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Euroligado: trote, susto e os 16 melhores
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Giancarlo Giampietro

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Foi um episódio assustador que, felizmente, não deu em nada e se transformou numa brincadeira sem nenhuma graça. O Panathinaikos recebeu o Barcelona em Atenas, na sexta-feira, para a saideira da primeira fase da Euroliga. Os dois times já estavam classificados. Era questão só de cumprir tabela, não era para chamar a atenção de ninguém.

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Mas aí algum desmiolado teve a seguinte ideia: ameaçar as autoridades de que uma bomba explodiria no ginásio olímpico da capital grega. Sim. Deu prazo até: ela estouraria em uma hora. O jogo estava no intervalo, com vitória tranquila do Barcelona, quando as autoridades evacuaram a arena. Ou quase evacuaram: integrantes da torcida organizada do time da casa não arredaram pé do ginásio… Depois de uma varredura completa no ginásio sem identificar nenhum explosivo, com cerca de uma hora de atraso, o jogo retornou. Era apenas um lamentável trote. Claro: melhor que seja assim, sem nenhum incidente, nenhum ferido. Mas não se faz uma coisa dessas.

Em quadra, as boas notícias se concentraram em Galatasaray, Nizhny Novgorod e Zalgiris Kaunas. Esses foram os times que conseguiram as últimas três vagas no Top 16 da Euroliga. O clube lituano, aliás, sofreu horrores para assegurar seu posto no…

Jogo da rodada: Zalgiris Kaunas 80 x 79 Dinamo Sassari

James Anderson comemora aquela que talvez tenha sido a cesta de sua vida

James Anderson comemora aquela que talvez tenha sido a cesta de sua vida

Na disputa pelas duas vagas restantes do Grupo A, o Zalgiris dependia apenas de seus esforços contra o lanterna Dinamo Sassari, uma das piores equipes da primeira fase. Antes de a bola subir, o clube fez uma bela festa para o legendário Arvydas Sabonis, seu presidente, que completava 50 anos. Estava tudo armado para uma grande celebração, né? Tanto que, ao final do primeiro tempo, o time da casa vencia por 49 a 37. Mas por pouco isso tudo não virou um desastre.

O Dinamo não entregou os pontos. Pelo contrário, resolveu brigar como não havia feito em sua primeira participação na Euroliga. Com uma defesa forte, permitiu apenas 13 pontos no terceiro período e descontou dez pontos do placar nessa. Manteve o ritmo no quarto final e virou o jogo, chegando a 75 a 66 com uma bandeja do armador dominicano Edgar Sosa, a três minutinhos do fim. Imagine o choque na belíssima Zalgiris Arena, uma das mais modernas da Europa? A essa altura, eles sabiam que o time precisava da vitória de qualquer maneira, uma vez que, no duelo de russos, o Nizhny Novgorod havia batido o Unics Kazan por 78 a 74. Se o Unics tivesse triunfado, os lituanos já estariam classificados. Não rolou, então teriam de resolver por conta própria.

Com sete pontos em sequência, quatro deles do cestinha americano James Anderson, o Zalgiris conseguiu reduzir a desvantagem para apenas uma posse de bola no minuto final. Cheikh Mbodj converteu um lance livre, após ter desperdiçado o primeiro, e levou o jogo a 78 a 75 para os visitantes. Robertas Javtokas converteu uma bandeja no ataque seguinte. Depois, os anfitriões mandaram Mbodj novamente para o lance livre e ele repetiu o expediente, errando o primeiro, convertendo o segundo (79 a 77). E aí veio o grande lance: com 7s1 no cronômetro, Anderson bateu para dentro, freou e subiu para o arremesso: não só fez a cesta, acertando a tabela, como sofreu falta de Giacomo Devecchi. Ele matou seu lance livre a 2s5 e garantiu a classificação.

A outra definição

Caiu o salário ou foi vitória mesmo? O Galatasaray comemora

Caiu o salário ou foi vitória mesmo? O Galatasaray comemora

O Grupo D tinha uma vaga em aberto, a do quarto colocado, entre Galatasaray e Neptunas Klaipeda, o estreante lituano, que jogava por dois resultados (ou uma vitória sua contra o Valencia, ou uma derrota do seu concorrente para o Olympiakos). O clube turco prevaleceu nessa, ao vencer seu jogo por 79 a 74, enquanto o Neptunas tomou um vareio na Espanha: 103 a 65.

Foi uma jornada memorável para o Galatasaray, que enfrenta sérios problemas financeiros. Antes mesmo da conclusão da primeira fase, o clube já perdeu três jogadores por conta de inadimplência (“atraso de salários”): Furkan Aldemir, hoje do Philadelphia 76ers, Pietro Aradori, que foi para o Estudiantes, e Nate Jawai, que foi para o Andorra – ambos da Liga ACB espanhola.

Por conta das baixas e de desfalques, o técnico Ergin Ataman só utilizou sete jogadores numa partida dramática dessas.  Grande líder da equipe, Carlos Arroyo chamou a responsabilidade e anotou 24 pontos em 36 minutos. O pivô americano Patric Young, ex-New Orleans Pelicans e corajoso toda a vida de topar uma oferta de quem não paga, somou 13 pontos e 13 rebotes. Embora classificado e com a primeira colocação assegurada, o Olympiakos jogou para ganhar, mas o coração e/ou o desespero do time de Istambul pesou mais. Agora só fica uma dúvida: que tipo de elenco o Galatasaray vai apresentar na próxima fase.

Os grupos do Top 16
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O Grupo F vai ser uma pauleira que só. O CSKA é o favorito, mas o Fenerbahçe vem dando sinais de que talvez nesta temporada esteja realmente pronto para desafiar os times mais tradicionais. De qualquer forma, é impossível cravar aqui quatro favoritos para as quartas de final. Do outro lado, a chave ficou mais esvaziada, tendo como grande atrativo a dupla Real-Barça – garantia de dois clássicos espanhóis! O Maccabi, por sua tradição, também estaria em boas condições, não fosse seu desempenho bastante irregular até aqui.

Os brasileiros
Marcelinho Huertas foi o destaque da vitória do Barça sobre o Panathinaikos por 80 a 67. O armador está desfrutando de maior autonomia no ataque catalão para atacar. Em Atenas, foram 17 pontos, 9 assistências e 7/12 nos arremessos, em 30 minutos. Já JP Batista se despede da Euroliga com 7,8 pontos, 2,1 rebotes e 45,5% nos arremessos e 81,8% nos lances livres  em dez partidas. Na saideira do Limoges, contra o CSKA Moscou, ele jogou apenas 7 minutos. Agora o time se concentra na Eurocup, na qual divide grupo com Cantu (ITA), PAOK (GRE) e o Kimkhi (RUS).

Lembra dele? Linas Kleiza (Olimpia Milano)
Depois de um looongo inverno, o ala-pivô lituano saiu da hibernação ao anotar 29 pontos em 31 minutos pelo time italiano em vitória por 101 a 96 sobre o Turow Zgorzelec, da Polônia. Foi sua maior contagem pessoal na Euroliga, a partir de oito bolas de longa distância em estonteantes 13 tentativas. Detalhe: ele havia perdido as primeiras quatro bolas de longa distância. Depois matou suas oito em sequência. Até então, o jogador ex-Denver Nuggets e Toronto Raptors, contratado a peso de ouro, havia anotado 13 pontos na oitava rodada, contra o Bayern de Munique. Ao final da primeira fase, em sua terceira Euroliga, suas médias são de 8,6 pontos, 2,7 rebotes e 37,5% nos arremessos de três.

Tuitando

O jogo contra o Panathinaikos também teve esse detalhe: Pascual completou 500 partidas como técnico do Barcelona, pelo qual ganhou uma Euroliga (foi o primeiro treinador europeu a conseguir esse feito), quatro Ligas ACB e três Copas do Rei, desde 2008. Ele acabou de renovar seu contrato até 2017.


O Laboral Kutxa enfrentou o Estrela Vermelha, em Belgrado, com ginásio vasio. O clube sérvio, no entanto, encontrou um modo, digamos, pitoresco para colocar a torcida na arquibancada, distribuindo fotos da rapaziada pelos assentos. Fernando San Emeterio achou o maior barato.


As jogadas da semana!


Euroligado: Barça de Huertas atropela, Limoges de JP batalha
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Giancarlo Giampietro

Bongou-Colo (d): pura energia para o Limoges de JP

Bongou-Colo (d): pura energia para o Limoges de JP

Enquanto o Barcelona de Marcelinho Huertas segue invicto e arrasador, o Limoges de JP Batista faz de tudo para ainda se manter no páreo. Na oitava semana da Euroliga, os dois representantes brasileiros saíram de quadra satisfeitos com os resultados de suas equipes. Mesmo que eles tenham sido bastante diferentes. Acompanhem.

O jogo da rodada: Limoges 67 x 64 Unicaja Málaga
Não foi o duelo mais bonito, como o placar baixo não deixa mentir. Mas a maneira como chegamos a esse resultado foi para fazer levantar da cadeira até mesmo o torcedor francês mais contido. O Málaga chegou a abrir 20 pontos de vantagem ainda no primeiro tempo, fora de casa, e levou a virada.

Para ser mais preciso: o placar apontava 32 a 12 a favor do time espanhol com 16 minutos de jogo, depois de uma bandeja do ala Will Thomas. Mas os atuais campeões franceses batalharam pelo placar e conseguiram uma grande vitória que os mantém com chances de classificação para o Top 16, mesmo que numa situação ainda desfavorável.

João Paulo Batista já estava em quadra quando os espanhóis tinham essa larga diferença. O pivô, todavia, foi importantíssimo na reação dos donos da casa. Com quatro pontos e uma assistência, ajudou os donos da casa a reduzir a desvantagem para 13 pontos antes do intervalo.

No terceiro período, então, ele brilhou. O pernambucano foi mantido no quinteto inicial e marcou dez pontos na parcial, sendo sua quinta cesta de quadra justamente aquela que valeu pelo 41 a 41, o primeiro empate desde que os espanhóis abriram larga vantagem, com 28 minutos rodados no cronômetro.

A despeito da pressão, o Unicaja de Joan Plaza não ruiu. Controlou os nervos e fez um jogo parelho no quarto final, defendendo bem, ainda que seu ataque funcionasse aos tropeços. Aí foi a vez de o ala-armador Jamar Smith despontar. O americano, que chegou a assinar contrato com o Boston Celtics nos tempos de Fabrício Melo, converteu três bolas de longa distância e, junto com as cravadas de um sempre agressivo Nobel Boungou-Colo, foi instrumental na vitória.

Smith somou 18 pontos, cinco assistências e quatro rebotes. Bongou-Colo também contribuiu de modo versátil, com 12 pontos, sete rebotes e quatro assistências. O arremessador Ryan Toolson, sobrinho de Danny Ainge, anotou 15 pontos em 29 minutos pelos espanhóis.

O Málaga pode ter perdido, mas assegurou sua vaga na segunda fase, ao lado de CSKA Moscou e Maccabi Tel Aviv. Resta, então, só o quarto lugar em jogo, e o Limoges ainda sonha. Os franceses estão na lanterna do grupo, com dois triunfos e seis reveses, mesma campanha do Cedevita Zagreb. A equipe croata, por ora, leva a melhor tanto no saldo de pontos (-41 a -66) como no confronto direto (por ter vencido o segundo duelo por mais pontos). O ALBA Berlin é quem está mais bem posicionado, com três vitórias e cinco derrotas. Um detalhe, no entanto: o clube alemão encara o Limoges na próxima rodada e o Cedevita na última. A disputa promete.

Os brasileiros
Bem, já falamos do papel decisivo de JP Batista na virada. Então aqui ficam os números finais dele na partida: 14 pontos em 23 minutos, com uma jornada perfeita nos arremessos (6/6 nos chutes de quadra e 2/2 nos lances livres). Ele ainda pegou dois rebotes ofensivos, deu uma assistência e conseguiu uma roubada de bola.

Huertas contra Tony Taylor, jovem armador americano do Turow

Huertas contra Tony Taylor, jovem armador americano do Turow

Marcelinho Huertas pouco jogou na vitória do Barcelona sobre o Turow Zgorzelec, na Polônia. Isso tem pouco a ver com o basquete do armador, que somou cinco pontos e três assistências em apenas 15 minutos. É que essa foi a partida mais fácil do Barça na competição, mesmo, com placar de 104 a 65, dando a chance para o técnico Xavi Pascual preservar seus principais atletas. Até mesmo o adolescente Ludde Hakanson, sueco de apenas 17 anos, foi para quadra, jogando os últimos 8 minutos, com três pontos e duas assistências. O jovem croata Mario Hezonja marcou 15 pontos em 17 minutos.

Somente o CSKA Moscou se equipara ao clube catalão em termos de sequência de vitórias no campeonato. São os únicos invictos. O time moscovita, no entanto, tem melhor saldo de pontos: 129 a 112, depois de ter batido o Cedevita Zagreb em casa, por 97 a 79.

Um causo
O armador Daniel Hackett se meteu em uma enrascada durante a temporada de seleções deste ano. Insatisfeito com seu papel na Squadra Azzurra do basquete, o ítalo-americano simplesmente abandonou a concentração da equipe, sem avisar ou pedir permissão para ninguém. A atitude, claro, não pegou nada bem. A ponto de a confederação italiana suspender o atleta por seis meses de qualquer atividade basqueteira no país. Arrivederci!

Daniel Hackett, numa das atuações mais impressionantes da temporada. Perdoado

Daniel Hackett, numa das atuações mais impressionantes da temporada. Perdoado

O Olimpia Milano, seu clube, estudou rescindir seu contrato, sem pagamento. Afinal, com um gancho desses, ele perderia 26 jogos da liga local. O jogador, porém, pediu desculpas aos diretores e encontrou um meio termo: seu salário para a atual temporada foi reduzido, enquanto o contrato de 2015-2016 segue validado, integralmente. Mas por que bancar um cara que nem vai jogar?

O que pega é que, em jogos da Euroliga, em outra esfera, Hackett está liberado para atuar. Além disso, o Olimpia sabe que estava lidando com um atleta que pode fazer a diferença. Com 1,99 m, é alto e bastante ágil em sua posição para os padrões do Velho Continente. Pressiona os adversários demais em cima do drible e, no ataque, tem facilidade para concluir suas jogadas, embora seu arremesso ainda seja suspeito, especialmente quando em movimento.

Contra o Bayern de Munique, na quarta-feira, porém, caiu praticamente tudo, e na principal hora. O esquentadinho jogador anotou 19 de seus 25 pontos no quarto período e liderou o clube italiano a uma vitória no sufoco sobre o Bayern de Munique, em casa, por 83 a 81. Foi dele a cesta decisiva a 1s5 do fim. E agora? Estão todos satisfeitos com o acordo? O Olimpia Milano ficou muito perto da classificação no Grupo da Morte.

Em números
2.535
– Vassilis Spanoulis chegou a essa quantia de pontos para superar Jaka Lakovic e se tornar o terceiro maior cestinha da história da Euroliga, atrás apenas de Juan Carlos Navarro, o líder disparado, e de Marcus Brown, ala americano que defendeu sete clubes diferentes na Europa, com destaque para CSKA e Maccabi. Navarro tem 3.496 e ainda está em atividade. É praticamente impossível que qualquer atleta o supere. Já Brown tem 2.739 pontos, algo mais plausível para o craque grego. Spanoulis, por outro lado, já tem um recorde memorável a seu favor: é o único a integrar tanto o top 5 de pontos como de assistências da competição. Ele já deu 710 passes para cesta. Acima dele aparecem Sarunas Jasikevicius (4º), Pablo Prigioni (3º), Theo Papaloukas (2º) e Dimitris Diamantidis (1º). Só. Ah, e o Olympiakos, líder do Grupo D, bateu o Neptunas Klaipeda, da Lituânia, por 89 a 79 em casa.

98 – O Real Madrid se recuperou da derrota sofrida para o UNICS Kazan na semana passada. Ou quase isso. Contra outro rival russo, o Nizhny Novgorod, o time blanco venceu e marcou 101 pontos. Perfeito, certo? Não fossem os 98 pontos que sua defesa sofreu contra um time que não havia feito mais que 89 pontos até aqui – e contra o lanterninha Dínamo Sassari. O Real lidera o Grupo A, com seis vitórias e duas derrotas, mas seu desempenho jogo a jogo certamente já inspira preocupação para a torcida merengue. Nos últimos quatro confrontos, foram dois reveses e dois triunfos que combinaram para um saldo de apenas cinco pontos.

43 – Foi o índice de eficiência obtido pelo pivô D’Or Fischer, do UNICS, na vitória sobre o Sassari, com 23 pontos, 15 rebotes e 3 assistências, tendo errado apenas um arremesso em 11 tentativas. O americano de 33 anos vive fase excepcional. Contra o Real, sua linha estatística já havia sido de 25 pontos, 8 rebotes e 11-17 nos arremessos. Até aqui, o pivô errou apenas 11 de 55 chutes em oito partidas, para um aproveitamento absurdo de 80% de quadra. É o mesmo que ele mata nos lances livres.

2 – O Zalgiris Kaunas foi limitado a apenas dois pontos no primeiro quarto de uma derrota por 66 a 57 para o Anadolu Efes, um recorde negativo do torneio, que o próprio clube lituano compartilhava com outros três times. Na reta final do terceiro quarto, o Zalgiris, jogando em casa, havia convertido apenas sete cestas de quadra, uma dureza, com a defesa da equipe de Dusan Ivkovic sufocando. No final, os anfitriões terminaram com 15/53 nos chutes.

1 – Depois de quatro tentativas, Laboral Kutxa conseguiu a primeira vitória fora de casa, derrotando justamente um adversário que estava invicto como mandante: o Galatasaray, em Istambul, por 89 a 82. O veterano ala Fernando San Emeterio conseguiu sua maior contagem individual pelo torneio, com 25 pontos, mas foi o armador americano Doron Perkins quem decidiu o jogo no fim, com inesperados 9 pontos nos últimos minutos (mais do que ele havia feito nos últimos seis… jogos!). O clube basco, que já demitiu o técnico Marco Crespi durante a campanha, chega agora a dois triunfos seguidos e se posiciona bem na briga por vaga, assumindo a terceira posição do Grupo D, com 4-4. O Galatasaray está em quarto, com 3-5, superando o Neptunas nos critérios de desempate.

Tuitando

A mídia turca e a galera na Espanha estão dando como certa a transferência de Thomas Heurtel para o Anadolu Efes antes do Top 16 da Euroliga. O armador francês vai se tornar agente livre ao final da temporada, com a cotação em alta. É mais um jogador de que o clube basco vai ter de se desfazer para faturar uma graninha, depois de ajudar a desenvolvê-lo.

É, ao que parece o Olimpia Milano já concedeu perdão a Daniel Hackett.


As 10 melhores jogadas da rodada!


Euroligado: vai ter festa em Madri?
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Giancarlo Giampietro

Nikos Zisis manda um beijo para a mamãe, para o papai e para a torcida do Real. Água no chope

Nikos Zisis manda um beijo para a mamãe, para o papai e para a torcida do Real. Água no chope

Na semana em que a Euroliga comemorou pleno sucesso na venda dos ingressos para o seu Final Four, Madri era para estar em polvorosa. Afinal, a capital espanhola será a sede da fase decisiva da competição. Do total vendido, 40% foram direcionados para torcedores declarados do Real – a festa já estava pronta, e com muita antecedência: estamos apenas na sétima semana do torneio, e os jogos finais serão disputados em 15 e 17 de maio. E aí que, no dia seguinte da compra, o UNICS Kazan, da Rússia, tratou de por todo o fanatismo merengue em dúvida ao vencer a superpotência europeia fora de casa por incríveis 85 a 75. No papel, o Real é um dos favoritos ao título. Entra nessa conta o fato de eles também terem sido vice-campeões nos últimos dois anos. Um time de chegada, ou quase isso. Nesta campanha, porém, o time vai enfrentando mais dificuldades. Ainda que tenham enganchado uma sequência de até 12 triunfos oficiais no início da temporada, algumas dessas vitórias foram bem apertadas, no sufoco. Como a da rodada passada sobre o Zalgiris Kaunas. Uma derrota para o clube russo certamente não estava nos planos do técnico Pablo Laso, ainda mais na Espanha. Foi a segunda do Real pelo Grupo A, no qual ainda é líder, mas sem aquela aura de imbatível.

O jogo da rodada: Barcelona 84 x 80 Olimpia Milano
Três outras partidas poderiam entrar aqui facilmente: 1) Real x UNICS, pelas razões citadas acima; 2) Laboral Kutxa 89 x 70 Olympiakos, pelo fato de mais um invicto ter caído, e de forma surpreendente, e de algumas marcas estatísticas importantes terem sido obtidas; 3) ALBA Berlin 79 x 78 Unicaja Málaga, com direito a cesta no estouro do cronômetro para os alemães.

Mas vamos com o sétimo triunfo seguido do Barça na Euroliga, pelo alto nível da partida e pela forma pela qual ele foi construído. O time italiano é uma das decepções da temporada, com um time caro, pretensioso, mas que havia vencido apenas dois de seus primeiros seis jogos. Está certo: os caras caíram no Grupo da Morte. Complica, mesmo. Por outro lado, esperava-se uma equipe muito mais competitiva. Que finalmente deu as caras nesta sexta-feira, desafiando ao máximo o clube catalão, fora de casa.

Os visitantes italianos tinham uma vantagem de 11 pontos na metade do terceiro período, mas não conseguiram manter esse controle de jogo. O armador tcheco Tomas Satoransky e o ala-armador Brad Oleson comandaram uma virada que deixou o time blaugrana na frente no placar, no início do quarto final, com 57 a 56. Os últimos 10 minutos foram bastante emocionantes, lá e cá. Nos últimos 2min45s de jogo, para se ter uma ideia, houve sete trocas de liderança. E aí que, com 7s7 no cronômetro, o pivô Nicolo Melli perdeu as estribeiras e fez uma falta antidesportiva em cima do jovem ala Alejandro Abrines. O Barça conseguiu três pontos na linha de lance livre, e aí Inês morreu de vez.

Para vencer, o técnico Xavier Pascual teve uma boa ajuda de sua dupla croata. Melhor pivô da temporada passada, Ante Tomic contribuiu com 18 pontos e 7 rebotes em 28 minutos, convertendo todos os seus oito lances livres. Já o jovem ala Mario Hezonja, muito mais utilizado pelo treinador nas últimas semanas, depois da pressão feita por seu agente Arn Tellem, somou 13 pontos, 2 rebotes, 2 assistências em 22 minutos. Pelo Milano, o armador Daniel Hackett acumulou com 21 pontos, 5 assistências e 5 rebotes. Alto e atlético, ele converteu 4 de 6 arremessos de longa distância e acabou falhando nas suas conclusões mais próximas da cesta, com 4/15 nas bolas de 2 pontos.

Os brasileiros
Marcelinho Huertas teve dificuldades contra a atlética defesa do Olimpia Milano, cometendo o dobro de turnovers em relação a suas assistências (6 x 3), em 22 minutos. O brasileiro ainda apanhou cinco rebotes e marcou 7 pontos, com 50% nos arremessos. Um de seus passes para cesta, no entanto, foi espetacular (veja abaixo). Já JP Batista foi ainda menos efetivo na derrota do Limoges para o Cedevita Zagreb, na Croácia, por 102 a 83. O pernambucano ficou em quadra por 12 minutos e terminou com dois pontos, duas assistências e um rebote, sendo pouco envolvido no ataque dessa vez. O resultado foi péssimo e deixa o time numa situação para lá de delicada no Grupo B, como lanterna e com um saldo de pontos grave.

Lembra dele? Nemanja Bjelica (Fenerbahçe)
Um dos algozes do Brasil na Copa do Mundo, o ala-pivô vem em grande fase pelo clube turco. Na quinta-feira, o talentoso atleta de 2,11 m marcou um double-double em vitória contra o Turow Zgorzelec, com 16 pontos e 10 rebotes em apenas 26 minutos. Pela primeira vez na temporada, seu arremessos de três pontos funcionou com eficiência (2/3). A mira desajustada, no entanto, não o impediu de causar impacto nas partidas anteriores, provando que seu jogo é muito superior ao de um mero strecth four. Flip Saunders e o Minnesota Timberwolves deveriam dar um jeito de assinar com o sérvio o mais rápido possível. É um craque.

Bjelica, todo saidinho. Seus direitos na NBA pertencem ao Timberwolves

Bjelica, todo saidinho. Seus direitos na NBA pertencem ao Timberwolves

Em números
25.000 – O Baskonia/hojeLaboral Kutxa/ex-Caja Laboral/ex-TAU Cerámica (como se popularizaram por aqui na época em que contavam com Tiago Splitter e, depois, Marcelinho Huertas) ultrapassou na quinta-feira a marca de 25 mil pontos na história da Euroliga. Um recorde. Em 310 jogos, dando média de mais de 80 por partida. De fato, o clube basco sempre foi reconhecido por seu estilo ofensivo, contando com o talento de diversos jogadores sul-americanos para isso. Scola, Prigioni, Nocioni e Oberto foram outros a brilhar por lá. Nada melhor para celebrar essa marca do que bater o poderoso Olympiakos em casa. E ninguém melhor que o capitão Fernando San Emeterio para registrar o momento.

O esforço defensivo do Laboral Kutxa para brecar um dos maiores cestinhas europeus

O esforço defensivo do Laboral Kutxa para brecar um dos maiores cestinhas europeus

2.500 – Na mesma partida, Vassilis Spanoulis se tornou o quarto maior cestinha da Euroliga, superando seu ex-companheiro de Panathinaikos, Mike Batiste. O astro grego tem agora exatamente 2.522 pontos (depois de ter anotado 27 no duelo). Com mais uma bola de três, vai superar o esloveno Jaka Lakovic e se tornar o terceiro maior pontuador, atrás apenas do americano Marcus Brown, que jogou muita bola pelo CSKA no auge, e de Juan Carlos Navarro, a lenda vivíssima do Barcelona, que tem mais de 3.400 pontos e dificilmente vai ser alcançado.

Sonny Weems bloqueia Yogev Ohayon: o CSKA já é favorito a jogar o F4 em Madri

Sonny Weems bloqueia Yogev Ohayon: o CSKA já é favorito a jogar o F4 em Madri

800 – A Euroliga não divulgou a quantidade exata de ingressos vendidos, limitando-se a dizer que os ingressos básicos foram esgotados. Mas ainda restam entradas disponíveis. Cada clube classificado para o Final Four vai receber uma carga de 800 tickets. Além disso, os famosos ingressos premium ficarão disponíveis no final do ano, assim como os ingressos acompanhados de pacotes de viagem. Se você tiver interesse, a agência oficial é a Detur.

36 – O índice de eficiência do gigante Boban Marjanovic na vitória do Estrela Vermelha sobre o Neptunas Klaipeda por 79 a 62, estabelecida num terceiro período arrasador (27 a 10). O pivô sérvio foi mais uma vez dominante no garrafão, com 24 pontos e 12 rebotes, matando 11 de seus 13 arremessos para ganhar novamente o prêmio de MVP da jornada. Ele e o americano Andrew Goudelock, do Fenerbahçe, são os únicos a repetir a conquista nesta temporada.

23 – Mais uma rodada, mais um baile promovido pelo CSKA Moscou, que agora venceu o Maccabi Tel Aviv, em Israel, por 23 pontos de vantagem: 84 a 61. Um dos únicos invictos da competição ao lado do Barça, o time russo tem agora 111 pontos de saldo na liderança do Grupo B. É a melhor campanha até aqui.

Tuitando

O americano Reggie Redding teve sua jornada de herói ao definir o triunfo do ALBA sobre o Unicaja Málaga com uma corajosa e perfeita bandeja no último lance. O ala de 26 anos, que se formou pela Universidade de Villanova, já jogou no Chipre e está na Alemanha desde 2011, também fez seu melhor jogo da temporada, com 19 pontos, 6 rebotes e 5 assistências em 30 minutos.

O georgiano Tornike Shengelia, ex-Nets e Bulls, deu um duro danado contra o Olympiakos, o que é de praxe em seu jogo: 14 pontos, 7 rebotes, 2 tocos, 2 roubos de bola e 3 assistências em 28 minutos intensos, mas que valeram a pena. Nada melhor que uma vitória como recompensa.

As jogadas da semana!


Euroligado: uma derrota basta para a crise
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Giancarlo Giampietro

São apenas três rodadas, faltam mais sete nesta primeira etapa. Mas, se você for parar um tico para ver o que se passa nos quatro grupos da temporada regular da Euroliga, transmitida no Brasil com exclusividade pelo canal Sports+, vai ver que algumas coisas já vão ficando mais claras. Quer dizer, que alguns clubes já começam a despontar, e, neste caso, você pode falar do Barcelona de Marcelinho Huertas e do CSKA Moscou, que não está nada órfão de Ettore Messina. Os melhores times deste princípio de campeonato. Não só pelas três vitórias em três semanas, mas muito mais pela qualidade de seus resultados. O Real Madrid, por sua vez, depois de sofrer nas duas primeiras partidas, se reencontrou em quadra para atropelar o Nizhny Novgorod em casa, vencendo por 39 pontos e batendo recordes. Enquanto isso, o Fenerbahçe, que novamente promete mundos e fundos…

O jogo da rodada: Panathinaikos 91 x 73 Fenerbahçe

Panathinaikos x Fenerbahçe, 2014-2015, Euroliga

Bom, já dá para ver que foi uma surra, que o time da casa não teve muita dificuldade. Então por que escolher esse? Devido ao simbolismo do sempre especial retorno de Zeljko Obradovic a Atenas e a influência  que o resultado pode ter no decorrer da temporada. Foi mais uma partida do Grupo da Morte, o C, para dar muita confiança ao Panathinaikos, que em tese correria por fora na chave, devido ao orçamento reduzido – a crise é braba, mesmo.

Para os que não estão muito acostumados com o basquete europeu, Obradovic é praticamente a encarnação de um deus grego para a torcida verde. Ele serviu ao clube de 1999 a 2012, conquistando cinco edições da Euroliga e 11 ligas nacionais, incluindo nove em sequência. Depois de um ano sabático, ele foi convencido pelo projeto intere$$ante do Fener a voltar para o torneio. Não foi o primeiro reencontro com o ex-time. Na campanha passada, a recepção foi das coisas mais impressionantes que já vi. Nesta quinta, a farra foi a mesma. O técnico sérvio agradeceu: “Quero agradecer ao povo do Panathinaikos pelo modo como eles me trataram novamente hoje. É algo especial para mim estar aqui”, disse. Para, depois, começar a desancar sua equipe.

Obradovic em Atenas? Festa só para um lado

Obradovic em Atenas? Festa só para um lado

“Sinto vergonha da imagem deixada por meu time”, disse. “É minha responsabilidade. Escolhi esses jogadores, e é meu trabalho. Tenho de mudar algumas coisas. Se vai ser possível, ou não, só o futuro vai dizer. Os torcedores estabeleceram um novo recorde de compras de carnês de ingressos na pré-temporada. Eles nos acompanham e realmente se importam com a equipe. O que posso dizer para eles agora?”

Uma observação: o Fener havia vencido suas duas primeiras partidas da chave. É o fim do mundo, né? (Risos.) Mas aí você checa a tabela da cada vez mais competitiva liga turca, e vê que lá eles também sofreram uma derrota em três rodadas, perdendo para o Royal Hali por 70 a 66. O Hali tem quatro americanos de ponta para os padrões europeus, mas foi uma zebra ainda assim. No caso do revés para o Panathinaikos, isso pode custar caro, com Olimpia Milano e Bayern de Munique fungando no cangote, também com ambiciosos planos.

Então, meus amigos, aqui estamos novamente. O Fener torrando aos montes, apostando num técnico legendário e um elenco totalmente abarrotado. O desafio parece ser o mesmo: convencer tantos atletas renovados a sacrificarem seus números, minutos, pontos em prol do time. Fazer a bola rodar mais, encontrando o melhor arremesso – já que opções não faltam. Enfim, transformar egos em um produto de basquete.

Os brasileiros
Marcelinho Huertas – no complicadíssimo Grupo C, o Barcelona teve nesta sexta-feira aquele que supostamente seria a partida mais fácil da chave: duelo com o Turow Zgorzelec, da Polônia, em casa. E foi isso mesmo: vitória por 86 a 67, com placar favorável em todos os quatro períodos. Titular absoluto, Huertas fez um pouco de tudo em quadra, em 26 minutos: 6 pontos (em dois disparos de três), 5 assistências, 6 rebotes e 2 roubos de bola. O ala-pivô Justin Doellman foi o cestinha, com 20 pontos em 25 minutos, para o clube catalão que, ao lado do CSKA, é o que faz a melhor largada na competição até agora.

Huertas pressiona na defesa: Barça larga bem

Huertas pressiona na defesa: Barça larga bem

JP Batista – o Limoges sofreu sua segunda derrota, ao cair por 75 a 69 em Málaga diante do Unicaja – um lugar no qual é muito difícil de se jogar. O pivô pernambucano somou 8 pontos, 5 rebotes e 4 assistências em 21 minutos, convertendo 4-8 arremessos de quadra. Melhor: sua participação foi decisiva nos principais momentos de sua equipe na partida. O campeão francês chegou a abrir seis pontos no início do segundo tempo, mas os anfitriões desembestaram a partir daí anotando 23 pontos contra apenas 2 dos adversários, abrindo vantagem de 13 pontos ao final do terceiro quarto. Na parcial final, resistiram a uma pressão dos visitantes.

JP, e seu tradicional semigancho no garrafão

JP, e seu tradicional semigancho no garrafão

Lembra dele?
Sasha Vujacic (Laboral Kutxa/Baskonia) Depois de destacarmos Andrew Goudelock aqui, na primeira rodada, agora é a vez de outro ex-jogador do Lakers, o ala-armador esloveno que, nos tempos (?) glórios foi inexplicavelmente apelidado de (?) “A Máquina”. Vujacic, na verdade, virou uma figura cult em Los Angeles por todas as lendas ao seu redor, incentivadas por Phil Jackson, diga-se. Essa história de máquina tem a ver com o aproveitamento que tinha de quadra nos treinamentos. Segundo consta, era um verdadeiro leão de treinos. Não errava um arremesso. Na hora do jogo, as coisas mudavam um pouco, ainda que Sasha, ex-namorado de Maria Sharapova e tal, nunca tenha sido reconhecido como um cara tímido. Pelo contrário, como provou nas finais de 2010, convertendo lances livres importantíssimos no sétimo jogo contra o Celtics.

Vujacic, em dia de maquininha

Vujacic, em dia de maquininha

A verdade é que, em Los Angeles, num time bastante estruturado, com Kobe Bryant, Derek Fisher e outros veteranos tomando conta da posição, não sobrava muito espaço para o atleta que teve média de 14,3 minutos em sua carreira pelo Lakers. Em 2011, foi trocado para o então New Jersey Nets e teve muito mais tempo de quadra. No ano do lo(u)caute, voltou para a Europa, pelo Anadolu Efes. Na temporada passada, teve uma curtíssima passagem pelo Los Angeles Clippers. Agora, fechou com o clube basco, ocupando vaga aberta pela dispensa de Orlando Johnson (ex-Pacers e Kings).

Ele fez sua estreia na sexta-feira e ajudou numa dura vitória sobre o Galatassaray, por 91 a 90, em casa, com 13 de seus 14 pontos no primeiro tempo. O esloveno jogou  por 21 minutos, acertando 50% de seus arremessos de quadra, incluindo 3-6 em três pontos.  O herói de verdade da partida, no entanto, foi o pivô Colton Iverson, que anotou a cesta da vitória a menos de 3 segundos do fim. O pivô americano, que foi draftado pelo Boston Celtics no ano passado e vai para sua segunda temporada na Europa, anotou 17 pontos e pegou seis rebotes em 24 minutos.

Uma jogada: vejam essa combinação espetacular de pick-and-roll entre Jeremy Pargo e Alex Tyus…

São várias coisas para se tomar nota. Uma: reparem em como Tyus parte feito um animal em direção ao aro, depois de fazer o corta-luz. Duas: ele já sabe o que pode (vai?) acontecer. Três: você precisa acelerar, mesmo, cortar com intensidade. Quatro: o passe foi um tanto forte e muito alto. Cinco: o sujeito ainda faz o domínio e desce com essa machada para a cesta. Incrível, e eleita a melhor da semana.

Em números
1.000 –
mais uma semana, mais um registro histórico para Dimitris Diamantidis. O capitão do Panathinaikos ultrapassou a barreira das mil assistências em sua carreira (chegou a 1.009) nesta quinta, dando dez passes para cesta contra o Fener. Só para deixar claro: ele já era o recordista do torneio nesse fundamento. Veja um belo clipe editado pela Euroliga para celebrar a marca, de qualquer maneira:

92,3% – o pivô americano D’Or Fischer, do UNICS Kazan, acertou agora 12 de seus 13 arremessos. O que vale um aproveitamento de 92,3%. Nem Steve Kerr no lance livre conseguia algo assim. Nesta semana, o time russo, dos novos ricos do basquete europeu, venceu o Dínamo Sassari por 85 a 62, em casa. Fischer acertou seis em sete, terminando com 14 pontos e 9 rebotes em 22 minutos.

41 – Vassilis Spanoulis precisou jogar 41 minutos e mais 26 segundos para que seu Olympiakos vencesse o estreante e modesto Neptunas Klaipeda por 85 a  81, na prorrogação, fora de casa, após empate por 76 a 76 no tempo regular. O ídolo grego usou da melhor forma possível seu tempo de ação, com 34 pontos, 7 assistências, 5 rebotes e 11-21 nos arremessos, com direito a 6-11 nos arremessos de longa distância. Craque demais.

Vassilis Spanoulis, MVP da rodada. Sai da frente

Vassilis Spanoulis, MVP da rodada. Sai da frente

34 – foi o índice de eficiência atingido pelo americano Brian Randle na vitória do Maccabi sobre o Alba. Ele marcou 25 pontos em 29 minutos pelo time israelense, o vice-campeão da Copa Intercontinental. Além disso, foram cinco rebotes, três tocos e duas assistências, numa grande exibição, também bastante versátil. Será um cara importantíssimo nesse processo de reconstrução do time.

1,53 – a média de ponto por minuto do americano Jaycee Carroll, uma das muitas armas do Real Madrid, contra os novatos russos no Nizhny. Também com nacionalidade do Azerbaijão, numa dessas bizarrices do mercado da bola – e dos passaportes –, Carroll  barbarizou na quinta-feira, com 32 pontos em 21 minutos, acertando 7-9 de longa distância e 10-14 no geral.

Tuitando:

Cuma!?

O jornalista turco revela essa interessante negociação entre o clube espanhol e o gigante turco. O armador francês Thomas Heurtel se valorizou muito depois da Copa do Mundo e está em seu último ano de contrato. O Baskonia precisa de mais um atleta que crie mais oportunidades de cesta por conta própria, o perfil de Hickman. O problema é que o americano saiu do campeão Maccabi para ganhar uma fortuna em Istambul. Vamos acompanhar essa. O italiano Marco Crespi, técnico do atual Laboral Kutxa, já tem uma história de sucesso com Hickman. Os dois trabalharam juntos na Itália, ganhando uma Leaga Due pelo Scavolini Pesaro.

Quando o Real encaixa seu jogo, é isso, mesmo. Vem recorde por aí, devido ao ritmo da equipe, agredindo constantemente o adversário com atletas talentosos, velozes e um elenco bastante volumoso. Das 33 assistências, nove foram do MVP da edição 2013-2014, Sérgio Rodríguez, enquanto seus companheiros de seleção Rudy Fernández e Sérgio Llull terminaram, respectivamente, com seis e cinco.


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