Os prêmios de sempre e os alternativos da NBA 2015-16. Warriors na cabeça
Giancarlo Giampietro
O que você acha que acontece quando um time vence 72 partidas num campeonato? Sucesso também nas premiações individuais. É só conferir os arquivos históricos da liga. Em 1996, o Chicago Bulls elegeu MVP (você sabe quem), técnico (idem) e sexto homem (Kukoc) e também deveria ter ganhado o de defensor também, seja com Pippen e Rodman, que foram afanados por Gary Payton — não à toa seu apelido era Luva. Que fique de aviso. De resto, o texto está imenso, com mais de 3.400 palavras, então chega de onda:
MVP: Stephen Curry
Te juro.
(Há quem ainda questione se Curry é o melhor jogador da NBA. Talvez nos playoffs LeBron James mostre quem manda ainda. Kevin Durant, 100% fisicamente, também pode construir boa argumentação. Mas não resta dúvida sobre quem foi o melhor jogador da temporada, e de muito longe. Curry é baixote, magrelo, não é o melhor defensor da paróquia — mas marca muito mais do que seus críticos lhe dão crédito –, faz parte de um esquadrão, mas… Foi o jogador mais influente do campeonato. Um número que não ganha tanta publicidade assim e que mostra o valor de Curry numa equipe de 73 vitórias: com ele no banco, o Warriors faz 13,6 pontos a menos por 100 posses de bola e toma 8,7 pontos a mais. Por melhores que sejam Draymond Green, Klay Thompson e Andre Iguodala, está claro quem faz a diferença aqui, e não exatamente por seu volume de pontos.
>> Não sai do Facebook? Curta a página do 21 lá
>> Bombardeio no Twitter? Também tou nessa
Curry esteve acima da clássica marca de 30 pontos por jogo até este mês, mas agora caiu para a extremamente decepcionante marca de 29,8. Né? Foi o mais eficiente da temporada de ponta a ponta. Seus percentuais de arremesso: 50,2%, 45,2% e 91%, registrando mais uma campanha no belíssimo clube de 50-40-90. Para comparar, Klay Thompson, um grande chutador ao seu modo, terminou com 47%, 42,5% e 87%, respectivamente. Foram cinco conversões de longa distância por partida. Nunca um cestinha com mais de 25 pontos em média foi tão eficiente assim em seus arremessos. Com dois títulos em sequência, Steph se junta a Russell, Wilt, Kareem, Moses, Bird, Magic, Jordan, Duncan, Nash e LeBron como atletas que conseguiram o repeteco em duas temporadas seguidas.)
Quem mais? Pela ordem, iria de Kawhi Leonard (subiu mais alguns degraus na escada rumo ao estrelato, sendo muito consistente e o melhor defensor dessa lista disparado), LeBron James (a despeito de todas as intempéries, dos diversos jogos em que se recusava a marcar, num papelão compensado por uma reta final avassaladora de temporada), Russell Westbrook-Kevin Durant (difícil separar a dupla, sendo que individualmente eles recuperaram um nível absurdo de dominância; posto isso, a equipe deles terminou com campanha inferior à dos concorrentes aqui citados).
Seleção da NBA 1
Curry, Westbrook, Kawhi, LeBron e Draymond
Seleção da NBA 2
Paul, Lowry, Durant, Millsap, Aldridge
Seleção da NBA 3
Lillard, Harden, Crowder, Paul George, Jordan
(Estaticamente, Harden ainda está na elite da liga. Aqui, ele conta como uma espécie de LeBron light: alguém que deu muito trabalho desde a pré-temporada, se apresentando fora de forma, sem fazer questão nenhuma de defender Kevin McHale. Agora, vem jogando muito desde janeiro. Experimente tirá-lo do Houston para ver onde iriam parar.
Boogie Cousins tem praticamente todas as suas métricas a seu favor. Mas chega uma hora que tantas derrotas assim pesam mais. A franquia é uma bagunça gigantesca, claro, mas não dá para dizer que ele não contribua para a confusão. Na hora de escolher apenas 15 nomes, isso pesa. Outro que perde pontos nessa linha é Jimmy Butler, com pesar.
Chris Bosh poderia entrar aqui, mas sua preocupante condição médica o afasta. O Miami fica sem um indicado, apesar da ótima campanha. É que não dá para pinçar Dwyane Wade, apenas para ter um deles. Whiteside jogou muito desde fevereiro. Dragic enfim disse a que veio, Luol Deng também se reencontrou. Os calouros ajudaram demais. Enfim, um conjunto muito forte. Assim como o de Boston, com Crowder ganhando destaque pela sua contribuição dos dois lados. O breve período em que ficou fora de ação provou sua relevância.
De qualquer forma, estamos falando da NBA, né? Talento não falta. Klay Thompson, Kemba Walker, Tim Duncan, Dirk Nowitzki, Kevin Love, Ricky Rubio, Al Horford, Andre Drummond bem sabem.)
Técnico do ano: Steve Kerr
O principal argumento contra Kerr talvez seja, na real, seu principal trunfo. Que é o fato de ter ficado afastado do banco por 43 partidas oficialmente, ainda que desse as caras no ginásio aqui e ali, para os jogos em casa. Ué, mas se ele nem era o estrategista em mais de meia temporada, como é possível ganhar um prêmio? Justamente por seu time ter assimilado tão bem seus conceitos, podendo, sei lá, jogar sozinho. Ou sob a orientação interina de Luke Walton, que não deve ser menosprezado de modo algum. O Warriors viveu suas melhores semanas na temporada quando arrebentou a concorrência logo no início de campanha, vencendo 24 partidas seguidas. Uma sequência que valorizou demais o passe de Walton no mercado.
Mas o mais relevante neste processo todo não foi justamente foi a cultura estabelecida por Kerr? Desde a temporada passada, essa cultura só ganhou força depois do título, com a confirmação de que seguiam o rumo certo Uma cultura com impacto fora e dentro de quadra. Em vez de se acomodarem, seus principais jogadores evoluíram, enquanto, isolando o estouro de Draymond Green em OKC, nenhuma tensão parece ter florescido nos bastidores. Chegaram a 72 vitórias, podendo garantir a de número 73 nesta quarta, a saideira. O recorde histórico da liga. Como não aclamar isso, ainda mais depois de testemunharmos o quão penosa foi a luta nas últimas semanas?
Não que os ajustes durante uma partida não importem. É que, por muito tempo, o Warriors simplesmente não se envolvia em tantos jogos parelhos assim para o intelecto de Walton ser testado. Na metade final da temporada, à medida que se aproximavam do recorde e que a tabela ficava mais complicada (com longa sequência como visitante e múltiplos duelos com Spurs e Thunder), Kerr estava de volta para ajudar seus jogadores a enfrentar a turbulência.
Aqui, a questão maior, claro, é saber o que pesa mais num voto? A campanha surpreendente, os ajustes em meio ao campeonato, com mudanças forçadas por lesões ou trocas, a reformulação de um sistema, tirar o máximo de cada atleta do elenco… Todos fatores que uns vão considerar mais relevantes que outros.
Quem mais? Gregg Popovich mudou de modo substancioso o estilo de jogo do Spurs, assimilou LaMarcus sem interromper a curva de ascensão de Kawhi Leonard e coordenou a defesa mais eficiente da temporada. Do ponto de vista da cultura, o trabalho de Brad Stevens em Boston é especial, levando seus jogadores ao limite de suas capacidades. Steve Clifford também reformulou seu ataque, indo na direção contrária de San Antonio, migrando para o exterior, e colheu grandes resultados. E aí tem a turma que tirou leite de pedra, com campanhas surpreendentes pensando no material que tinham: Terry Stotts, Rick Carlisle e Dave Joerger. Mais Brad Stevens e Dwane Casey. Que fase.
Defensor do ano: Draymond Green
É, foi o mesmo voto no ano passado. Mas vamos deixar claro que não embarco em nenhuma campanha contra Kawhi Leonard. Não há como não ficar boquiaberto com a pressão defensiva que o endemoniado ala do Spurs exerce sobre os adversários, com o par de mãos mais rápido do Oeste. No ranking defensivo de “Real Plus-Minus” do ESPN.com, Kawhi é o único jogador de perímetro que aparece entre os 30 primeiros colocados, com um honroso quinto lugar. É provável que ele ganhe de novo, se tornando apenas o segundo jogador de perímetro a levar o troféu por dois anos seguidos — e não dá para dizer que não seja justo. Os dois mereciam.
Então, se for para escolher um só que seja, ainda sustento a opinião de que Draymond é mais importante para o sistema defensivo do Warriors, que ainda é um dos cinco mais eficientes da liga. Kawhi, por sua vez, é o defensor mais assustador, individualmente, da liga. Recuperando o texto de 2015 levemente editado: “Green é quem dá o recado, quem dita a intensidade da equipe na hora de parar o adversário. Ele é daqueles que fala horrores – mas que justifica tudo em quadra. Além disso, seu pacote de força física, inteligência, determinação e estatura mediana para a posição (2,01m oficialmente, mas não chega a tanto) permitem a Steve Kerr confiar num sistema de trocas na defesa. É curioso isso: o fato de ser considerado baixo ao deixar a Universidade de Michigan State fez com que caísse para a segunda rodada do Draft. Hoje, é algo que joga a seu favor de modo único – com sua envergadura fora de série, o centro de gravidade mais baixo (e forte) e o senso de posicionamento impecável, consegue marcar grandalhões numa boa. Ao mesmo tempo, é flexível o bastante para brecar as infiltrações de alas e armadores. Um canivete suíço defensivo que é a segunda principal ferramenta para o Warriors ser este timaço. Além disso, vale registrar que a defesa da equipe sentiu o desfalque de Iguodala, Bogut e Barnes por mais de 12 partidas cada. Para constar, no ranking acima citado, Green também aparece logo acima de Leonard.
Quem mais? Tim Duncan, que mal consegue correr de uma cesta para a outra, mas sabe preencher espaços como ninguém em meia quadra, Paul Millsap, que, entre os homens de garrafão, é aquele das mãos mais ágeis, Ian Mahinmi, aquele que apagou Hibbert da memória coletiva em Indiana.
Jogador que mais evoluiu: CJ McCollum
Deve ser o favorito ao prêmio no mundo real. Uma coisa é ter seu brilhareco numa série de playoffs que se encerrou em cinco jogos, anotando 17,0 pontos, dando 4,0 assistências e matando 47,8% de seus tiros exteriores. Outra é sustentar esse ritmo durante todo um campeonato, enfrentando defesas muito mais atentas em relação a suas jogadas favoritas, especialmente quando o elenco ao seu redor perdeu alguns nomes expressivos. No caso de McCollum, desde já uma das fontes favoritas de toda a mídia enebeana, por ter se formado em jornalismo. O armador do Blazers, na verdade, superou seu rendimento dos mata-matas do ano passado contra o Grizzlies, tanto em números absolutos como na média por minutos, finalizando sua campanha com 21,6 pontos e 4,4 assistências. Não foi só o caso de elevar os números simplesmente por ter ganhado mais tempo de quadra. Mais minutos traduzem em mais confiança, claro. E, com a moral elevada e a licença de Stotts e Lillard para chutar, o atleta de de 24 anos passou a disparar (17,9 chutes por jogo) e com qualidade (44,8% no geral, 42,1% de três e 82,7% nos lances livres, todos recorde em sua carreira). O próximo passo agora é se esforçar um pouco mais na defesa e procurar a linha de lance livre.
Quem mais? E não é que dava para colocar alguém do Warriors também aqui? Steph Curry (anotou quase 5,0 pontos a mais por 36 minutos e superou em muito seu aproveitamento nos arremessos de quadra e de três) e Draymond Green (máquina de triple-doubles) evoluíram demais. Demorou, mas Kemba Walker enfim descobriu o que um bom arremesso de longa distância pode fazer para seu jogo e seu time. Giannis Antetokounmpo vai gradativamente realizando todo o seu potencial. Will Barton. Ian Mahinmi jogou tanta bola este ano que pode ter virado um problema para o Pacers: se a liga reparou, vai ganhar um aumento de mais de 200% salarial (ganhou US$ 4 milhões este ano).
Sexto homem: Andre Iguodala
Ok, repetindo a brincadeira de fevereiro, quando o timing era mais propício. Mas isso é como se fosse o Oscar, com um filme gigante de bilheteria e aclamado pela crítica fazendo a rapa. O time já igualou um recorde histórico de vitórias que 99% da liga julgavam inatingível. Então é bem por aí, mesmo. O cara foi MVP da última final saindo do banco de reservas, sendo recompensado por todos os sacrifícios que os treinadores esperam na hora de se compor uma rotação. Está certo que seus números não se equiparam aos daquela série decisiva, e nem poderiam ser, mesmo. Mas seu papel continua o mesmo. Assim como Green, Iggy oferece maleabilidade tática a Steve Kerr, por sua capacidade defensiva acima da média, a facilidade para organizar o jogo e fazer a bola rodar e, num bônus que poucos apostariam há dois anos, pela habilidade que desenvolveu para matar o chute de três da zona morta, convertendo 26 de suas 56 tentativas nesta temporada. O principal argumento contrário ao veterano e versátil ala é o de que perdeu 17 jogos até aqui. No geral, porém, ele acumulou mais de 1.700 minutos, superando, por exemplo, Shaun Livingston nessa contagem.
Quem mais? Patrick Patterson está envolvido em quase todas as escalações mais produtivas do Toronto Raptors; Enes Kanter arrebentou com as linha de frente de segunda da liga, mas ainda precisa melhorar a defesa; Will Barton apresentou seu cartão de visitas aos oponentes e foi um cestinha mais eficiente e regular do que Jamal Crawford, que, de todo modo, merece sua menção por seu espírito decisivo e via de desafogo para os titulares; Evan Turner, demos o braço a torcer, não se tornou um jogador que justificasse a segunda escolha do Draft, mas teve a sorte de Brad Stevens cruzar com o seu caminho, podendo explorar seus medianos, mas amplos recursos da melhor maneira que dá.
Novato do ano: Karl-Anthony Towns
Além da categoria MVP, este é o único troféu que não exige muito da gente. Já nem cabe mais comparar o garoto dominicano com os colegas de classe. Daqui para a frente, ele vai entrar na discussão sobre quem são os melhores da liga. Towns tem chute de média distância e logo mais vai matar de fora também. Nos arredores da cesta, tem força, munheca, movimentos e incrível calma para se impor contra gente muito mais experiente. E ele ainda sabe como é quando passar a bola. Na defesa, já se comporta como um alicerce dentro do garrafão. Meses atrás, David Thorpe, analista da ESPN e técnico dedicado ao trabalho individual com diversos atletas da liga, chegou a propor a tese de Towns seria ainda mais promissor que Anthony Davis. Muitos acharam que era conversa de maluco. Hoje, não soa nada absurda.
Quem mais? Jokic é o darling dos estatísticos, com produção por minutos extraordinária e um jogo ofensivo muito vistoso. Seus fundamentos de passe e chute vão deixar qualquer professor sérvio orgulhoso. Suas métricas avançadas são de arrebentar. Kristaps Porzingis, por mais que o Knicks tenha esfriado, ainda é uma das histórias mais legais da temporada. Justise Winslow não tem os números, mas já adquiriu respeito dos veteranos por sua capacidade como defensor. Devin Booker, Myles Turner, Jahlil Okafor e D’Angelo Russell tiveram seus lampejos, mas não a consistência para desafiar nenhum deste top 4.
Seleção dos novatos 1
(Tentando respeitar minimamente a formação)
Russell, Winslow, Porzingis, Towns e Jokic
Seleção dos novatos 2
TJ McConnell, Josh Richardson, Booker, Turner e Okafor
(Foi, de fato, uma classe de calouros bastante produtiva. Emmanuel Mudiay tem tudo para ser uma estrela, desde que aprenda a usar seu corpanzil para concluir jogadas perto da cesta, além, claro, de refinar seu arremesso. Willie Cauley-Stein merece mais do que o desleixo total de George Karl. Assim como o pivô, Rondae Hollins-Jefferson tem tudo para fazer parte de quintetos defensivos por anos e anos. Frank Kaminsky provavelmente vale menos do que quatro escolhas de Draft — se é que Danny Ainge ofereceu tudo isso, mesmo, a Charlotte –, mas se mostrou uma peça valiosa no tabuleiro de Clifford. Bobby Portis já tem um culto em Chicago. Justin Anderson pode muito bem ter salvado a temproada de Nowitzki. Trey Lyles casa muito bem com Rudy Gobert e Derrick Favors. Enfim… looonga a lista.)
Executivo do ano: Gregg Popovich/RC Buford
oSim, eles conseguiram. Depois de quase duas décadas em torno de Tim Duncan, sem o superastro nem mesmo ter parado ainda, a dupla conseguiu tocar adiante a transição para um novo amanhã (é brega pacas isso, mas você nunca sabe quando vai ter a chance de usar).
Tudo começa com a descoberta de Kawhi Leonard, há um tempinho já, mas a chegada de Aldridge vem para ratificar. E a franquia fechou o negócio sem precisar sacrificar muito de sua base. Ele chegou para a vaga de Splitter, e pronto. Cory Joseph foi outro que saiu, para sorte de Dwane Casey, mas o Spurs sobrevive tranquilamente sem ele. Aí você também põe na conta as pechinchas por David Wesley, Jonathon Simmons e, claro, Boban Marjanovic. A base é tão forte que talvez não importe se Kevin Martin vai entrar no esquema a tempo para os playoffs.
E por que colocar Pop acima? Ele é o presidente do departamento. Na hora em que o Phoenix Suns realmente surgiu como ameaça para levar LaMarcus, quem apareceu para dar umas voltinhas com o pivô?
De qualquer forma, aqui está mais um prêmio complicado de avaliar por apenas um ano. O que o Warriors fez para esta temporada? Selecionou Kevon Looney no Draft, contratou Anderson Varejão de última hora, na vaga de Jason Thompson, que veio no negócio que os livrou do contrato de David Lee. Preferiram Ian Clark a Ben Gordon. Nada muito drástico. Mas precisava?
Quem mais? Neil Olshey não perdeu tempo em lamentar a saída de tanta gente boa, formou uma nova base mais jovem e muito mais barata, descolou mais escolhas de Draft e ainda vê o time seguir nos playoffs. Pat Riley gabaritou no Draft, ainda deu um jeito de escapar da multa da luxúria e ainda arquitetou a contratação de Joe Johnson. Coisa de mestre. Rick Cho, sempre pressionado por Jordan, mas que acertou demais na troca por Batum e Jeremy Lamb, além da subestimada contratação de Jeremy Lin. Masai Ujiri, pelas trocas que não fez em Toronto.
***PRÊMIOS ALTERNATIVOS***
Melhor jogador sub-23: Karl-Anthony Towns, que só vai chegar aos 21 no dia 15 de novembro e terá esse troféu assegurado até o ano que vem. Ponto.
Melhor segundanista: Andrew Wiggins, que cresceu no decorrer do campeonato. Mas estamos de olho em você, Jabari. Força aí.
Melhor estrangeiro: Dirk Nowitzki, com seu esforço heroico para conduzir um elenco bizarro do Mavs rumo aos playoffs. Al Horford acaba desclassificado aqui por ter jogado o universitário americano. As regras a gente inventa assim, na hora.
Melhor brasileiro: olha… difícil, hein? Sabemos que não foi a temporada mais produtiva para a legião de Magnano. Muito difícil separar um do outro. Leandrinho talvez? Por ter mantido seu papel regular no esquadrão do Warriors. De resto… Nenê ainda é o mais eficiente, mas voltou a perder mais de 30 jogos e dessa vez não passou nem dos 20 minutos de quadra. Splitter teve sua campanha sabotada por uma lesão séria no quadril. Anderson Varejão foi despachado por Cleveland e não encontrou espaço no Warriors. Demorou sete meses para Byron Scott perceber que Huertas faria mais bem ao Lakers do que Nick Young. Raulzinho era o titular de ocasião do Utah Jazz, mas foi derrubado por Shelvin Mack justamente quando estava se soltando. Cristiano Felício é uma grata surpresa nos minutos finais do campeonato.
Melhor importação da D-League: Tim Frazier. era para ele estar se preparando para a disputa dos playoffs em Portland, como assessor de Lillard e McCollum. Mas, quando Neil Olshey se envolveu em algumas trocas em fevereiro, para acumular mais escolhas de Draft, acabou sobrando para o armador de 25 anos, um dos salários mais baixos do elenco. Frazier teve de voltar à liga menor, então, mas sem se deixar abater. Depois de algumas semanas com o Maine Red Claws (filial do Boston), foi chamado novamente pela NBA para um serviço voluntário em New Orleans, que precisava da ajuda da Cruz Vermelha. Alvin Gentry ao menos encontrou um motivo para sorrir novamente. O baixinho se encaixou bem no esquema tipo “7-segundos-ou-menos” e vai terminar sua campanha pelo Pelicans com números interessantes (numa projeção por 36 minutos, são 17,0 pontos, 8,7 assistências e 5,6 rebotes, com 44,8% de três e 47,4% de quadra no geral). Se por alguma razão o clube não aproveitá-lo na próxima temporada, certamente aparecerão interessados.
Melhor resultado de troca: num ano de movimentações pouco alardeadas, dois pequenos negócios seriam fortes candidatos aqui. O primeiro foi a aquisição de Mario Chalmers pelo Memphis. De renegado em Miami, o armador estava virando figura salvadora em Memphis, cobrindo a ausência de Mike Conley com muita personalidade, até sofrer uma ruptura no tendão de Aquiles em Boston. A outra opção seria a ida de Ish Smith para Philadelphia (sendo que ele poderia ser o Tim Frazier do Pelicans neste final de temporada, vejam só). O ligeirinho mudou a rotina do Sixers por pelo menos um mês, injetando ânimo, arrojo e maturidade em um jovem elenco. Mas esse efeito já não era mais sentido depois de um certo tempo. Então… Bem, vamos pensar a longo prazo aqui, e apontar a contratação de Tobias Harris pelo Detroit Pistons. O ala não só ajudou o time a chegar aos playoffs, como será uma figura relevante para os próximos anos sob o comando de SVG. A ver se Channing Frye apronta alguma coisa nos playoffs para entrar na conversa.
Time mais azarado: Memphis Grizzlies.
Maior decepção: Houston Rockets.
PS: obviamente não fui capaz de atualizar o blog diariamente nesta temporada, então talvez nem precisasse avisar, mas a rodada desta quarta-feira é tão especial, que… Tem de ser feito o registro. Nesta quinta, não vou conseguir publicar nada, por motivos de viagem a trabalho, com evento que paga o pão de cada dia logo cedinho pela manhã. Então vamos com algo sobre Kobe ou Warriors na sexta apenas, ok? Enquanto isso, de repente bate alguma inspiração para escrever algo minimamente decente sobre a aposentadoria de um dos atletas mais fantásticos e controversos da história da NBA.
***Receba notícias de basquete pelo Whatsapp***
Quer receber notícias de basquete no seu celular sem pagar nada? 1) adicione este número à agenda do seu telefone: +55 (11) 99006-9654 (não esqueça do “+55”); 2) envie uma mensagem para este número por WhatsApp, escrevendo só: oscar87