Presidente da CBB expõe Hortência e fala em contratar australiano para a seleção feminina
Giancarlo Giampietro
Nada como uma organização bem azeitada, em que sua cúpula fale a mesma língua. Ou que, pelo menos, não se exponha tanto publicamente, que guarde os debates para seus QGs, né?
Só tirem a CBB (Confederação Brasileira de Basquete) dessa.
Em passagem – desastrada, para variar – por João Pessoa, em campanha por sua reeleição na presidência da entidade, Carlos Nunes falou novamente mais do que deveria. Geralmente funciona assim mesmo: o presidente mal aparece em público. Quando fala aos microfones, só sai rojão. Dessa vez ele expôs uma de suas profissionais de confiança, Hortência, diretora do departamento feminino.
“Como opção minha, e esta é uma responsabilidade que trago para mim, eu entendi que era Hortência quem tinha as condições necessárias para levar o time a uma posição melhor nas Olimpíadas. No fim, acabou acontecendo o que aconteceu. Cabe-nos agora avaliar o que deu errado”, afirmou o cartola em entrevista ao GloboEsporte.com.
Tipo… “Deu no que deu”. É até engraçado. Mesmo.
Mas, calma lá: Nunes afirma que, “a princípio”, sua diretora continua no cargo, mas que “novos nomes devem se juntar ao grupo”.
Se Hortência continuar mesmo na administração, vai ter de batalhar para manter sua escolha da vez de técnico, Luís Claudio Tarallo, no cargo. Segundo o presidente da CBB, ela defende a continuidade no comando da seleção adulta, depois de uma campanha pífia em Londres-2012.
Não seria agora, afinal, que ela trocaria um treinador, né?
Oooops.
Bem, voltando: se Hortência continuar e se optar por seguir com Tarallo, pode ter sua opinião contrariada pela hierarquia e ter de engoliar a seco. Enamorado pela proteção que Rubén Magnano lhe dá em seu cargo, Carlos Nunes defende a contratação de um treinador estrangeiro também para dirigir as meninas. O nome seria o australiano Tom Maher, que dirigiu a Grã-Bretanha nos Jogos Olímpicos e já fez grandes campanhas nos últimos 20 anos.”Sou muito simpático à ideia de trazer o treinador australiano”, afirmou.
Entre nós, é um grande técnico.
Também aqui entre nós todos: precisava jogar as coisas no ventilador assim mesmo?