Vinte Um

Arquivo : Amar’e Stoudemire

Fazendo aula de geometria com o New York Knicks
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Giancarlo Giampietro

30 times, 30 notas sobre a NBA 2014-2015

Phil Jackson leva o triângulo a NYC

Phil Jackson leva o triângulo a NYC

“Assisti ao Knicks ontem de noite. Claramente eles ainda estão aprendendo o triângulo. Eu ainda não o entendo.”

A frase poderia ser de qualquer torcedor. Mas saiu da boca do comissário da NBA, Adam Silver, um advogado nova-iorquino fanático por basquete que certamente viu o Chicago Bulls e o Los Angeles Lakers de Phil Jackson jogarem e acumularem títulos. Ainda assim, a aura em torno do sistema ofensivo desenvolvido por Sam Barry, na Universidade Southern California nos anos 40, desenvolvido por Tex Winter nas décadas seguintes e adotado por Jackson com fervor.

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Com seu ex-técnico fazendo o papel de mentor, fora da quadra, agora é o estreante Derek Fischer que tenta empregá-lo em Manhattan, na esperança de reconduzir o New York Knicks ao patamar de potência na Conferência Leste. Do ponto de vista tático, esta é certamente a principal história desta temporada. amuita ênfase de modo geral.

sistema dos triângulos, basqueteA abordagem dos triângulos basicamente contraria tudo isso – a única semelhança seria a aversão a jogadas desenhadas, ensaiadas e previsíveis –, com sua dança de jogadores em situação de meia quadra e a bola passando de um lado para o outro, mas sempre usando o poste baixo ou alto como ponto de convergência. Há muitos mais detalhes, que não caberiam aqui e já foram explicados por gente que realmente entende do ramo. Então, se alguém tiver o interesse de ler a respeito desse conceito, recomendo os comentários do grande Marcel de Souza no DataBasket em sua sequência detalhada de editoriais sobre o sistema. Leva tempo para aprendê-lo e aplicá-lo com sucesso.

O ídolo da seleção brasileira e atual treinador do Pinheiros lista alguns tópicos importantes, de todo modo: a) evitar o drible; b) ao passar a bola, procurar sempre o jogador mais livre; c) ao receber a bola, olhar sempre para a cesta; d) usar a criatividade e a intuição; e) jogar sem a bola; f) ler a defesa. Lidos assim, isolados, parece algo muito básico. E é, mesmo – o sistema espera que seus atletas sejam bem fundamentados e conscientes em quadra. Só não dá para confundir “básico” e “fácil”. Vá perguntar para o JR Smith.

“Você tem de pensar mais sobre o jogo. É mais complexo o modo como jogamos, mais do que estamos acostumados a fazer. Estamos acostumados a receber a bola e partir com ela, coisas do tipo. Agora, tem de saber o momento de cortar para a cesta, assegurar que estamos indo para os lugares certos na quadra. É um esforço de consciência, acho”, afirmou o ala, provavelmente com a cuca fritando.

Fisher tenta explicar para JR

Fisher tenta explicar para JR

Existe essa aura, mesmo, de sofisticação e complicações em torno do sistema. Por um lado, a tática foi vencedora na grande liga, ganhando o respaldo de uma lenda viva como Jackson, que já disse para os atletas e técnicos do Knicks que eles ainda vão passar por períodos de dureza durante a temporada. Por outro, seus detratores vão dizer que Jackson tinha Jordan, Pippen, Shaq, Kobe e Gasol ao seu lado. Que, dessa forma, qualquer um se consagraria, independentemente do sistema. O que os críticos dizem, porém, a respeito do fato de nenhum desses astros ter vencido antes de seus caminhos cruzarem com o do Mestre Zen? Mistério.

O que eles vão apontar é que aqueles que tentaram empregá-lo acabaram fracassando de modo retumbante, como Jim Cleamons em Dallas e Kurt Rambis em Minnesota. Nenhum dos dois venceu mais que 30% de suas partidas. Por outro lado, se não tinham supercraques em mãos, também não precisava exagerar na ruindade. É só dar uma espiada nos elencos que dirigiam. Além do mais, existe a possibilidade de que eles simplesmente não estavam preparados para serem treinadores principais. De todo modo, ambos foram contratados por Jackson para serem hoje assistentes de Fisher em Nova York.

Mesmo que não tenha topado assumir o Knicks como técnico, Jackson sempre considerou os triângulos como um quesito obrigatório para a reformulação da equipe. Por isso, limitou sua busca por treinadores que já tivessem familiaridade com o sistema. Steve Kerr era a prioridade, fato, mas escapou para o Warriors. Fisher foi, então, o segundo alvo natural. Pentacampeão pelo Lakers, ex-presidente do sindicato dos jogadores, um veterano respeitadíssimo nos vestiários, tem o tipo de aura que pede o respeito de jogadores, jornalistas e torcedores.

O novato Shane Larkin vai jogando enquanto Calderón não volta

O novato Shane Larkin vai jogando enquanto Calderón não volta

Para ambos, a coisa é séria. “Não achei muita graça ao ver o comissário tripudiando em cima disso também. Ele não precisa se envolver nisso. Já há foco o suficiente no triângulo, e não é nada demais. É um sistema. É o basquete simples. Apenas joguem. Já chega de falar do triângulo: agora é a hora dos negócios e de jogar da forma certa”, rebateu Jackson.

O time: não tem Jordan, não tem Kobe, mas tem Melo. Carmelo Anthony ganha o foco ofensivo do Knicks, independentemente do sistema utilizado. O ala agora vai ser testado de uma forma diferente, como o próprio presidente do clube adiantou em conversa com o seu chapa Charley Rosen, publicada no ESPN.com: “Passar nunca foi uma grande força de seu jogo, mas no triângulo ele vai poder ter leituras rápidas como um quarterback procurando por seu primeiro recebedor, e depois o segundo e o terceiro. Vai haver muitas oportunidades de isolamento para Melo, e no triângulo vai ficar muito difícil de as defesas fazerem dobras para cima dele. Não vai ser que nem na temporada passada, em que ele teve de partir para o arremesso decisivo com uma gangue de marcadores ao seu redor. Também vamos ter Melo receber diversas oportunidades no post-up”.

Sem explosão, Amar'e vai jogando bem no ataque. Difícil é ser relevante na defesa

Sem explosão, Amar’e vai jogando bem no ataque. Difícil é ser relevante na defesa

Nesse tipo de situação, é especialmente de frente para a cesta que Carmelo produz como uma verdadeira estrela, usando seu primeiro passo explosivo e excelente arremesso. Se confiar no sistema e nos companheiros, o jogo tende a ficar mais fácil para ele. “Quero que Phil e Derek saibam que estou dentro. Estou abraçando este desafio”, diz o ala, que precisa avisar estar totalmente comprometido com o projeto do clube que vai lhe pagar mais de US$ 124 milhões pelos próximos cinco anos. Que bom.

Aliás, para os que encaram o inglês basqueteiro, vale a pena acessar este link de Rosen para ver os comentários de Jackson sobre cada atleta de seu elenco. Ele não se mostra o mais entusiasmado possível, mas, no geral, no contato com a mídia americana, vem mantendo um tom positivo, bem distante do sarcasmo que dominava seus últimos meses em Los Angeles. “Vejo crescimento neste time, e estou otimista. Nem sempre o que importa é o placar final, mas, sim, como você joga por vezes. Acho que estamos jogando muito melhor, com o nível de dedicação que gostamos de ver.”

Quando José Calderón voltar, o ataque vai ganhar um arremessador e um passador dos mais brilhantes da liga, evoluindo naturalmente. O problema sério que Fisher tem para resolver está do outro lado, na defesa. Trocar Tyson Chandler por Samuel Dalembert tem suas consequências, Amar’e Stoudemire não conseguia segurar a onda nem mesmo quando era um dos atletas mais temidos da liga, Bargnani faz Stoudemire parecer Tim Duncan, Calderón é muito mais lento que 95% dos atletas de sua posição, Carmelo gosta de dar uma viajada – ou espreguiçada… Enfim, a coisa é feia. Fisher vai ter muito trabalho para bolar um esquema que cubra por tantas deficiências individuais.

A pedida: aprender o sistema, conferir aqueles que realmente valem algo ao time e dar um passo decisivo apenas na temporada que vem. No Leste, tudo é possível, mas ir aos playoffs neste ano ainda vai ser bem difícil.

Ninguém ligou para o Shump nas férias

Ninguém ligou para o Shump nas férias

Olho nele: Iman Shumpert. No início de temporada, o ala-armador de 24 anos é aquele que vem mais produzindo com o novo sistema, elevando bastante suas médias tanto em quantidade como qualidade. Destaque para o elevado aproveitamento nos arremessos de três pontos, que não deve ser sustentável, por mais que Carmelo pense o contrário: “Ele está jogando de acordo com o esquema, aproveitando aquilo que lhe é oferecido”. De qualquer forma, com explosão física e agilidade, é também o melhor defensor da equipe. A subida de produção pode ser um problema. Ao final da temporada, Shumpert vai virar agente livre, depois de seus agentes e os dirigentes mal terem conversado neste ano.

Abre o jogo: “Não havia reconhecido o número que me ligou. Então telefonei de volta, e era o Phil. Daí minha bateria acabou e eu tive de correr para recarregá-la. Ele só queria dizer que acreditavam em mim e que uma coisa que eu precisava fazer era também ter essa fé em mim mesmo”, de Thanais Antetokounmpo, ala-pivô grego selecionado pelo Knicks no último Draft, mas que vai defender sua filial da D-League nesta temporada. O episódio serve para ilustrar o tipo de impacto que Jackson já causa pelo Knicks. Não é todo dia que você tem a chance de trocar mensagens com o técnico mais vitorioso da história da NBA, uma personalidade deste tamanho. Um cara que fortalece a marca do clube e vai colocá-lo em toda conversa por um agente livre.

Você não perguntou, mas… Spike Lee, torcedor mais ilustre do Knicks e excepcional cineasta, produziu um filme de cerca de uma hora para tentar ajudar o torcedor da franquia a entender o sistema de triângulos. Foi ao ar no dia 24 de outubro, no canal MSG, da mesma rede que controla a franquia e o próprio (veja um trecho). “Nunca fiz nada parecido com isso antes. A ideia era explicar para o torcedor comum o sistema e a misteriosa mitologia e o aspecto zen que o Phil Jackson usou para vencer seis títulos em Chicago e mais cinco em LA”, disse Lee. O diretor assistiu a alguns jogos dessas equipes, filmou um breve ensaio com os atletas do Knicks e acredita que (talvez) tenha passado a sacar um pouco do que acontece. “Todo mundo diz que moleque do colegial pode guiá-la. Os proponentes do ataque por triângulos dizem que é simples. Mas, se você não for um proponente, não vai saber o que está acontecendo.”

Tim Hardaway Jr. treina, Spike Lee observa e registra

Tim Hardaway Jr. treina, Spike Lee observa e registra

Patrick Ewing, Knicks, center, BullsUm card do passado: Patrick Ewing. Um cara que sofreu na mão de Jackson e seu Bulls nos anos 90 e que, por isso, provavelmente poderia advogar a favor do novo sistema empregado pelo clube, não fosse por seu rancor cada vez maior por não receber uma chance de virar um técnico principal da equipe – ou de qualquer equipe. Ewing vem sendo assistente há um bom tempo já e sempre falou em público sobre o desejo de promoção. Seus clamores, contudo, não despertaram muito interesse ou entrevistas, nem mesmo da franquia na qual se consagrou e que não se cansa de trocar de treinadores. Hoje, o ex-superpivô trabalha no Hornets. Para constar: há quem duvide seriamente de sua capacidade como treinador. Por outro lado, o clã Van Gundy e Steve Clifford o defendem  como um candidato.


Blake Griffin é a última adição a uma vasta lista de enfermos nos playoffs da NBA
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Giancarlo Giampietro

Marc Gasol x Blake Griffin, Memphis Grizzlies x Los Angeles Clippers

Blake Griffin é a última adição a uma tortuosa lista de enfermos da NBA

Blake Griffin entrou em quadra um pouco mais tarde que os companheiros de Clippers, sem nenhuma explicação. Bateu bola normalmente, procurou agrediu também como o de costume no primeiro quarto, mas ele simplesmente não conseguiu ser o mesmo durante a quinta partida da série contra o Memphis Grizzlies, que conseguiu a virada, fazendo 3 a 2 com uma grande vitória em Los Angeles.

Acontece que o (outro) clube de Los Angeles havia conseguido um milagre até esta terça-feira: na era de fontes anônimas amplificadas por Twitter e comunicação instantânea,  esconderam por mais de 24 horas o fato de que o ala-pivô era dúvida para a partida e que, se fosse para jogar, seria no sacrifício, devido a uma grave torção de tornozelo que sofrera na véspera. O jogador pisou no pé de Lamar Odom durante um exercício de garrafão e teve de se submeter a tratamento até minutos antes do confronto. Daí o atraso. Pois esse milagre, o da recuperação em tempo recorde, o clube não pôde fazer.

Uniformizado, mas nada pronto, foi limitado a apenas 20 minutos no total, seis no segundo tempo, e ainda encontrou um jeito de contribuir pelo menos com quatro pontos, cinco rebotes e cinco assistências, mostrando que sua mínima presença já atraía a defesa do Grizzlies, podendo, então, servir aos seus companheiros com sua habilidade mais subestimada: a visão de jogo/passe. Mas simplesmente não era o mesmo Blake Griffin: ele não bateu um lance livre enquanto esteve em quadra e penava com o jogo físico de Zach Randolph.

O astro do Clippers é apenas o caso mais recente – porque, pelo jeito, não dá pra falar em “último caso” – de lesões que vão interferindo de maneira direta e assustadora nos playoffs da NBA.

Se formos vasculhar o elenco dos 16 times que chegaram ao mata-mata, difícil encontrar alguém que esteja realmente 100%.

Vamos lá:

OESTE

– O Oklahoma City Thunder perdeu Russell Westbrook possivelmente para o resto dos playoffs devido a uma ruptura de menisco, tendo passado por uma cirurgia no sábado. Detalhe: a aberração atlética do Thunder nunca havia perdido um jogo sequer em toda a sua carreira, incluindo colegial e universidade, devido a qualquer tipo de problema físico.

Spliter is down

Splitter: tornozelo e desfalque

– O San Antonio Spurs precisou juntar os cacos ao final da temporada, com Tony Parker e Manu Ginóbili baleados. Eles parecem bem agora, mas o clube texano tem sorte de ter varrido o Lakers rapidamente para poder ficar um tempo a mais descansando e reabilitando Tiago Splitter, que sofreu uma torção de tornozelo esquerdo e perdeu o fim da primeira série. O clube espera que ele possa voltar para a segunda rodada.

– O Denver Nuggets já não conta mais com os serviços de Danilo Gallinari, cuja campanha foi encerrada ainda na temporada regular também por conta de danos em seu menisco. Além disso Kenneth Faried sofreu a sua própria torção de tornozelo, perdeu o primeiro jogo contra o Warriors e só foi lembrar nesta terça-feira o maníaco que é, subindo para cravadas e rebotes de tirar o fôlego.

– No Memphis Grizzlies, Marc Gasol tem de medir esforços para não agravar um estiramento muscular no abdome.

– O Golden State Warriors perdeu o ala-pivô David Lee por todo resto de campanha, devido a uma lesão muscular no quadril. Além disso, não pôde escalar o ala Brandon Rush durante todo o campeonato por conta de um joelho arrebentado.

– Se você for falar de lesões com Mike D’Antoni, o técnico do Los Angeles Lakers, é melhor tirar o lenço do bolso e se preparar para um dilúvio. Kobe Bryant estava fora de ação por conta de uma ruptura no tendão de Aquiles. Steve Nash precisou tomar injeções peridurais para enfrentar o Spurs, com lesões musculares e dores nas costas. Seu substituto, Steve Blake, também ficou no banco por conta de uma lesão na coxa. Pau Gasol teve de se virar com uma fascite plantar e tendinite nos joelhos. Ron Artest voltou para quadra sem nenhuma força na perna devido a uma cirurgia de reparo no menisco.

– Jeremy Lin desfalcou o Houston Rockets no último duelo com o Thunder e é dúvida para o quinto jogo por conta de um músculo do peito.

Acha que é pouco? Vamos, então, ao…

LESTE

Dwyane Wade está com problemas no joelho, e o Miami Heat ao menos teve o luxo de poupá-lo do quarto confronto com o fraquíssimo Milwaukee Bucks, conseguindo assim a quarta vitória e a varrida.

– O New York Knicks enfrenta o Boston Celtics sem poder contar com Amar’e Stoudemire – embora ainda haja a esperança de que ele volte para uma eventual e bem provável semifinal de conferência. Pablo Prigiini perdeu um jogo da série com o tornozelo torcido. Tyson Chandler está com dores no pescoço e nas costas, com sua mobilidade claramente avariada.

Rose, de terno o ano todo

O mistério de Derrick Rose: irmão mais velho diz que armador está a “90%”

– O Indiana Pacers precisou apagar de seus planos qualquer contribuição que esperava de Danny Granger neste ano. Com tendinite no joelho, ficou em tratamento por mais de quatro meses, tentou voltar a jogar em cinco partidas em fevereiro, mas não tinha jeito mesmo. Mais um que foi para a faca. George Hill tem de maneirar em seus movimentos por conta de uma contusão no quadril que causa dores na virilha.

– O Chicago Bulls é como se fosse o Lakers desta conferência. Minha nossa. Derrick Rose ainda não passou um minutinho em quadra em uma longa, longa, loooooonga recuperação de uma cirurgia no joelho (ligamento cruzado). Joakim Noah vai mancando com sua fascite plantar. Kirk Hinrich estourou a panturrilha. Taj Gibson voltou contra o Brooklyn Nets de uma torção no joelho, mas sem danos mais sérios.

– No Atlanta Hawks, Josh Smith tem problemas no joelho e no tornozelo, Al Horford, na coxa, Devin Harris, no pé, e Zaza Pachulia fora do campeonato depois de passar por uma cirurgia no tendão de Aquiles.

– Por fim, o Boston Celtics não conta com Rajon Rondo (ligamento cruzado do joelho) e Jared Sullinger (cirurgia nas costas). Entre as diversas contusões de Kevin Garnett, a última a incomodar está no quadril.

Chega de tortura?

Tenho quase toda a certeza do mundo de que deixei escapar alguma lesão ou contusão neste balanço. E outra: essas são as questões físicas declaradas pelos times e jogadores. Vai saber o que cada um está escondendo no momento.

É realmente necessária uma reflexão por parte da liga a respeito. Sua temporada de 82 jogos chega a ser desumana, considerando o nível de esforço físico exigido no esporte hoje em dia.

Como seriam os playoffs da NBA se todos os times estivessem 100%? O Miami Heat provavelmente ainda seria o grande favorito ao título, tá certo. Mas a gente nunca vai poder realmente saber.

 


Scout conta a importância de Jason Kidd para o Knicks em sutis detalhes
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Giancarlo Giampietro

Jason Kiddi em ação

Havíamos escrito aqui sobre a influência positiva que o veterano Jason Kidd já exercia sobre seus novos companheiros Knickerbockers, como um dos componentes por trás forte início do New York Knicks. Para deixar bem claro que influência é essa, nada melhor do que acionar quem entende. Veja o que disse ao jornalista Ric Bucher, ex-ESPN, um scout da liga norte-americana (eles viajam para avaliar os adversários também, e não só atrás de calouros):

“Dê um baita crédito a Jason Kidd por fazer aquelas jogadas sutis, espertas e em prol do time que criam oportunidades e não aparecem no resumo estatístico: correr rapidamente para preencher um espaço no contra-ataque e então se deslocar para o outro lado da quadra para abrir espaço para alguém que venha de trás, por exemplo. Isso força seus companheiros que se importam mais com as estatísticas a serem menos egoístas. Nunca vi um atleta cujas habilidades tenham diminuído tanto, pensando fisicamente, e que ainda peça tanto respeito assim. Ao escalar Kidd com Chandler, o Knicks também ganha a combinação de liderança que esteve por trás do título do Mavs em 2011.”

(A entrevista desse olheiro foi feita bem antes da vitória impressionante do Knicks sobre o Heat nesta quinta-feira.)

Precisa dizer mais?

Não precisaria, mas o scout ainda tem outro comentário a fazer, exclusivamente do ponto de vista tático:

“Além disso, o Knicks tirou uma página do caderninho dos técnicos do Dallas ao colocar Kidd ao lado de outro armador que possa atacar via infiltrações com dribles que ele não consegue fazer mais. Note-se que, do outro lado, o Dallas sente muito sua falta. Eles não têm mais ninguém para organizá-los nos minutos finais. Ele teria se encaixado muito bem com Darren Collison e OJ Mayo.”

É isso: se você consultar os números de Kidd, vai pensar em um jogador decadente – o que de certa forma é verdade, se comparado com aquele dínamo do início da década passada, sempre beirando um triple-double de média. Poucos pontos, poucas aassistências, menos rebotes. Mas ainda um senhor ladrão de bolas e cada vez melhor no tiro de três pontos. De todo modo, numa olhadela rápida, não pareceria para muitos um grande jogador (ignorando o nome).

Que nada. Kidd ainda faz a diferença. Fica o convite para, nos tantos jogos do Knicks transmitidos por aqui, que observem o velhinho fora da bola para se captar esses detalhes sutis de que fala o scout, detalhes que fazem do basquete um jogo maior.

*  *  *

Outros motivos:

– Carmelo Anthony nunca esteve tão engajado assim em quadra. Para não dizer nunca, dá para resgatar seu empenho nos playoffs de 2009, quando, em parceria com Chauncey Billups (outro da estirpe dos “vencedores”), carregou a equipe até as finais da Conferência Oeste, no melhor resultado da franquia desde 1985. O melhor basquete de Carmelo – combativo na defesa, atacando o garrafão com ferocidade, sem se contentar com os chutes de média e longa distância muito mais cômodos –, o melhor resultado do Nuggets em 24 anos. Coincidência?

– É meio bizarro escrever isso, para ver a que ponto chegamos, mas a lesão de Amar’e Stoudemire foi, como eles dizem lá, a benção na desgraça. O ala-pivô tem mais de US$ 60 milhões para ganhar até 2015, mas, devido ao acúmulo de lesões, já não lembra em nada mais aquele furacão ofensivo dos tempos de Suns, perdendo impulsão e explosão. Justiça seja feita, por outro lado: ciente da redução de suas capacidades físicas, para compensar, Stoudemire refinou seu arremesso a um ponto em que não pode ficar livre em nenhum ponto da quadra. O problema: ele parou nessa. Para o jogador, o que vale é bola na cesta e pouco mais. Para alguém que ficou tanto tempo com a bola em mãos durante a carreira, sua média de 1,5 assistência por jogo é patética e se sustenta até mesmo numa projeção por 36 minutos de ação – já que ele nunca foi muito de descansar quando estava apto para atuar. E mais: apenas 7,3% das posses de bola em que foi acionado terminaram em um passe decisivo para um parceiro.

E o que acontece? Quando você coloca lado a lado um fominha destes com um fominha como Carmelo, um competindo com o outro para ver quem é o xerife de Manhattan, não dá muito certo. São dois cestinhas excepcionais, mas que não sabem dividir a bola. Com a chegada de Kidd e uma aparente auto-reflexão de Anthony, as coisas mudaram um tanto. Quando retornar, o astro vai se enquadrar nesta nova realidade da equipe? Vai deixar o ego e o ciúme para lá? Toparia sair do banco de reservas? Em breve os tablóides e torcedores, técnicos e jogadores do Knicks vão saber a resposta.

– Além de Kidd, outros veteranos ajudam, imagino, a manter o restante concentrado em objetivos maiores. Kurt Thomas, Rasheed Wallace e Marcus Camby já aprontaram das suas, e muitas vezes, durante carreiras longínquas, mas hoje devem servir até como assistentes dos treinadores em quadra. Recomendável, de qualquer forma, monitorar o comportamento de Camby, que assinou com a equipe com a perspectiva de ser o terceiro pivô da rotação com Chandler e Stoudemire e hoje mal consegue entrar em quadra devido a atuações surpreendentes de Sheed.

PS: Durante dezembro, por motivos de ordem profissional (embora a gente goste mesmo é de férias, o Vinte Um vai ser atualizado num ritmo um pouco mais devagar. Voltamos no final do mês com tudo.


Nowitzki, Love, Stoudemire… As lesões já abalam a NBA antes de seu início
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Giancarlo Giampietro

Estamos ainda a uma semana do início da temporada 2012-2013 da NBA, e já tem um monte gente fora do páreo: as lesões se acumulam e algumas equipes já sofrem um grande impacto em seus planos, com rotações e jogadas combinadas avariadas, sem contar o dano contra a confiança.

O impacto maior vem na Conferência Oeste:

– Dirk Nowitzki está fora por seis semanas no Dallas Mavericks.
E os campeões de 2011 ficam ainda mais distantes do título… Mas o Mark Cuban certamente vai dizer que não tem nada disso. Aliás, aagora já torcem para que o jogador se recupere em três semanas. Tem de apelar para a boa fé, mesmo. Depois do fracasso nas negociações por Deron Williams, que apontou sua ausência nas negociações como algo decisivo em sua opção para ficar com o Nets, o ricaço ficou ainda mais pê da vida e saiu falando aos montes. Sem o alemão ao seu lado, as bravatas perdem muita força. Quando contratou OJ Mayo, Darren Collison e Chris Kaman, Cuban os imaginava como peças complementares a Dirk. Agora os três vão precisar se desdobrar para suprir os 20 e poucos pontos fáceis que o craque proporcionava. O velhaco Elton Brand ganha mais minutos ao lado de Kaman, naquele que pode ser o par de pivôs mais lentos da liga.  Shawn Marion e o novato Jae Crowder – olho neste sujeito aqui, viu? – também devem quebrar um galho por lá. A cuca de Rick Carlisle não poderia ser mais exigida que isso: o técnico vai ter de mostrar toda sua inventividade se quiser manter o Mavs bem posicionado para chegar aos playoffs. Se conseguirem, de alguma forma, flertar com a mediocridade, será um lucro canado.

Kevin Love está fora por seis ou oito semanas no Minnesota Timberwolves.
E a comunidade toda de Mineápolis já achando que o longo afastamento de Ricky Rubio já era problema o bastante… Pumba. Love quebra a mão fazendo musculação em hora extra porque achava que precisava se dedicar mais na pré-temporada. Que fase a dos técnicos chamados Rick, hein? Assim como seu xará no Texas, o mais experiente Adelman precisa sambar um bocado agora. Em primeiro momento, era de se pensar que o ala Derrick Williams fosse herdar os minutos do astro campeão olímpico, mas o treinador já se apressou em dizer que não é bem assim, não, e cogitou que até mesmo Dante Cunningham poderia ser o titular. O que nos leva a deduzir que o calouro número dois do Draft de 2011 não tem tanto prestígio assim como chefe. Atacar com Williams e Kirilenko ao mesmo tempo, com os dois alas amparando Nikola Pekovic, seria uma opção interessante. As esperanças de fazer barulho nesta temporada ficam reduzidas. A não ser, claro, que Brandon Roy tenha voltado no tempo.

Amar’e Stoudemire está fora por duas ou três semanas no New York Knicks.
Sinceramente? Considerando tudo o que vimos nas temporadas passadas, essa aqui nem assusta mais, né. Dessa vez os médicos dos Bockers encontraram um cisto no joelho do ala-pivô – para um ignorante como este blogueiro, essa é uma novidade. Mas enfim. Justo agora que Mike Woodson estava bem animado com o preparo físico do cestinha, aparece um probleminha desses. Intimamente, ou inconscientemente, o ego de Carmelo Anthony deve ter se inflamado: “Abrir mão de 40 pontos por jogo? Passar a bola? Tá maluco?!”… E no fim é como ala-pivô que Melo pode render mais, mesmo. O palpite é que não fará tanta falta assim para o Knicks. O impacto, porém, pode ser sentido mais adiante: Stoudemire vai voltar sem ritmo e precisará ser integrado ao sistema, correndo o risco de que as polêmicas todas da última campanha retornem. O New York Post já tá de olho, fato.


Em seu décimo ano na NBA, Carmelo diz entender que precisa passar a bola
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Giancarlo Giampietro

Melo x LeBron

Carmelo poderia, sim, passar mais como LeBron faz

Tem sempre aquele papo de que, num belo dia, o sujeito acorda e dá de cara com sua epifania. Aconteceria num estalo, e que a partir daí as coisas – todas elas – ao seu redor passariam a fazer sentido. O sujeito teria encontrado seu propósito no mundo.

Para constar: ainda estou aguardando a minha. 🙂

Mas essa bobagem toda é só para dizer que Carmelo Anthony, aos 28 anos, parece enfim ter encontrado o seu caminho na NBA. Pelo menos é o que ele afirma neste início de pré-temporada, claro.

O ala do Knicks chegou ao training camp decidido: ele agora  sabe que não precisa mais fazer uma enorme quantidade de pontos numa partida para que sua equipe tenha sucesso. E, na sua décima temporada na liga, fez-se a luz.

Carmelo Anthony, Team USA

Carmelo saía do banco para pontuar na seleção, mas afirma que mudou seus conceitos as apresentações da equipe

“Estou no meu décimo ano. Todo mundo sabe muito bem que eu posso colocar a bola na cesta. Mas, para me desafiar e para instaurar a confiança nos meus companheiros, para que eles se se sintam confiantes na hora de arremessar e de que também podem fazer cestas, não vou mais tentar marcar 35 ou 40 pontos para vencer um jogo de basquete”, afirmou Melo.

“Não quero mais esse papel. Sei que posso fazer. É o que faço. Mas, para essa equipe ter sucesso, pelos caras que temos agora, precisamos de um time mais entrosado, envolvido. Se tenho que sacrificar no ataque, estou disposto a isso. É fácil para mim sentar aqui e dizer isso. Mas neste ano estarei focado como o líder desta equipe”, continuou.

Muito bonito, né?

Obviamente o discurso de Carmelo faz todo o sentido do mundo. Mas a ironia aqui fica por conta da demora: você precisa de nove temporadas completas para se dar conta de que talvez seja uma boa ideia passar a bola e envolver o resto?

Antes que tenha qualquer mal-entendido, o ala completa: “Não estou dizendo que não vou fazer cestas. Não tire isso do contexto”.

Tuuuudo bem. Mensagem assimilada.

*  *  *

Segundo Carmelo, sua experiência pela seleção norte-americana nas Olimpíadas o ajudou a colocar as coisas sob perspectiva. Interessante, não tivesse o ala já participado dos Jogos de Pequim-2008, dividindo a bola com LeBron, Kobe, Wade, Deron, Chris Paul, Howard e toda a cavalaria. A equipe do Coach K já funcionava sem egoísmo quatro anos atrás. Demorou para cair a ficha.

*  *  *

O sucesso do Knicks nesta temporada depende do entrosamento entre Anthony e o ala-pivô Amar’e Stoudemire. Os dois cestinhas, que realmente nunca foram muito de passar a bola, ainda não se entenderam em quadra. Na temporada passada, muitas vezes a alta produção de um significava um jogo fraco do outro. Pois a dupla se habituou a decidir partidas apenas com a bola em mãos, partindo para a cesta. Mas basquete é muito mais que isso.

Ainda assim, Stoudemire se mostra otimista: “Primeiro, as pessoas não percebem que no primeiro ano que jogamos juntos, tivemos uma troca enorme, perdemos seis jogadores e ganhamos outros seis com os quais nunca havia atuado antes. No ano do locaute, começamos devagar e tivemos uma mudança de técnico no meio da temporada. Este ano é que vai ser um grande teste para nós, com uma preparação completa com a mesma comissão técnica. Vamos ter um ano inteiro e vai ser um grande ano para nós”, afirma.

A presença de Jason Kidd, mesmo com sua mobilidade muito limitada, pode ser uma influência positiva para que isso aconteça.

*  *  *

A maior média de pontos da carreira de Carmelo Anthony foi de 28,2 pontos em 2009-10. Pelo Knicks, no último campeonato, ele já tinha abaixado sua contagem para 22,6. Foi o resultado de uma queda no aproveitamento de arremessos tanto de curta como longa distância, mas também no aumento de posses de bola que dedicou a assistências (21%, contra 15,3% e 14,3% dos dois anos anteriores, por exemplo).

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Relembre Carmelo dando um susto nos visitantes de um museu de cera nova-iorquino:

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Pânico em NY: Knicks contrata armador, e Linsanidade pode ir para Houston
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Giancarlo Giampietro

A gente vem repetindo aqui no Vinte Um a pergunta: “Você se lembra do Jeremy Lin, né?”, em tom de brincadeira. Mas essa brincadeira, nesta tarde de domingo, parece ter ficado muito séria, com a especulação histérica em Nova York sobre a possível partida do jogador para o Houston Rockets, o mesmo clube que o havia dispensado em dezembro do ao passado.

Jeremy Lin negocia com o RocketsRecapitulando: or dois meses neste ano o armador sino-asiático formado em economia em Harvard e recolhido nas sobras da NBA peo Knicks foi o maior nome do esporte. Ele era o evento de um homem só no maior centro econômico do mundo, deixando Manhattan em polvorosa.

Vieram, então, quase que de uma só vez: a demissão do técnico Mike D’Antoni, cujo sistema alavanca a carreira de armadores com impressionante facilidade, a incompatibilidade com Carmelo Anthony  e uma lesão no joelho, e o conto de fadas foi congelado. O Knicks seguiu competitivo rumo aos playoffs, o clima de euforia em torno do armador deu uma boa esfriada e no ar ficou em algo como: “Em breve, nos melhores cinemas, Lin retornará. Por ora, segue a vida”.

Desde o sábado, porém, os tablóides e blogueiros não sabem o que pensar da vida, a partir do momento em que vazou a notícia de que o clube nova-iorquino estava negociando o retorno de Raymond Felton em (mais uma!) troca maluca com o Portland Trail Blazers. Não demorou nem um segundo para que eles, então, juntassem as peças: ué, se Jason Kidd e Pablo Prigioni já estão sob contrato, com a chegada de Felton, já são três armadores… E o que fazer com Jeremy?

Jeremy, aquele mesmo da Linsanidade, recebeu uma nova proposta venenosa do Houston Rockets: os texanos estão dispostos a pagar algo em torno de US$ 25 milhões por três anos. Os ‘Bockers poderiam cobrir facilmente esse valor pelo agente livre restrito, não fosse um detalhe caríssimo: o terceiro ano de contrato vale cerca de US$ 15 milhões – em vez da oferta anterior discutida, de quatro anos e duas parceias de US$ 8 a 9 milhões nos terceiro e quarto anos, que essa, sim, o Knicks considerava “tranquila” de resolver. De acordo com o contrato que Lin assinou, as contas nova-iorquinas explodiriam na temporada 2014-2015, por conta do que já pagariam a Carmelo, Stoudemire e Tyson Chandler e o clube teria de pagar uma multa muito alta. Até mesmo pros padrões elevados deles.

(Um causo engraçado dessa trama toda foi a direção do Knicks evitar os representantes do Rockets por dias. Não responderam telefonemas, e-mails por um tempão até serem encontrados e receberem a papelada. Piada. Quando veio o acerto por Felton, aí essa “fuga” fez mais sentido.)

Jeremy Lin, ex-Houston Rockets

Lin, que já foi um ex-Rocket, agora pode ser ex-Knick. E quem imaginaria uma coisa dessa?

São três dias, agora, para pensar a respeito e, ao mesmo tempo, sentir a repercussão pública. Ainda não há nenhuma palavra oficial a respeito. Eles podem cobrir a oferta, apostando no potencial de Lin – tanto em quadra como, principalmente, no mercado (vendeu muito merchandising, elevou o preço dos ingressos do clube, aumentou a cotação do grupo MSG na bolsa etc). Mas a contratação de Felton parece apontar a franquia para outros rumos, a não ser que decidam atuar com dupla armação e Jason Kidd marcando na posição 2, descongestionando, assim, sua rotação de perímetro. Se Terry e Barea atuaram juntos com  Kidd em Dallas, por que não tentar com o queridinho de Chinatown e demais vizinhanças? O Bala, agora há pouco, escreveu para estranhar esse desinteresse.

O ala-pivô Jared Jeffries, envolvido no negócio com o Portland, já fala como se Lin fosse passado: “Nunca imaginei que eles o deixariam ir”. O New York Post evoca “fontes” (anônimas) que garantem a saída do sino-americano.

Será que Lin vai, mesmo, para o Rockets?

Seria mais uma virada incrível em sua trajetória já cinematográfica.


Rumo ao Knicks, Kidd e Camby são mais 2 vovôs a cacifar na NBA
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Giancarlo Giampietro

Aos 39 anos, um dia depois do acerto de Steve Nash com o Los Angeles Lakers, Jason Kidd foi mais um veterano a surpreender no mercado da NBA e mudar de clube. Na semana passada, ele chegou a um acordo verbal com o New York Knicks, se desligando do Dallas Mavericks pela segunda vez na carreira.

Os termos do contrato de Kidd ainda não foram divulgados, mas as informações preliminares indicam que seria algo em torno de US$ 9 milhões por três temporadas. Fazendo as contas, ele jogaria até os 42. Camby iria até os 41, já que seu contrato também é de três anos, sendo o terceiro apenas parcialmente garantido.

Jason Kidd

Jason Kidd diz adeus a Dallas

Rapidamente: Kidd vem de sua temporada mais fraca na liga, com as menores médias de minutos, pontos, rebotes e assistências em seu jogo não mais tão dinâmico. Ainda assim, para o Knicks, é uma contratação perspicaz: o armador é extremamente respeitado pela nova geração e leva para a Big Apple uma influência apaziguadora, tentando fazer a ponte entre Amar’e e Carmelo – distância que em alguns momentos do campeonato passado parecia mais larga que o próprio Rio Hudson.

Já Camby se apresenta como um ótimo defensor na reserva de Tyson Chandler, fortalecendo a rotação de garrafão do Knicks com Amar’e Stoudemire. Ele retorna ao clube pelo qual viveu grandes dias na temporada 1999, alcançando a final para surpresa geral, no lugar de Patrick Ewing.

Agora, em termos de um grande cenário, é curioso ver como os vovôs estão lucrando nestas férias. Nash, 38, vai assinar por algo em torno de US$ 27 milhões por três anos. Mesma duração do novo contrato que será firmado entre o Boston Celtics e Kevin Garnett, 36, em vínculo de cerca de US$ 34 milhões. Teve também a ‘traição’ (nas palavras de Jarret Jack, veja bem) de Ray Allen, que trocou o Boston Celtics pelo Miami Heat.

Bela “aposentadoria” para a turma, não? Falta apenas Tim Duncan decidir se segue ou não jogando. Pelo Spurs, óbvio.

Não chega a surpreender. A preparação física, os cuidados alimentares, tratamentos médicos, todo esse conjunto em torno do desenvolvimento atlético dos jogadores só evoluiu nos últimos anos. Quem quiser vai se cuidar. É recomendável que não sejam exigidos por mais de 40 minutos de jogo? Claro. Pode ser que eles quebrem a qualquer jogo? Pode.  Mas, por enquanto, se não há sinal claro que indique isso, os cheques vão sendo cruzados sem controle.

PS: Veja o que o blogueiro já publicou sobre Jason Kidd em sua encarnacão passada.


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