Vinte Um

Arquivo : Nenê

Pé de Nenê: para monitorar
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Giancarlo Giampietro

Nenê em acão pela seleção em São Carlos

Nenê vem sendo poupado desde a vitória sobre a São Carlos

Desperta preocupação que o pivô Nenê não tenha participado dos dois amistosos da seleção em Buenos Aires. Segundo a assessoria da CBB, o paulista de São Carlos está sendo poupado por dores no pé e não há uma estimativa de quanto tempo ele pode ficar afastado, assim como Marquinhos, com lesão no abdômen: “Não estão fora por X dias e são reavaliados antes de cada atividade”.

O que quer  dizer que eles podem voltar a jogar agora mesmo em Foz de Iguaçu ou de repente serem resguardados para a gira de amistosos no exterior. O grandalhão ao menos está treinando.

Durante a prensada temporada pós-locaute da NBA, lembremos que Nenê fez apenas 39 partidas de 66 possíveis (59% do total). Pelo Wizards, após ser trocado, ele perdeu 11 jogos devido a uma fascite plantar, registre-se. Algo bem chato de administrar, mesmo.

Foi uma queda significativa para o brasileiro, que havia desfrutado de três temporadas bastante saudáveis pelo Nuggets anteriormente, tendo disputado 93% dos jogos em 2008-09, 100% em 2009-10 e 91% em 2010-11.

Vamos monitorar. Augusto segue com o grupo.

E o fato é que até agora, dos cinco amistosos que disputou, a seleção não esteve completa, compleeeeeta nenhuma vez.


Seleção vence ‘coletivo’ contra o Chile
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Giancarlo Giampietro

Tiago Splitter contra o Chile

Na falta de adversário mais forte, vai contra o Chile, então. Em abertura de torneio amistoso em Buenos Aires, a seleção brasileira fez uma espécie de coletivo oficial nesta quinta-feira contra um time que apanharia mesmo de nosso time B que foi mal no Sul-Americano. Terminou 110 a 64.

Valeu para quê?

– Bem, Leandrinho pôde (me deixem com meu próprio acordo ortográfico) desenferrujar um pouquinho puxando contra-ataques, em sua primeira exibição pela equipe desde o Mundial de 2010. Splitter também precisava de alguns minutinhos a mais.

– Outro ponto é o básico “reconhecimento de quadra” para poder enfrentar a Argentina, os donos da casa, no dia seguinte. Desde que, claro, vençam a galera da Espanha B, em partida que deve ser um pouco mais complicada.

– Nenê e Marquinhos nem tiraram o agasalho e foram poupados. Alguma coisa mais séria? Precaução em relação a quê? No fim, eram 11 fardados de 13 possíveis.

– Na rotação de pivôs sem Nenê, Tiago foi o titular, com Giovannoni ao seu lado. Caio Torres foi primeiro a sair do banco, na metade do primeiro quarto. Varejão entrou no finalzinho dessa parcial. Augusto foi acionado na metade do segundo quarto, com a 13 do Nenê, e jogou bem menos. Indício de corte?

– Entre os armadores, Huertas começou o jogo, deu lugar a Larry, que, depois, teve a compahia de Raulzinho – ficaram dois armadores em quadra, uma vez que a equipe estava com um ala a menos. Tudo no período de abertura também. Os dois reservas, diga-se, não tiveram uma atuação tão animadora assim.

– Há um ala chileno, Jorge Schuler, que é sósia de Luis Scola. Mas é amanhã que devemos enfrentar a fera de verdade.

– Numa rodada preliminar, o ginásio portenho Luna Park lotou. Torneio na capital argentina. Bem diferente do que tivemos por aqui na semana passada e vamos ter na próxima semana. Reforçando: BEM diferente a atenção dada ao time nacional. Deles, no caso.

PS: Veja o que o blogueiro já publicou sobre a seleção brasileira em sua encarnação passada


Quando Nenê e Varejão surgiram
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Giancarlo Giampietro

São lembranças remotas, mas que acho que valem resgatar agora, vendo Nenê e Anderson Varejão dividindo o garrafão brasileiro pela primeira vez – de verdade – desde 2003. De lá para cá, quando um pôde, o outro não estava.

Em 2001, os jovens pivôs estavam basicamente sendo apresentados ao basquete internacional na disputa do Sul-Americano masculino. Hélio Rubens era o técnico, iniciando um processo de troca de guarda no time que mesclava Helinho, Demétrius, Vanderlei, Sandro Varejão com gente mais nova.

Anderson e Nenê era duas quase-varetas, bem crus ofensivamente, mas já com muito potencial físico e energia, já conseguindo causar impacto por isso. A seleção foi até a final, sendo derrotada pela Argentina por 76 a 69 na final. Na época, Luis Scola nem cabeludo ainda era – no encerramento da fase regular, os comandados de Magnano já haviam vencido por 64 a 60, num jogo bem parelho.

A despeito de o resultado ter apresentado mais do mesmo – vitória argentina, no caso –, foi ali na cidade de Valdivia, no Chile, que começou o sonho de toda uma geração. Pela primeira vez garotos brasileiros eram discutidos por scouts da NBA, começando a pipocar em lista de sites especializados e a serem descobertos. O adolescente Tiago Splitter, 16, ainda estava num grupo de “próximos-Dirk-Nowitzkis”, por exemplo.

Após um longo período separados, eles agora enfim se unem, já bem mais encorpados, realizados financeiramente, conhecidos por todos no meio. No que vai dar isso?

PS: Veja o que o blogueiro já publicou sobre a seleção brasileira em sua encarnação passada


Os ajustes de Varejão, a defesa de Alex, os passes de Nenê: começa bem a seleção
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Giancarlo Giampietro

Por motivos de razão conjugal – sacumé… –, atrasamos por toda a eternidade de um dia nossas notinha sobre a vitória do Brasil de Magnano sobre a Grécia.

(É legal escrever Brasil de Magnano, né?)

Depois de visto o VT nesta sexta, vamos lá:

– Repararam como o Anderson Varejão se sente muito mais confortável no ataque quando joga de verde e amarelo? Rebobine e tente achar algum clipe da Copa América de 2009, com Moncho, e confirmarás. Em Cleveland, o pivô teve mais liberdade na última temporada, mas dificilmente está livre, leve e solto com a bola nas mãos. Pela seleção, uma subta transformação. Ele corta com e sem a bola para o aro, gira, improvisa bandejas etc. Uma beleza. Sua agressividade defensiva é traduzida do outro lado.

Alex x Spanoulis

Alex sobe para bloquear Spanoulis

– Por outro lado, Varejão teve alguma dificuldade para conter o ala-pivô Georgios Printezis, que vive a melhor fase de sua carreira, diga-se. Mais ágil, combativo, igualmente energético, o jogador que fez a cesta do título da Euroliga pelo Olympiakos anotou dez pontos no quarto inicial do amistoso, se desgarrando facilmente do capixaba. A defesa é o forte de Anderson, mas nos últimos anos ele vem jogando muito mais como um “5”, cobrindo adversários mais fortes e pesados. No mundo Fiba, ele vai lidar com gente um pouco menor, que flutua bem mais. Isso vai pedir uma revisão de cacoetes do brasileiro. Natural, ainda mais para quem ficou tanto tempo inativo.

– Nenê sempre teve o passe como uma de suas habilidades mais subestimadas – lembram quando George Karl até implorava para o pivô ser um pouco mais egoísta? Varejão vai se cansar de fazer bandeja e ganchinho próximos ao aro, atento que está à assistências do companheiro. Os alas também devem ficar atentos quando cortam pelo garrafão.

– Foi bem divertido acompanhar Alex perseguindo Vassillis Spanoulis no primeiro tempo em São Carlos. É um páreo duro acompanhar o escolta grego, mas para o ala de Brasília isso não representa nenhum problema. Dá para dizer que ele até gosta. O veterano desfruta de uma situação bem cômoda no NBB, enfrentando pouca resistência. De qualquer forma, não deixa de ser uma pena que ele não esteja numa Euroliga, combatendo a cada rodada, tal como fez pelo Maccabi anos atrás. (PS: no quarto período, foi a vez de Larry cuidar bem do astro grego).

Varejão x Printezis

Varejão: diferenças no mundo Fiba

– No terceiro quarto, o garoto Raulzinho teve muitos problemas para encarar a marcação sob pressão oponente, especialmente com Nick Calathes fungando sem parar. Houve uma sequência em que ele cometeu três turnovers seguidos, resultando em contra-ataques para os gregos.

– O confronto com a Grécia apresentou também uma realidade bem diferente ao Brasil de Magnano (hehehe), comparando com o que vimos diante de nigerianos e kiwis. Contra um time mais estruturado, com cinco armadores/escoltas acima da média, a agressiva defesa brasileira forçou menos erros e pontuou menos em cestas fáceis. Mas não se avexem: o time elevou seu padrão ofensivo e venceu uma equipe de primeiro escalão, mostrando que tem mais recursos e opções para se impor.

– A Grécia é um grande time, mas perde muito sem Dimitris Diamantidis e os 15, 20 minutos de pancadaria com o Baby Shaq Sofoklis Schortsanitis.

PS: Veja o que o blogueiro já publicou sobre a seleção brasileira em sua encarnação passada