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Euroligado: Spanoulis e sua fama de matador
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Giancarlo Giampietro

O craque Spanoulis matando jogos

O craque Spanoulis matando jogos

Se você tem um jogo dificílimo na Euroliga, precisando de uma cesta de qualquer jeito, você vai querer a bola nas mãos de quem para buscar a vitória?

Quando questionados pelo site da Euroliga, os gerentes gerais dos times do Top 16 apontaram Vassilis Spanoulis como esse jogador. Ele recebeu 41,6% dos votos, contra 25% de um cara como Juan Carlos Navarro, que mete medo em qualquer defesa. Milos Teodosic ficou em quarto, com apenas 8,3%, o que é surpreendente.

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Contra o Fenerbahçe, nesta sexta-feira, o astro grego comprovou a fama. Ele não fez necessariamente A Cesta da Vitória, aquela no estouro do cronômetro, e tal, virando o placar. Mas foi um de seus chutes de três, a 17s8 do fim, que praticamente selou um grande triunfo do Olympiakos no…

Jogo da Rodada: Fenerbahçe 68 x 74 Olympiakos
Spanoulis é o tipo de jogador que não só cresce em momentos decisivos – e, não, com ele, essa definição não configura um clichê –, como também exige que o adversário planeje todo um sistema defensivo para contê-lo. Uma necessidade que aumentou drasticamente depois que ele comandou um bicampeonato europeu em 2012 e 2013.

Não: o Olympiakos não teve ou tem apenas um jogador decente em seu elenco. Mas é inegável que seu ataque depende muito das características de um armador completo e agressivo com ele. O camisa 7 representa um problema nas movimentações do lado contrário a e a partir do drible. Quando está com a bola, vai usar e abusar de corta-luzes para ganhar terreno perigoso e colocar a retaguarda em crise, uma vez que pode matar tanto o chute de três, como se esgueira em meio a grandalhões e finaliza próximo do aro.

Ciente dessas habilidades, a diretoria do clube de Pireus procura cercá-lo de pivôs explosivos, que possam receber passes em velocidade no corte para a cesta, e chutadores no perímetro, para espaçar a quadra. É tudo muito simples, mesmo, mas vá tentar parar isso.  No jogão transmitido pelo Sports+, com Rafael Spinelli e Ricardo Bulgarelli, o Fenerbahçe tentou e teve algum sucesso em Istambul, até que a partida caminhou para os momentos decisivos.

Zeljko Obradovic já dirigiu Spanoulis no Panathinaikos. Sabe muito bem como lidar com o cara. O que ele fez? Quando Spanoulis tinha a bola em mãos, procurou jogar com pivôs mais ágeis e atléticos, que pudessem confrontá-lo depois do corta-luz e se recuperar em tempo de reencontrar o pivô da vez, desfazendo a troca. Ter a flexibilidade de Jan Vesely e Nemanja Bjelica ajuda para isso. Quando o grego procurava se desmarcar sem a bola, a equipe turca também tinha ordem para fazer trocas imediatas, para que ele não ganhasse o mínimo espaço para ser acionado e atacar. Além disso, quando o cara conseguia passar pela primeira linha defensva, o Fener tinha envergadura e atenção para fazer uma boa cobertura e contestá-lo na zona pintada.

Com disse, deu relativamente certo: o armador errou todos os seus arremessos de dois pontos (0-4) e cometeu cinco turnovers – aliás, seu número de desperdícios tem sido elevado durante todo o campeonato, num reflexo de uma condição física que já começa a se deteriorar, encarando uma tendinite séria no joelho, que o abalou na temporada passada. Por outro lado, ainda conseguiu cavar cinco faltas, convertendo 7 de 7 lances livres. É a pressão que exerce mental e taticamente sobre seus adversários.

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Até que, nos últimos dois minutos, Spanoulis desembestou ao converter oito dos nove pontos derradeiros para os visitantes. “Clutch”, é o que dizem, né? O craque terminou com 16 pontos e 6 assistências, matando 3/7 nos arremessos de fora, incluindo a bola decisiva a 17 s do fim, quando o placar estava empatado em 68 a 68. O chute obrigaria o Fener a buscar um ataque rápido para uma bola de dois pontos ou a tentar o empate direto com um chute de longa distância. Bogdan-Bogdan e Zisis, no entanto, se atrapalharam na reposição de bola, resultando num turnover e o fim das esperanças.

Talvez seja por isso que os dirigentes também o tenham selecionado como o principal líder da Euroliga, com 45,83% dos votos (novamente acima de Navarro), e, mais importante, como o jogador que seria a prioridade para contratação, com 33,3%, superando o superpivô Ante Tomic, com 12,5%.

Jan Vesely: impacto positivo para o Fener, atleticamente

Jan Vesely: impacto positivo para o Fener, atleticamente

De volta ao jogão, outra cartada tática importante: o técnico Giannis Sfairopoulos usou uma formação baixa por muitos momentos, com o americano Tremmell Darden – que o Real Madrid inexplicavelmente deixou sair… – marcando Nemanja Bjelica. Sua equipe não só não sentiu o impacto dessa decisão nos rebotes, como conseguiu tirar Bjelica de jogo. O ala-pivô sérvio, como já registrado aqui na semana passada, está jogando demais e é uma peça integral no ataque turco, devido a sua mobilidade, visão de jogo e arremesso incomuns para a posição. Em diversas ocasiões, é Bjelica quem já puxa o contra-ataque do Fener, sem perder tempo em acionar o armador. Esse jogo em transição pouco funcionou contra os gregos.

Nos minutos finais, sem poder contar com o sérvio e também sem poder explorar muito Jan Vesely (devido ao seu péssimo lance livre), o Fener se complicou. Andrew Goudelock (23 pontos em 32 minutos, 5-11 de três pontos) vinha convertendo tudo no ataque em jogadas de isolamento, mas se atrapalhou todo nas últimas posses de bola. De qualquer forma, o clube de Istambul está progredindo sob o comando de Obradovic, enfim. Pode ter duas derrotas em três rodadas pelo Grupo F, mas, ainda que em casa, perdeu para quem tinha de perder – o primeiro revés foi contra o CSKA –, e tem totais condições de dar o troco na volta. Olympiakos e CSKA lideram, invictos no Top 16.

Na trilha de Huertas
O armador brasileiro teve sua menor contagem de pontos (4) desde a 2ª rodada da primeira fase, e o Barcelona acabou perdendo mais uma pelo To p16, a segunda em três jogos, dessa vez para o Maccabi Tel Aviv, em Israel, por 70 a 68. Foi uma boa queda de produção para Huertas, que vinha numa sequência incrível pelo clube espanhol, com média de 21,7 pontos por partida nas últimas quatro jornadas – ele ainda deu sete assistências em 25 minutos, acertando de dois de oito arremessos. Com 20 pontos do fogoso Jeremy Pargo, o Maccabi encerrou uma sequência de oito derrotas nesse tradicional confronto europeu. O atual campeão continental chegou a abrir 11 pontos de folga no terceiro período, mas teve de resistir a uma preocupante reação dos visitantes no quarto final, com ótima participação do jovem ala croata Mario Hezonja.

Em números

Devin Smith, capitão do Maccabi, dá o toco em Maciej Lampe. Bonito na foto

Devin Smith, capitão do Maccabi, dá o toco em Maciej Lampe. Bonito na foto

500 – Contra o Barça, o Maccabi atingiu a marca de 500 vitórias na elite do basquete europeu, justamente em seu jogo de número 800.

69% – O trio de armadores Milos Teodosic, Aaron Jackson e Nando de Colo marcou 54 dos 78 pontos (ou69%) da vitória do CSKA Moscou sobre o Anadolu Efes, em Istambul. De Colo foi eleito o MVP da semana, aliás, com 34 de índice de eficiência, com 22 pontos, 7 rebotes, 2 assistências e 4 roubos de bola em 31 minutos. O CSKA tem 13 vitórias em 13 jogos.

7 – Apenas sete atletas do Panathinaikos pontuaram na vitória tranquila sobre o Zalgiris Kaunas, em Atenas, por 77 a 58. O interessante é que, desses sete, seis terminaram com dígito duplo, entre 10 e 14 pontos. Dimitris Diamantidis terminou com sete pontos em quase 26 minutos, mas deu seis assistências. Com tempo de quadra significativo, o letão Janis Blums e o americano DeMarcus Nelson ficaram sem pontuar.

5 – Cinco dos oito jogos da semana terminaram com triunfo dos visitantes. Quem se aproveitou dessa onda foi o Olimpia Milano, que bateu o Unicaja Málaga por 84 a 77. Em seu reencontro com o Estrela Vermelha depois da melhor partida da primeira fase – que teve desfecho fatídico fora de quadra –, o Galatasaray conseguiu um importantíssimo triunfo em Belgrado: 74 a 65. O Estrela está na lanterna do Grupo E, enquanto o Málaga ocua a última posição do Grupo F, ambos com três derrotas até aqui.

0 – O armador americano Ben Hansbrough acumula 26min55s em três partidas pelo Laboral Kutxa na Euroliga e está zerado em pontuação até o momento, tendo tentado apenas dois arremessos. Além disso, tem o mesmo número de faltas pessoais que o de rebotes e assistências somados (sete). Quer dizer: nem sempre o selo de NBA diz muito sobre um jogador. Sim, estamos falando do irmão mais jovem de Tyler Hansbrough, que jogou junto dele no Indiana Pacers por uma temporada – sendo o terceiro armador da rotação, é verdade. Está cedo ainda, mas, para quem chegou para substituir Sasha Vujacic, é muito pouco. Sua equipe ao menos conseguiu a primeira vitória no Top 16 ao bater o Nizhny Novgorod, da Rússia, por 81 a 74, em casa, jogo que transmiti pelo Sports+. Um dos cestinhas do campeonato, o armador Taylor Rochestie marcou 24 pontos pelo Nizhny, acertando seis em sete chutes de longa distância.

Tuitando


As jogadas da semana!


Euroligado: um quarto inesquecível para Huertas
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Giancarlo Giampietro

Diamantidis, considerado um dos melhores defensores do basquete europeu na história, não conseguiu parar Huertas

Diamantidis, considerado um dos melhores defensores do basquete europeu na história, não conseguiu parar Huertas

Dentre todos os brasileiros que estão em atividade no exterior, o pivô Augusto Lima é aquele que vive a melhor temporada, no geral. Já contamos essa história. Mas aquele que vive a melhor fase é Marcelinho Huertas, conforme notado há algumas semanas também. Nesse excelente momento individual por que passa o armador,  os dez minutos mais vultuosos aconteceram nesta sexta-feira, no terceiro período da vitória providencial do Barcelona sobre o Panathinaikos, por 80 a 76. Foram, talvez, sem exagero, os dez melhores minutos de sua carreira – algo que só ele pode confirmar, claro.

Anotem essa: no confronto transmitido pelo Sports+, com Rafael Spinelli e Ricardo Bulgarelli, o paulistano matou seis bolas de longa distância depois do intervalo, sendo cinco delas de modo consecutivo. A sequência só foi interrompida por um pedido de tempo de Dusko Ivanovic, técnico do time grego e seu comandante por duas temporadas no Baskonia (hoje Laboral Kutxa). O sérvio pode ter tentado “marcar” o ex-pupilo, uma vez que sua defesa não conseguia pará-lo de modo algum, mas não deu certo.

Os dois primeiros arremessos caíram para dar ao Barça a liderança no início do terceiro quarto (45 a 40), depois de fal-e-cesta em cima de Esteban Batista. O americano DeMarcus Nelson converteu uma bandeja em infiltração para descontar. O ataque do Barça teve, então, bela movimentação de bola – destaque aqui para o pivô Ante Tomic, excelente passador a partir de marcações duplas – para encontrar o brasileiro novamente no perímetro. Livre, deu cesta. Na posse de bola seguinte, para desespero de Ivanovic, lá estava Huertas novamente sozinho para encaçapar a quarta, abrindo vantagem de nove pontos. Aí veio o pedido de tempo. O ala Vlantimir Giankovitz acertou um gancho. No ataque seguinte… Nova bomba de três para Huertas,  a quinta em menos de três minutos. Ao final da parcial, no último ataque catalão, ele contou com um pouco de sorte num chute de muito longe, a partir do drible, para fazer a sexta cesta de longe. Saíram, deste modo, 18 de seus 22 pontos.

(O Panathinaikos ainda apertou o jogo e vendeu cara a derrota, ficando a um ponto do empate no finalzinho, mas o time da casa sobreviveu, para somar sua primeira vitória na fase de Top 16.)

Na temporada, Huertas estava com um aproveitamento de 45,1% nos arremessos de fora. Já era o melhor rendimento de sua carreira na Euroliga, superando os 44,2% de 2010-11, pelo Baskonia, justamente sob a orientação de Ivanovic – e bem mais produtivo que os 33,8% do campeonato passado ou que os 35,6% da carreira, por exemplo. Depois da formidável jornada, no entanto, elevou este número para 51,3%. Nos últimos cinco jogos, são 66,6% (12/18).

Quando o armador está com uma pontaria dessas, seu jogo simplesmente vira um pesadelo para a concorrência, já que eles não podem se descuidar de suas infiltrações. Não apenas por sua capacidade para matar aqueles chutes lindos em flutuação, como também pela destreza nos passes, para deixar Tomic e os pivôs do Barça em ótima posição para finalização, ou para encontrar arremessadores como Navarro e Oleson abertos na zona morta. Rubén Magnano deve estar empolgado.

PS: neste domingo, numa partida que a Liga ACB já define como “apoteótica”, o Barça derrotou o Unicaja Málaga por 114 a 110, com mais 19 pontos e 8 assistências de Huertas, em 27 minutos. O jogo foi definido na prorrogação apenas, na Catalunha.)

O jogo da rodada: Anadolu Efes 74 x 70 Unicaja Málaga
Foi daquelas vitórias que deixa o time vencedor em êxtase, ao passo que os perdedores entram em luta contra a depressão. Vindo de uma sequência de cinco reveses pela competição – embora lidere a Liga ACB de forma surpreendente –, a equipe malagueña, com sua proposta de jogo acelerado, venceu o primeiro tempo em Istambul por 15 pontos de vantagem (49 a 34). Mas marcou apenas 21 pontos depois do intervalo, com um desempenho ofensivo tenebroso.

A diferença foi construída com base em bom desempenho dos pivôs Will Thomas e Vladimir Golubovic na linha de frente, assessorados pelo armador Jayson Granger, todos reservas na rotação volumosa de Joan Plaza. No terceiro período, contudo, não houve quem conseguisse superar uma defesa muito bem armada por Dusan Ivkovic, que forçou uma série de chutes desequilibrados de seus oponentes, levando apenas oito pontos em dez minutos. Com múltiplas conversões de três do outro lado, a jovem equipe turca empatou o placar em 57 a 57.

Por mais substituições que fizesse, Plaza não conseguiu encontrar uma resposta, e o Anadolu chegou a abrir 67 a 59 no placar, numa parcial impressionante de 33 a 10 desde o final do primeiro tempo. Foi só com o veterano islandês Jon Stefansson, após um pedido de tempo, que o treinador espanhol ganhou algum suporte em quadra, voltando a equilibrar as coisas para os dois minutos finais, ficando três pontos atrás (69 a 66). O armador naturalizado croata Dontaye Draper, no entanto, foi decisivo nas últimas posses de bola com uma bandeja e um chute de fora para definir o primeiro triunfo do time de Dusan Ivkovic (aquele que não gosta de americanos meia-boca, diga-se) no Top 16.

Dario Saric não teve dos jogos mais empolgados no ataque (5 pontos e 2 assistências em 29 minutos, com 2/4 nos arremessos), mas o jovem ala Cedi Osman voltou a produzir bem, com 12 pontos em 16min54s, matando 5/10.

O que os cartolas pensam
Na segunda parte de sua enquete com os gerentes gerais dos times que disputam o Top 16, a Euroliga se concentrou nos jogadores – algo sempre mais interessante (neste link e neste também). Vamos a alguns dados:

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– Marcelinho Huertas foi apontado como o quarto melhor armador do campeonato, com 8,3% dos votos, atrás de Milos Teodosic (CSKA, 41,6%), Sérgio Rodríguez (Real Madrid, 25%) e Vassilis Spanoulis (Olympiakos, 16,6%). Páreo duro, mesmo. Na hora de responder sobre quem seria o melhor passador, Huertas voltou a aparecer em quarto, ao lado do francês Thomas Heurtel, do Anadolu, com o mesmo percentual, atrás de Rodríguez (29,1%), Teodosic (25%) e Dimitris Diamantidis (Panathinaikos, 20,3%).

– Teodosic recebeu 33,3% dos votos na hora de palpitar sobre o eventual MVP dessta temporada, superando Boban Marjanovic (20,8%) e Tomic (12,5%). Andrew Goudelock, do Fenerbahçe, Nando De Colo e Sonny Weems, ambos do CSKA, Rudy Fernández, do Real, James Anderson, do Zalgiris, e Spanoulis também foram citados.

– Goudelock foi apontado com o melhor americano da competição, com 33,3%, acima de Weems, Anderson e Keith Langford, do já eliminado UNICS Kazan.

– Os alas-pivôs Stephane Lasme, do Anadolu, e Kyle Hines, do CSKA, foram apontados com os melhores defensores, com 16,6%. Hines ganhou a votação de jogador mais durão, mais chato de se lidar, com 16,1%.

– Agora, se eles tivessem o direito de assinar com qualquer jogador da Euroliga, sem nenhuma restrição, o alvo seria Spanoulis, com 33,3%, seguido por Tomic (12,5%), Bogdan-Bogdan, Weems e De Colo (8,3%).

Lembra dele? Felipe Reyes (Real Madrid)

Reyes, em seu gancho tradicional: fundamento, QI e determinação

Reyes, em seu gancho tradicional: fundamento, QI e determinação

O eterno coadjuvante. Reyes, 34, sempre foi mencionado na segunda linha de todos os textos sobre a era dourada espanhola, depois de Pau Gasol, Navarro, Calderón e até de Garbajosa. Pois o país já praticamente trocou de gerações, e o veterano  ala-pivô do Real se aprofundou na sua condição de coadjuvante. Em termos de esforço, consistência e fundamentos, porém, estamos falando de um craque, realizando uma Euroliga sensacional (sua 11ª!). Em vitória por 93 a 78 sobre o Galatasaray, na quinta, ele marcou 22 pontos e pegou 11 rebotes em apenas 22 minutos, acertando 9 de 13 arremessos, atingindo índice de eficiência de 29, para dividir o prêmio de MVP da jornada com o americano Brian Randle, do Maccabi Tel Aviv. Estraçalhou, num ritmo ainda mais forte do o que vem imprimindo na temporada (médias de 11,3 pontos e 6,1 rebotes em 17 minutos).

Em números

Goudelock fez o que quis no segundo tempo contra o Nizhny: tiros de três, bolas em flutuação, bandejas lindas. O mini Mamba faz estragos na Euroliga e já é considerado pelos cartolas o melhor americano e o melhor shooting guard da competição, além do segundo melhor arremessador, atrás de Jaycee Carroll, do Real

Goudelock fez o que quis no segundo tempo contra o Nizhny: tiros de três, bolas em flutuação, bandejas lindas. O mini Mamba faz estragos na Euroliga e já é considerado pelos cartolas o melhor americano e o melhor shooting guard da competição, além do segundo melhor arremessador, atrás de Jaycee Carroll, do Real

23 – O total de pontos anotados por Goudelock em apenas 24 minutos, na vitória do Fenerbahçe sobre o Nizhny Novgorod, por 78 a 60, guiando uma arrancada do clube turco no segundo tempo. O que vale ressaltar aqui: a flexibilidade que Zeljko Obradovic tem em seu elenco. Sua defesa melhorou muito após o intervalo, quando ele abriu mão de jogar com seus pivôs mais pesados (Savas, Erden e Zoric), emparelhando Jan Vesely, Emir Preldzic e Nemanja Bjelica. Que trio, não? Versáteis, ágeis, espichados, podendo trocar na marcação sem problemas, tapando o garrafão.

12 – O CSKA chegou a 12 triunfos consecutivos, sustentando sua invencibilidade, ao bater o Laboral Kutxa por 99 a 90 – partida que transmiti pelo Sports+. O clube russo claramente jogou para o gasto, ciente de sua superioridade em relação ao time espanhol, aquele que mais trocou peças durante a competição. Juntos, Teodosic e De Colo contribuíram com 35 pontos e 13 assistências, com 10/21 dos arremessos.

1 – Apeas um time do Grupo E conseguiu duas vitórias nas duas primeiras rodadas do Top16: o Real. De resto, temos seis times empatados com 1-1 e o Estrela Vermelha na lantetrna, com 0-2. No Grupo F, Olympiakos, CSKA e Anadolu estão com 2-0, com o time grego liderando a chave com base no saldo de pontos (+32).

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Euroligado: trote, susto e os 16 melhores
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Giancarlo Giampietro

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Foi um episódio assustador que, felizmente, não deu em nada e se transformou numa brincadeira sem nenhuma graça. O Panathinaikos recebeu o Barcelona em Atenas, na sexta-feira, para a saideira da primeira fase da Euroliga. Os dois times já estavam classificados. Era questão só de cumprir tabela, não era para chamar a atenção de ninguém.

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Mas aí algum desmiolado teve a seguinte ideia: ameaçar as autoridades de que uma bomba explodiria no ginásio olímpico da capital grega. Sim. Deu prazo até: ela estouraria em uma hora. O jogo estava no intervalo, com vitória tranquila do Barcelona, quando as autoridades evacuaram a arena. Ou quase evacuaram: integrantes da torcida organizada do time da casa não arredaram pé do ginásio… Depois de uma varredura completa no ginásio sem identificar nenhum explosivo, com cerca de uma hora de atraso, o jogo retornou. Era apenas um lamentável trote. Claro: melhor que seja assim, sem nenhum incidente, nenhum ferido. Mas não se faz uma coisa dessas.

Em quadra, as boas notícias se concentraram em Galatasaray, Nizhny Novgorod e Zalgiris Kaunas. Esses foram os times que conseguiram as últimas três vagas no Top 16 da Euroliga. O clube lituano, aliás, sofreu horrores para assegurar seu posto no…

Jogo da rodada: Zalgiris Kaunas 80 x 79 Dinamo Sassari

James Anderson comemora aquela que talvez tenha sido a cesta de sua vida

James Anderson comemora aquela que talvez tenha sido a cesta de sua vida

Na disputa pelas duas vagas restantes do Grupo A, o Zalgiris dependia apenas de seus esforços contra o lanterna Dinamo Sassari, uma das piores equipes da primeira fase. Antes de a bola subir, o clube fez uma bela festa para o legendário Arvydas Sabonis, seu presidente, que completava 50 anos. Estava tudo armado para uma grande celebração, né? Tanto que, ao final do primeiro tempo, o time da casa vencia por 49 a 37. Mas por pouco isso tudo não virou um desastre.

O Dinamo não entregou os pontos. Pelo contrário, resolveu brigar como não havia feito em sua primeira participação na Euroliga. Com uma defesa forte, permitiu apenas 13 pontos no terceiro período e descontou dez pontos do placar nessa. Manteve o ritmo no quarto final e virou o jogo, chegando a 75 a 66 com uma bandeja do armador dominicano Edgar Sosa, a três minutinhos do fim. Imagine o choque na belíssima Zalgiris Arena, uma das mais modernas da Europa? A essa altura, eles sabiam que o time precisava da vitória de qualquer maneira, uma vez que, no duelo de russos, o Nizhny Novgorod havia batido o Unics Kazan por 78 a 74. Se o Unics tivesse triunfado, os lituanos já estariam classificados. Não rolou, então teriam de resolver por conta própria.

Com sete pontos em sequência, quatro deles do cestinha americano James Anderson, o Zalgiris conseguiu reduzir a desvantagem para apenas uma posse de bola no minuto final. Cheikh Mbodj converteu um lance livre, após ter desperdiçado o primeiro, e levou o jogo a 78 a 75 para os visitantes. Robertas Javtokas converteu uma bandeja no ataque seguinte. Depois, os anfitriões mandaram Mbodj novamente para o lance livre e ele repetiu o expediente, errando o primeiro, convertendo o segundo (79 a 77). E aí veio o grande lance: com 7s1 no cronômetro, Anderson bateu para dentro, freou e subiu para o arremesso: não só fez a cesta, acertando a tabela, como sofreu falta de Giacomo Devecchi. Ele matou seu lance livre a 2s5 e garantiu a classificação.

A outra definição

Caiu o salário ou foi vitória mesmo? O Galatasaray comemora

Caiu o salário ou foi vitória mesmo? O Galatasaray comemora

O Grupo D tinha uma vaga em aberto, a do quarto colocado, entre Galatasaray e Neptunas Klaipeda, o estreante lituano, que jogava por dois resultados (ou uma vitória sua contra o Valencia, ou uma derrota do seu concorrente para o Olympiakos). O clube turco prevaleceu nessa, ao vencer seu jogo por 79 a 74, enquanto o Neptunas tomou um vareio na Espanha: 103 a 65.

Foi uma jornada memorável para o Galatasaray, que enfrenta sérios problemas financeiros. Antes mesmo da conclusão da primeira fase, o clube já perdeu três jogadores por conta de inadimplência (“atraso de salários”): Furkan Aldemir, hoje do Philadelphia 76ers, Pietro Aradori, que foi para o Estudiantes, e Nate Jawai, que foi para o Andorra – ambos da Liga ACB espanhola.

Por conta das baixas e de desfalques, o técnico Ergin Ataman só utilizou sete jogadores numa partida dramática dessas.  Grande líder da equipe, Carlos Arroyo chamou a responsabilidade e anotou 24 pontos em 36 minutos. O pivô americano Patric Young, ex-New Orleans Pelicans e corajoso toda a vida de topar uma oferta de quem não paga, somou 13 pontos e 13 rebotes. Embora classificado e com a primeira colocação assegurada, o Olympiakos jogou para ganhar, mas o coração e/ou o desespero do time de Istambul pesou mais. Agora só fica uma dúvida: que tipo de elenco o Galatasaray vai apresentar na próxima fase.

Os grupos do Top 16
top16-euroleague-2014-2015

O Grupo F vai ser uma pauleira que só. O CSKA é o favorito, mas o Fenerbahçe vem dando sinais de que talvez nesta temporada esteja realmente pronto para desafiar os times mais tradicionais. De qualquer forma, é impossível cravar aqui quatro favoritos para as quartas de final. Do outro lado, a chave ficou mais esvaziada, tendo como grande atrativo a dupla Real-Barça – garantia de dois clássicos espanhóis! O Maccabi, por sua tradição, também estaria em boas condições, não fosse seu desempenho bastante irregular até aqui.

Os brasileiros
Marcelinho Huertas foi o destaque da vitória do Barça sobre o Panathinaikos por 80 a 67. O armador está desfrutando de maior autonomia no ataque catalão para atacar. Em Atenas, foram 17 pontos, 9 assistências e 7/12 nos arremessos, em 30 minutos. Já JP Batista se despede da Euroliga com 7,8 pontos, 2,1 rebotes e 45,5% nos arremessos e 81,8% nos lances livres  em dez partidas. Na saideira do Limoges, contra o CSKA Moscou, ele jogou apenas 7 minutos. Agora o time se concentra na Eurocup, na qual divide grupo com Cantu (ITA), PAOK (GRE) e o Kimkhi (RUS).

Lembra dele? Linas Kleiza (Olimpia Milano)
Depois de um looongo inverno, o ala-pivô lituano saiu da hibernação ao anotar 29 pontos em 31 minutos pelo time italiano em vitória por 101 a 96 sobre o Turow Zgorzelec, da Polônia. Foi sua maior contagem pessoal na Euroliga, a partir de oito bolas de longa distância em estonteantes 13 tentativas. Detalhe: ele havia perdido as primeiras quatro bolas de longa distância. Depois matou suas oito em sequência. Até então, o jogador ex-Denver Nuggets e Toronto Raptors, contratado a peso de ouro, havia anotado 13 pontos na oitava rodada, contra o Bayern de Munique. Ao final da primeira fase, em sua terceira Euroliga, suas médias são de 8,6 pontos, 2,7 rebotes e 37,5% nos arremessos de três.

Tuitando

O jogo contra o Panathinaikos também teve esse detalhe: Pascual completou 500 partidas como técnico do Barcelona, pelo qual ganhou uma Euroliga (foi o primeiro treinador europeu a conseguir esse feito), quatro Ligas ACB e três Copas do Rei, desde 2008. Ele acabou de renovar seu contrato até 2017.


O Laboral Kutxa enfrentou o Estrela Vermelha, em Belgrado, com ginásio vasio. O clube sérvio, no entanto, encontrou um modo, digamos, pitoresco para colocar a torcida na arquibancada, distribuindo fotos da rapaziada pelos assentos. Fernando San Emeterio achou o maior barato.


As jogadas da semana!


Barça desfalcado dá autonomia para Huertas atacar
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Giancarlo Giampietro

Huertas, solto como nos tempos de Bilbao, fazendo o que sabe

Huertas, solto como nos tempos de Bilbao, fazendo o que sabe

“Ninguém torce para que um companheiro de equipe vire desfalque, se lesione.”

Quantas vezes já não ouvimos uma declaração nessa linha vindo de esportistas? E nem poderia ser diferente. Qualquer atleta que tenha o mínimo de sangue verdadeiramente competitivo sabe que a pior coisa é ficar fora de ação, no estaleiro.

Mas as lesões acontecem e abrem oportunidades. É o que vem acontecendo no timaço do Barcelona, que perdeu de uma vez só três dos seus principais atletas na rotação de perímetro: Juan Carlos Navarro, Brad Oleson e Alejandro Abrines. Para delírio dos scouts, isso representa mais tempo de quadra para a promessa croata Mario Hezonja. Do ponto de vista brasileiro, o mais interessante é o efeito que esse plantão médico teve para Marcelinho Huertas, claro.

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>> 30 times, 30 fichas sobre a NBA 2014-2015

O armador é daqueles que dificilmente foge do politicamente correto em suas declarações, preocupado sempre em não pisar em calos e não assumir tanto assim os holofotes. Simplesmente não é o estilo dele. Mas deve estar se divertindo um pouco mais em quadra este momento, arrisco dizer.

Sem Navarro e Oleson, dois dos principais finalizadores da equipe, dois ala-armadores fogosos, perigosos nos disparos de média e longa distância, cabe ao brasileiro uma carga ofensiva bem maior ao brasileiro. Que vai muito bem, obrigado, nessa. Apesar de a amostra de jogos ser pequena – foram três partidas apenas, uma pela Euroliga e duas  pela Liga ACB –, essa seqüência  já mostra um armador muito mais solto em quadra, com autonomia para criar, produzir, arriscar.

A grande atuação de Huertas contra o Fenerbahçe

A grande atuação de Huertas contra o Fenerbahçe

Pelo campeonato continental, Huertas tentou 16 arremessos em 41 minutos contra o Fenerbahçe, convertendo 8 deles, além de mais sete lances livres, para somar 25 pontos. Ele ainda distribuiu cinco assistências e cometeu quatro turnovers, é verdade.

São números elevados já quando isolados, mas, no contexto da competição, ficam ainda mais relevantes. Nas oito primeiras partidas, o brasileiro havia tentado apenas 53 chutes em 190 minutos (média de 0,27, abaixo dos 0,39 do último compromisso). Seus 25 pontos marcaram sua maior contagem na temporada, e de longe, superando os 15 que havia anotado contra o Bayern na sexta rodada. Sua média era de 7,25 e subiu direto para 9,19. O padrão de alta se manteve para assistências e desperdícios de posse de bola.

Na liga espanhola, nas nove primeiras jornadas, ele havia somado 39 arremessos (média de 4,3), 7 lances livres (0,7), 62 pontos (6,8), 44 assistências (4,8) e 24 turnovers (2,6), em 214 minutos (23,7). Nas 10ª e 11ª rodadas, o crescimento foi impressionante: 18 arremessos (média de 9), 5 lances livres (2,5), 31 pontos (15,5), 16 assistências (8) e 4 turnovers (2), em 58 minutos (29).

Nem mesmo o acréscimo nos minutos vai nivelar o salto de sua produção. Em termos de arremessos por minuto, por exemplo, entre as jornadas 1 e 9, ele arriscava 0,18. Nas jornadas 10 e 11, 0,31 – uma alta de 58%. Nos lances livres, foi de 37,5%.  Além dos números, o mais interessante foi ver o armador jogando. É um armador antes e outro depois. Dois estilos, duas abordagens de jogo completamente diferentes.

Huertas lembrou muito mais seus tempos de Bilbao, quando era o dono do time, com mais liberdade para atacar. Obviamente que ele ainda vai trabalhar para seus companheiros, já que está em sua natureza. A diferença é que ganhou autorização do controlador para também olhar mais para a cesta, usando e abusando de seu excelente chute em flutuação, por vezes com apenas um pé no chão, sua marca registrada.

Num Barcelona poderosíssimo, cheio de opções tanto para o jogo interior como exterior, ele vinha cumprindo nas últimas temporadas um papel muito mais semelhante ao de Pablo Prigioni ou Pepe Sánchez nos bons dias da seleção argentina. Aquela armação econômica, mas necessária para envolver os companheiros estelares.

Por isso o lembrete de sempre: não dá para avaliar um jogador exclusivamente pelos números (especialmente quando checamos apenas a tabela de estatísticas e não a fita da partida). Acumular, ou não estatísticas, não significa “jogar bem” ou “jogar mal”. Tudo depende de como o objeto de estudo se encaixa em sua equipe. O Barça, diga-se, sofreu duas derrotas nesses últimos três jogos.

Primeiro, perdeu fora de casa para o Sevilla por 85 a 74 – numa partida excepcional do jovem pivô Willy Hernangómez, que acumulou 29 pontos e 13 rebotes. O ginásio estava abarrotado de olheiros, que teriam a chance de ver, de uma só vez, Hezonja (6 pontos em 26 minutos) e o ala-pivô Kristaps Porzingis, sensação da Letônia, tido hoje como um dos cinco melhores prospectos do próximo Draft da NBA. Brad  Oleson se lesionou neste jogo, depois de oito minutos em quadra.

No segundo compromisso, acabaram caindo em casa diante do Fenerbahçe, num jogo duríssimo, emocionante pela Euroliga, definido apenas na prorrogação. Não custa lembrar que o Fener tem em seu elenco seis atletas que já foram draftados pela liga americana. São todos caras de seleção nacional.

No último fim de semana, se recuperaram, ao vencer por 90 a 67 o Zaragoza, um adversário que está na oitava colocação, na zona de classificação para os playoffs, com uma campanha bem melhor que a do Sevilla, o 16º.

Claro que acaba sendo mais divertido para o brasileiro ver um Huertas com sinal verde para atacar. Mas não quer dizer que a outra versão, a mais comedida, esteja errada. O simples fato de ele poder executar os dois papéis com propriedade já diz muito sobre seu talento e sua evolução na posição.


Euroligado: sobraram 3 vagas e apenas um invicto
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Giancarlo Giampietro

CSKA de Sonny Weems está sobrando por enquanto

CSKA de Sonny Weems está sobrando por enquanto

Foi a nona e penúltima rodada da primeira fase da Euroliga, e está praticamente tudo definido para o Top 16: restam somente três vagas para se definir a elite do continente nesta temporada. O que está no jogo para a 10ª semana da competição? As terceira e quarta posições do Grupo A, disputadas entre Zalgiris Kaunas e os russos do Unics Kazan e do Nizhny Novgorod, e a quarta colocação do Grupo D, que está agora entre o estreante Neptunas Klaipeda e um Galatasaray em desconstrução (mais abaixo).

Dentre as conclusões que se pode tirar após nove partidas, temos a confirmação do CSKA Moscou como a equipe a ser batida. O time do técnico Dimitris Itoudis é o único invicto entre todos os 32 competidores, ainda que sua invencibilidade tenha sido sustentada com muito custo na sexta-feira, numa vitória na prorrogação sobre o Unicaja Málaga, na Espanha, por 76 a 75. A equipe russa forçou o tempo extra com uma grande virada no segundo tempo, fazendo uso de uma defesa opressora. Os visitantes tomaram 43 pontos nos primeiros 20 minutos e, depois do intervalo, levaram só 23, sendo 10 no quarto final, para reverter uma desvantagem de 16 pontos. Impressionante. A despeito de todo o drama na partidaça transmitida pelo Sports+,  com a autoridade de sempre de Rafael Spinelli e Ricardo Bulgarelli, temos outra opção para…

O jogo da rodada: Barcelona 89 x 91 Fenerbahçe
Para quem não se lembra, este choque de potências esportivas europeias já havia sido o grande destaque da oitava semana. Um mês depois, cá estamos novamente, e com um contexto muito interessante: o Fener devolveu na Catalunha a derrota sofrida em Istambul. E pela mesma vantagem de dois pontos, com um placar um pouco mais volumoso que o do jogo de ida (80 a 78). Explica-se: foi necessária uma prorrogação, após um empate por 79 a 79 em 40 minutos. O clube turco chegou a ter uma vantagem de 42 a 35. A maior do Barça foi de cinco pontos: 56 a 51. Equilibrado, ou não? Caiu, dessa forma, outro invicto.

Com um melhor aproveitamento nos lances livres (13-21, 61,9%), o Fenerbahçe talvez pudesse ter evitado tanto sofrimento. Por outro lado, o Barcelona não cuidou bem da bola (19 turnovers), numa atuação atípica de seu perímetro, mas que se explica pelo excesso de desfalques: Juan Carlos Navarro, Brad Oleson e Alejandro Abrines não jogaram.

Até por isso, Marcelinho Huertas foi exigido ao máximo. E o armador correspondeu, fazendo sua melhor partida na temporada. Muitos vão falar do toco que ele sofreu de Jan Vesely no último ataque do tempo regulamentar, mas a verdade é que o brasileiro fez tudo o que pôde para manter sua equipe no jogo. Antes de ser bloqueado por Vesely, ele já havia anotado quatro pontos no mesmo minuto. Na prorrogação, foram  seis pontos, tendo forçado inclusive um empate por 89 a 89 a menos de um minuto do fim.

Do outro lado, o elegante ala-pivô Nemanja Bjelica acabou lhe roubando a cena para ser o grande nome em quadra, mesmo que tenha marcado apenas 13 pontos e cometido 5 desperdícios de posse de bola. Foram do sérvio as duas cestas decisivas do confronto: um tapinha a 14s6 do fim do quarto período e uma bandeja com apenas 2 segundos no cronômetro da prorrogação. Seu compatriota Bogdan Bogdanovic, uma estrela em ascensão na Europa, marcou 23 pontos, matando 50% de seus arremessos em 38 minutos.

Todos amam Nemanja Bjelica, ainda mais depois de um jogo desses

Todos amam Nemanja Bjelica, ainda mais depois de um jogo desses

Os brasileiros
Marcelinho Huertas
marcou 25 pontos em 41 minutos. Além disso, deu cinco assistências e pegou quatro rebotes pelo Barça, convertendo 8 de 17 chutes. Foi agressivo também e cobrou oito lances livres, acertando sete (ambas as maiores marcas do confronto). Obviamente ele trocaria tudo isso por uma vitória.

Huertas, solto como nos tempos de Bilbao, fazendo o que sabe

Huertas, solto como nos tempos de Bilbao, fazendo o que sabe

JP Batista começou jogando o duelo do Limoges com o ALBA Berlin, mas foi limitado a 14 minutos. Nesse tempo, marcou oito pontos, com 4/8 nos arremessos. Os campeões franceses acabaram perdendo em casa por 71 a 65 e foram eliminados da competição, endereçados agora para a Eurocup. O time alemão garantiu a classificação, como quarto colocado do Grupo B (atrás de CSKA, Maccabi e Unicaja), acabando também com as pretensões do Cedevita Zagreb.

Jan Vesely, bem longe de Washington

Jan Vesely, bem longe de Washington

Lembra dele? Jan Vesely (Fenerbahçe)
Já falamos aqui do toco do ala-pivô tcheco para cima de Huertas, assegurando a prorrogação em Barcelona. Só foi mais um indício da recuperação de confiança de um talentoso jogador que simplesmente não se encontrou na NBA, pelos mais diversos motivos (entre os quais pesou demais a bagunça que era o Washington Wizards). Com mais tempo de quadra em seu retorno ao basquete europeu, mesmo num clube cheio de opções para Zeljko Obradovic usar, Vesely vem relembrando os olheiros por que já foi uma sexta escolha de Draft nos Estados Unidos. Ainda estamos falando de um jogador de 24 anos e capacidade atlética e envergadura acima da média para o Velho Continente, que causa muito impacto na defesa – foram três bloqueios, dois roubos de bola e dez rebotes (quatro ofensivos) contra o Barça. Marcou também 16 pontos e alcançou seu maior índice de eficiência até aqui (28), tendo Ante Tomic e Tibor Pleiss do outro lado.

Um causo: os calotes do Galatasaray
O técnico Ergin Ataman vive uma temporada para se esquecer. Já teve uma toalha atirada em sua direção pelo armador Nolan Smith, ex-Blazers. Em Istambul, numa coletiva, acusou os torcedores do Estrela Vermelha de terroristas, baderneiros, sem saber que, fora do ginásio, um sérvio seria esfaqueado por um turco. Além disso, a cada entrevista coletiva ele precisa enfrentar as incessantes perguntas sobre o atraso de salários para os atletas. O ala-pivô Furkan Aldemir, por exemplo, já rescindiu seu contrato e deve fechar com o Philadelphia 76ers, clube que tem seus direitos na NBA. Com a equipe em vias de ser eliminada na primeira fase, mais três atletas já parecem de saída também: o ala italiano Pietro Aradori, o pivô grego Ian Vougioukas e o pivô australiano Nathan Jawai. Obviamente é uma situação que tem impacto direto no que acontece em quadra. Nesta rodada, o Gala perdeu para o Neptunas Klaipeda, fora, por 82 a 72, se complicando. Para se manter vivo no campeonato, o time de Ataman precisa vencer o líder Olympiakos na última rodada, em casa, e que o Neptunas perca para o já eliminado Valencia, fora.

Galatasaray de Arroyo e Ataman se complica; Neptunas de Deividas Gailius tem grande chance

Galatasaray de Arroyo e Ataman se complica; Neptunas de Deividas Gailius tem grande chance

Em números
53% –
Um dos grandes personagens da oitava semana, Daniel Hackett prolongou sua boa fase em vitória do Olimpia Milano sobre o Panathinaikos, em casa, por 66 a 64. O mais interessante foi que o armador ítalo-americano tentou 53% dos arremessos de quadra de sua equipe: uma concentração muito incomum para o basquete europeu (17 de 32). Hackett somou 21 pontos, 4 assistências e 4 rebotes. O segundo maior pontuador do time foi o fogoso Alessandro Gentile, com 9 pontos.

James White, o helicóptero humano, na vitória do Unics sobre o Zalgiris

James White, o helicóptero humano, na vitória do Unics sobre o Zalgiris

50% – Duas das quatro vagas do Grupo A ainda estão abertas, na chave mais equilibrada da primeira fase. Com apenas uma vitória em nove rodadas, o Dínamo Sassari não foi páreo para ninguém. De resto, a batalha segue em aberto. Hoje, Unics, com cinco vitórias e quatro derrotas, e Zalgiris, com quatro e cinco, estariam garantidos. Acontece que o Nizhny tem a mesma campanha do quarto colocado, cheio de moral depois de ter batido o Anadolu Efes em Istambul, por 65 a 61. O Unics venceu o confronto direto com o Zalgiris por 73 a 60 e, na última rodada, vai visitar o Nizhny (quem vencer, avança), enquanto o clube lituano recebe o lanterinha Sassari, em situação favorável (pode se classificar mesmo se perder, desde que o Unics vença).

37 – Já despachado, o Bayern de Munique venceu o Turow Zgorzelec por 95 a 89, em casa, com 37 pontos de eficiência do veterano ala-pivô sérvio Dusko Savanovic, o MVP da jornada. Savanovic anotou 31 pontos e pegou 6 rebotes, convertendo 11 de 16 arremessos  (4-6 de três pontos), em apenas 25 minutos.

Tuitando

Em entrevista, Spanoulis diz que já ficou perto de assinar com o Barcelona. Imagine ele ao lado de Navarro? Afe. Para completar, disse que jamais defenderia o Real Madrid. Galáctico não é com ele. 

Com tantos desfalques no Barcelona, o croata Mario Hezonja…

Spike Lee foi a Milão e não perdeu a chance de ver um jogo da Euroliga de perto: Olimpia Milano x Panathinaikos. Na fase que vive o Knicks, não demora para o cineasta virar a casaca. Brincando, ele disse que a partida foi disparada a melhor que ele viu na temporada.


Euroligado: Barça de Huertas atropela, Limoges de JP batalha
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Giancarlo Giampietro

Bongou-Colo (d): pura energia para o Limoges de JP

Bongou-Colo (d): pura energia para o Limoges de JP

Enquanto o Barcelona de Marcelinho Huertas segue invicto e arrasador, o Limoges de JP Batista faz de tudo para ainda se manter no páreo. Na oitava semana da Euroliga, os dois representantes brasileiros saíram de quadra satisfeitos com os resultados de suas equipes. Mesmo que eles tenham sido bastante diferentes. Acompanhem.

O jogo da rodada: Limoges 67 x 64 Unicaja Málaga
Não foi o duelo mais bonito, como o placar baixo não deixa mentir. Mas a maneira como chegamos a esse resultado foi para fazer levantar da cadeira até mesmo o torcedor francês mais contido. O Málaga chegou a abrir 20 pontos de vantagem ainda no primeiro tempo, fora de casa, e levou a virada.

Para ser mais preciso: o placar apontava 32 a 12 a favor do time espanhol com 16 minutos de jogo, depois de uma bandeja do ala Will Thomas. Mas os atuais campeões franceses batalharam pelo placar e conseguiram uma grande vitória que os mantém com chances de classificação para o Top 16, mesmo que numa situação ainda desfavorável.

João Paulo Batista já estava em quadra quando os espanhóis tinham essa larga diferença. O pivô, todavia, foi importantíssimo na reação dos donos da casa. Com quatro pontos e uma assistência, ajudou os donos da casa a reduzir a desvantagem para 13 pontos antes do intervalo.

No terceiro período, então, ele brilhou. O pernambucano foi mantido no quinteto inicial e marcou dez pontos na parcial, sendo sua quinta cesta de quadra justamente aquela que valeu pelo 41 a 41, o primeiro empate desde que os espanhóis abriram larga vantagem, com 28 minutos rodados no cronômetro.

A despeito da pressão, o Unicaja de Joan Plaza não ruiu. Controlou os nervos e fez um jogo parelho no quarto final, defendendo bem, ainda que seu ataque funcionasse aos tropeços. Aí foi a vez de o ala-armador Jamar Smith despontar. O americano, que chegou a assinar contrato com o Boston Celtics nos tempos de Fabrício Melo, converteu três bolas de longa distância e, junto com as cravadas de um sempre agressivo Nobel Boungou-Colo, foi instrumental na vitória.

Smith somou 18 pontos, cinco assistências e quatro rebotes. Bongou-Colo também contribuiu de modo versátil, com 12 pontos, sete rebotes e quatro assistências. O arremessador Ryan Toolson, sobrinho de Danny Ainge, anotou 15 pontos em 29 minutos pelos espanhóis.

O Málaga pode ter perdido, mas assegurou sua vaga na segunda fase, ao lado de CSKA Moscou e Maccabi Tel Aviv. Resta, então, só o quarto lugar em jogo, e o Limoges ainda sonha. Os franceses estão na lanterna do grupo, com dois triunfos e seis reveses, mesma campanha do Cedevita Zagreb. A equipe croata, por ora, leva a melhor tanto no saldo de pontos (-41 a -66) como no confronto direto (por ter vencido o segundo duelo por mais pontos). O ALBA Berlin é quem está mais bem posicionado, com três vitórias e cinco derrotas. Um detalhe, no entanto: o clube alemão encara o Limoges na próxima rodada e o Cedevita na última. A disputa promete.

Os brasileiros
Bem, já falamos do papel decisivo de JP Batista na virada. Então aqui ficam os números finais dele na partida: 14 pontos em 23 minutos, com uma jornada perfeita nos arremessos (6/6 nos chutes de quadra e 2/2 nos lances livres). Ele ainda pegou dois rebotes ofensivos, deu uma assistência e conseguiu uma roubada de bola.

Huertas contra Tony Taylor, jovem armador americano do Turow

Huertas contra Tony Taylor, jovem armador americano do Turow

Marcelinho Huertas pouco jogou na vitória do Barcelona sobre o Turow Zgorzelec, na Polônia. Isso tem pouco a ver com o basquete do armador, que somou cinco pontos e três assistências em apenas 15 minutos. É que essa foi a partida mais fácil do Barça na competição, mesmo, com placar de 104 a 65, dando a chance para o técnico Xavi Pascual preservar seus principais atletas. Até mesmo o adolescente Ludde Hakanson, sueco de apenas 17 anos, foi para quadra, jogando os últimos 8 minutos, com três pontos e duas assistências. O jovem croata Mario Hezonja marcou 15 pontos em 17 minutos.

Somente o CSKA Moscou se equipara ao clube catalão em termos de sequência de vitórias no campeonato. São os únicos invictos. O time moscovita, no entanto, tem melhor saldo de pontos: 129 a 112, depois de ter batido o Cedevita Zagreb em casa, por 97 a 79.

Um causo
O armador Daniel Hackett se meteu em uma enrascada durante a temporada de seleções deste ano. Insatisfeito com seu papel na Squadra Azzurra do basquete, o ítalo-americano simplesmente abandonou a concentração da equipe, sem avisar ou pedir permissão para ninguém. A atitude, claro, não pegou nada bem. A ponto de a confederação italiana suspender o atleta por seis meses de qualquer atividade basqueteira no país. Arrivederci!

Daniel Hackett, numa das atuações mais impressionantes da temporada. Perdoado

Daniel Hackett, numa das atuações mais impressionantes da temporada. Perdoado

O Olimpia Milano, seu clube, estudou rescindir seu contrato, sem pagamento. Afinal, com um gancho desses, ele perderia 26 jogos da liga local. O jogador, porém, pediu desculpas aos diretores e encontrou um meio termo: seu salário para a atual temporada foi reduzido, enquanto o contrato de 2015-2016 segue validado, integralmente. Mas por que bancar um cara que nem vai jogar?

O que pega é que, em jogos da Euroliga, em outra esfera, Hackett está liberado para atuar. Além disso, o Olimpia sabe que estava lidando com um atleta que pode fazer a diferença. Com 1,99 m, é alto e bastante ágil em sua posição para os padrões do Velho Continente. Pressiona os adversários demais em cima do drible e, no ataque, tem facilidade para concluir suas jogadas, embora seu arremesso ainda seja suspeito, especialmente quando em movimento.

Contra o Bayern de Munique, na quarta-feira, porém, caiu praticamente tudo, e na principal hora. O esquentadinho jogador anotou 19 de seus 25 pontos no quarto período e liderou o clube italiano a uma vitória no sufoco sobre o Bayern de Munique, em casa, por 83 a 81. Foi dele a cesta decisiva a 1s5 do fim. E agora? Estão todos satisfeitos com o acordo? O Olimpia Milano ficou muito perto da classificação no Grupo da Morte.

Em números
2.535
– Vassilis Spanoulis chegou a essa quantia de pontos para superar Jaka Lakovic e se tornar o terceiro maior cestinha da história da Euroliga, atrás apenas de Juan Carlos Navarro, o líder disparado, e de Marcus Brown, ala americano que defendeu sete clubes diferentes na Europa, com destaque para CSKA e Maccabi. Navarro tem 3.496 e ainda está em atividade. É praticamente impossível que qualquer atleta o supere. Já Brown tem 2.739 pontos, algo mais plausível para o craque grego. Spanoulis, por outro lado, já tem um recorde memorável a seu favor: é o único a integrar tanto o top 5 de pontos como de assistências da competição. Ele já deu 710 passes para cesta. Acima dele aparecem Sarunas Jasikevicius (4º), Pablo Prigioni (3º), Theo Papaloukas (2º) e Dimitris Diamantidis (1º). Só. Ah, e o Olympiakos, líder do Grupo D, bateu o Neptunas Klaipeda, da Lituânia, por 89 a 79 em casa.

98 – O Real Madrid se recuperou da derrota sofrida para o UNICS Kazan na semana passada. Ou quase isso. Contra outro rival russo, o Nizhny Novgorod, o time blanco venceu e marcou 101 pontos. Perfeito, certo? Não fossem os 98 pontos que sua defesa sofreu contra um time que não havia feito mais que 89 pontos até aqui – e contra o lanterninha Dínamo Sassari. O Real lidera o Grupo A, com seis vitórias e duas derrotas, mas seu desempenho jogo a jogo certamente já inspira preocupação para a torcida merengue. Nos últimos quatro confrontos, foram dois reveses e dois triunfos que combinaram para um saldo de apenas cinco pontos.

43 – Foi o índice de eficiência obtido pelo pivô D’Or Fischer, do UNICS, na vitória sobre o Sassari, com 23 pontos, 15 rebotes e 3 assistências, tendo errado apenas um arremesso em 11 tentativas. O americano de 33 anos vive fase excepcional. Contra o Real, sua linha estatística já havia sido de 25 pontos, 8 rebotes e 11-17 nos arremessos. Até aqui, o pivô errou apenas 11 de 55 chutes em oito partidas, para um aproveitamento absurdo de 80% de quadra. É o mesmo que ele mata nos lances livres.

2 – O Zalgiris Kaunas foi limitado a apenas dois pontos no primeiro quarto de uma derrota por 66 a 57 para o Anadolu Efes, um recorde negativo do torneio, que o próprio clube lituano compartilhava com outros três times. Na reta final do terceiro quarto, o Zalgiris, jogando em casa, havia convertido apenas sete cestas de quadra, uma dureza, com a defesa da equipe de Dusan Ivkovic sufocando. No final, os anfitriões terminaram com 15/53 nos chutes.

1 – Depois de quatro tentativas, Laboral Kutxa conseguiu a primeira vitória fora de casa, derrotando justamente um adversário que estava invicto como mandante: o Galatasaray, em Istambul, por 89 a 82. O veterano ala Fernando San Emeterio conseguiu sua maior contagem individual pelo torneio, com 25 pontos, mas foi o armador americano Doron Perkins quem decidiu o jogo no fim, com inesperados 9 pontos nos últimos minutos (mais do que ele havia feito nos últimos seis… jogos!). O clube basco, que já demitiu o técnico Marco Crespi durante a campanha, chega agora a dois triunfos seguidos e se posiciona bem na briga por vaga, assumindo a terceira posição do Grupo D, com 4-4. O Galatasaray está em quarto, com 3-5, superando o Neptunas nos critérios de desempate.

Tuitando

A mídia turca e a galera na Espanha estão dando como certa a transferência de Thomas Heurtel para o Anadolu Efes antes do Top 16 da Euroliga. O armador francês vai se tornar agente livre ao final da temporada, com a cotação em alta. É mais um jogador de que o clube basco vai ter de se desfazer para faturar uma graninha, depois de ajudar a desenvolvê-lo.

É, ao que parece o Olimpia Milano já concedeu perdão a Daniel Hackett.


As 10 melhores jogadas da rodada!


O técnico que prefere revelar jovens a usar um americano meia boca
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Giancarlo Giampietro

Dusan "Duda" Ivkovic e um projeto para ser acompanhado de perto

Dusan “Duda” Ivkovic e um projeto para ser acompanhado de perto

Não é falta de ideia, juro. É que vale a pena ser lido e pode ter ficado perdido no site oficial da Euroliga se você não tem o hábito de dar uma passada por lá. Então tomo mais uma liberdade de tentar traduzir abaixo, deixando uma ou outra frase de fora, um depoimento do técnico sérvio Dusan Ivkovic, atual comandante do Anadolu Efes, de Istambul.

Esse é um clube turco que decidiu investir pesado para esta temporada, pensando também no futuro. Um clube com grana, mas tambeem com um projeto interessante que conta com algumas estrelas do basquete europeu, como Nenad Krstic, Stratos Perperoglou e Stephane Lasme, sem deixar de abrir espaço para jovens apostas.

O croata Dario Saric, selecionado pelo Sixers no último Draft da NBA, é uma das revelações contratadas. Não se trata de uma promessa: já uma realidade, tendo sido eleito o MVP da competição em novembro. Entre os demais garotos, vale destacar Cedi Osman, ala-armador turco de apenas 19 anos, eleito o melhor jogador do último Europeu Sub-19 e já convocado para a última Copa do Mundo, assim como Saric. Ele só estará fora de ação nas próximas semanas devido a uma torção de tornozelo.

Dario Saric, jovem estrela sob a tutela de Ivkovic

Dario Saric, jovem estrela sob a tutela de Ivkovic

Em seu texto, Ivkovic fala sobre como a chance de trabalhar novamente com atletas mais jovens foi um dos fatores que o convenceu a aceitar o cargo. Muitos já davam o veterano treinador como aposentado. Abaixo, ele diz que não era bem assim.

Esse é um dos pontos que motiva a tradução. Na busca pelo novo, não se pode esquecer as mentes colaboradoras do passado. No caso de Ivkovic, não havia esse risco, claro. Ainda é uma figura muito respeitada na Europa – conquistou sua segunda Euroliga, inclusive, não faz muito tempo, em 2012.

Todavia, o mais importante, mesmo, que acho que tem relevância e ressonância para o mercado brasileiro é o modo como ele fala a respeito de suas motivações no trato com atletas mais jovens, para desenvolvê-los. E sobre como nem sempre a válvula de escape norte-americana é a mais viável. Aquela coisa de: “Seu time está com problemas? Então tasca um gringo aí, mermão”. Com esse treinador em específico, não cola. No Brasil, quais são os clubes que estão efetivamente abraçando os jogadores mais jovens, dando a eles a chance de aprender em quadra, com seus próprios erros? Erros que podem ser corrigidos com um trabalho atencioso, dedicado, durante a semana? Quantos americanos são contratados por DVD, sem nem mesmo que se considere a possibilidade de trabalhar com os jovens da base?

Derrick Carater teria vez com Ivkovic?

Derrick Carater teria vez com Ivkovic?

Recentemente, vimos o Flamengo cair nessa, num exemplo célebre que atende pelo nome de Derrick Caracter. Um veterano cheio de problemas que quase tirou de quadra um talento como o de Cristiano Felício, na excursão rubro-negra pelas quadras da NBA. Este é um caso recente e que teve repercussão. Mas obviamente não foi um fato isolado.

Cada um interpreta e assimila o depoimento da forma que quiser. Não se trata de uma Verdade Absoluta, de um 11º Mandamento irrevogável. É apenas uma visão interessante, de uma das personalidades mais influentes e vencedoras do esporte, que ajudou na formação de diversos talentos nas últimas décadas.

Com a Iugoslávia/Sérvia e Montenegro/Sérvia, ele foi tricampeão europeu, campeão mundial, vice olímpico. Pelo Olympiakos, ganhou duas Euroligas, com 15 anos separando uma conquista da outra. O currículo completo está aqui para apreciação.  Tendo isso em mente, vamos ao texto, com o seguinte título: “Não existem atalhos”. Confira:

“Primeiro de tudo, gostaria de expressar minha satisfação com meu retorno à Euroliga, a melhor competição na Europa. Já participei dela por muitos anos com algumas equipes. Desde o AEK Atenas ao CSKA Moscou, Dínamo Moscou, Olympiakos e agora o Anadolu Efes. Por que retornei? Simplesmente porque sinto que ainda sou capaz de trabalhar bem. Minha filosofia é que, se alguém ainda sente que pode trabalhar, tem de fazer isso, desde que possa garantir qualidade ao seu esforço. Tive algumas ofertas quando estava dirigindo a seleção sérvia, mas não queria dividir funções, porque uma das partes sempre vai sofrer, seja o clube ou a equipe nacional.

Cedi Osman, uma das grandes promessas do basquete turco. Olho nele

Cedi Osman, uma das grandes promessas do basquete turco. Olho nele

Não é uma questão de cansaço físico – houve anos em que trabalhei por 12 meses –, mas, sim, de todo o processo que envolve o trabalho. Há coisas para se fazer nos clubes que acontecem durante o período de férias, coisas da qual você não pode tomar parte se estiver com uma seleção nacional. Havia diversas opções para eu me manter conectado ao basquete, que é a minha vida, sem retornar ao banco, para treinar. Mas, com o apoio da minha família, decidi voltar à lateral da quadra com um novo projeto em um país que tem um grande futuro em todos os sentidos. Um grande trabalho vem sendo realizado com os jogadores jovens aqui na Turquia, e o progresso fica evidente a toda hora. A Turquia começou a vencer medalhas nas categorias menores, e isso é a melhor garantia para o sucesso do basquete turco no futuro.

O maior desafio para qualquer treinador no início de temporada é montar um time e dar química, um alto grau de entendimento entre os jogadores. É um processo longo que requer tempo, trabalho e a paciência de todos. No basquete, não existem atalhos. Alguns jogos podem ser vencidos por inspiração ou um pouco de sorte, mas chegar ao ponto em que os jogadores se entendam com um simples olhar é um processo que leva, no mínimo, cerca de dois anos de trabalho coletivo. Você precisa formar um conjunto entre ataque e defesa de uma forma de colaboração praticamente automática.

Comparado com a campanha passada, o Anadolu Efes manteve apenas alguns jogadores. Além disso, tenho alguns garotos que nem mesmo pensavam que estariam com o time principal nesta temporada, mas minha ideia é usar estes jovens talentos turcos o máximo que puder, algo que já fiz no Olympiakos com jogadores gregos. Para compensar essa juventude e falta de experiência, assinamos com algumas estrela que já lutaram em diversas batalhas nessa competição. Vamos levar as coisas adiante passo a passo, com paciência e trabalho duro. Uma mudança de geração é algo difícil nos esportes coletivos. No meu ponto de vista, o Anadolu Efes precisa ter um papel relevante na Euroliga de 2015-2016. A única fórmula possível para isso é dar confiança aos garotos e fazer um bom trabalho individual com cada um dos jogadores.

Acho que todos os treinadores conhecem essa fórmula, mas eles não a aplicam em uma atmosfera de pressão, seja de diretores do clube, da imprensa, da torcida. Felizmente, este não é meu caso. Psso lidar com qualquer tipo de pressão e dar essa oportunidade aos jogadores jovens: quero que eles assumam a responsabilidade. Outro tipo de pressão que muitos técnicos enfrentam é a enxurrada de jogadores medianos da América, que muitas vezes tiram o lugar de jovens europeus, cortando seu desenvolvimento. Por um lado, a qualidade duvidosa de alguns desses jogadores não é o bastante para se vencer jogos, e, por outro, perde-se muito ao manter os talentos mais jovens no banco ou até mesmo fora do elenco. Há vezes em que os danos aos jogadores mais jovens são irreparáveis. Isso caminha junto com problema geral do basquete europeu de ver seu talento migrar cedo para a NBA.  Já dirigi muitos jogadores que tiveram sucesso na NBA porque saíram no momento certo, com maturidade e experiência. Porém, muitos deles saem bem jovens e despreparados, e aí retornam piores. Perderam tempo por terem sido impacientes.

Ivkovic e Divac em algum ponto dos anos 90. História para contar

Ivkovic e Divac em algum ponto dos anos 90. História para contar

Vale gastar umas palavras para falar sobre o que chamo de “preparação mental”. Isso também é um processo de trabalho diário. Eu pessoalmente prefiro trabalhar sozinho, sem um psicólogo, porque acredito que uma terceira pessoa entre o jogador e o técnico jogador não seja necessária. O técnico também precisa ser um psicólogo e entender a alma dos jogadores e entrar na cabeça e no coração deles para saber o que têm por dentro. Você tem de conversar bastante com eles, sozinho ou com todos reunidos no vestiário, mas tem sempre de pedir mais dos melhores jogadores. Já foi acusado de não ser capaz de lidar com estrelas, mas acho que é o contrário: sempre fui mais crítico com os melhores jogadores porque sabia que eles poderiam lidar com isso, e é por isso que chegamos juntos ao topo muitas vezes. Não posso cobrar tanto assim dos mais jovens. Com eles, você tem de ensinar e ser paciente.”

(Fim.)


Euroligado: vai ter festa em Madri?
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Giancarlo Giampietro

Nikos Zisis manda um beijo para a mamãe, para o papai e para a torcida do Real. Água no chope

Nikos Zisis manda um beijo para a mamãe, para o papai e para a torcida do Real. Água no chope

Na semana em que a Euroliga comemorou pleno sucesso na venda dos ingressos para o seu Final Four, Madri era para estar em polvorosa. Afinal, a capital espanhola será a sede da fase decisiva da competição. Do total vendido, 40% foram direcionados para torcedores declarados do Real – a festa já estava pronta, e com muita antecedência: estamos apenas na sétima semana do torneio, e os jogos finais serão disputados em 15 e 17 de maio. E aí que, no dia seguinte da compra, o UNICS Kazan, da Rússia, tratou de por todo o fanatismo merengue em dúvida ao vencer a superpotência europeia fora de casa por incríveis 85 a 75. No papel, o Real é um dos favoritos ao título. Entra nessa conta o fato de eles também terem sido vice-campeões nos últimos dois anos. Um time de chegada, ou quase isso. Nesta campanha, porém, o time vai enfrentando mais dificuldades. Ainda que tenham enganchado uma sequência de até 12 triunfos oficiais no início da temporada, algumas dessas vitórias foram bem apertadas, no sufoco. Como a da rodada passada sobre o Zalgiris Kaunas. Uma derrota para o clube russo certamente não estava nos planos do técnico Pablo Laso, ainda mais na Espanha. Foi a segunda do Real pelo Grupo A, no qual ainda é líder, mas sem aquela aura de imbatível.

O jogo da rodada: Barcelona 84 x 80 Olimpia Milano
Três outras partidas poderiam entrar aqui facilmente: 1) Real x UNICS, pelas razões citadas acima; 2) Laboral Kutxa 89 x 70 Olympiakos, pelo fato de mais um invicto ter caído, e de forma surpreendente, e de algumas marcas estatísticas importantes terem sido obtidas; 3) ALBA Berlin 79 x 78 Unicaja Málaga, com direito a cesta no estouro do cronômetro para os alemães.

Mas vamos com o sétimo triunfo seguido do Barça na Euroliga, pelo alto nível da partida e pela forma pela qual ele foi construído. O time italiano é uma das decepções da temporada, com um time caro, pretensioso, mas que havia vencido apenas dois de seus primeiros seis jogos. Está certo: os caras caíram no Grupo da Morte. Complica, mesmo. Por outro lado, esperava-se uma equipe muito mais competitiva. Que finalmente deu as caras nesta sexta-feira, desafiando ao máximo o clube catalão, fora de casa.

Os visitantes italianos tinham uma vantagem de 11 pontos na metade do terceiro período, mas não conseguiram manter esse controle de jogo. O armador tcheco Tomas Satoransky e o ala-armador Brad Oleson comandaram uma virada que deixou o time blaugrana na frente no placar, no início do quarto final, com 57 a 56. Os últimos 10 minutos foram bastante emocionantes, lá e cá. Nos últimos 2min45s de jogo, para se ter uma ideia, houve sete trocas de liderança. E aí que, com 7s7 no cronômetro, o pivô Nicolo Melli perdeu as estribeiras e fez uma falta antidesportiva em cima do jovem ala Alejandro Abrines. O Barça conseguiu três pontos na linha de lance livre, e aí Inês morreu de vez.

Para vencer, o técnico Xavier Pascual teve uma boa ajuda de sua dupla croata. Melhor pivô da temporada passada, Ante Tomic contribuiu com 18 pontos e 7 rebotes em 28 minutos, convertendo todos os seus oito lances livres. Já o jovem ala Mario Hezonja, muito mais utilizado pelo treinador nas últimas semanas, depois da pressão feita por seu agente Arn Tellem, somou 13 pontos, 2 rebotes, 2 assistências em 22 minutos. Pelo Milano, o armador Daniel Hackett acumulou com 21 pontos, 5 assistências e 5 rebotes. Alto e atlético, ele converteu 4 de 6 arremessos de longa distância e acabou falhando nas suas conclusões mais próximas da cesta, com 4/15 nas bolas de 2 pontos.

Os brasileiros
Marcelinho Huertas teve dificuldades contra a atlética defesa do Olimpia Milano, cometendo o dobro de turnovers em relação a suas assistências (6 x 3), em 22 minutos. O brasileiro ainda apanhou cinco rebotes e marcou 7 pontos, com 50% nos arremessos. Um de seus passes para cesta, no entanto, foi espetacular (veja abaixo). Já JP Batista foi ainda menos efetivo na derrota do Limoges para o Cedevita Zagreb, na Croácia, por 102 a 83. O pernambucano ficou em quadra por 12 minutos e terminou com dois pontos, duas assistências e um rebote, sendo pouco envolvido no ataque dessa vez. O resultado foi péssimo e deixa o time numa situação para lá de delicada no Grupo B, como lanterna e com um saldo de pontos grave.

Lembra dele? Nemanja Bjelica (Fenerbahçe)
Um dos algozes do Brasil na Copa do Mundo, o ala-pivô vem em grande fase pelo clube turco. Na quinta-feira, o talentoso atleta de 2,11 m marcou um double-double em vitória contra o Turow Zgorzelec, com 16 pontos e 10 rebotes em apenas 26 minutos. Pela primeira vez na temporada, seu arremessos de três pontos funcionou com eficiência (2/3). A mira desajustada, no entanto, não o impediu de causar impacto nas partidas anteriores, provando que seu jogo é muito superior ao de um mero strecth four. Flip Saunders e o Minnesota Timberwolves deveriam dar um jeito de assinar com o sérvio o mais rápido possível. É um craque.

Bjelica, todo saidinho. Seus direitos na NBA pertencem ao Timberwolves

Bjelica, todo saidinho. Seus direitos na NBA pertencem ao Timberwolves

Em números
25.000 – O Baskonia/hojeLaboral Kutxa/ex-Caja Laboral/ex-TAU Cerámica (como se popularizaram por aqui na época em que contavam com Tiago Splitter e, depois, Marcelinho Huertas) ultrapassou na quinta-feira a marca de 25 mil pontos na história da Euroliga. Um recorde. Em 310 jogos, dando média de mais de 80 por partida. De fato, o clube basco sempre foi reconhecido por seu estilo ofensivo, contando com o talento de diversos jogadores sul-americanos para isso. Scola, Prigioni, Nocioni e Oberto foram outros a brilhar por lá. Nada melhor para celebrar essa marca do que bater o poderoso Olympiakos em casa. E ninguém melhor que o capitão Fernando San Emeterio para registrar o momento.

O esforço defensivo do Laboral Kutxa para brecar um dos maiores cestinhas europeus

O esforço defensivo do Laboral Kutxa para brecar um dos maiores cestinhas europeus

2.500 – Na mesma partida, Vassilis Spanoulis se tornou o quarto maior cestinha da Euroliga, superando seu ex-companheiro de Panathinaikos, Mike Batiste. O astro grego tem agora exatamente 2.522 pontos (depois de ter anotado 27 no duelo). Com mais uma bola de três, vai superar o esloveno Jaka Lakovic e se tornar o terceiro maior pontuador, atrás apenas do americano Marcus Brown, que jogou muita bola pelo CSKA no auge, e de Juan Carlos Navarro, a lenda vivíssima do Barcelona, que tem mais de 3.400 pontos e dificilmente vai ser alcançado.

Sonny Weems bloqueia Yogev Ohayon: o CSKA já é favorito a jogar o F4 em Madri

Sonny Weems bloqueia Yogev Ohayon: o CSKA já é favorito a jogar o F4 em Madri

800 – A Euroliga não divulgou a quantidade exata de ingressos vendidos, limitando-se a dizer que os ingressos básicos foram esgotados. Mas ainda restam entradas disponíveis. Cada clube classificado para o Final Four vai receber uma carga de 800 tickets. Além disso, os famosos ingressos premium ficarão disponíveis no final do ano, assim como os ingressos acompanhados de pacotes de viagem. Se você tiver interesse, a agência oficial é a Detur.

36 – O índice de eficiência do gigante Boban Marjanovic na vitória do Estrela Vermelha sobre o Neptunas Klaipeda por 79 a 62, estabelecida num terceiro período arrasador (27 a 10). O pivô sérvio foi mais uma vez dominante no garrafão, com 24 pontos e 12 rebotes, matando 11 de seus 13 arremessos para ganhar novamente o prêmio de MVP da jornada. Ele e o americano Andrew Goudelock, do Fenerbahçe, são os únicos a repetir a conquista nesta temporada.

23 – Mais uma rodada, mais um baile promovido pelo CSKA Moscou, que agora venceu o Maccabi Tel Aviv, em Israel, por 23 pontos de vantagem: 84 a 61. Um dos únicos invictos da competição ao lado do Barça, o time russo tem agora 111 pontos de saldo na liderança do Grupo B. É a melhor campanha até aqui.

Tuitando

O americano Reggie Redding teve sua jornada de herói ao definir o triunfo do ALBA sobre o Unicaja Málaga com uma corajosa e perfeita bandeja no último lance. O ala de 26 anos, que se formou pela Universidade de Villanova, já jogou no Chipre e está na Alemanha desde 2011, também fez seu melhor jogo da temporada, com 19 pontos, 6 rebotes e 5 assistências em 30 minutos.

O georgiano Tornike Shengelia, ex-Nets e Bulls, deu um duro danado contra o Olympiakos, o que é de praxe em seu jogo: 14 pontos, 7 rebotes, 2 tocos, 2 roubos de bola e 3 assistências em 28 minutos intensos, mas que valeram a pena. Nada melhor que uma vitória como recompensa.

As jogadas da semana!


Euroligado: após jogaço, estupidez e morte
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Giancarlo Giampietro

Torcida do Galatasaray apoia muito seu clube, mas também aponta para os rivais

Torcida do Galatasaray apoia muito seu clube, mas também aponta para os rivais

O fenômeno da estupidez tem alcance global.

Depois de uma partida histórica em Istambul contra o Galatasaray, um torcedor do Estrela Vermelha acabou morto por uma facada em confronto dos torcedores/paramilitares de sempre nos arredores do ginásio Abdi Ipekçi. Marko Ivkovic tinha 25 anos e foi apunhalado no coração. Ele acompanhava um contingente de centenas de hooligans do clube sérvio – estima-se que 400 viajaram até a Turquia. Trata-se, sabidamente, de um time encrenqueiro, com muitas histórias sangrentas para contar. Foram recebidos dentro da arena por cartazes de mal gosto, bandeiras da Armênia e gritos de “Kosovo” por parte dos anfitriões. Obviamente que nada de positivo poderia sair de uma situação dessas.

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Se o episódio já não cumprisse com toda a cota de tragédia e demência que uma semana esportiva pode pedir, o técnico Ergin Ataman, da seleção nacional turca e do tradicional clube, foi no mínimo imprudente ao declarar em entrevista ainda no ginásio que os seguidores adversários eram todos verdadeiros terroristas – sem, no entanto, dirigir nenhuma palavra contra a torcida de seu próprio clube. Ele soltou a frase antes de tomar nota a respeito da morte do turista e se viu obrigado a pedir desculpas públicas horas depois, sem se livrar de um incidente diplomático. As desculpas que não foram aceitas pelo primeiro ministro sérvio Aleksandar Vucic, que declarou que Ataman não seria mais uma figura bem-vinda nas fronteiras de seu país.

Algumas imagens da confusão:

Foi uma grande rodada da Euroliga, que acaba perdendo em repercussão para esse tipo de incidente que teima em acontecer. Barcelona, CSKA Moscou e Olympiakos seguem invictos e já estão garantidos na fase de Top 16. Restam três vagas, então.

O jogo da rodada: Galatasaray 110 x 103 Estrela Vermelha
Pode corrigir aí: foi o jogo da temporada até o momento. E, a partir daqui, vale o esforço para nos concentrar apenas no que aconteceu em quadra, em partida que tive a sorte de transmitir pelo Sports+, ao lado do Marcelo do Ó. Dupla prorrogação, uma cesta de três pontos quase do meio do quadra para forçar o primeiro tempo extra, um time de veteranos pressionados de um lado, uma das equipes mais jovens da competição do outro, disposta a aprontar.

O contexto do time turco era preocupante. Perderam para o Fenerbahçe no clássico pela liga nacional e, durante a semana, ainda tiveram de lidar com uma briga em treinamento envolvendo Carlos Arroyo e o gigantesco Nathan Jawai. Já o Estrela vinha de sua primeira vitória fora de casa, sobre o Laboral Kutxa, e em grande estilo. Na Liga Adriática, o clube, que tem no americano Marcus Williams, de 29 anos, seu atleta mais velho, estava invicto, fazendo grande campanha, com oito vitórias.

Num terceiro período avassalador, com Williams bastante inspirado na condução da equipe, o Estrela Vermelha venceu por 23 a 9 e chegou a abrir uma liderança de 11 pontos. Os donos da casa, porém, tiveram sangue frio para reagir. Foi um desfecho emocionante, no qual o ala-pivô Zoran Erceg, grande nome da partida, acertou a seguinte bola para empatar a partida contra seus compatriotas:

O Estrela Vermelha não se desesperou, manteve a compostura e contou com boas jogadas do ala Nikola Kalinic e lances livres do gigante Boban Marjanovic para se manter com chances. Os visitantes venciam por 96 a 94 com Marjanovic na linha. Arroyo igualou o marcador, na mesma moeda. Williams buscou uma infiltração no último ataque, mas não conseguiu cavar uma falta e nem completar a bandeja, fazendo um turnover.  Na segunda prorrogação, os veteranos do Galatasaray mostraram que ainda têm muita perna para render. O pivô Keren Gonlum, que completa 37 anos neste sábado, foi um guerreiro nos rebotes. Mas quem cresceu foi Arroyo, que adora esse tipo de confusão, como bem sabemos. Ele converteu três bolas de longa distância para levar sua torcida ao delírio e afastar de vez a garotada sérvia da vitória.

Alguns números desse jogo épico: Erceg terminou com 32 pontos em 41 minutos, sete rebotes, duas assistências, dois roubos de bola e 100% nos lances livres com 14 batidos, para alcançar um índice de eficiência de 41, levando o prêmio de MVP da jornada; aos 35 anos, Arroyo jogou todos os 50 minutos da partida, anotando 26 pontos, 18 deles em chutes de fora (mas com um detalhe: ele arriscou nada menos que 17 tiros de três); Williams estabeleceu um recorde de 17 assistências na competição; Marjanovic foi mais uma vez uma força irresistível no garrafão, com 23 pontos e 17 rebotes (oito ofensivos) e índice de eficiência de 39; o talentoso Kalinic marcou 21 pontos  em 25 minutos e surpreendeu com 3/5 nos arremessos de fora; Luka Mitrovic, de apenas 21 anos, alcançou um recorde pessoal: 30 pontos, em 33 minutos, lidando com problemas de faltas durante todo o segundo tempo.

Carlos Arroyo, quem dirai, viron um Ironman aos 35 anos

Carlos Arroyo, quem dirai, viron um Ironman aos 35 anos

Os brasileiros
Marcelinho Huertas fez sua melhor partida na competição até aqui, dando o tom na tranquilíssima vitória do Barcelona sobre o Bayern de Munique na quinta-feira, na Baviera. O clube alemão jogou com uma intensidade deprimente, sem reação, vendo o time catalão abrir larga vantagem já no segundo período e caminhar para um triunfo por 99 a 77. O armador somou 15 pontos, deu 6 assistências, pegou 4 rebotes e matou 6 de seus 7 arremessos, com ótimo aproveitamento dentro do perímetro (5/6 – para alguém que havia acertado apenas 5/25 no primeiro turno). Huertas esteve agressivo desde o princípio, batendo com facilidade os defensores adversários, abrindo uma porteira para a boiada. O Barça acertou 55,3% de dois pontos, 46,2% de dois e bateu 24 lances livres. Um passeio do líder.

JP Batista foi fundamental numa reação do Limoges contra o Maccabi Tel Aviv, mas, no finalzinho, Jeremy Pargo resolveu jogar para dar aos atuais campeões o triunfo fora de casa: 79 a 73. Com o pernambucano em quadra, o time francês tirou no quarto período uma vantagem de até 11 pontos dos israelenses, chegando a assumir a liderança a quatro minutos do fim. João Paulo não pontuou muito nesse quarto, mas teve papel tático relevante com sua presença física no garrafão, atraindo os defensores e limpando quadra para rebotes, chutes e infiltrações de seus companheiros. O pivô marcou 9 pontos, cinco deles em lances livres, e apanhou três rebotes em 19 minutos. Para diminuir seu impacto, o técnico Guy Goodes se viu obrigado a sacar o ágil Alex Tyus para por em quadra o massa bruta Sofo Schortsanitis. Um movimento irônico, já que, em geral, é o pivô grego que força o ajuste por parte dos oponentes.

De Colo, recomeçando na Rússia

De Colo, recomeçando na Rússia

Lembra dele? Nando De Colo (CSKA Moscou)
O ala-armador francês, ex-Spurs e Raptors, mostrou que está recuperado de uma fratura na mão que o tirou de ação da última Copa do Mundo ao liderar o sexto triunfo seguido para o clube russo, agora arrasando o Alba Berlin em casa, por 95 a 68. De Colo teve mais oportunidades com a bola devido ao desfalque de última hora de Milos Teodosic e aproveitou ao máximo, com 22 pontos em 25 minutos, acertando todos os seus 4 chutes de três pontos e 8/12 no geral.

Em números
88 – O saldo de pontos do CSKA Moscou em seis partidas, com média de 14,6 por confronto. Sob comando de Dimtris Itoudis, o clube russo está voando nessa Euroliga, sem sentir a menor carência de Ettore Messina. Esse é o maior saldo da competição até o momento, acima dos 69 do Barcelona e dos 60 do Real Madrid. Lembrando: em chaves diferentes, eles não tiveram a mesma tabela.

31 – Reconhecido no mercado europeu como um armador que mais serve aos outros do que define as coisas por conta própria, Thomas Heurtel liderou o ataque do Laboral Kutxa com 31 pontos, mas sua equipe perdeu para o Neptunas Klaipeda, fora de casa, por apertadíssimo 80 a 79, ficando numa situação difícil pelo Grupo D. Essa foi a terceira vitória do estreante lituano em seu ginásio, o que, por ora, vai lhe garantindo um lugar no Top 16. Heurtel acertou 80% de seus arremessos, e com um número bastante elevado: impressionantes 8/10. Simas Galdikas fez a cesta da vitória a 13 segundos do fim, depois de seu time ter perdido uma vantagem de até 18 pontos no terceiro quarto.

24,17 – É o índice de eficiência de Marjanovic nesta temporada, sendo disparado o jogador com a produção mais qualificada até aqui. Seu concorrente mais próximo é o armador Taylor Rochestie, do Nizhny Novgorod, que foi o cestinha da vitória do time russo, outro estreante, sobre o Dínamo Sassari por 89 a 82, com 29 pontos. De 29 anos, Rochestie é desses americanos que jogam na Europa já há um bom tempo. Formado em Washington State, disputa sua terceira Euroliga, pelo terceiro clube diferente.

13 – O garoto croata Mario Hezonja recebeu tempo de quadra inesperado na partida contra o Bayern: 13 minutos, escalado até mesmo como titular. O ala de 19 anos só havia jogado 18 minutos em toda a temporada, com duas participações no primeiro turno. Coincidência ou não, o movimento do técnico Xavier Pascual aconteceu depois de o superagente Arn Tellem, um dos representantes de Hezonja, ter feito uma visitinha a Barcelona durante a semana. O croata somou 3 pontos, 3 assistências, 3 rebotes, 1 toco, 1 roubada de bola e 1 turnover.

3 – O Grupo D, no momento, é o mais equilibrado. Se o Olympiakos já está classificado para o Top 16, as outras três vagas estão em aberto. No momento, são três clubes empatados com… 3 vitórias e 3 derrotas: Estrela Veremelha, em segundo com o melhor saldo – e de longe –, Galatasaray, em terceiro, e Neptunas, em quarto. O Laboral aparece em quinto, ainda sonhando, com 2 vitórias e 4 derrotas.

Tuitando

Ataman tentando se justificar

É mais provável que os clubes terminem com as segunda e terceira posições do grupo, mas vai que…

Sinan Guler, um dos ídolos do basquete turco e um verdadeiro guerreiro. Mas só na acepção esportiva do termo.

 Problema generalizado, nas palavras de um site atualizado por gregos.

Para melhorar um pouco o astral, as 10 jogadas da semana.


Euroligado: juventude nada transviada na 5ª semana
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Giancarlo Giampietro

Cedi Osman celebra com Dogus Balbay: grande promessa do basquete turco

Cedi Osman celebra com Dogus Balbay: grande promessa do basquete turco

Quando o legendário Dusan Ivkovic decidiu voltar de prolongadas férias para assumir o comando do Anadolu Efes, ele fez questão de dizer que chegava para fazer a garotada do clube jogar. Não foi questão de falácia, não. Num time com investimento pesado para a temporada, os atletas mais jovens ganharam mais espaço com o técnico sérvio, e os frutos já começam a ser colhidos pelo clube turco. Nesta sexta, Cedi Osman, 19, Furkan Korkmaz, 17, e o prestigiado Dario Saric, 20, receberam minutos importantíssimos no quarto final e viram – ou fizeram – sua equipe vencer o poderoso Real Madrid naquele que foi o…

O jogo da rodada: Anadolu Efes 75 x 73 Real Madrid
O ginásio em Istambul já estava bombando antes de a bola subir. A empolgação do público para receber, com vaias e impropérios, o Real, que vinha de 12 vitórias seguidas, contando supercopa e liga espanholas. O tipo de sequência que já fazia o torcedor merengue cogitar a possibilidade de repetir o inesquecível início da temporada 2012-2013., no qual atingiu a incrível marca de 31 jogos sem derrota. Mas eles pararam bem antes disso.

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O Anadolu jogou com muita energia, sem se incomodar em correr a quadra toda contra o veloz time do Real, buscando os desarmes no perímetro para sair em transição. Uma proposta que propiciou uma partida frenética e agradável. A correria, claro, favorecia a molecada, com Osman, que já disputou a Copa do Mundo adulta, sendo o destaque do jogo. O garoto produziu demais no contra-ataque, com aproveitamento perfeito na linha de três, mas também atacando a tábua ofensiva com ferocidade. Ele terminou com 16 pontos, seu recorde pessoal na Euroliga. Foram também sete rebotes para ele – o mais importante deles nos segundos finais do jogo. Dario Saric também foi muito relevante em quadra na segunda etapa, com 13 pontos, 5 rebotes e 2 assistências, fazendo um pouco de tudo.

Na última posse de bola, Milko Bjelica foi barrado em sua tentativa de bandeja. Osman invadiu o garrafão para tentar o tapinha, mantendo a bola viva. Na sequência, o ala Matt Janning deu mais um toque na bola para vencer o cronômetro – e a partida. Um herói inesperado: o ala americano, que nem havia entrado em quadra no segundo tempo, não faz uma boa bem temporada, pecando no seu principal fundamento (o tiro de três pontos). Ele acabou se consagrando num rebote ofensivo ainda mais improvável para fechar um jogo que tive o prazer de transmitir pelo Sports+.

Para constar, o Real, cujos defensores assistiam a toda essa farra em seu garrafão passivamente, jogava sem Rudy Fernández, que operou a mão direita e não tem previsão de retorno, mas o Anadolu também foi para a quadra sem Nenad Krstic, seu principal pivô, afastado devido a uma fratura no braço esquerdo.

Huertas cola no ala Vlantimir Giankovits

Huertas cola no ala Vlantimir Giankovits

Os brasileiros
Marcelinho Huertas tem, no Barcelona, a missão de fazer a bola rodar, de dar estabilidade e ritmo de jogo. É o seu papel na equipe, que ele faz muito bem. Por isso é preciso cuidado na hora de ver sua linha estatística na vitória sobre o Panathinaikos: 8 pontos, 5 assistências e 3 rebotes em 27 minutos. Ah, mas só isso de assistências? Bem, mas lembrem-se que a computação da Euroliga é bem mais rígida que a da NBA. Além disso, uma boa armação não precisa ser medida obrigatoriamente pela quantidade de passes direto para a cesta. Depende de cada time. O Barça tem um ritmo bem cadenciado, com a bola girando bem entre todos em quadra.

JP Batista acabou passando batido no duelo com o fortíssimo e invicto CSKA Moscou, que venceu o Limoges, fora de casa, por 86 a 76. Mas não se enganem com o placar: foi uma vitória suada para o clube russo, com uma virada avassaladora no quarto final, vencido por 27 a 5. Sim, foram 22 pontos de vantagem para os visitantes. O pivô pernambucano jogou por 13 minutos e ficou zerado em pontos e rebotes. Enfrentar um garrafão com Sasha Kaun e Kyle Hines é uma dureza.

Um causo
O Laboral Kutxa tomou um sacode surpreendente do Estrela Vermelha, em casa, perdendo por 86 a 66, ainda no vestiário, o técnico italiano Marco Crespi foi comunicado sobre sua demissão. Foi a chamada demissão sumária, mesmo, para um cara que trabalhava fora de seu país pela primeira vez, tendo sido contratado para este campeonato. Os jogadores só foram saber em contato com a imprensa na zona mista, na saída do vestiário. O clube basco tem duas vitórias e três derrotas na Euroliga. Na liga espanhola, dois triunfos e quatro reveses. Começo ruim de campanha, ok. Mas era pouco mais de um mês de trabalhado… Acontece lá também. O destaque da partida foi o ala Luka Mitrovic, de apenas 20 anos, mais um jovem sérvio que ainda vai dar o que falar. Ele teve 17 pontos, 5 rebotes e 2 assistências, fazendo um pouco. Crespi já foi diretor do departamento de scout internacional de Suns e Celtics.

Arrivederci, Marco

Arrivederci, Marco

Lembra dele? MarShon Brooks (Olimpia Milano). Ele mesmo, o ala que já se comparou a Kobe Bryant ao sair da universidade e iniciar sua carreira como profissional pelo Nets e passou por Boston Celtics, Golden State Warriors e Los Angeles Lakers. Sem mercado na NBA, Brooks teve de seguir sua carreira profissional na Europa, com uma boa oferta do Olimpia Milano, clube italiano que tenta voltar ao patamar dos grandes no Velho Continente. Na vitória sobre o Turow Zgolarec por 90 a 71, essencial para um time que vinha penando na temporada, o ala americano anotou 10 pontos e pegou 4 rebotes. Nada espetacular, mas pelo menos é alguma coisa num momento delicado para o jogador, que corre risco de ser dispensado. A imprensa italiana já especula que o Milano vem vasculhando o mercado para um possível substituto. A diretoria está frustrada com o lateral.

Em números
27 – Olho no Olympiakos: os bicampeões da Euroliga em 2012 e 2013 vai muito bem, obrigado, na primeira fase. Nesta quinta, o time bateu o Galatasaray, em casa, por 93 a 66, com 27 pontos de vantagem. Um resultado impressionante. O pivô Othelo Hunter, que já teve breve passagem pelo Atlanta Hawks, anotou 17 pontos e pegou 10 rebotes. O craque Vassilis Spanoulis somou 16 pontos e 7 assistências. Oito atletas do clube grego marcaram mais de 7 pontos.

16 + 12 – Milos Teodosic conseguiu nesta sexta seu terceiro double-double em apenas cinco jogos pelo CSKA, com 16 pontos e 12 assistências em 32 minutos. De novo: o sérvio vai jogando talvez o melhor basquete de sua carreira, empolgadíssimo depois da ótima participação na Copa do Mundo. Rubén Magnano que o diga.

10 – Assim como Robert Day, Andrew Goudelock matou uma dezena de bolas de longa distância em 12 tentativas, na vitória do Fenerbahçe sobre o Bayern de Munique, fora. Foi o recorde da competição. Apelidado de “Mini Mamba” nos Estados Unidos, depois de ter acompanhado Kobe Bryant em sua temporada de novato pelo Lakers, ele anotou 34 pontos e atingiu um ranking de eficiência de 40 pontos, ganhando o prêmio de MVP da jornada mais uma vez.

6 – O americano Brian Randle fez das suas novamente, dando sete tocos na crucial vitória do Maccabi Tel Aviv sobre o Unicaja Málaga, na Espanha. Os dois clubes estão agora empatados no Grupo C, com 3-2. Os espanhóis levam a melhor apenas no saldo de pontos (10 contra 6). Com a grave lesão de Guy Pnini, mais um a lidar com uma ruptura de tendão de Aquiles, cresce a importantância de Randle, um atleta bastante dinâmico, o para o atual campeão. Ele ainda contribuiu com 12 pontos, 7 rebotes e 2 assistências. De 2,03 m de altura, ele tem agora 2,4 bloqueios em média por partida.

3 – Com a derrota do Real em Istambul, restam três times invictos na temporada: Barcelona, na frente do Grupo B, CSKA liderando o C e o Olympiakos encabeçando o Grupo D.

Tuitando

O ala australiano foi dispensado pelo Clippers, mas descolou uma vaguinha no Utah Jazz para ajudar no progresso de Dante Exum – e também pelo fato de o time de Salt Lake City contar com um técnico que o conhece da Europa, Quin Snyder, que trabalhou com Ettore Messina no CSKA. De longe, segue sua ex-equipe ainda de perto. Devin Smith jogou demais contra o Unicaja, com 24 pontos e 10 rebotes.

Imaginem a bagunça no quarto 313, com tanta gente grande dentro, ainda mais depois de uma grande vitória do Estrela Vermelha sobre o Laboral Kutxa. O ala Nikola Kalinic, vice-campeão mundial, veio bem do banco de reservas, influenciando a partida com sua energia e capacidade atlética. Ele ainda tem muito o que evoluir em leitura de jogo e arremesso, mas segue um prospecto interessante, como pudemos testemunhar na Copa.

As 10 melhores jogadas da semana, galera. Aproveitem.