre o frágil Alba Berlin, no sábado, na capital alemã.

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Não será a primeira vez que o armador enfrentará concorrência de NBA entre clubes. Em 2010, pelo Baskonia, ele encarou o San Antonio Spurs e o Memphis Grizzlies.

Contra o Spurs, vendo seu ex-parceiro de pick-and-roll Tiago Splitter no banco, lesionado, ele somou seis pontos, nove assistências e seis rebotes em 33 minutos. Detalhe: enquanto esteve em quadra, seu time venceu por um ponto. Com seu reserva, Pau Ribas, um desastre: desvantagem de 17 pontos num revés por 108 a 85. Pelos texanos, Tony Parker marcou 22 pontos em 24 minutos, matando 9 bolas em 17.

Contra o Grizzlies, derrota por 110 a 105, com sete pontos, 11 assistências e cinco rebotes em 33 minutos do brasileiro. Do outro lado, Mike Conley Jr. arrasou, com 27 pontos em 29 minutos e 11 arremessos convertidos em 17 tentativas.

Na ocasião, lembrando, o Caja Laboral estava em queda, aprendendo a funcionar sem Splitter. Veja o resumo de ambos os jogos (e reparem na dificuldade do locutor da NBA TV em pronunciar os nomes, hehe):

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Veja o retrospecto de duelos do Barça com clubes da NBA:

– Barcelona 103 x 137 Denver Nuggets, em Roma, 27/10/1989

– Barcelona 80 x 91 Memphis Grizzlies, em Barcelona, 10/10/2002

Barcelona 104 x 99 Philadelphia 76ers, em Barcelona, 05/10/2006

Los Angeles Lakers 108 x 104 Barcelona, em Los Angeles, 18/10/202008

Los Angeles Clippers 114 x 109 Barcelona, em Los Angeles, 19/10/202008

Barcelona 92 x 88 Los Angeles Lakers, em Barcelona – 07/10/2010

Veja alguns lances deste último confronto, quando Ron Artest ainda era Ron Artest:


Veterano espanhol adia aposentadoria e dá aula de defesa em vitória do time de Augusto
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Giancarlo Giampietro

Augusto faz festa com Jiménez

Augusto pode aprender muito mais ao lado de Jiménez em Málaga

Carlos Jiménez Sánchez acreditava que já havia virado aquela famosa página, a da aposentadoria das quadras, e estava procurando o que fazer da vida até que o telefone tocou. Ou recebeu o email, o SMS, o whatsapp?, sabe-se lá o quê.

Fato é que chegou o convite inesperado, e lá estava ele se fardando novamente como jogador de basquete, a convite do Unicaje Málaga, clube que havia defendido por cinco temporadas, em meio a duas passagens pelo Estudiantes.

A equipe do brasileiro Augusto Lima tinha uma emergência: o experiente Sergi Vidal foi afastado devido a uma cirurgia no púbis, e o norte-americano James Gist também enfrentava problemas físicos. Calhava, então, que Jiménez poderia cobrir provisoriamente os dois atletas. Foi chamado em setembro e, meio desprevenido, assinou um contrato de um mês, com mais 30 dias opcionais.

Neste domingo, o veterano, 36, não só atuou pela equipe dirigida por Jasmin Repesa, como arrancou elogios do técnico croata e foi o jogador mais eficiente do Málaga em vitória sobre o Joventut de Badalona. Mesmo que tenha jogado por apenas 15 minutos e 45 segundos. Mesmo que tenha feito apenas quatro pontos só na linha de lances livres, sem ter convertido nenhum chute de quadra.

E como se faz isso? Fazendo as pequenas coisas por sua equipe: foram seis faltas recebidas, quatro rebotes apanhados, uma assistência e um roubo de bola. De tudo um pouco para ajudar na vitória e ser aclamado no ginásio Martín Carpena.

Também porque ele foi responsável pelo lance crucia da partida: com cerca de quatro segundos no cronômetro e a chance de definir o confronto, o pivô Fran Vázquez errou dois lances livres, mas foi salvo por um reboe ofensivo de Jiménez. A posse de bola extra rendeu mais dois arremessos para Vázquez, o fujão do Orlando Magic, fechando a conta em 73 a 71.

Um lance emblemático para um grande jogador. Por anos e anos Jiménez foi o chamado “glue guy”, aquele que dava a liga para a formidável Espanha, movendo a bola no ataque, abrindo caminho para suas estrelas e se matando na defesa.

Ele nunca precisou de uma média de 20 pontos por jogo para prosperar e empilhar medalhas em casa – sua contagem de pódios pela seleção espanhola só perde para a de Pau Gasol, Juan Carlos Navarro e Felipe Reyes. Os quatro foram juntos campeões mundiais em 2006.

 “É incrível. Que faz a diferença na defesa. Defendeu melhor do que Calloway, Gist ou Simon. Ele encontrou seu nicho”, elogiou o treinador, que sabe que é hoje um croata de sorte. Jogar sem a bola, em prol do time, se adaptar: são essas raras características e valiosas estão agora à sua disposição. É isso o que Jiménez faz melhor.


Assistente técnico diz que estilo de Scott Machado combina com o Rockets
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Giancarlo Giampietro

Scott em ação na liga de verão de Las Vegas pelo Rockets

A luta de Scott Machado por uma vaga no elenco do Houston Rockets só começou, está nos primeiros dias, mas ganhou força com uma declaração interessante do assistente ténico JB Bickerstaff durante o training camp do clube texano na cidade de McAllen. Para o treinador, o brasileiro nova-iorquino vem causando um impacto positivo nos treinos, pois seu estilo de jogo combinaria com o plano tático da equipe.

“Acho que ele joga do jeito que queremos em nosso sistema. Queremos correr com a bola, e ele é um armador muito bom acelerando”, afirmou. “Queremos compartilhar a bola, e ele é um ótimo passador. O que ele faz meio que acende o resto de nossa ofensiva. Sua habilidade para criar chances para os pivôs é ótima para nós. Sua habilidade para quebrar a defesa e entrar no garrafão também. Ele acerta os companheiros na cabeça algumas vezes porque eles não estão esperando o passe. Precisam se acostumar a jogar com ele, mas ele está fazendo um grande trabalho.”

Palavras para encorajar, não?

Mas que fique claro que esse é um assistente do Rockets falando algo positivo sobre um dos jogadores em que o clube resolveu investir, apostar. Digo: a não ser que a participação do armador fosse um desastre, o técnico não iria procurar pontos negativos para destacar numa entrevista para o principal diário de Houston, o Chronicle.

Outra: Bickerstaff pode ser influente, mas também não é o primeiro, nem o segundo a tomar uma decisão final sobre quais seriam os 15 atletas que o Rockets levará para a temporada – quatro ainda precisam ser contratados, o que deixa o armador, com contrato parcialmente garantido, numa situação delicada.

Esse contexto não abala Scott, porém. “É uma competição. Você tem que amar competir para estar neste palco. Sabendo que há um monte de armadores disponíveis, você tem de colcoar na cabeça que, a cada vez que pisar na quadra, precisa provar que você é o melhor entre eles”, afirma.

Lembrando que McAllen, cidade modesta no Texas, é justamente a sede do Rio Grande Valley Vipers, a filial da D-League do Rockets. É justamente nesta cidade que Scott não quer ficar no restante da temporada.

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Segundo relato do repórter Jonathan Feigen, Toney Douglas, concorrente direto de Scott Machado, também estaria treinando bem, começando e finalizando jogadas. O Rockets também estaria conduzindo seu elenco de uma forma em que o armador não fique sobrecarregado, com todos os jogadores empenhados em controlar e passar a bola com frequência. O que ajudaria um atleta com as características do ex-Knick, que é mais um ala com tamanho de armador. Outro candidato a reserva de Jeremy Lin, o talentoso Shaun Livingston está fora dos treinos com uma contusão na virilha.


Nowitzki escapa de papelão em Berlim com vitória apertada do Mavs
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Giancarlo Giampietro

Com 1min28s de jogo ainda no contra-ataque, Dirk Nowitzki está livrinho para o contra-ataque. O ala-pivô alemão havia subido para contestar um arremesso da cabeça do garrafão e já saiu em disparada para receber o passe. Era como se ele estivesse em impedimento, numa tremenda de uma banheira, ao dominar a bola.

Aí é o básico: direita, esquerda e… Aro!

O astro errou uma das bandejas mais fáceis de sua carreira, depois de subir todo desajeitado, embora estivesse livrinho da silva.

“Home, sweet home”, brinca o comentarista. Veja:

Pois é: a trapalhada de Dirk aconteceu na frente de seus compatriotas e diante do Alba Berlin, na capital alemã, no segundo confronto entre clubes da NBA e europeus nesta pré-temporada. Ooooops!

No fim, seu Mavs venceu um jogo apertado, por 89 a 84 e livrou o craque de um tremendo de um papelão.

Nowitzki terminou a partida com apenas oito pontos e cinco rebotes em quase 34 minutos de ação, números bem acanhados para seus padrões. Ele errou seis de seus nove chutes de quadra e ainda cometeu três desperdícios de posse de bola. Ai. Haja ferrugem para tirar.

Lembrando que vale a mesma ressalva feita ontem para o Boston Celtics: os jogadores do time texano chegaram a Berlim nesta semana, mal treinaram direito e já foram para quadra na condição de “tudo a perder”. A diferença é que o Alba Berlin está alguns degraus abaixo do Fenerbahce, que bateu o time de Fabrício Melo na véspera, em Istambul.

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Darren Collison, do Dallas Mavericks

Collison, ex-Hornets e Pacers, é o novo armador de Carlisle

Três titulares fizeram sua estreia pelo Mavs: o armador Darren Collison, o ala OJ Mayo e o pivô Chris Kaman. Collison foi muito bem, com 14 pontos e 9 assstências em 34 minutos. Kaman – alemão naturalizado, registre-se – somou 14 pontos,  seis rebotes e dois tocos. Mayo anotou oito pontos e teve a segunda melhor marca de “plus-minus” (saldo de cestas da equipe enquanto jogava) da equipe, com +15.

Rick Carlisle vai precisar de paciênca para integrar tanta gente nova em sua rotação, incluindo Elton Brand e os calouros Jae Crowder, ala que é um defensor de mão cheia, e Bernard James, veterano de guerra no Oriente Médio.


Poupado de treinos, Splitter recebe de Popovich VT debate da eleição dos EUA
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Giancarlo Giampietro

Enquanto Ana Paula Lima (PT), líder nas pesquisas, Jean Kuhlmann (PSD) e Napoleão Bernardes (PSDB) disputam uma vaga no segundo turno das eleições para a Prefeitura de Blumenau, na hora de se informar sobre a política, Tiago Splitter vai ter de se contentar… Hã… com o embate entre Barack Obama e Milt Romney, candidatos a presidentes dos Estados Unidos.

Obama beija Michelle

Obama diz ter assistido com Michelle ao amistoso entre EUA e Brasil, aquele jogo bem apertado em Washington, mas não há provas suficientes a respeito

O general Gregg Popovich entregou para seus jogadores um DVD do primeiro debate realizado entre o democrata e o republicano, realizado na quarta-feira. Justo para um dos elencos com mais estrangeiros em toda a NBA. Sim, os franceses Tony Parker, Boris Diaw e Nando de Colo, o argentino Manu Ginóbili, o australiano Patty Mills e o próprio Splitter também receberam.

“É claro. Temos muitos caras de fora em nosso time, e eles foram rápidos para dizer que eles não podem votar e que, então, que eles não eram obrigados a assistir ao debate”, afirmou o ala-pivô Matt Bonner, o “Foguete Vermelho”, que planeja votar em Obama e defender o Canadá no futuro. Sério. “Não importa, eles vivem aqui, então é bom que eles estejam informados. Basquete não é tudo. Há coisas maiores no país em que vivemos.

Para constar: Splitter foi poupado de um coletivo na quarta-feira e dos treinos com contato físico na quinta-feira devido a espamos musculares nas costas. Os médcos do time afirmam não ser nada grave.

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Obama é disparado o candidato favorito entre os astros da NBA, contando com uma generosa doação do setor para sua campanha pela reeleição. Mas há quem prefira a oposição: o pivô Spencer Hawes não se cansa de alardear seu amor ao Partido Republicano, sendo uma das vozes mais ativas politicamente na liga. “Estou sempre pregando a palavra”, afirma. “As pessoas sempre me acusam de que escolhi ser republicado por causa dos meus rendimentos (ele vai ganhar US$ 12 milhões pelas próximas duas temporadas). Mas gostaria de lembrá-los que eu já havia seguido esse caminho muito antes de saber quais eram os impostos.”

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Bill Bradley

Bill Bradley, astro democrata do Knicks

Houve uma época em que Charles Barkley especulou lançar-se candidato a governador do Alabama, e a ideia foi bem recebida. Hoje ele está contente em ser apenas uma das celebridades mais polêmicas da TV norte-americana.

Dois casos concretos de envolvimento político que batem na telha assim de sopetão.

O pivô Chris Dudley, um dos mais atrozes cobradores de lance livre da história da liga, que defendeu o Portland Trail Blazers nos anos 90 e outros clubes, foi candidato a governador no estado de Oregon, perdendo para o democrata reeleito John Kitzhaber numa votação muito parelha.

Pelos democratas, um exemplo mais nobre: Bill Bradley, ala da histórica equipe do Knicks de Red Holzman dos anos 70, foi senador do estado de New Jersey pelos democratas em três mandatos e chegou a ter apsirações presidenciais.


Boston de Fabrício Melo abre amistosos de pré-temporada com revés na Turquia
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Giancarlo Giampietro

Rondo ataca na Turquia

Rondo: 30 minutos, 13 pontos, 9 assistências contra o Fenerbahce

Hora de esvaziar as clínicas de reabilitação: os amistosos de pré-temporada da NBA começaram!

Nesta sexta-feira, com Fabrício Melo em ação, o Boston Celtics abriu uma jornada da liga norte-americana que vai, no mínimo, até meados de junho de 2013a com uma derrota para o Fenerbahçe por 97 a 91, em Istambul.

O pivô brasileiro jogou por nove minutos e terminou com três rebotes, uma assistência, um toco e dois desperdícios de posse de bola, tendo tentado – e errado – apenas dois chutes de quadra.

Agora, para o mais fanático torcedor do Celtics que não esteja habituado ao que se passa do outro lado do Atlântico, calma: estamos seguros em dizer que não é por causa disso que o mundo acaba em 2012. Confie.

O elenco do Celtics chegou a Istambul na terça-feira. Até então o time vinha treinando apenas informalmente, com a reunião de alguns jogadores, especialmente os mais jovens, nos ginásios da franquia, para trabalhar fundamentos e terem o primeiro contato com seus novos treinadores. E veteranos como Kevin Garnett e Paul Pierce, ainda dois dos três principais jogadores da equipe, notoriamente demoram um pouco mais para esquentar. Outra: Doc Rivers terminou a partida com os calouros Dionte Christmas e Jamar Smith, que brigam pela última vaga no elenco, em quadra.

A liga turca ainda não comecou, mas a equipe da casa já está num estágio bem mais avançado em sua preparação para a temporada. O Fenerbahçe também está longe de ser uma galinha morta. Relativamente, é mais forte hoje no basquete do que no futebol, ainda mais neste ano em que conseguiu grandes reforços, como Romain Sato e, especialmente, Bo McCalebb. Além deles, chegou também o técnico Simone Pianigiani, hexacampeão italiano pelo Montepaschi Siena e frequentador assíduo do Final Four da Euroliga.

Outras notinhas para considerar abaixo:

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Reconhecido como um marcador implacável na Europa, o ala Sato, 31, acabou roubando a cena no ataque. Terminou o amistoso com 24 pontos, 16 deles num primeiro tempo extremamente produtivo. O jogador nascido na República Centro-Africana se formou no basquete universitário dos EUA por Xavier, foi draftado pelo Spurs em 2004, mas nunca jogou na NBA e fez carreira no Velho Continente. Foi mais um caso de atleta que a liga norte-americana não conseguiu aproveitar.

Já McCalebb, mundialmente famoso depois de liderar “sua” Macedônia a uma campanha incrível no Eurobasket 2011, contribuiu com 21 pontos, 5 assistências e 4 rebotes, muitas vezes jogando de igual para igual com Rajon Rondo, especialmente no terceiro período.

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Esse foi o primeiro jogo do ala Jeff Green, aposta de Danny Ainge, depois de mais um ano e meio. Ele não pisava em uma quadra, fardado, desde o dia 11 de maio de 2011, em derrota do Celtics para o Miami Heat pelos playoffs da temporada retrasada. Ex-companheiro de Kevin Durant em Oklahoma, ele passou por uma cirurgia no coração em dezembro daquele ano, devido a um aneurisma aórtico.

A boa notícia: Green foi um dos destaques do jogo, tendo anotado 16 pontos e comandado os reservas no quarto período em uma tentativa de reação da equipe de Boston.

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Quem deve ter acompanhado de perto essa partida foi o Nets. Afinal, duas de suas últimas escolhas no Draft estiveram em ação pelo Fener. O ala Bojan Bogdanovic, 23, e o ala-pivô Ilkan Karaman, 22, dois jogadores promissores que certamente podem ter um futuro no basquete norte-americano. Já o ala Emir Preldzic,25,  esloveno naturalizado turco quando adolescente, foi draftado pelo Phoenix Suns em 2009. Seus direitos então foram trocados para o Cleveland Cavaliers e, depois, Washington Wizards.


Jogadores para marcar de perto na próxima temporada da NBA: Goran Dragic
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Giancarlo Giampietro

O gerente geral Steve Kerr e os técnicos do Phoenix Suns tinham tanta estima por Goran Dragic que conseguiram convencer o mão-de-vaca Robert Sarver, proprietário do clube, a investir alguns milhares de dólares na compra de uma escolha extra de segunda rodada no Draft de 2008 para contar com o esloveno. Como se não bastasse esse fato histórico, inédito, ainda fecharam um contrato com o novato por mais de US$ 7 milhões e quatro temporadas. Era bem mais do que um calouro selecionado 20 postos antes dele no recrutamento ganharia. Estava em alta o Dragic.

Goran Dragic, Phoenix Suns

Dragic de volta a Phoenix

Aí o que acontece: bomba. Em sua primeira temporada, ele acertou apenas 39,3% de seus arremessos de quadra, algo que Steve Nash bateria nos tiros de três pontos com um pé só no chão e olho direito inchado. Sofrendo para se comunicar em inglês, intimidado diante de adversários aos quais costumava assistir em casa, de madrugada na Eslovênia, também cometeu muitos erros em suas infiltrações, deixando a torcida tensa com suas investidas. Estava em baixa o Dragic.

As críticas e desconfiança, no entanto, não acabaram com o jogador. Em seu segundo ano, o canhotinho voltou muito melhor, revigorado. Elevou sua produção estatística positivamente em pontos, assistências e chutes de quadra e parecia, enfim, um jogador de NBA, a ponto de ganhar do técnico Alvin Gentry 18 minutos por partida, dando um bom descanso a Nash. Foi numa época em que Gentry conseguiu escalar uma segunda unidade completamente desvinculada da primeira, com dividendos formidáveis – o esloveno era escoltado por Leandrinho, Jared Dudley, Channing Frye e Louis Amundson. Ninguém dava muita coisa para esse quinteto, mas, coletivamente, jogaram uma barbaridade. O líder inquestionável era o armador, que teria uma das atuações mais surpreendentes da NBA e dos playoffs em muito tempo, quando destruiu o Spurs em San Antonio em 2010.  Dragic em alta. Muito.

E aí o que acontece: ele deixa cair a peteca, justamente quando o Suns acreditava ter encontrado um substituto em longo prazo para o brilhante canadense. Depois da saída de Amar’e Stoudemire e das contratações desastradas de Hedo Turkoglu e Josh Childress, a equipe despencou, e Dragic voltou a entrar em desarranjo, a se atrapalhar demais com a bola e perder a confiança da campanha anterior. Acabou trocado pelo baixinho Aaron Brooks, do Houston Rockets, numa negociação em que a franquia do Arizona ainda pagou uma escolha de primeira rodada do Draft para compensar. Dragic em baixa.

Dragic e sua canhotinha

Dragic arrebentou em Houston. Vai manter?

Em Houston, na campanha passada, sob a orientação de Kevin McHale, o esloveno volta a reagir. Com o afastamento de Kyle Lowry devido a uma bizarra infeção bacteriana, assumiu o posto de titular e encaixou uma sequência de jogos digna de Jeremy Lin. Terminou o mês de março com médias de 18,9 pontos, 7,7 assistências, 3,5 rebotes, 1,8 roubo de bola e 46,4% nos arremessos, como o ponto nevrálgico do ataque. Um rendimento bem conveniente, considerando que estava prestes a se tornar um agente livre. Dragic em alta no mercado.

Sua produção chamou atenção, no fim, do próprio Phoenix Suns. Decidido a seguir um novo rumo, se desligando dolorosamente de Nash, o clube telefonou para o agente do esloveno de imediato, com uma proposta de US$ 7,5 milhões anuais, e quatro anos de duração. Mais do que o triplo que havia ganhado em 2011-2012.

Nesta gangorra descrita acima, notem que os campeonatos de alta do esloveno foram aqueles que terminaram anos pares. A próxima temporada termina em 13. Perigo?

Gentry e o Suns esperam que seja só uma coincidência fútil. Qualquer descuido, tropeço do armador custaria muito caro para o clube que tanto dependeu de Nash nos últimos sete, oito anos e agora confia num Dragic amadurecido e fortalecido para iniciar uma nova era. Não é fácil para ninguém assumir essa responsabilidade, mas ele topou. Agora vai ser marcado de perto.

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Reforçando a trapalhada da diretoria do Suns: eles tinham Dragic, o repassaram para Houston com uma valiosa escolha de primeira rodada – os novatos geralmente são um bom investimento, por ganharem abaixo da média da liga –, e usaram Brooks por apenas meia temporada e, depois, dispensaram o baixinho, que havia se mandado para a China, sem levar nada em troca para limpar sua folha salarial e, claro, repatriar seu ex-atleta. Brooks assinou com o Sacramento Kings. Where amazing happens.

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Dragic acaba com o Spurs em San Antonio

A incrível atuação de Goran Dragic no Texas

Sobre aquela noite mágica na vida de Dragic, contra o Spurs: foi antes de tudo uma ironia pelo fato de o Suns ter comprado justamente dos texanos a escolha do Draft que resultou em sua contratação.

Mas a importância de sua atuação foi muito além desta anedota, devido ao histórico de eliminações de sua equipe pelas mãos de Tim Duncan & cia – e fora muitas decepções no Arizona, acreditem.

Em maio de 2010, o Suns dessa vez chegava a San Antonio com seu mando de quadra defendido, tendo vencido os dois primeiros jogos. Com o esloveno fazendo chover em quadra, conseguiu uma importantíssima vitória para abrir 3 a 0 e se livrar de alguns fantasmas. Foram 23 pontos de Dragic apenas no quarto período, com bandejas, ganchos, chutes desequilibrados, bolas de três e fintas para todos os lados. Relembre:

PS: O Suns acabou alcançando a final do Oeste neste ano, perdendo para o eventual campeão Lakers. Preocupado com o rendimento de Dragic no confronto com seus reservas, Phil Jackson descobriu um ponto fraco do armador: Sasha Vujacic, seu compatriota. Os dois não se bicam de jeito nenhum, o que era um segredo até o momento. Ninguém ia dar bola para uma rivalidade entre dois eslovenos, claro. Mas o Mestre (nem tão) Zen foi informado sobre o histórico e sacou o ala do banco. Irritante que só, Vujacic, hoje no basquete turco, tirou seu velho conhecido do sério:


Lucas Bebê começa jogando a temporada regular da Liga ACB
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Giancarlo Giampietro

Pela primeira rodada da Liga ACB, o campeonato espanhol de basquete, o pivô Lucas Bebê ficou em quadra por 9 minutos e 46 segundos, somando cinco pontos, dois rebotes e um toco. Pode parecer pouco, mas não quando consideramos que o jovem brasileiro havia disputado apenas quatro partidas em toda a campanha passada pelo Estudiantes. Isto é, na jornada de abertura, ele já cumpriu 25% do que havia tido numa temporada inteira.

Lucas Bebê na Liga ACB

Lucas sobe para marcar dois de seus pontos

Aos 20 anos, nada pode ser mais importante para este carioca do que se fardar e ir para a quadra. Que sejam dez, cinco, 12 ou 20 minutos. Claro que quanto mais, melhor. Mas é imperativo que ele fique o máximo de tempo que puder em ação, refinando seu jogo – e contra muitos dos melhores jogadores da Europa.

Bebê – ou Nogueira, para eles – é mais um dos inúmeros casos de revelação brasileira que chama a atenção por seu potencial físico antes de tudo, fazendo olheiros, dirigentes e técnicos surtarem pensando na jóia que têm pela frente. Mas nem sempre é fácil aplicar esse talento inato, os atributos físicos em um jogador de sucesso.

Alguns dos exemplos mais bem acabado de um projeto desses bem aplicado são Nenê, que virou um pivô excepcional em Denver, e Splitter, formado aos poucos pelo Baskonia (então TAU Cerámica, hoje Caja Laboral). Ou Serge Ibaka, trabalhado por Manresa e L’Hospitalet na Espanha e pelo Thunder agora na NBA.

Mas houve muitos jogadores, projetos abortados no meio do caminho, ou que simplesmente não renderam o que seus clubes vingaram, pelas mais diversas razões – que podem passar tanto pela falta de dedicação, disciplina do jogador como pela incompetência de um treinador em trabalhar fundamentos ou pela ingerência administrativa de um cartola. Alguns casos: Mouhamed Saer Sene (um dos 200 pivôs que o Seattle/Oklahoma City tentou desenvolver na última década), Robert Swift (mais um dos 200 pivôs que o Seattle/Oklahoma City tentou desenvolver na última década), Alexis Ajinca (mais uma paixão de Larry Brown que não durou mais de dois meses), Carlos Rogers (que sofreu muitas lesões no início de carreira nos anos 90 e depois se aposentou para doar um de seus rins a sua irmã), Ha-Seung Jin (um dos últimos herdeiros da tradição Jail Blazer de Portland), entre outros.

Se você assistir ao vídeo abaixo, poderá entender um pouco do potencial que Lucas Bebê oferece: a impulsão, agilidade e envergadura absurdas para alguém de sua altura. É realmente algo incomum. Mas são habilidades que precisam de tempo, técnica e empenho para valerem entre os marmanjos. Em sua primeira partida oficial da temporada, ele cometeu quatro faltas, por exemplo.

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Vale destacar apenas que o Estudiantes fez uma ótima estreia na Liga ACB, derrotando o Gran Canaria por 101 a 86. Em determinando momento, a vantagem da equipe madrilenha chegou a superar a casa de 20 pontos. Um jogo decidido assim, claro, facilita a escalação do jovem pivô brasileiro.

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A liga espanhola teve sua primeira rodada mais produtiva em pontos em cinco anos, com média de 78,7 por equipe. Acredite: num campeonato de tanta rigidez tática, a ponto de muitas vezes serem irritantes, esse é um número elevado, batendo os 70,89 da temporada passada. O principal cestinha da jornada foi o gigante bósnio Nedzad Sinanovic, que acabou com o Barcelona, marcando 28 pontos e 10 rebotes pelo Valladolid.

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Depois de anunciarmos no Vinte Um o Barcelona como grande favorito, o time de Marcelinho Huertas, claro, perdeu a Supercopa para o arquirrival Real Madrid e sofreu esse bizarro e inesperado revés na primeira rodada da liga: 78 a 71, em casa, diante de 3.800 catalães atônitos. Sabichão.


Garnett corta relações com Ray Allen, que já vestiu a camisa do Heat
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Giancarlo Giampietro

Kevin Garnett jura que não tem mais o número do celular de Ray Allen. E aí o jornalista de Boston Steve Bulpett faz uma observação esperta: “O número não mudou. Então faça as contas”.

O pivô e líder do Celtics simplesmente cortou relações com o ala, que pulou a cerca para defender o rival Miami Heat. O mesmo time que o havia derrotado numa série dramática pela final da Conferência Leste em maio. Imagino a reação de alguém irado como o KG ao ver esta foto aqui:

Ray Allen e seus novos amiguinhos

Ray Allen e os novos amiguinhos: de certa forma, uma foto constrangedora

“Não estou tentando me comunicar com ele. Estou apenas sendo honesto com todo mundo aqui. Não é que eu deseje a ele algo pior ou nada disso, é só que isso acontece”, afirmou Garnett ao receber a mídia local para a abertura do training campda franquia mais vencedora da história da NBA.

“Escolhi não me comunicar com ele. É uma decisão que tomei pessoalmente. Sou muito próximo de Ray, conheço sua família, mas tomei a decisão de seguir em frente. É isso. Estou agora me concentrando em JT (Jason Terry), Courtney Lee e os novos caras que estão aqui. Não queria vir aqui para responder um monte de perguntas sobre Ray Allen. Obviamente iria responder uma vez e então me concentrar nos caras que estão aqui no ginásio e no que é o presente. É isso”, completou.

Kevin Garnett, orgulho de Boston

Soletrando com Garnett: C-e-l-t-i-c-s

Garnett tem um contrato de mais três anos com o Celtics, que só espera que ele consiga sustentar o nível que apresentou na última temporada, crescendo durante o campeonato a ponto de voltar a ser aquele marcador implacável na zona interior da fortíssima defesa de seu time.

No mundo abarrotado de ególatras da NBA, KG se destaca como uma das personalidades mais fortes. Tira os adversários do sério, mas é adorado por seus companheiros. Rajon Rondo, que não se dá com ninguém, diz que é seu melhor amigo na equipe. Por isso fica a expectativa sobre como o garotão Fabrício Melo vai se relacionar com o cara. Pode ser uma influência extremamente positiva, pelas cobranças e incentivos, mas ao mesmo tempo pode ser destrutivo, como já falou o técnico Doc Rivers. Depende de como rola a química.

Quem estava de olho na negociação do Celtics com o pivô era o ala Paul Pierce, que afirmou que chegou até mesmo a cogitar sua aposentadoria caso Garnett não retornasse. Sobre Ray Allen, Pierce disse apenas, sorrindo, que gostaria que, se fosse para ele sair de Boston, que fosse para o Clippers, clube que, inclusive, ofereceu mais dinheiro ao arremessador e também se candidata ao título este ano.

Mas Allen optou pelo Miami, onde agora está escoltado por LeBron James e Dwyane Wade. Imagine o tanto de chutes livres um dos maiores gatilhos da história vai ter…Por isso ele se diz extremamente confortável com sua nova vizinhança: “Uma vez que você veste o uniforme, nunca vai se olhar e tentar entender que uniforme você tem. Não importa”, afirmou. “É mais o modo como as outras pessoas o veem ou o enxergam. Daqui para a frente, a coisa mais importante para mim é o que faço por esse uniforme, a cidade e os torcedores que represento. Espero ver mais pessoas que gostam do Heat do que as que odeiam o Heat.”

Simples assim.

(Eu, hein.)

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Não que Allen não possa jogar onde queira. Mas é realmente muito estranha a foto postada acima, não? LeBron e Wade cresceram odiando a geração do “Big 3” de Boston, cansados de apanhar (em muitos sentidos) deles nos playoffs. Allen também é conhecido por ser um jogador muito, mas muito competitivo – daí as rusgas e faíscas que tinha com Kobe Bryant quando jogava em Seattle, de simplesmente não tolerar que o astro do Lakers o superasse. E agora está ele apoiado no ombro de LeBron, para surfar a última onda de sua carreira.

No fim, quem sai ganhando com isso é o público: os pegas entre as duas equipes nem precisavam mais de tanta pimenta assim, né?

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Em Miami, o técnico Erik Spoelstra já se disse positivamente impressionado com o que o ala Rashard Lewis vem mostrando nos treinos. Segundo o pupilo de Pat Riley, Lewis mal conseguia agachar nos últimos dois anos para abraçar seus filhos, com o joelho – e sabe-se lá o que mais – estourado. Mas que agora estaria se movimentando com leveza, lembrando o cara que dava um trabalhão peo Orlando Magic, abrindo a quadra para Rashard Lewis.

Tem aquela coisa: os caras não jogam há meses. Então essa é a hora em que todo mundo está saudável. “Nunca me senti assim antes” – o lema dos atletas na apresentação. Aí dá janeiro, fevereiro, e todo mundo aparece quebrado de novo. Pode ser o caso de Lewis, que jogou mancando as últimas duas temporadas.

Agora… Se ele e Allen conseguirem contribuir com, vá lá, 60% de seus talentos, a barra vai ficar muito pesada para a concorrência.


Problema físico de Nenê ainda inspira “muita cautela” em Washington
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Giancarlo Giampietro

Nenê, Washington Wizards

A fascite plantar é uma praga para qualquer basqueteiro. Uma dor bem chata na sola do pé, que teima em não ir embora. Foi o que atrapalhou Nenê no final de temporada da NBA – e primeiros jogos pelo Washington Wizards – e nas Olmpíadas. Requer repouso, exercícios específicos de fisioterapia, termo ou crioterapia, em alguns casos medicação contra inflamação ou até mesmo algo mais pesado.

Até se apresentar ao clube da capital norte-americana, o pivô terá ficado afastado das quadras por cerca de dois meses e meio, teoricamente. Pode ser o suficiente para ele chegar bem ao training camp do técnico Randy Wittman?

Talvez.

No fim, porém, o Wizars vai adotar toda precaução possível com o brasileiro. “Vamos ser muito, mas muito cautelosos”, afirma o gerente geral Ernie Grunfeld. “Ele não teve o tempo necessário para descansar neste verão por causa de seu compromisso com a seleção nacional. Vamos, então, bem devagar com ele para garantir que ele chegue 100% na hora em que o usarmos para valer.”

Para o sucesso do Wizards, sua saúde é imprescindível. Em 11 partidas com o brasileiro na temporada passada, o clube conseguiu sete vitórias (uma delas contra o Miami Heat, com uma cesta do pivô no último segundo, veja abaixo), com um saldo de 10,3 pontos, algo impensável para quem só havia apanhado até então. Foram cinco triunfos em sequência até o fim do campeonato. Suas médias foram de 14,5 pontos e 7,5 rebotes.

Nenê vai ser, então, poupado durante a fase de preparação do time e deve ficar fora de uma das duas sessões diárias. É mais um, então que, tal como Leandrinho, se submeteu a alguns sacrifícios pela seleção brasileira e agora tem de juntar os cacos para cumprir com seu trabalho.

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A cada ano é a mesma coisa em Washington. “Agora vai!”

Com o reforço de Nenê e a chegada dos veteranos Emeka Okafor – que vale, aliás, como uma espécie de seguro para qualquer lesão mais chata do brasileiro – e Trevor Ariza e do prestigiado calouro Bradley Beal – cotado como um ‘novo Ray Allen’ (ou Eric Gordon) –, Grunfeld acredita que seu time está preparado para deixar a rabeira da tabela no Leste e lutar pelos playoffs.

Seria importante para isso a filosofia da adição por subtração também com a saída dos cabeças-de-vento Andray Blatche e JaVale McGee e do desinteressado Rashard Lewis. “Mudamos o ambiente da equipe. Conseguimos fazer muitas alterações no nosso elenco, acho que a atitude do time mudou, e teremos um grupo mais dedicado, trabalhador, em que um vai estar disposto a se sacrificar pelo outro”, afirmou o dirigente.

Palpite: para o Wizards vingar de verdade, o talentoso John Wall deve jogar um pouco mais, Beal tem de justificar seu status de grande arremessador – coisa que não aconteceu em seu único ano pela universidade Florida –, e Nenê  precisa se manter em quadra, sem perder eficiência e ganhando em agressividade.

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Dois jovens europeus chamam muito a atenção no elenco do Washington: tcheco Jan Vesely e o francês Kevin Seraphin. Com a chegada de Ariza e Okafor, fica a dúvida sobre quanto tempo de quadra os dois terão para mostrar serviço. Mas são extremamente talentosos.

Seraphin é quem está mais avançado na sua curva de aprendizado, se transformando num cestinha respeitável no garrafão e de média distância e ótimo reboteiro. Ele subiu muito de produção com a chegada de Nenê e fez uma ótima Olimpíada, ainda que o técnico Vincent Collet insistisse com Ronny Turiaf. A Espanha que agradeceu nas quartas de final. Vesely é extremamente atlético, longo toda vida, mas ainda precisa se encontrar, ou ser encontrado. Por enquanto, nos Estados Unidos ele ainda é mais conhecido pelo beijo que ganhou de sua namorada no dia em que foi draftado, mas em quadra ele pode muito mais: