Vinte Um

Arquivo : dezembro 2012

Scout conta a importância de Jason Kidd para o Knicks em sutis detalhes
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Giancarlo Giampietro

Jason Kiddi em ação

Havíamos escrito aqui sobre a influência positiva que o veterano Jason Kidd já exercia sobre seus novos companheiros Knickerbockers, como um dos componentes por trás forte início do New York Knicks. Para deixar bem claro que influência é essa, nada melhor do que acionar quem entende. Veja o que disse ao jornalista Ric Bucher, ex-ESPN, um scout da liga norte-americana (eles viajam para avaliar os adversários também, e não só atrás de calouros):

“Dê um baita crédito a Jason Kidd por fazer aquelas jogadas sutis, espertas e em prol do time que criam oportunidades e não aparecem no resumo estatístico: correr rapidamente para preencher um espaço no contra-ataque e então se deslocar para o outro lado da quadra para abrir espaço para alguém que venha de trás, por exemplo. Isso força seus companheiros que se importam mais com as estatísticas a serem menos egoístas. Nunca vi um atleta cujas habilidades tenham diminuído tanto, pensando fisicamente, e que ainda peça tanto respeito assim. Ao escalar Kidd com Chandler, o Knicks também ganha a combinação de liderança que esteve por trás do título do Mavs em 2011.”

(A entrevista desse olheiro foi feita bem antes da vitória impressionante do Knicks sobre o Heat nesta quinta-feira.)

Precisa dizer mais?

Não precisaria, mas o scout ainda tem outro comentário a fazer, exclusivamente do ponto de vista tático:

“Além disso, o Knicks tirou uma página do caderninho dos técnicos do Dallas ao colocar Kidd ao lado de outro armador que possa atacar via infiltrações com dribles que ele não consegue fazer mais. Note-se que, do outro lado, o Dallas sente muito sua falta. Eles não têm mais ninguém para organizá-los nos minutos finais. Ele teria se encaixado muito bem com Darren Collison e OJ Mayo.”

É isso: se você consultar os números de Kidd, vai pensar em um jogador decadente – o que de certa forma é verdade, se comparado com aquele dínamo do início da década passada, sempre beirando um triple-double de média. Poucos pontos, poucas aassistências, menos rebotes. Mas ainda um senhor ladrão de bolas e cada vez melhor no tiro de três pontos. De todo modo, numa olhadela rápida, não pareceria para muitos um grande jogador (ignorando o nome).

Que nada. Kidd ainda faz a diferença. Fica o convite para, nos tantos jogos do Knicks transmitidos por aqui, que observem o velhinho fora da bola para se captar esses detalhes sutis de que fala o scout, detalhes que fazem do basquete um jogo maior.

*  *  *

Outros motivos:

– Carmelo Anthony nunca esteve tão engajado assim em quadra. Para não dizer nunca, dá para resgatar seu empenho nos playoffs de 2009, quando, em parceria com Chauncey Billups (outro da estirpe dos “vencedores”), carregou a equipe até as finais da Conferência Oeste, no melhor resultado da franquia desde 1985. O melhor basquete de Carmelo – combativo na defesa, atacando o garrafão com ferocidade, sem se contentar com os chutes de média e longa distância muito mais cômodos –, o melhor resultado do Nuggets em 24 anos. Coincidência?

– É meio bizarro escrever isso, para ver a que ponto chegamos, mas a lesão de Amar’e Stoudemire foi, como eles dizem lá, a benção na desgraça. O ala-pivô tem mais de US$ 60 milhões para ganhar até 2015, mas, devido ao acúmulo de lesões, já não lembra em nada mais aquele furacão ofensivo dos tempos de Suns, perdendo impulsão e explosão. Justiça seja feita, por outro lado: ciente da redução de suas capacidades físicas, para compensar, Stoudemire refinou seu arremesso a um ponto em que não pode ficar livre em nenhum ponto da quadra. O problema: ele parou nessa. Para o jogador, o que vale é bola na cesta e pouco mais. Para alguém que ficou tanto tempo com a bola em mãos durante a carreira, sua média de 1,5 assistência por jogo é patética e se sustenta até mesmo numa projeção por 36 minutos de ação – já que ele nunca foi muito de descansar quando estava apto para atuar. E mais: apenas 7,3% das posses de bola em que foi acionado terminaram em um passe decisivo para um parceiro.

E o que acontece? Quando você coloca lado a lado um fominha destes com um fominha como Carmelo, um competindo com o outro para ver quem é o xerife de Manhattan, não dá muito certo. São dois cestinhas excepcionais, mas que não sabem dividir a bola. Com a chegada de Kidd e uma aparente auto-reflexão de Anthony, as coisas mudaram um tanto. Quando retornar, o astro vai se enquadrar nesta nova realidade da equipe? Vai deixar o ego e o ciúme para lá? Toparia sair do banco de reservas? Em breve os tablóides e torcedores, técnicos e jogadores do Knicks vão saber a resposta.

– Além de Kidd, outros veteranos ajudam, imagino, a manter o restante concentrado em objetivos maiores. Kurt Thomas, Rasheed Wallace e Marcus Camby já aprontaram das suas, e muitas vezes, durante carreiras longínquas, mas hoje devem servir até como assistentes dos treinadores em quadra. Recomendável, de qualquer forma, monitorar o comportamento de Camby, que assinou com a equipe com a perspectiva de ser o terceiro pivô da rotação com Chandler e Stoudemire e hoje mal consegue entrar em quadra devido a atuações surpreendentes de Sheed.

PS: Durante dezembro, por motivos de ordem profissional (embora a gente goste mesmo é de férias, o Vinte Um vai ser atualizado num ritmo um pouco mais devagar. Voltamos no final do mês com tudo.


Maior envolvimento de Huertas resulta em melhor ataque e favoritismo para o Barcelona
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Giancarlo Giampietro

Huertas vibra

Por Rafael Uehara*

A ineptidão no ataque custou ao Barcelona uma vaga na final da Euroliga na temporada passada. Durante todo o ano, o time foi dependente de Juan Carlos Navarro e Erazem Lorbek para conseguir suas cestas. E quando Navarro se viu obrigado a lidar com uma lesão crônica no pé no fim do ano e Lorbek teve uma atuação muita apagada contra o Olympiacos, o time catalão sofreu demais.

Ao chegar de Vitória, a esperança era que Marcelinho Huertas adicionaria uma terceira dimensão ao ataque barcelonista. Mas, como já havia ocorrido com Ricky Rubio, o técnico Xavi Pascual não deu tanta liberdade ao armador brasileiro dentro de seu esquema e, constantemente, confiou mais no reserva Victor Sada para terminar partidas, devido a sua grande capacidade defensiva, prioridade absoluta para Pascual.

Contudo, depois do fiasco em Istambul, a diretoria catalã reconheceu a necessidade de adicionar maior criatividade ao ataque, buscando os pivôs Ante Tomic e Nathan Jawai e o armador Sarunas Jasikevicius, o futuro membro do Hall da Fama, no mercado. Com esses reforços, o Barcelona abriu um pouco mão de seu pedigree defensivo, confiando na habilidade de Pascual de treinar aquele lado da quadra. Ao mesmo tempo, aprimorou o poder ofensivo no elenco.

Contudo, a melhoria que tem surtido o maior efeito para o ataque barcelonista este ano tem sido o maior envolvimento de Marcelinho Huertas. Esse acaba sendo o grande reforço.

Segundo o portal gigabasket.org, que mantém controle de estatísticas avançadas sobre a Euroliga, Huertas tem usado 23,2% das posses do time em seu tempo de quadra. Este percentual é cinco pontos maior do que na temporada passada, quando Marcelinho muitas vezes iniciava a jogada esquematizada e geralmente acabava no canto apenas como opção para o tiro. Neste ano, Pascual modificou o ataque para que seja um pouco menos pesado em jogadas individuais envolvendo Lorbek no garrafão ou em pick-and-rolls apenas envolvendo Navarro e Lorbek.

Uma fração maior do ataque agora envolve a criação no perímetro, resultando em mais oportunidades para Marcelinho contribuir para o time. Especialmente com seu perfeito tempo de bola usando os corta-luzes. Outro que vem sendo mais aproveitado é o ala australiano Joe Ingles (surpreendentemente encaminhado para a NBA no ano que vem).

O resultado tem sido um ataque mais potente, especialmente em comparação com o do ano passado. O Barcelona tem marcado em média 108,6 pontos a cada 100 posses de bola na Euroliga, uma considerável melhora de quase quatro pontos por 100 posses, além de apresentar agora um aproveitamento superior de 7% nos tiros de quadra. Na liga espanhola, o time tem marcado em média dois pontos a mais por jogo nessas primeiras 10 partidas.

Outro ponto bastante positivo: o time lidera a Euroliga em pontos no garrafão e o campeonato espanhol em enterradas, estatísticas indicativas de que a equipe vem buscando com proficiência as jogadas mais simples – e de mais probabilidade de acerto, isto é. Segundo o portal DraftExpress, Huertas seria o principal condutor nessa guinada ofensiva, registrando 6,6 assistências a cada 40 minutos em 18 jogos este ano.

O Barcelona está invicto na competição continental, vencendo todas as suas oito partidas até o momento. No campeonato espanhol, o time perdeu quatro de suas 10 partidas, um começo de temporada atípico, mas essas derrotas vieram por uma média de 5,5 pontos e três delas foram na casa do adversário.

Não há dúvida, porém, de que o time catalão é concorrente legítimo a ganhar a coroa europeia e ainda é favorito a reter o troféu doméstico (mesmo que o rival madrilenho tenha tido um começo de temporada fulminante com sua máquina de marcar pontos). Muito pelo equilíbrio que vem conseguindo, com seu ataque reestruturado fornecendo maior suporte a sua defesa ainda fantástica (que está a caminho de superar as marcas históricas estabelecidas pelo time da temporada passada). E o maior envolvimento de Marcelinho Huertas é a grande razão para isso.

*Editor do blog “The Basketball Post” e convidado do Vinte Um para este mês. Você pode encontrá-lo no Twitter aqui: @rafael_uehara.


Em tom de vingança, Orlando vence Lakers de Howard com tática provocadora
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Giancarlo Giampietro

Hack-a-Howard em Los Angeles

Hack-a-Howard, numa vingança daquelas para o Orlando Magic

Se a vingança é realmente um prato que se serve frio, os rapazes do Orlando Magic entregaram a Dwight Howard uma bandeja com pedregulhos pontiagudos de gelo neste domingo.

E deve ter doído.

No jogo que marcou o reencontro do superpivô com seus ex-companheiros, o time da Flórida impôs ao Lakers mais uma derrota completamente embaraçosa. Daquelas que vão repercutir em novos rumores (e clamores) de troca envolvendo Pau Gasol certamente. O espanhol barbudo que se prepare.

De todo modo, quem foi para a cama com a cabeça mais cheia e atordoada certamente foi seu parceiro de garrafão, Dwight Howard. Que pancada que ele tomou na cuca!

O Orlando venceu por 113 a 103! Em Los Angeles!! Marcando 40 pontos no quarto período!!! Quarenta!!! E ainda tem mais exclamação pela frente!!!!!

Sabe por quê?

PORQUE ELES USARAM A TATICA DE HACK-A-HOWARD!

Mais humilhante que isso não dá. Nem perder para o Wizards. 🙂

O pivô foi parado com a bola em diversas ocasiões, sendo obrigado a cobrar 14 lances livres no período final (dos quais converteu sete). No total, ele bateu 21 lances livres, matando 9. Aproveitamento pífio. No final, ele saiu de quadra sem cumprimentar os (ex-?)amigos, talvez ofendido pela tática adotada pelos agora adversários. Chuim, que triste.

“Que Dwight seja Dwight. Se ele quer sair da quadra, tudo bem. Ele perdeu. Eu me sentiria mal também. Não gostaria de dar a mão para ninguém”, afirmou o pivô Glen Davis, cuja contratação pelo Magic havia sido expressamente recomendada por Howard no ano passado.

Davis, depois, exagerou na dose: “Não estávamos nem pensando nele. Apenas queríamos esta vitória”.

A-hã.

Depois de todo o dramalhão que tomou conta da franquia na temporada anterior? Reencontro em Los Angeles? Certamente eles nem estavam pensando nele.

Jameer Nelson, por exemplo? Aquele que admitiu publicamente a mágoa com o pivô, que pedia nos bastidores um armador melhor ao seu lado? Decidiu ignorar uma incômoda tendinite, que o afastou de diversos jogos no mês passado e marcou 19 pontos e deu 13 assistências. Mas é claro que ele estava pensando na morte da bezerra.

*  *  *

Algo bastante irônico também para os donos do Orlando Magic deve ter sido assistir a uma partidaça do montenegrino Nikola Vuceic, com 17 pontos, 12 rebotes e quatro tocos em 40 minutos. Praticamente se equivalendo aos 21 pontos e 15 rebotes de Howard por conta própria. Assim como os 30 pontos de Arron Afflalo, principal peça que a equipe recebeu na megatroca por Howard, beirando os 34 de Kobe Bryant.

*  *  *

O Lakers volta a ficar com mais derrotas do que vitória, no mês de dezembro. Ai.

Ainda assim, num ano de muito equilíbrio na liga, eles ao menos estariam nos playoffs se a temporada tivesse acabado neste dia 2 de dezembro, classificando-se em oitavo. Mas todo mundo sabe que, em LA, isso não é o bastante.


Aos poucos, Lucas Bebê segue com seu desenvolvimento na Espanha
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Giancarlo Giampietro

Lucas Bebê para a enterrada

Por Rafael Uehara*

A segunda temporada como profissional já tem sido bem melhor que a primeira para o jovem Lucas Nogueira. Mesmo com metade da campanha ainda por vir, o brasileiro já disputou mais jogos neste ano (nove) do que em todo o ano passado (quatro). Já é uma coisa e nos ajuda a entender o programa que o clube madrilenho Asefa Estudiantes tem para o garoto de 20 anos.

Lucas passou todo o seu primeiro ano treinando com o time principal do clube, pelo menos até ser mandando pra casa no último mês, mas em nenhum momento teve qualquer chance de ganhar sua vaga na rotação. Estava lá apenas para se desenvolver fisicamente, competindo contra marmanjos nos coletivos.

Neste ano ano, um passo adiante. Lucas tem sido o pivô reserva do time, com participação garantida em todos os jogos, sempre como o primeiro substituto do titular Lamont Barnes, jogando 11 minutos por partida em média. Pode parecer pouca coisa, mas, em comparação com os 31 minutos que ele somou em toda a temporada passada, os 107 que já têm neste campeonato mostram que o clube tem se sentido seguro em usar o garoto mesmo enquanto tenta se estabelcer como um concorrente por uma vaga nos playoffs. É um dado que traz uma refrescante confiança de que Lucas continua em um processo de desenvolvimento sadio num dia-a-dia ao qual não temos acesso ou muita informação sobre.

Seus números maximizados (9,5 pontos em 62,5% de aproveitamento de quadra, 8,7 rebotes e 3,6 tocos a cada 40 minutes jogados, segundo o site voltado a revelações DraftExpress) são impressionantes para um pivô d, mas não necessariamente significam evolução tão expressiva no jogo do jovem. Os que têm visto Lucas jogar esse ano notam rapidamente que ele ainda não tem porte físico para segurar o garrafão todo o domingo, às vezes indo contra veteranos duas vezes mais largos que ele.

Para cada posse em que ele ataca a cesta com agressividade deslizando no pick-and-roll vem uma em que ele mostra muita dificuldade em dominar um passe em movimento. Para cada posse em que ele demonstra visão de jogo com um bom passe no perímetro vem uma em que ele nem recebe a bola porque não consegue segurar posição contra alguém superior fisicamente como Vitor Faverani, por exemplo. E o pivô continua a fazer faltas a uma taxa exorbitante (6,3 a cada 40 minutos… Istoé, nem terminaria um jogo) – o que é um problema sério, ainda mais para alguém que joga tão pouco, e que eventualmente poderá afetar seu tempo de quadra quando chegar ao ponto em que for bom o suficiente para ficar em quadra.

Mas tudo isso não é motivo para aflição quando estamos falando de um jovem de 20 anos que vive basicamente seu primeiro ano de tempo habitual, consistente contra profissionais. Seus principais talentos (estatura e mobilidade) estão sempre evidentes em todo o jogo de que ele entra e sempre fornecem a chance para Lucas deixar um impacto em cada partida. Seu desenvolvimento em habilidade ainda caminha, talvez a um passo muito moderado, mas todo aquele potencial visto naquela Copa América Sub-18 de dois anos atrás, indo contra dois alas-pivôs que certamente jogarão na NBA (Patrick Young e Tony Mitchell) ainda vale.

Aliás, resgatar aquele torneio de base se faz sempre necessário na hora de avaliar os jogadores mais jovens do Brasil. A seleção liderada por Bebê e Raulzinho ficou um triplo perdido de desbancar um time americano liderado por Kyrie Irving, Austin Rivers e Quincy Miller. Porque, se jogadores como Kryie Irving e Nikola Mirotic já  têm mostrado a capacidade de impactar jogos entre profissionais no mais alto nível, ás vezes nos esquecemos de que esses são fenômenos e não a norma. O progresso das demais revelações que em um ponto ou outro  mostraram o mesmo potencial nas categorias de base não pode ou deve ser comparado em relação a dois atletas diferenciados como esses, por exemplo.

Por isso não devemos ler muito no fato de Lucas não ter impressionado muito os scouts americanos no EuroCamp da Adidas em Treviso do ano passado, por exemplo. Qualquer opinião que tentar se provar definitiva sobre um jogador de sua idade neste momento corre o risco de não apenas ser precipitada, mas como extremanente datada em questão de meses. É totalmente OK aceitar que ele não estava pronto pra aquele processo naquele ponto, dentro e fora de quadra.

Não sei dizer se aquela experiência e um ano mais devagar em sua evolução o ajudou de alguma forma. Mas é claro que Lucas, independentemente de percepções ou expectativas, tem seguido em frente com seu desenvolvimento. E, considerando sua envergadura e impulsão, o céu realmente continua o seu limite.

*Editor do blog “The Basketball Post” e convidado do Vinte Um para este mês. Você pode encontrá-lo no Twitter aqui: @rafael_uehara.


Blog recebe um reforço especial para o mês de dezembro
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Giancarlo Giampietro

Breaking news!

O Vinte Um vai receber um reforço de nível internacional para defender suas cores no mês de dezembro. Trata-se do companheiro Rafael Uehara, um paulistano que é o editor do “The Basketball Post” e vai dar as caras neste espaço pelas próximas semanas.

Por quê?

Macedônia em ação pela segunda divisão do campeonto europeu sub-16? Pode ser que o Rafael escreva sobre isso, sim

Bem, primeiro porque vale sempre ler o que o Rafael escreve, e, se você ainda não teve a oportunidade de conhecer o Post, corra lá, por favor.

O segundo motivo é de ordem pessoal: por motivos profissionais de caráter estritamente confidencial – não perguntem, por favor, para sua própria segurança 😉 –, este blogueiro aqui tem ficar um pouco distante.  O que não quer dizer que não vá aparecer de quando em quando para gastar o seu tempo com artigos fúteis e intrigas.

Algo bem diferente do que o Sr. Uehara vai nos oferecer com seus artigos, como você vai poder sacar ao final deste depoimento de apresentação enviado em envelope lacrado direto da sede do Post:

“Lembro-me da Band transmitindo os Lakers de Kobe e Shaq conquistando o tricampeonato da NBA no início do século. Também me lembro de quando, por um ano ou dois, a Rede TV! transmitia duplas jornadas aos sábados. Basquete sempre me fascinou desde uma idade pequena, mas não possuía TV a cabo, então tinha pouco acesso ao jogo.

Quando no colegial, tinha um amigo americano com o qual discutia sobre futebol americano (o histórico milagre de Eli Manning no Super Bowl 42), peguei interesse pelos esportes americanos, reencontrei a NBA e não larguei mais depois de assistir ao jogo pela medalha de ouro em Pequim-2008 de madrugada, quando a seleção espanhola quase derruba a seleção americana. Ai se aquele tiro de três do canto pelo Jiménez cai…

Algum tempo depois encontrei o twitter e toda essa comunidade que tem o mesmo interesse intenso pelo jogo que eu. Um tempo depois comecei a blogar e, há dois anos estou com um projeto chamado The Basketball Post. Assisto desde NBA até ã campeonatos europeus de juvenis. Sei que não é saudável, mas o que posso fazer? Virou vício.”

Está vendo? Basquete coloca as pessoas nessas situações dramáticas. Porém, se o Rafael já parece perdido na vida, por outro lado você pode ter certeza de que ele vai achar informações bem interessantes para dividir com a gente nas próximas semanas.

De modo que, quando um certo barbudo voltar para valer ao QG 21, vai correr um risco sério de me deparar com uma revolta popular e os cartazes e gritos pedindo: “Fica, Rafael! Fora, Gian!”.

Mas tudo bem: aproveitem!

Você pode encontrar o Rafael Uehara no Twitter aqui: @rafael_uehara.

Tags : mundo Fiba