Cirurgia praticamente acaba com qualquer chance de troca para Anderson Varejão
Giancarlo Giampietro
Estava muito estranha mesmo toda aquela demora. Supostamente, Anderson Varejão havia sofrido apenas uma pancada no joelho e não perderia tanto temp para voltar. Mas as rodadas foram passando, e nada. Até que nesta quarta-feira o Cleveland Cavaliers enfima nunciou: o capixaba vai precisar de uma (nova) cirurgia e ficará fora de ação por, no mínimo, um mês e meio. No máximo, dois meses.
A operação, na perna direita em reigão próxima ao joelho, já foi marcada para esta quinta, dia 10. O que quer dizer que o pivô não poderia jogar o All-Star Game em Houston, entre os dias 15 e 17 de fevereiro, mesmo se os técnicos quisessem selecioná-lo. Com tanto tempo afastado, ele dificilmente seria incluído na lista, de todo modo.
Agora… Em Implicações muito mais sérias do que participar, ou não, de uma festa que não já não tem o mesmo glamour de antes, essa lesão praticamente inibe qualquer chance de o atleta ser envolvido em uma transação nesta temporada. O prazo para que os clubes acertem alguma negociação se encerra no dia 21 de fevereiro. Quem vai querer pagar alto por um cara que estará fora de quadra por tanto tempo? Seria uma aposta de muito risco? A não ser que o Cavs decida abaixar sua pedida, algo muito improvável.
Mais cedo, o técnico Byron Scott havia dito que Varejão era “o coração e a alma” de sua equipe e já havia dado a entender que poderia realmente demorar para que pudesse contar com o brasileiro novamente. “Só espero que não estejamos falando de algo que custe a temporada toda. Ainda estou tentando ser otimista, achando que ele vai jogar. Só não sei quando. O que me resta a fazer, porque ele significa muito para a equipe, é seguir em frente e treinar os caras que estão disponíveis. Sinto falta dele todo dia”, afirmou.
Depois dessas palavras, não precisa dizer muito sobre a importância que o capixaba tem em Cleveland e sobre o nível de suas atuações, a despeito do número desagradável de derrotas que o Cavs acumula – as médias de 14,1 pontos, 14,4 rebotes, 3,4 assistências e 1,5 roubo de bola são todas as maiores de sua carreira. Na real, Varejão vinha produzindo a melhor campanha de um brasileiro na história da liga.
Mas, infelizmente, ele não vem conseguindo se mostrar resistente. Nas últimas duas temporadas, perdeu um total de 93 partidas de 148 possíveis (62%, número elevadíssimo), com problemas físicos diversos. O estilo de jogo e a entrega na defesa e pelos rebotes acabam cobrando um preço caro. A palavra-chave que havíamos apontado para Anderson neste ano? Justamente: saúde. Ai.
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