O Fantástico Mundo de… Nick Young! Edição especial
Giancarlo Giampietro
No desastre anunciado que é a temporada da NBA do Los Angeles Lakers, há pouco para se salvar. Ainda mais em quadra. Os recordes de Kobe Bryant são obviamente o ponto mais interessante. Fora isso, alguém ainda jovem como Ed Davis poderia receber mais minutos, assim como o calouro Jordan Clarkson possa produzir. Até onde Byron Scott vai levar seu affair com Ronnie Price? De resto, o que mais? Estamos abertos a sugestões.
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No dia-a-dia de uma looooooooonga campanha, porém, Kobe conseguiu uma companhia valiosa para que o show continue em Los Angeles: Nick Young. Nas entrevistas, o ala despontou como o porta-voz mais alucinante da liga norte-americana, fazendo a alegria dos jornalistas que cobrem a franquia. Eles, que estavam carentes desde que Ron Artest se mudou primeiro para Nova York e, depois, para a Terra dos Pandas, agora vão gastando o bloquinho de notas. Quando não estão rindo ou , obviamente.
Não é qualquer um que assume o nome de “Swaggy P” gratuitamente. E que raios isso lá quer dizer?
Vamos apelar ao pai de todos nós, mais uma vez, sabendo que swaggy vem de swagger. Segundo o Michaelis, isso pode significar: “1 gabolice, bazófia. 2 andar afetado. vt+vi 1 andar de modo afetado, andar com ares de superior. 2 vangloriar-se, gabar-se. 3 bancar o valentão. adj coll elegante”.
Pela forma que Young adotou o verbete e vem se comportando diante dos microfones, dá para dizer que o significado de seu apelido envolve um pouco de tudo isso. Ele não pára de brincar com os repórteres. Além disso, tem uma atitude toda peculiar ao chegar ao ginásio, extremamente confiante em suas habilidades. “Bazofinho P” também seria legal, né?
Mas é melhor ele mesmo explicar o que se passava em sua cabeça quando decidiu adotar o codinome. São diversas versões.
“Deus, em um sonho, falou comigo e me deu este nome. E eu falei para ele que aquele era realmente um nome engraçado e que talvez fosse adotá-lo mesmo. Desde então, venho me chamando de Swaggy P. É um nome de parar o trânsito”, afirmou em sua conta de Instagram. “Acho que se você se veste bem, você joga bem. Sabe, o ‘swaggy’ começa pelo modo como chego à arena, o modo como me visto, o sapato que eu calço”, disse certa vez ao site da NBA. Para a revista Slam, ele disse que seus antigos companheiros sempre se impressionaram com sua atitude, e que aí ficou fácil falar em “swaggy”. Um sopro divino ou simplesmente a zoeira de amigos. Estamos entre as duas opções.
Agora, será que ele poderia explicar, por favor, o que o P, assim isolado, quer dizer? “Esse é um mistério, não posso falar. Talvez eu escreva um livro algum dia. Não dá para revelar esse segredo ainda. Foi um dos meus primeiros apelidos, então ninguém realmente sabia a respeito, e mantive assim. As pessoas continuam perguntando, mas vai seguir um mistério. Em alguns anos, talvez eu dê umas dicas”, afirmou.
É uma figura. E isso é muito pouco. Há muitas manifestações brilhantes para serem compartilhadas. O mais interessante é que seu jeito desbocado também pode fazer bem ao próprio vestiário, uma vez que Young, mesmo que se assuma um dos maiores fãs de Kobe no mundo, não vai se omitir na hora de pedir para o astro maneirar:
“Tenho essa presença. Sou como Michael Jackson, Prince e todos esses caras. É como se minha atitude tivesse mexido com todos. Foi incrível”, empolgado com sua influência no time quando retornou de uma fratura na mão.
“O Melhor Defensor do Ano está aqui hoje e vai jogar na terça-feira”, pouco antes de estrear na temporada pelo Lakers, um time que sofria (e continua) sofrendo em sua retaguarda. A defesa da equipe segue como a pior da temporada, claro.
“Estou entre os cinco melhores arremessadores de três pontos da história. A lista? 1 – Eu mesmo. 2 – Ray Allen. 3 – Reggie Miller. 4 – Stephen Curry ou Klay Thompson. 5 – Larry Bird”, e só. Young tem média de 37,9% em sua carreira. Nesta temporada, está matando 42,4% de seus tiros de longa distância. ; )
“Acho que o Kobe tem algum potencial. No meu 20º ano, eu provavelmente terei uns 46 mil pontos, ou algo perto disso”, sobre a iminência de Kobe destronar Michael Jordan como o terceiro maior cestinha da história da NBA. Contando apenas a temporada regular, Kareem Abdul-Jabbar é o maior pontuador, com 38.387.
“Disse a eles que eles estavam chegando para a minha unidade. Não venham aqui e mexam com a minha casa. Está tudo sob meu controle”, sobre a decisão de Byron Scott de colocar Jeremy Lin e Carlos Boozer no banco.
“Kobe vai ser o Kobe, mas de alguma forma nós temos de encontrar um jeito de colocar a bola na cesta com todo mundo, e às vezes acho que nos acomodamos muito com o número 24. Temos de acreditar em nós mesmos”, dessa vez sem bazófia.
“Não dá para dizer que existam jogos vencíveis para nós”, quando questionado se um duelo com o Minnesota Timberwolves representaria uma chance para o Lakers conquistar uma preciosa vitória. O mesmo Wolves que, cheio de desfalques, havia perdido para o Philadelphia 76ers. Na atual fase do time, não tem humor que aguente.