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Arquivo : Baskonia

Equipes de Augusto e Rafael Luz lutam por últimas vagas dos playoffs na Espanha
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Giancarlo Giampietro

Rafa Luz, na briga ainda

Rafael Luz ainda tenta se meter nos playoffs da Liga ACB com o Obradoiro

O Estudiantes de Lucas Bebê está eliminado, assim como Lagun Aro de Raulzinho – este há muito tempo já e, pior, rebaixado. Mas ainda há muita ação para o restante da legião brasileira nos momentos finais da temporada regular da Liga ACB, o campeonato espanhol, com dois deles lutando pela sobrevivência.

Restam apenas uma rodada e duas vagas em aberto para os playoffs, e o Unicaja Málaga de Augusto Lima e o Obradoiro (“Blusens Monbús”) de Rafael Luz estão no páreo. Os dois clubes disputam com o Herbalife Gran Canaria as sétima e oitava colocações. No momento, o Málaga e o time das Ilhas Canárias estão em melhor situação, empatados com 18 vitórias e 15 derrotas – justamente depois de um confronto direto entre os dois na última rodada, com vitória para a equipe de Augusto por 67 a 65. Já a equipe da Galícia aparece em nono, com 17 vitórias e 16 derrotas.

Sarunas Jasikevicius x Marcus Williams

O Unicaja de Marcus Williams tem de se virar contra o Barcelona na última rodada

Neste fim de semana, para a jornada derradeira, o clube malaguenho tem uma pedreira pela frente, o Barcelona, que está todo arrebentado física e emocionalmente depois do Final Four da Euroliga, mas ainda é um gigante a ser respeitado na Espanha. O Gran Canaria pega o Valladolid, do surpreendente Nacho Martín. O Obradoiro encara o Bilbao,  o sexto colocado.

A matemática diz o seguinte: o Gran Canaria avança caso vença ou se o Unicaja perder, ou o Obradoiro não conseguir tirar uma desvantagem de 16 pontos no saldo de cestas. Para o Unicaja,  é necessário um triunfo contra o Barça ou um revés do Obradoiro, que só se classifica se bater o Bilbao e o Málaga perder, ou se conseguir tirar sua desvantagem de 16 pontos para o Gran Canaria.

Do ponto de vista individual para os brasileiros, o caçulinha da família Luz, ex-Málaga, seria aquele que tem mais a lucrar com uma sobrevida na temporada, considerando que tem um papel firme e importante para sua equipe. Já Augusto vem sendo utilizado com regularidade, mas com atribuições mínimas. Se por um lado ele ficou fora de apenas três partidas em toda a campanha, por outro lado é pouco envolvido no ataque e não tem conseguido controlar os rebotes. Talvez tenha chegado o momento de o pivô, que participa automaticamente do Draft da NBA devido ao limite de idade, procurar outro clube para jogar de verdade, para valer.

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Três brasileiros já estão garantidos nos mata-matas: Rafael Hettsheimeir com o Real Madrid, Marcelinho Huertas com o Barcelona e Vitor Faverani com o Valencia. Desses três, Hettsheimeir é o único que não tem tempo de quadra certo para os jogos decisivos. Aos poucos, o pivô acabou limado da rotação de Pablo Laso. Huertas e Faverani não têm com o que se preocupar, embora o pivô tenha lidado com muitos problemas físicos durante o ano e vem sendo menos utilizado do que o esperado. Muitos de seus minutos acabaram direcionados para o montenegrino Bojan Dubljevic, outro candidato automático ao Draft da NBA este ano e figura em ascensão na Europa, subindo com 2,05 m de altura e talento para pontuar na linha de três pontos.

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Na ponta da tabela, o Real Madrid, melhor ataque, já está garantido como o cabeça-de-chave 1, seguido por Saski Baskonia (que começou o ano como “Caja Laboral” e agora atende por “Laboral Kutxa”…), Barcelona, melhor defesa de longe, e Valencia. Zaragoza e Bilbao estão nessa também.

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Sobre Nacho Martín: com 17,7, o veterano pivô lidera o ranking de eficiência da Liga ACB, ocupando um posto que já foi de Marc Gasol, Tiago Splitter, Luis Scola, Joel Freeland e gente dessa linha. É um tanto bizarra essa constatação. O ala-pivô, que acabou de completar 30 anos em abril, tem média de 15,4 pontos e 6,9 rebotes, em 31,1 minutos, as melhores marcas de sua carreira, de longe. No ano passado, por exemplo, ele teve médias de 8,2 pontos e 5,6 rebotes, em 25 minutos. Na carreira, que começou em 2002 pelo Barcelona, são 6,9 pontos e 3,8 rebotes.

Matrín mudou por completo seu padrão de atuação, cobrando praticamente o triplo de lances livres quando comparado com a última temporada (94 x 32). Nas assistências, mais que o dobro (55 x 18). Também tem sua melhor média de aproveitamento nos tiros de dois pontos, com 59%. Sinal de que nunca é tarde para evoluir em quadra.

 


Em desfecho eletrizante, Euroliga define seus confrontos de quartas de final
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Giancarlo Giampietro

Olympiakos, de Papanikolau?

Foi suado, mas os campeões do Olympiakos seguem na briga para defender o título

Tá acabando, gente. Ou quase.

Nesta quinta-feira a Euroliga meio que concluiu sua segunda fase, o Top 16, de maneira eletrizante.

Por que “meio”?

Porque nesta sexta-feira os pangarés da Turquia, Fenerbahçe e Besiktas, ainda se enfrentam em um clássico de Istambul. Mas, como eles só apanharam durante toda essa etapa, o desfecho deste jogo não serve para nada, não exerce nenhuma influência sobre a continuação do campeonato.

Então, ok, dá para dizer que o Top 16 está encerrado, sim, e que foi uma última rodada de tirar o fôlego, e que agora temos de nos preparar para a fase de mata-matas, que tem tudo para pegar emprestada a imprevisibilidade dos Grupos E e F e apresentar confrontos para mexer com algumas das bases de torcedores mais apaixonadas da Europa.

Vamos, então, tentar contar em partes o que aconteceu no segundo maior torneio de basquete do mundo entre clubes.

A começar da notícia, em si: os duelos das quartas de final. Que são…

Barcelona x Panathinaikos
Real Madrid x Maccabi Tel Aviv
CSKA Moscou x Caja Laboral
Olympiakos x Anadolu Efes

Barça, Real, CSKA e Olympiakos têm mando de quadra num formato melhor-de-cinco (2-2-1), e a disputa começa já na próxima semana, com embates de terça a sexta-feira. Segura!

Difícil escolher um confronto mais equilibrado entre os quatro. Vamos analisá-los no decorrer dos próximos dias, a começar pelo supostamente favorito Barcelona (melhor campanha disparada da fase regular, mas com alguns desfalques importantes) contra o Panathinaikos neste sábado.

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Esquadrão Barça

Barça, a melhor campanha da fase regular: 22 vitórias e só 2 derrotas

Como chegamos até aqui?

O Grupo E classificou , pela ordem, CSKA, Real, Anadolu e Panathinaikos – pelo caminho ficou o Unicaja Málaga, de Augusto Lima, que teve alguns bons momentos, mas, em geral, foi pouco utilizado em sua temporada pré-Draft da NBA.

Na última rodada, os quatro já estavam classificados, mas o drama era a luta pela segunda posição, valiosíssima, pela vantagem de definir em casa.O Real liderou a chave por diversas rodadas, mas acabou cedendo a ponta com uma derrocada no final, sendo derrotado nas 21ª, 22ª e 23ª jornadas, se recuperando apenas na última jornada, batendo o Anadolu por 20 pontos em Madri. O time terminou com 10 vitórias e 4 derrotas, contra 9 e 5 dos gregos e turcos. Os moscovitas tiveram 11 e 3, respectivamente.

Pelo Grupo F, teve muito mais drama.O Barça, absoluto, já estava classificado, e como líder. De resto, eram cinco times batalhando por três vagas. Maccabi e Olympiakos estavam empatados com 8 vitórias e 5 derrotas. Abaixo vinham Kimkhi Moscou, Caja Laboral e Montepaschi Siena com 7 triunfos e 6 reveses. E que saber do que mais? Havia dois confrontos diretos marcados para esta semana: Caja x Siena e Kimkhi x Olympikaos. Haaaaaja coração, amigo.

Acabou que o Caja, ex-time de Tiago Splitter e Marcelinho Huertas, bateu o Siena em casa por 76 a 64 em Vitória. O polonês Maciej Lampe barbarizou, com 27 pontos e 9 rebotes, acertando 12 de seus 19 arremessos. Vale mencionar também os 13 pontos e 13 rebotes (!) de Andrés Nocioni, sempre um leão. É aquilo: se você vai para a guerra – ou um jogo decisivo, digamos, de vida ou morte –, quem não vai querer um Nocioni ao seu lado? O clube basco, cujo nome original seria Baskonia, liderou de ponta a ponta, apesar dos esforços do armador/escolta americano Bobby Brown, um dos destaques individuais da Euroliga. Seria muito surpreendente se Brown não aparecer no elenco de algum clube da NBA no ano que vem, ou até mesmo neste ano.

O outro duelo imperdível aconteceu entre Olympiakos, atual campeão, e o Kimkhi, em Atenas, com vitória dos vermelhos por 79 a 70, um jogo mais duro, com os atletas do time russo tentando uma recuperação no segundo tempo, em vão. E, não, não foi Vassilis Spanoulis a carregar o time grego desta vez. Mas, sim, o ala Kostas Papanikolau, com 21 pontos e 12 rebotes e seis disparos certeiros em seis tentativas de longa distância. Afe. Para os torcedores do Blazers, olho nele: seus direitos na NBA pertencem ao clube de Portland. Uma derrota poderia ter eliminado o Olympiakos. Com a vitória, conseguiram o segundo lugar, ultrapassando o Maccabi.


Por razões religiosas, americano rompe com Zalgiris por discordar de patrocínios e cheerleaders
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Giancarlo Giampietro

Ibrahim Jaaber, ex-Zalgiris Kaunas

Vamos com o lide clássico porque realmente não dá para ser melhor ou mais estranho que isso: “O armador americano Ibrahim Jaaber, 28, rompeu seu contrato com o Zalgiris Kaunas nesta quarta-feira por discordar da política de patrocínios promovida pelo clube lituano, participante da Euroliga, e também por considerar exagerada a apresentação de um grupo de cheerleaders em partida da liga local”.

Sim.

Por motivos religiosos, Jaaber não aceitou mais defender o tradicionalíssimo Zalgiris nesta temporada, por não aceitar jogar com uma camisa que possua marcas de uma cervejaria (Kalnapilis), de uma fabricante de espumante (Bosca) e/ou um site de apostas (Top Sport). De modo que pediu a seu agente para contatar a diretoria do clube presidido por Arvydas Sabonis para acertar sua rescisão contratual.

Além disso, o armador também levou em conta em sua decisão a performance das animadoras de torcida do Lietkabelis, que recebeu a superpotência lituana na cidade de Panevėžys – a quinta maior do país báltico, com 113.653 habitantes, sendo que uma dúzia delas é composta por  dançarinas aparentemente bastante provocadoras.

Segundo consta, o norte-americano teria ainda concordado em devolver todo o salário que recebeu na temporada.

Agora está sem clube, mas com seu passaporte búlgaro disponível para prestar serviços para outro clube. Formado na universidade de Penn, ele joga na Europa desde 2007, tendo se destacado nas últimas temporadas no basquete italiano, por times fortes como Lottomatica Roma e AJ Milano.

De todo modo, vai para o mercado com claras restrições e, possivelmente, assustando os interessados. Patrocinadores podem se diversificar. Mas show de cheerleader, goste ou não,  já é atração banal em todo lugar nas quadras europeias.

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Lembra quem já defendeu o Zalgiris?

Marcelinho Machado. Ele mesmo: na temporada 2006-2007, a última em que topou jogar fora do país, longe do conforto do Rio de Janeiro. Ele estava inserido na rotação da equipe, embora como coadjuvante. Terminou aquela Euroliga com médias de 7,67 pontos, usando a camisa 9 – sua costumeira 4 estava reservado para o xodó da casa, o ala-pivô Paulius Jankunas, que ainda joga pelo clube.

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Mais algumas notas da Euroliga antes dos jogos da sexta semana do Top 16:

– O ala-armador americano Brad Oleson trocou o Caja Laboral pelo Barcelona. A contratação de Oleson era algo que o Barça estava tentando há tempos, e o jogador serve agora como uma espécie de apólice de seguro para o caso de as lesões de Juan Carlos Navarro não cessarem nesta temporada. O time basco acabou liberando o jogador por não conseguir honrar seus compromissos – especula-se que tinha uma dívida de cerca de um milhão de euros com o atleta, um ótimo arremessador de três pontos, e daqueles que “surgiu do nada” na Europa, depois de pouca, ou nenhuma badalação em casa. Para seu lugar, foi contratado o ala-armador tcheco David Jelinek, ex-Joventut.

– O Olympiakos vai ter de tentar defender seu título sem a presença do armador Evangelos Mantzaris em seu quinteto titular. O jovem grego sofreu uma grave lesão e está fora da temporada. É uma perda considerável para o clube de Atenas. Também uma aposta da seleção grega, Mantizaris é um atleta de ótima presença defensiva, cujo basquete combinava perfeitamente com o de Vassilis Spanoulis. Cresce a responsabilidade para o americano Acie Law agora.


Barça busca 3ª vitória contra rival de NBA em mais um teste para Huertas
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Giancarlo Giampietro

Marcelinho Huertas x Deron Williams

Huertas ignorou a marcação de Deron Williams em amistoso

Lembram do zum-zum-zum que Marcelinho Huertas causou com sua atuação no amistoso da seleção brasileira contra os Estados Unidos, pouco antes das Olimpíadas?

Naquela ocasião, o armador jogou de igual para igual com Chris Paul, superou Deron Williams, um homem de mais de US$ 100 milhões de contrato, e ganhou elogios do Coach K e de um monte de jornalistas locais impressionados em Washington.

De modo que o raciocínio lógico, a seguir, era o de especular como Huertas se daria numa quadra de NBA, se teria sucesso, se poderia ser um titular etc. Nesta terça-feira, em amistoso do Barcelona contra o Dallas Mavericks, o brasileiro tem, então, mais uma chance de mostrar suas habilidades para a audiência norte-americana.

Não custa, né?

“Este é um jogo que não tem muita valia, já que se trata de um amistoso, mas ter vitória contra um time da NBA é muito bom. O Barcelona tentará seu quarto resultado positivo contra os profissionais e eu vou atrás da primeira vitória”, afirmou. Verdade: o Barça já teve dois triunfos sobre clubes dos EUA (Sixers e Lakers, o último deles em 2010).

O duelo será na cidade catalã, no Palau Sant Jordi, e opõe o campeão da NBA e o da Liga ACB, o segundo campeonato nacional de clubes mais forte do mundo. Será o segundo embate do Mavs na Europa, depois de vitória apertada sobre o frágil Alba Berlin, no sábado, na capital alemã.

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Não será a primeira vez que o armador enfrentará concorrência de NBA entre clubes. Em 2010, pelo Baskonia, ele encarou o San Antonio Spurs e o Memphis Grizzlies.

Contra o Spurs, vendo seu ex-parceiro de pick-and-roll Tiago Splitter no banco, lesionado, ele somou seis pontos, nove assistências e seis rebotes em 33 minutos. Detalhe: enquanto esteve em quadra, seu time venceu por um ponto. Com seu reserva, Pau Ribas, um desastre: desvantagem de 17 pontos num revés por 108 a 85. Pelos texanos, Tony Parker marcou 22 pontos em 24 minutos, matando 9 bolas em 17.

Contra o Grizzlies, derrota por 110 a 105, com sete pontos, 11 assistências e cinco rebotes em 33 minutos do brasileiro. Do outro lado, Mike Conley Jr. arrasou, com 27 pontos em 29 minutos e 11 arremessos convertidos em 17 tentativas.

Na ocasião, lembrando, o Caja Laboral estava em queda, aprendendo a funcionar sem Splitter. Veja o resumo de ambos os jogos (e reparem na dificuldade do locutor da NBA TV em pronunciar os nomes, hehe):

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Veja o retrospecto de duelos do Barça com clubes da NBA:

– Barcelona 103 x 137 Denver Nuggets, em Roma, 27/10/1989

– Barcelona 80 x 91 Memphis Grizzlies, em Barcelona, 10/10/2002

Barcelona 104 x 99 Philadelphia 76ers, em Barcelona, 05/10/2006

Los Angeles Lakers 108 x 104 Barcelona, em Los Angeles, 18/10/202008

Los Angeles Clippers 114 x 109 Barcelona, em Los Angeles, 19/10/202008

Barcelona 92 x 88 Los Angeles Lakers, em Barcelona – 07/10/2010

Veja alguns lances deste último confronto, quando Ron Artest ainda era Ron Artest:


Mirza Teletovic, e a conexão Brooklyn-Mostar
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Giancarlo Giampietro

“Mostar é uma cidade, município da Bósnia-Herzegovina, a maior e uma das maiores da região da Herzegovina e o centro do cantão Herzegovina-Neretva da federação. Está situada na costa do rio Neretva e é a quinta maior do país. Foi noemada em referência aos guardiões da ponte (na língua nativa: mostari), que em tempos medievais protegiam a Stari Most (Ponte Velha) sobre o rio. A Ponte Velha, construída pelos otomanos no século 16, é um dos marcos da cidade mais reconhecidos.”

Está na Wikipedia, ok? Sobre a cidade de pouco mais de 130 mil habitantes, que sofreu durante os anos de guerra nos anos 90 e que, de uma forma inesperada, ganha importância para o desenvolvimento da segunda franquia nova-iorquina da NBA, o Brooklyn Nets, que recomeça sua história a partir da próxima temporada.

Mirza Teletovic

Mirza Teletovic leva seu tiro de três da Liga ACB para o Nets

É de Mostar que vem o bósnio Mirza Teletovic, ala-pivô que acertou verbalmente nesta terça-feira sua transferência do Baskonia, da Liga ACB (cuja equipe ideal ele compôs na temporada passada), para o clube do Mark Cuban Mutante Russo.

Aos 26 anos, Teletovic deve assinar por três temporadas e US$ 15,6 milhões, cobrindo toda a “mi-dlevel exception”  do Nets – um valor surpreendente, considerando que é cerca de US$ 3 milhões a mais do que Tiago Splitter ganhou do Spurs, sendo que o brasileiro tinha um cartaz muito maior na Europa.

A negociação, por esse valor, também atrapalha os planos do clube de ir atrás de Dwight Howard. Então é bom que o bósnio produza.

Por coincidência, é de Mostar que pode vir outro reforço europeu para a equipe do Brooklyn: o ala Bojan Bogdanovic, que joga pela Croácia, diga-se, e foi escolhido no draft de 2011. O ala é um promissor jogador, está sob contrato na Turquia, mas poderia conseguir sua liberação.

Para um clube que já está pagando horrores por Joe Johnson e Gerald Wallace, e ainda espera torrar uma grana daquelas em Deron Williams, não há muita margem de erro na hora de escolher suas peças periféricas ­– vide o Miami Heat, que sofreu um bocado para chegar ao seu primeiro título enquanto Shane Battier, Mike Miller e Mario Chalmers não se encontravam.

Em suma: Teletovic e Bogdanovic precisam produzir mais do que o armador Zoran Planinic , outro produto de Mostar, creiam! passada. Talentosíssimo, alto, de muita visão de jogo, ele se perdeu na vida noturna em New Jersey, pouco rendeu pelo Nets na década passada e foi devolvido ao basquete europeu rapidamente.

PS: outra coincidência (muito mais óbvia e, digamos, proposital) envolvendo Teletovic e Bogdanovic? Os dois têm o mesmo agente Deron Williams e Jason Kidd: Jeff Schwartz. Ele também agencia os dois atletas selecionados pelo clube no segundo round do draft deste ano. Aaaaaah, tá.

PS2: veja o que o blogueiro já publicou sobre o Nets em sua encaranação passada