Vinte Um

A conquista sul-americana de Bauru em números

Giancarlo Giampietro

Festa em Bauru. Já está virando recorrente

Festa em Bauru. Já está virando recorrente

Vamos com um apanhado estatístico do primeiro título continental da história de Bauru, que arrasou Mogi das Cruzes na final da #LSB2014 nesta quinta-feira, para termos uma ideia do quanto os caras sobraram nessa campanha:

281 – Os arremessos de três pontos em oito jornadas, com média assustadora de 35,1 por jogo. O aproveitamento foi de 38,1%. Para comparar, eles tentaram 23 chutes de fora a mais do que as bolas dentro do perímetro, zona em que tiveram aproveitamento de 62%. Em lances livres, foram 134 no geral, média de 16,7 por jogo.

169 – O saldo de pontos de Bauru no torneio, com média impressionante de 21,12 por partida. Avassalador. A maior diferença foi estabelecida na semifinal contra o Malvin, do Uruguai: 46 pontos. O jogo mais 'apertado'? Triunfo sobre Brasília na abertura da segunda fase, com 95 a 87. Se for para contar apenas o Final Four, Bauru venceu os últimos dois jogos por uma média de 36 pontos. Para comparar, o vice-campeão Mogi terminou a competição com 40 pontos de saldo.

Bauru movimentou bem a bola; Larry virou sexto homem

Bauru movimentou bem a bola; Larry virou sexto homem

164 – O total de assistências da equipe em toda a campanha, em média superior a 20 por jogo. Excelente: 61,4% de suas cestas de quadra foram assistidas. Isso sem contar os passes que resultam em faltas e lances livres.

93,5 – A impressionante média de pontos por jogo. Apenas em uma ocasião o time ficou abaixo dos 80 pontos: na decisão contra Mogi, na qual também fez sua melhor defesa, limitando o adversário a 53 pontos. Mogi teve média de 78,3 pontos.

Gui, num raro momento de ataque agressivo em direção ao garrafão; Bauru priorizou o chute de fora

Gui, num raro momento de ataque agressivo em direção ao garrafão; Bauru priorizou o chute de fora

70,2% – Quando jogou perto da cesta, Rafael Hettsheimeir foi um terror para os adversários, matando 33 de 47 bolas de dois pontos. Em arremessos exteriores, ficou num 33,3% que não impressiona (12/36), mesmo sendo ele um pivô. Jefferson foi outro grandalhão que, no fim, não teve uma média tão boa assim lá fora: 32,7% (18/55).

57 – Os valiosos minutos recebidos pelo jovem pivô Wesley Sena, se aproveitando das sacoladas que sua equipe dava para entrar na festa. O promissor pivô tem apenas 18 anos e disputou sua primeira competição internacional adulta. Somou 25 pontos e sete rebotes, convertendo 10 de 19 arremessos (52,6%), com 1/3 de longa distância. O armador Carioca, de 21 anos, extremamente atlético, mas enfezado demais, ficou em quadra por 36 minutos.

56,9% – O aproveitamento de Robert Day em chutes de três no torneio. O gringo contemplado pelo Bolsa Atleta e que nada tem a declarar a respeito foi o único que, entre os que tiveram maior volume de jogo, superou sua pontaria de dois pontos com os pombos sem asa  (56,9% x 53,8%).

Murilo nem jogou direito a Sul-Americana, e Bauru atropelou mesmo assim

Murilo nem jogou direito a Sul-Americana, e Bauru atropelou mesmo assim

32 – Um jogador do calibre de Murilo disputou apenas 32 minutos no torneio, ainda limitado por problemas no joelho. Em cinco partidas no geral, ele marcou só 9 pontos, com… três arremessos de longa distância, em três tentativas. Fora isso, foram três arremessos de dois, todos errados.

5 – Todos os cinco titulares na maior parte da campanha terminaram com média de pontos superior a 10 por jogo. De cima para baixo: Robert Day (16,6), Rafael Hettsheimeir (16,5), Alex (13,3), Jefferson William (11,0) e Ricardo Fischer (10,8). Larry Taylor, que integrou o quinteto inicial na decisão contra Mogi, no lugar de seu compatriota norte-americano, terminou com 9,0. Gui Deodato teve 7,8.

2 – O atlético Gui Deodato tentou duas vezes mais arremessos de três do que de dois pontos: 30 x 15. Se levarmos em conta que ele matou módicos 30% dos disparos exteriores, é uma pena, mesmo, que ele não tenha expandido seu jogo. Ainda são raras as ocasiões em que vai por a bola no chão e partir para a cesta, sem explorar sua velocidade, agilidade e impulsão. No geral, ele cobrou apenas 14 lances livres em 163 minutos.