Parker vence Ginóbili em duelo estranho para os velhos parceiros de Spurs
Giancarlo Giampietro
Antes do bola ao alto, os dois não trocaram muitas palavras em quadra, não. Um rápido cumprimento, e cada foi para o seu lado. Durante o jogo, o argentinu narigudo falou que era um pouco “estranho” nos primeiros minutos quando ele se via torcendo contra uma cesta do companheiro galanteador francês, que fez questão de deixar claro: “Não estava desejando que ele errasse”. E assim foram os dois velhos comparsas, Manu Ginóbili e Tony Parker, parceiros há dez anos pelo San Antonio Spurs, que se falaram com mais atenção ao final da partida.
Cada um deles é essencial para sua seleção. Em termos de rendimento individual, Ginóbili teve uma atuação superior, com 26 pontos e 5 rebotes em 35 minutos. Bem marcado, Parker marcou 17 pontos em 30 minutos, convertendo apenas quatro cestas de quadra em 17 tentativas (mais nove lances livres). No quarto período, no entanto, anotou oito dos 12 pontos finais de sua equipe.
No embate maior, entre Argentina e França, o armador, ainda protegido por seus óculos especiais, depois de atingido durante uma briga gigante entre dois astros do hip-hop, levou a melhor, e os Bleus, com a vitória por 71 a 64, deram um importante passo para se posicionar com a segunda colocação do Grupo A, atrás dos Estados Unidos.
O que isso significa? Se o Brasil terminar em segundo em sua chave, pode realmente marcar um clássico derradeiro contra a Geração Dourada argentina nas quartas de final (desde que os EUA não se atrapalhem de algum modo, que a França bata a Lituânia e que a seleção de Magnano não perca para a China, claro). Imagine a tensão no ginásio.
PS: pela França, estão em ação outros dois jogadores do Spurs: Boris Diaw, que renovou seu contrato, e o ala-armador Nando De Colo, recém-contratado após temporadas de desenvolvimento na Liga ACB, pelo Valencia. Ele possui algumas características parecidas com as de Ginóbili e, no próximo campeonato, deve assimiar um macete ou outro do veterano.
PS2: Outro francês que poderia ser um Spur era o ala Nicolas Batum, talentosíssimo. No ano em que foi draftado pelo Blazers, em 2006, as más línguas asseguram que o clube de Portland descobriu a intenção dos texanos de selecioná-lo e, então, orquestraram uma troca para escolher o ala uma posição antes. Gregg Popovich ficou feliz que só…