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Arquivo : Celtics

Com Leandrinho, Celtics é o 1º clube a ter dois brasileiros no elenco. Mas faz sentido?
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Giancarlo Giampietro

Leandrinho para três

Leandrinho agora leva seu arremesso para o Boston Celtics. Vai ter chance?

Com a contratação de Leandrinho pelo Boston Celtics, além de ser o mais vitorioso da história, o clube passa a ser também o primeiro a contar com dois brasileiros em seu elenco, com o ligeirinho se juntando ao novato Fabrício Melo.

Chega uma hora em que você apenas quer jogar. Ir para a quadra e ponto.

Só assim para explicar o acerto do ala-armador com a franquia, noticiado pelo Yahoo Sports nesta quarta-feira. Segundo o super-repórter Adrian Wojnarowski, que dá nove em cada dez furos da NBA, o brasileiro entrou em acordo para assinar um contrato de uma temporada.

De onde Doc Rivers vai tirar minutos para escalar Leandrinho é um mistério, e, por isso, de primeira assim, fica difícil de entender a motivação de ambas as partes para fechar o negócio.

Leandrinho x Celtics

Corintiano Leandrinho agora vai de verde e branco, mesmo. Tudo para fechar seu contrato

O Celtics acabou de assinar com Jason Terry e Courtney Lee, dois caras que chegam com a missão de ajudar Rajon Rondo na condução do time, em cuidar da bola e abrir mais uma opção de contra-ataque para correr com o armador.

Terry, em especial, costuma desempenhar o mesmo papel que o brasileiro cumpriu em toda a sua carreira na liga norte-americana: sair do banco para turbinar o ataque, sem a responsabilidade de marcar os melhores da equipe adversária. Os dois já foram eleitos os melhores sextos homens justamente por esta função. Se Leandrinho era o “Vulto Brasileiro”, Terry é o “Jet”. É de se esperar, aqui de longe, um, digamos, conflito de interesses entre os dois.

Sem contar o emergente Avery Bradley, mais um atleta que segue o protótipo de: não tão alto para ser um ala, nem tão habilidoso para ser um armador. Seria mais um “combo guard”, um “guard” que estará disponível para Rivers a partir de janeiro, enquanto se recupera de uma lesão no ombro. Quando retornar, é de se esperar que também ganhe seus minutos, pois é uma aposta de Danny Ainge, é jovem e um marcador implacável, cuaja presença no quinteto titular na temporada passada aumentou, e muito, a eficiência defensiva da equipe.

No fim, os minutos que estão sobrando na rotação são os de reserva de Rondo, e a gente sabe bem como Leandrinho se sai nesta. Nas últimas campanhas, sua vocação para assistências só caiu, enquanto sua predisposição aos desperdícios de posse de bola não foi reduzida. Ele caminhou cada vez mais para ser um finalizador do que um preparador de jogadas para os companheiros. Os estatísticos e olheiros de Boston devem ter tomado nota a respeito.

Outra questão em torno do brasileiro diz respeito a sua defesa. Com explosão física e envergadura acima do comum, ele tem o potencial para ser um marcador de primeira. Mas, mesmo no Phoenix Suns de D’Antoni, não necessariamente o time mais preocupado com a defesa, ele era questionado neste departamento. Em Boston, ou ele defende de maneira disciplinada, respeitando e executando o sistema, ou fica no banco.

Da parte do jogador, é compreensível o interesse em jogar por uma franquia com a história do Celtics. Além do mais, é uma equipe com chance de título para já, algo que ele afirmou que seria importante em sua decisão. De modo que, nos minutos que lhe forem reservados, é bom que produza bem, eficientemente, para que se mantenha na rotação de Rivers até o fim e possa tentar elevar seu status entre os demais diririgentes. Para tanto, já sai em desvantagem por ter perdido todo o training camp e boa parte da pré-temporad para assimilar uma nova carga tática.

Talvez Leandrinho não aguentasse mais esperar, mesmo. Depende muito de que tipo de oferta, sondagem ele andou recebendo por aí. O fato é que o ala-armador topou Boston. Uma aposta intrigante. Diante de uma torcida fanática, de uma mídia bastante combativa, o brasileiro será exigido ao máximo, e seu futuro na liga está na linha.

*  *  *

Em 2005 (2005!!!), Leandrinho chegou a dividir o vestiário do Phoenix Suns com o pivô Lucas Tischer, hoje do Brasília. Mas o grandalhão nunca chegou a entrar em quadra em partidas oficiais do clube do Arizona, pela temporada regular, tendo sido dispensado após três jogos de pré-temporada, com média de 1,3 ponto.

Com ótima impulsão vertical e extremamente forte, Lucas chegou a fazer barulho no Draft daquele ano, mas não foi selecionado. Ainda assim, ganhou sua chance para mostrar serviço em treinos e amistosos, mas acabou dispensado para que o Suns contratasse o ala-pivô Sharrord Ford, outro que não vingou na NBA.


Mídia de Boston já questiona Fabrício Melo com apenas nove minutos de jogo
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Giancarlo Giampietro

Fenerbahce x Boston Celtics

Sobe a bola para os amistosos da pré-temporada da NBA

“Ai, Fabrício.”

“Oh, Fab Melo.”

O pivô brasileiro jogou nove minutos – foram 8min57s precisamente, tá? – em sua estreia na pré-temporada da NBA, em derrota do Boston Celtics para o Fenerbahce, em Istambul, e já começou a ser questionado pela exigente mídia que cobre a franquia mais vitoriosa da liga norte-americana.

Não consegui ver a partida, mas aparentemente o mineiro de Juiz de Fora errou uma bandeja no segundo tempo sem nem mesmo conseguir fazer a bola tocar no aro. Bota nervosismo aí. Foi apenas seu primeiro jogo pela equipe – os da Summer League não contam, pois Garnett, Pierce, Rondo e os demais não estavam lá.

Esse é um lance drástico, claro, que provaelmente já virou um GIF antes de este post ser publicado. Pode causar espanto, mas só para os mais desavisados.

Seguinte: Doc Rivers já havia avisado que Fabrício seria um projeto de longo prazo para seu clube. Para aqueles que estavam esperando que ele chegaria com autoridade, pronto para ser o xerife ao lado de Kevin Garnett, pode recuar enquanto é tempo. Basta moderar as expectativas.

Fabrício tem um contrato de jogador de NBA, mas ainda está longe do nível técnico e tático exigido para competir em alto nível. O que ele oferece por enquanto é seu ágil corpanzil e algumas habilidades cruas (bom senso para cobertura defensiva, passes adequados e um tiro de média distância que vem evoluindo).

Vai precisar de paciência com seu desenvolvimento, e isso só vai acontecer com ele em quadra. Primeiro para se habituar a jogar com adversários e companheiros muito mais tarimbados e, em alguns casos, muito mais fortes e atléticos. Segundo para quebrar o nervosismo – lembrando que tudo ainda é muito novo para qualquer calouro, especialmente para alguém que começou tarde no esporte.

Daí para mostrar o quão surreais eram os pedidos de convocação do mineiro para a Seleção Brasileira. Se ele se apresentasse como atleta convidado, para ganhar cancha com os mais rodados, seria uma coisa. Chegar para jogar, com vaga garantida? Outra história, rapaziada.

O bom é que,  da próxima vez que esse assunto entrar em pauta, em 2013, se ele conseguir evoluir com seus treinadores de Boston e, eventualmente, na D-League, aí, sim, Fabrício teria muito mais chances  de se impor desta maneira.


Boston de Fabrício Melo abre amistosos de pré-temporada com revés na Turquia
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Giancarlo Giampietro

Rondo ataca na Turquia

Rondo: 30 minutos, 13 pontos, 9 assistências contra o Fenerbahce

Hora de esvaziar as clínicas de reabilitação: os amistosos de pré-temporada da NBA começaram!

Nesta sexta-feira, com Fabrício Melo em ação, o Boston Celtics abriu uma jornada da liga norte-americana que vai, no mínimo, até meados de junho de 2013a com uma derrota para o Fenerbahçe por 97 a 91, em Istambul.

O pivô brasileiro jogou por nove minutos e terminou com três rebotes, uma assistência, um toco e dois desperdícios de posse de bola, tendo tentado – e errado – apenas dois chutes de quadra.

Agora, para o mais fanático torcedor do Celtics que não esteja habituado ao que se passa do outro lado do Atlântico, calma: estamos seguros em dizer que não é por causa disso que o mundo acaba em 2012. Confie.

O elenco do Celtics chegou a Istambul na terça-feira. Até então o time vinha treinando apenas informalmente, com a reunião de alguns jogadores, especialmente os mais jovens, nos ginásios da franquia, para trabalhar fundamentos e terem o primeiro contato com seus novos treinadores. E veteranos como Kevin Garnett e Paul Pierce, ainda dois dos três principais jogadores da equipe, notoriamente demoram um pouco mais para esquentar. Outra: Doc Rivers terminou a partida com os calouros Dionte Christmas e Jamar Smith, que brigam pela última vaga no elenco, em quadra.

A liga turca ainda não comecou, mas a equipe da casa já está num estágio bem mais avançado em sua preparação para a temporada. O Fenerbahçe também está longe de ser uma galinha morta. Relativamente, é mais forte hoje no basquete do que no futebol, ainda mais neste ano em que conseguiu grandes reforços, como Romain Sato e, especialmente, Bo McCalebb. Além deles, chegou também o técnico Simone Pianigiani, hexacampeão italiano pelo Montepaschi Siena e frequentador assíduo do Final Four da Euroliga.

Outras notinhas para considerar abaixo:

*  *  *

Reconhecido como um marcador implacável na Europa, o ala Sato, 31, acabou roubando a cena no ataque. Terminou o amistoso com 24 pontos, 16 deles num primeiro tempo extremamente produtivo. O jogador nascido na República Centro-Africana se formou no basquete universitário dos EUA por Xavier, foi draftado pelo Spurs em 2004, mas nunca jogou na NBA e fez carreira no Velho Continente. Foi mais um caso de atleta que a liga norte-americana não conseguiu aproveitar.

Já McCalebb, mundialmente famoso depois de liderar “sua” Macedônia a uma campanha incrível no Eurobasket 2011, contribuiu com 21 pontos, 5 assistências e 4 rebotes, muitas vezes jogando de igual para igual com Rajon Rondo, especialmente no terceiro período.

*  *  *

Esse foi o primeiro jogo do ala Jeff Green, aposta de Danny Ainge, depois de mais um ano e meio. Ele não pisava em uma quadra, fardado, desde o dia 11 de maio de 2011, em derrota do Celtics para o Miami Heat pelos playoffs da temporada retrasada. Ex-companheiro de Kevin Durant em Oklahoma, ele passou por uma cirurgia no coração em dezembro daquele ano, devido a um aneurisma aórtico.

A boa notícia: Green foi um dos destaques do jogo, tendo anotado 16 pontos e comandado os reservas no quarto período em uma tentativa de reação da equipe de Boston.

*  *  *

Quem deve ter acompanhado de perto essa partida foi o Nets. Afinal, duas de suas últimas escolhas no Draft estiveram em ação pelo Fener. O ala Bojan Bogdanovic, 23, e o ala-pivô Ilkan Karaman, 22, dois jogadores promissores que certamente podem ter um futuro no basquete norte-americano. Já o ala Emir Preldzic,25,  esloveno naturalizado turco quando adolescente, foi draftado pelo Phoenix Suns em 2009. Seus direitos então foram trocados para o Cleveland Cavaliers e, depois, Washington Wizards.


Garnett corta relações com Ray Allen, que já vestiu a camisa do Heat
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Giancarlo Giampietro

Kevin Garnett jura que não tem mais o número do celular de Ray Allen. E aí o jornalista de Boston Steve Bulpett faz uma observação esperta: “O número não mudou. Então faça as contas”.

O pivô e líder do Celtics simplesmente cortou relações com o ala, que pulou a cerca para defender o rival Miami Heat. O mesmo time que o havia derrotado numa série dramática pela final da Conferência Leste em maio. Imagino a reação de alguém irado como o KG ao ver esta foto aqui:

Ray Allen e seus novos amiguinhos

Ray Allen e os novos amiguinhos: de certa forma, uma foto constrangedora

“Não estou tentando me comunicar com ele. Estou apenas sendo honesto com todo mundo aqui. Não é que eu deseje a ele algo pior ou nada disso, é só que isso acontece”, afirmou Garnett ao receber a mídia local para a abertura do training campda franquia mais vencedora da história da NBA.

“Escolhi não me comunicar com ele. É uma decisão que tomei pessoalmente. Sou muito próximo de Ray, conheço sua família, mas tomei a decisão de seguir em frente. É isso. Estou agora me concentrando em JT (Jason Terry), Courtney Lee e os novos caras que estão aqui. Não queria vir aqui para responder um monte de perguntas sobre Ray Allen. Obviamente iria responder uma vez e então me concentrar nos caras que estão aqui no ginásio e no que é o presente. É isso”, completou.

Kevin Garnett, orgulho de Boston

Soletrando com Garnett: C-e-l-t-i-c-s

Garnett tem um contrato de mais três anos com o Celtics, que só espera que ele consiga sustentar o nível que apresentou na última temporada, crescendo durante o campeonato a ponto de voltar a ser aquele marcador implacável na zona interior da fortíssima defesa de seu time.

No mundo abarrotado de ególatras da NBA, KG se destaca como uma das personalidades mais fortes. Tira os adversários do sério, mas é adorado por seus companheiros. Rajon Rondo, que não se dá com ninguém, diz que é seu melhor amigo na equipe. Por isso fica a expectativa sobre como o garotão Fabrício Melo vai se relacionar com o cara. Pode ser uma influência extremamente positiva, pelas cobranças e incentivos, mas ao mesmo tempo pode ser destrutivo, como já falou o técnico Doc Rivers. Depende de como rola a química.

Quem estava de olho na negociação do Celtics com o pivô era o ala Paul Pierce, que afirmou que chegou até mesmo a cogitar sua aposentadoria caso Garnett não retornasse. Sobre Ray Allen, Pierce disse apenas, sorrindo, que gostaria que, se fosse para ele sair de Boston, que fosse para o Clippers, clube que, inclusive, ofereceu mais dinheiro ao arremessador e também se candidata ao título este ano.

Mas Allen optou pelo Miami, onde agora está escoltado por LeBron James e Dwyane Wade. Imagine o tanto de chutes livres um dos maiores gatilhos da história vai ter…Por isso ele se diz extremamente confortável com sua nova vizinhança: “Uma vez que você veste o uniforme, nunca vai se olhar e tentar entender que uniforme você tem. Não importa”, afirmou. “É mais o modo como as outras pessoas o veem ou o enxergam. Daqui para a frente, a coisa mais importante para mim é o que faço por esse uniforme, a cidade e os torcedores que represento. Espero ver mais pessoas que gostam do Heat do que as que odeiam o Heat.”

Simples assim.

(Eu, hein.)

*  *  *

Não que Allen não possa jogar onde queira. Mas é realmente muito estranha a foto postada acima, não? LeBron e Wade cresceram odiando a geração do “Big 3” de Boston, cansados de apanhar (em muitos sentidos) deles nos playoffs. Allen também é conhecido por ser um jogador muito, mas muito competitivo – daí as rusgas e faíscas que tinha com Kobe Bryant quando jogava em Seattle, de simplesmente não tolerar que o astro do Lakers o superasse. E agora está ele apoiado no ombro de LeBron, para surfar a última onda de sua carreira.

No fim, quem sai ganhando com isso é o público: os pegas entre as duas equipes nem precisavam mais de tanta pimenta assim, né?

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Em Miami, o técnico Erik Spoelstra já se disse positivamente impressionado com o que o ala Rashard Lewis vem mostrando nos treinos. Segundo o pupilo de Pat Riley, Lewis mal conseguia agachar nos últimos dois anos para abraçar seus filhos, com o joelho – e sabe-se lá o que mais – estourado. Mas que agora estaria se movimentando com leveza, lembrando o cara que dava um trabalhão peo Orlando Magic, abrindo a quadra para Rashard Lewis.

Tem aquela coisa: os caras não jogam há meses. Então essa é a hora em que todo mundo está saudável. “Nunca me senti assim antes” – o lema dos atletas na apresentação. Aí dá janeiro, fevereiro, e todo mundo aparece quebrado de novo. Pode ser o caso de Lewis, que jogou mancando as últimas duas temporadas.

Agora… Se ele e Allen conseguirem contribuir com, vá lá, 60% de seus talentos, a barra vai ficar muito pesada para a concorrência.


Rasheed Wallace (ainda) quer voltar. E, claro, vai treinar com o Knicks
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Giancarlo Giampietro

Wallace não jogou nada pelo Boston em 2009-2010 e deixou a liga

O “totalmente excelente” (valeu, Bonfá) repórter Ric Bucher, da ESPN, soltou no Twitter: Rasheed Wallace foi visto treinando em ginásio do Knicks neste fim de semana. E o clube de Manhattan está, claro, considerando sua contratação. Afinal, eles já têm Kurt Thomas, Marcus Camby e Jason Kidd…

Não é a primeira vez que ‘Sheed, agora 38, flerta com um retorno à NBA. No ano passado, ele esteve de namorico com Los Angeles Lakers e Miami Heat. Depois de ter supostamente se aposentado pelo Boston Celtics. Só a elite, reparem.

O perigo desse tipo de flerte é o seguinte: para quem não joga para valer desde 2010, Wallace deve estar, sim, se sentindo muito bem com seu corpo agora. Mas vai encarar uma temporada de 82 jogos para ver como fica… Mesmo que ele não jogue muito. Já bastam as incessantes e intermináveis viagens para desgastar bastante.

Para alguém que tinha a língua afiada, um dos temperamentos mais intrigantes e aversivos da liga, não deixa de ser irônica a busca do pivô pelo tempo perdido – justamente ele que foi acusado durante anos e anos de ser daqueles que mais desperdiçava seu talento em quadra com lances descabidos e preguiçosos, sem contar a quantidade de minutos em que ele parecia estar com a cabeça na Lua, em Marte, Vênus ou Mercúrio, mas certamente não no jogo.

“Ball don’t lie” – que a bola não mentiria, não enganaria –, foi uma de suas frases célebres, em referência a erros de arbitragem grosseiros que poderiam influenciar num resultado. Será que Rasheed realmente quer voltar? O que a bola tem a dizer a respeito?

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Rasheed Wallace recebe uma técnica

Sheed era recordista de faltas técnicas nos bons tempos

Rasheedl Wallace foi draftado em 1995 pelo Washington Bullets (saudades!) na quinta posição, depois de acelerar o envelhecimento do legendário Dean Smith em UNC. Ele já tinha aquela manchinha redonda na cabeça. Reserva de Chris Webber e Juwan Howard, só foi mostrar serviço pelo Blazers anos mais tarde. Foi uma grande estrela da era “Jail Blazer” – um dos ‘movimentos’ mais impagáveis da NBA, com uma ficha criminal impressionante. Também com grandes batalhas nos playoffs, diga-se. Mas sua melhor fase técnica durou por pouco mais de uma temporada, entre 2004 e 2004, pelo Detroit Pistons, onde se achou. Cercado por veteranos bem sérios, que o domaram, (Rip, Billups, Big Ben e um técnico maluco em Larry Browon), foi decisivo para a conquista do último título da Motown.

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Nos anos posteriores, quem tirava ‘Sheed do sério era Anderson Varejão. Pistons e Cavs se encontraram muitas vezes nos mata-matas, e as faltas ofensivas que o capixaba conseguia cavar ou descolar irritavam profundamente o rival. Ele achava que aquilo não era basquete.

Na verdade, sua frustração devia ser simplesmente pelo fato de que não conseguia dominar um brasileiro do qual ele nunca havia ouvido falar. Anderson sempre foi um defensor infernal e um veterano desmotivado era presa fácil. Ponto para o Brasil.

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“Cut the check”, risque o cheque, foi outra frase minimalista famosa do pivô. Tipo: me paga aí e não me torre a paciência. Se você riscar o cheque, tá valendo. Outra: “Both teams played hard”, os dois times jogaram sério, para comentar as partidas nas entrevistas obrigatórias ao final do jogo. Ele não queria falar nada.


Ala francês apelou até a treinamento Shaolin para conseguir emprego na NBA
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Giancarlo Giampietro

Mickael Pietrus x Kobe Bryant

Kung Fu fighting: Pietrus não conseguiu lutar muito, mas jura que cresceu com os shaolins

Enquanto Leandrinho treina com os ex-companheiros de Flamengo para tentar se manter em forma, enquanto não assina com nenhuma equipe da NBA, o ala Mickael Pietrus, que está no mesmo barco, citou um exemplo nada tradicional que adotou em 2011 para tentar ser um jogador melhor. Dá para falar que ele, na questão de expandir seus horizontes, ele foi bem longe mesmo.

Diz o francês, ex-Boston Celtics, que, antes da temporada passada, passou um mês de reclusão ao lado de monges Shaolin. “Fui para treinar kung-fu e judô, mas meu joelho estava muito dolorido”, afirmou.

Bom, então não deu muito certo a coisa da pancadaria. Embora milionário, ele não ia perder a viagem de todo modo, né? Resolveu, então, testar outras searas – é sempre uma viagem transendental, galera. “Usei então um pouco da medicina chinesa e gostei. Foi uma experiência inesquecível. Quando você vê 150 monges se levantarem às 4h da manhã para correr por duas horas sem comer nada, você se torna mentalmente mais forte.”

Só faltou Pietrus falar se ele acompanhava os monges na corrida, né?

Duvido.

Os joelhos estavam muito doloridos.

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Brincadeira à parte, Pietrus sofreu com seus joelhos durante toda a temporada 2011-2012, massacrante devido ao locaute. No entanto, ainda fez um ótimo papel pelo Celtics, tendo alguns belos momentos como defensor nos playoffs. Não obstante, é um dos nomes de destaque na lista dos desempregados da NBA a menos de um mês do início dos training camps. A diferença, no caso, para Leandrinho, é que seu nome vem sendo constantemente envolvido em rumores de negociações. Segundo consta, ele deve fechar a qualquer momento com um time da Conferência Leste. O Minnesota Timberwolves estaria interessado.

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Pietrus fez muito sucesso em Boston com um público em especial: os diversos setoristas que acompanham a franquia mais vitoriosa da NBA. Suas respostas costumam ser um tanto mais profundas – ou malucas – do que a média. E isso vem muito da personalidade do francês. Não me lembro agora exatamente de um caso em específico, mas o ala já deixou muitos companheiros de equipe irritados com um misto de franqueza e arrogância no palavreado.

No mundo da liga norte-americana, de muitos e diferentes egos, tem muito disso: Pietrus pode estar longe do protagonismo, mas isso não vai impedi-lo de ser um jogador extremamente confiante, claro. Ainda mais ele que já foi um dia cotado como o “Euro Jordan”, por mais que hoje isso possa parecer absurdo.

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Já que é domingo, vamos com essa fantástica obra pop sem compromisso:


Boston Celtics é o mais novo clube a tentar dar um jeito em Darko
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Giancarlo Giampietro

LeBron James, Darko Milicic, Carmelo Anthony, Chris Bosh, Dwyane Wade.

Os cinco primeiros selecionados, nesta ordem, no Draft de 2003 da NBA.

Histórico, não?

Darko Milicic, Pistons

Darko no dia do Draft de 2003

Não só pelas quatro três estrelas + Bosh que daí saíram como pela presença inusitada do então adolescente e multitalentoso pivô sérvio. No fim, ele não pôde sobreviver na liga para sustentar aquele status – hoje completamente descabido – de que poderia ter mais valor, sim, que Carmelo, Bosh e Wade (e Chris Kaman, Kirk Hinrich, Mickael Pietrus, Nick Collison, David West, Boris Diaw, Carlos Delfino, Kendrick Perkins, Leandrinho e Josh Howard, outros atletas de sólida carreira escolhidos naquele mesmo ano, diga-se).

Mas na época é o que jurava Joe Dumars, o gerente geral do Pistons que bancou Darko, para desespero dos torcedores mais hardcore da Motown. Estes só queriam saber de ver Melo integrado a um fortíssimo elenco que naquela mesma temporada se tornaria campeão da NBA.

Imagina só? Esse é um dos maiores “o que aconteceria se…” da história da liga norte-americana. O Pistons teria sido uma dinastia? Ou a presença de um cestinha e estrela como Anthony apagaria o brilho discreto de veteranos como Billups, Rip Hamilton e Ben Wallace? Eles seriam o mesmo time com a mesma química? Larry Brown iria tratar como o ala de Syracuse? Vai saber.

O que sabemos é que o técnico não tinha nenhuma paciência para lidar com um pivô que mal falava inglês, havia se tornado um milionário da noite pro dia e se deslumbrou com a vida luxuosa da NBA, mesmo que numa cidade industrial como Detroit – para ele, melhor do que qualquer coisa que tinha nos bálcãs, oras.

Darko virou uma piada na cidade – situação para qual o histérico e camaleônico Brown contribuiu muito, aliás – e, em 2006, foi trocado com o Orlando Magic. Por meia temporada, 30 jogos, ele teve seu melhor momento na liga, acreditem. Na reta final daquele campeonato, ao lado de Dwight Howard, mostrou alguns lampejos. Mas essa seria a história de sua carreira: lampejos, trocas, apostas, lampejos, trocas. Passou por Grizzlies, Knicks, Wolves. Agora é Danny Ainge e o Boston que apostam em tentar tirar algo valioso do sérvio, hoje com 27 anos.

O clube vai pagar pouco menos de US$ 900 mil por isso. Para os padrões da NBA, mixaria. Então não há risco nenhum na operação. Mas os torcedores do Wolves certamente aconselhariam os fanáticos de Boston a não se entusiasmarem muito, apesar de seu tamanho e de sua capacidade nos tocos que poderiam ser um bom complemento para a fortíssima defesa do Celtics. Afinal, ele foi dispensado em Minnesota ainda com US$ 10 milhões por receber. De tão apático que foi na última temporada.

O Celtics fez bons trabalhos com gente como Greg Stiemsma e Semih Erden nos últimos anos, então talvez Doc Rivers seja o homem para fazer do sérvio ao menos um pivô decente. O que só conclui uma história triste: pense apenas que houve um dia em que Darko era visto como um prospecto de superpivô. Um cara para 20 pontos, 10 rebotes e muitos tocos e assistências e tiros de fora. Um talento completo, plural.

Era só uma questão de tempo.

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Segundo a imprensa espanhola, Darko recusou uma proposta de US$ 6 milhões por três anos de contrato com o Real Madrid para tentar uma vez mais suas chances na NBA.

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Houve também uma vez que em que vi Darko ser utilizado como o foco do ataque de uma equipe em alto nível, com confiança, e na qual ele brilhou, entregou. Acreditem. Foi pela seleção sérvia no biênio 2006-2007. Primeiro, no Mundial do Japão, ele somou 16,2 pontos e 9,3 rebotes, em seis partidas, com destaque para os 24 pontos e 12 rebotes contra os campeões olímpicos da Argentina e os 18 pontos e 15 rebotes contra os eventuais campeões da Espanha. Podem checar aqui, juro. Depois, no Eurobasket 2007 ele teve 14,7 pontos e 9,3 rebotes, números excelentes para um torneio Fiba. Depois disso? Nunca mais jogou por seu país.

Veja o grandalhão em forma:

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A contratação de Darko é mais um indicativo de que não devemos assistir Fabrício Melo por muitos minutos em Boston na próxima temporada. O jovem brasileiro agora vê três veteranos disputando o posto de reserva imediato de Kevin Garnett – Jason Collins e Chris Wilcox são os outros. O pivô vai precisar de um grande training camp para impressionar Rivers e conseguir seus minutos.


Analista da ESPN projeta Splitter estelar na próxima temporada
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Giancarlo Giampietro

Ontem foi fechado um post sobre a perspectiva de Tiago Splitter como agente livre na NBA com uma série de perguntas. Entre elas, se os cartolas da liga haviam tomado nota da temporada bastante eficiente que o catarinense havia feito pelo San Antonio Spurs, a despeito de sua performance apática nos playoffs.

Splitter, Spurs

Splitter e seu meio-gancho característico que chama a atenção de qualquer analista

Bem, ainda não dá para dizer nada sobre os concorrentes, mas é certo que o jornalista John Hollinger, um dos padrinhos da comunidade nerd cada vez mais influente no basquete, anotou tudo direitinho. Afinal, é seu ganha-pão: descobrir nos números algumas nuances do jogo para mostrar aqueles que são super ou subvalorizados. (E, sim, caramba, as coincidências de publicação do blog vão se tornando cada vez mais perturbadoraaaaaas. Medo.)

Em suas projeções estatísticas sobre os caras do Spurs, Hollinger arrisca os seguintes números para Splitter – de acordo com uma hipotética média de 40 minutos por partida: 19,4 pontos e 11,2 rebotes, depois de 19,6 e 10,9, respectivamente, no ano passado.

O problema é que Tiago nunca fica em quadra para produzir desta maneira, e ainda hoje os escritórios de direção dos clubes da NBA se dividem entre os que acompanham este tipo de número – e qualquer outro número – e os que são bastante tradicionalistas e valorizam basicamente o que veem em quadra, preto-no-branco.

E também tem outra: as projeções de Hollinger ignoram uma série de variantes que são impossíveis de prever em um cálculo e influenciam diretamente o rendimento: 1) o bem-estar físico de Splitter; 2) qual a relação em quadra do jogador com seus companheiros; 3) qual a relação fora de quadra do jogador com seus companheiros; 4) que tipo de plano de jogo o técnico Gregg Popovich pensa em colocar em prática; etc.

Traduzindo: será que Patty  Mills vai ganhar mais minutos, de acordo com sua performance olímpica? Será que ele vai passar a bola? A química estabelecida entre Ginóbili e Splitter será replicada? E por quantos minutos? Quem vai dividir o garrafão com o brasileiro? Na segunda unidade, quantos arremessos devem ser destinados a Kawhi Leonard ou Stephen Jackson? E Gary Neal ou Danny Green? E por aí vamos…

(Note que este tipo de questionamento serve para todo e qualquer time. Quantas bolas Larry Taylor terá para chutar em Bauru e quantas sobram para o Gui? No renovado elenco de Franca, há alguém que servirá de carro-chefe? Em Brasília, Tijuana, Moscou, Istambul, Seul… Não importa.)

Tiago Spliter, Spurs, NBA

Splitter ainda em busca do protagonismo de ACB

Agora, no mundo ideal, limpo e direto de suas estatísticas, porém, o veterano analista se sente confortável para dizer o seguinte: “Então… O quanto disso (a produção de 2011-2012) foi real? Splitter jogou menos de 20 minutos por partida, mas, quando ele foi para quadra, teve números de um All-Star. Pergunto isso pois ele ganhará somente US$ 3,9 milhões nesta temporada e, depois, vai virar agente livre. Se ele jogar, de algum jeito, próximo deste nível mais uma vez, ele vai ser pago, e com P maiúsculo. Ele pode ser uma estrela”.

Taí um baita voto de confiança para o catarinense, então.

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Em suas análises, Hollinger também já escreveu sobre Fabrício Melo, o novato brasileiro do Boston Celtics também conhecido preguiçosamente como Fab Melo. Neste caso, as especulações são bem mais abstratas, já que têm base nos seus números como universitário.

“Melo teve o melhor rendimento em tocos de qualquer jogador candidato ao Draft com duas sobrancelhas e essa é uma das razões por que o Boston investiu uma escolha de primeira rodada de Draft nele”, adianta. Ria, por favor, porque a piada é muito boa mesmo, envolvendo um de nossos favoritos desde já, Anthony “Monocelha”Davis. O Vinte Um ama o garoto. Viva com isso.

“Ele é bem mais velho do que o esperado aos 22, mas, considerando seu desenvolvimento tardio (o brasileiro começou mais tarde no jogo), ainda há esperança que ele possa adicionar alguns movimentos ofensivos ao seu repertório. Ele não é um cobrador terrível de lances livres e sua média de assistências comparada com os desperdícios de bola em Syracuse foram bem melhores que a de um monte de pivôs, então ele não é irrecuperável no ataque”, continuou.

Depois, o estatístico da ESPN questiona a capacidade de reboteiro de Fabrício, cuja média de era igual, por exemplo, ao escolta Marcus Denmon, de Missouri, que é uns 20 centímetros mais baixo que o mineiro de Juiz de Fora.  “Melo vai precisar capturar alguns rebotes a mais para ajudar uma defesa que já está entre as que mais precisam de ajuda neste departamento na liga”, afirma.

E aqui vai uma afirmação que vai diretamente contra as projeções estatísticas: as métricas de Hollinger simplesmente ignoram o fato de que Fabrício jogou o ano inteiro por Syracuse como o “1” de uma defesa “2-1-2” de Syracuse, muitas vezes distante da tabela e com menos chances de apanhar os rebotes, oras.

É o tipo de razão óbvia para sempre olhar qualquer número com alguma desconfiança. Que pelo menos se questione um dado antes de aceitá-lo como a mais pura verdade.


Tabela 2012-2013 da NBA é divulgada: veja 5 reencontros imperdíveis
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Giancarlo Giampietro

Você, assinante do NBA League Pass, caçador de links na rede, madrugador do combo ESPN/Space, prepare-se. Pegue a caneta e a genda ou abra o bloco de notas, mesmo: a temporada 2012-2013 da liga norte-americana está toda definida, com a organização e os meses de antecedência de sempre.

Confira aqui cinco reencontros imperdíveis da campanha:

Nenê, Washington Wizards

Nenê já tem data para vestir este uniforme bacana nas Montanhas Rochosas pela primeira vez

Nenê vai fazer sua primeira partida em Denver como jogador do Washington Wizards no dia 18 de janeiro. Imagino que para ouvir aplausos na cidade de onde vem sua esposa e onde ainda deve ter casa;

Jeremy Lin, agora do Houston Rockets, encara Carmelo Anthony e o Madison Square Garden no dia 17 de dezembro para testar o que ainda restará de Linsanidade em Manhattan;

– Phoenix vai receber um Steve Nash vestido de roxo, mas o do Lakers, numa cena que certamente vai lhes parecer bizarra no dia 3 de janeiro. Feliz ano novo?

Ray Allen se veste de preto ou vermelho em Boston como um atleta do Miami Heat apenas no dia 18 de março: vai ser tratado como um pula-cerca ou ovacionado pelos serviços prestados?

– O ex-aposentado Brandon Roy, agora um Timberwolf, revê os hipongas e ex-companheiros de Portland no dia 23 de novembro. Se os seus joelhos permitirem, claro.

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A temporada vai começar no dia 30 de outubro e terminará no dia 17 de abril, restabelecida com 82 partidas para cada franquia. A noite de abertura terá três jogos, com destaque apra o confronto entre Cavaliers e Wizards, em Cleveland.

Hã…

Brincadeira. As principais atrações são: Los Angeles Lakers x Dallas Mavericks, para Dirk morrer de vontade de jogar com Nash novamente, e Miami Heat x Boston Celtics, que dispensa comentários.

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Para virar clássico, eles precisam se enfrentar. O primeiro duelo de New York Knicks e Brooklyn Nets está marcado para o dia 1º de novembro, na novíssima arena do Nets, que vai estrear Joe Johnson e Mirza Teletovic. Se o blog fosse muito maldoso, também falaria da estreia de Deron Williams, que não jogou nada desde que saiu de Utah Jazz. Mas xapralá.

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A revanche entre Oklahoma City Thunder e Miami Heat é uma das atrações da tradicional rodada natalina da liga.


Doc Rivers confirma Fabrício Melo como um “projeto” do Celtics
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Giancarlo Giampietro

Ao avaliar o desempenho dos três calouros do Boston Celtics durante nas ligas de verão da NBA, o técnico Doc Rivers foi bem sucinto ao falar sobre o pivô Fabrício Melo: “Fab é apenas um projeto hoje e acho que ele será um jogador nesta liga em algum ponto. Não sei se vai ser no próximo ano. Pode ser”.

Fab Melo, projeto do CelticsVeja bem. Esse é o treinador do Celtics, procurando minimizar qualquer expectativa em torno do brasileiro para o próximo campeonato, ciente de que vai ser difícil aproveitar o jogador em seu ano de calouro. Por isso é preciso (muuuita) calma também na hora de pedir o rapaz na seleção brasileira a cada convocação. Tem hora para tudo.

Por sorte de Fabrício, seu clube foi dos poucos que colocou a equipe de verão em ação tanto na Summer League de Orlando como na de Las Vegas, podendo disputar dez partidas. Pertinho do castelo da Disney, ele teve média de 15 minutos por jogo. Na cidade da jogatina, foram 17. A média de pontos subiu de 1,8 para 4,0 de um evento para o outro, enquanto a de rebotes caiu de 4,8 para 3,2.Em tocos, foi de 1,0 para 1,2. O aproveitamento de arremessos variou de 28,6% para 53,3%.

O pivô deu mostras de seu potencial. Movimentou-se com agilidade pela quadra, deu bons passes, protegeu o aro e matou seus chutes de média distância facilidade maior do que o esperado. Mas também deixou claro que ainda falta muito o que desenvolver em seu jogo: sua defesa no mano-a-mano é deficitária – em Syracuse, Jim Boeheim sempre investiu mais em marcações por zona – e seus movimentos ofensivos ainda são bem limitados, por exemplo.

“Este é apenas o sexto ano do Fab jogando, mas ele está melhorando a cada pedido de tempo. Seu condicionamento também está melhorando”, afirmou Tyronne Lue, armador que um dia já perseguiu Allen Iverson nas finais da NBA pelo Lakers e foi o treinador principal da equipe de verão do Celtics. “Acho que em Syracuse eles jogavam com defesa por zona o tempo todo, então ele poderia apenas ficar parado no meio do garrafão. Mas aqui você tem de subir, se apresentar em cima da bola e depois tem de recuperar seu lugar na rotação defensiva. Você, então, tem de tomar uma decisão, e há diversas coisas para se fazer. Acho que seu ritmo e condicionamento é um fator, mas ele vai ficar bem.”

Quando escolheu o mineiro de Juiz de Fora, o Celtics sabia o que estava contratando. É provável até que Fabrício passe um tempo na D-League, ainda mais que, na temporada 2012-2013, o clube afiliado Maine Red Claws passa a ser exclusivo da franquia que mais títulos venceu na NBA.

Danny Ainge e Rivers vão abordar seu desenvolvimento com paciência, enquanto Jared Sullinger, o outro novato de garrafão da equipe, já está pronto para batalhar de cara. Enquanto isso, cada dia na liga vai servindo realmente como uma lição para o pivô. Com o que aconteceu na semana passada: a poucos minutos de iniciar um confronto com o Sacramento Kings em Las Vegas, o armador E’twaun Moore e o pivô Sean Williams, com quem havia dividido a quadra por quase um mês, foram puxados de canto no ginásio para serem informados de que não jogariam. Eles haviam acabado de serem trocados para o Houston Rockets.