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Arquivo : Rússia

Rússia e Lituânia se garantem em Londres-2012
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Giancarlo Giampietro

Um tempo atrás elas, juntas, compunham uma força dominante mundial. Hoje, com duas repúblicas independentes, Rússia e Lituânia ainda impõem muito respeito, e certamente Rubén Magnano não gostaria de ver nenhum desses países da Europa oriental perfilados no Grupo C. Pois eles conseguiram mais uma classificação olímpica neste sábado.

A Rússia controlou a Nigéria por três quartos e, assim como os gregos fizeram na véspera, teve problemas na parcial final. No fim, porém, conseguiu resistir a forte pressão dos africanos para vencer por 85 a 77 e garantir seu lugar na final do Pré-Olímpico mundial em Caracas e a consequente vaga em Londres-2012.

Alexey Shved, Rússia

Alexey Shved, da Rússia, joga barbaridade

O talentoso ala-armador Alexey Shved jogou barbaridade e encantou Wlamir Marques com 22 pontos, seis assistências e quatro rebotes e um estilo que faz o basquete parecer muito fácil. Deve ir para a NBA após os Jogos, campeonato ao qual pertence. Muito talentoso. O time europeu teve um ótimo aproveitamento na linha de três pontos, com 14 cestas em 27 arremessos (51,9%) e movimentou a bola muito bem no perímetro tambeem, computando 26 assistências. Em meio a tudo isso, Andrei Kirilenko estufou a tabela de estatísticas novamente, com 19 pontos, 8 rebotes, quatro roubos de bola e três assistências.

Pela Nigéria, o ala-armador Ade Dagunduro teve mais um brilhante quarto período, comandando uma nova reação, com 16 pontos e 5 assistências. Ike Diogu foi mais uma vez uma arma poderosa no garrafão, com 16 pontos e 14 rebotes.

Já a Lituânia teve uma noite muito mais fácil na capital venezuelana ao atropelar a República Dominicana por 109 a 83, tendo vencido o primeiro tempo já por 16 pontos para se tranquilizar, com uma exibição impecável do armador Mantas Kalnietis (nove assistências). Ele comandou simples jogadas de pick-and-roll muito bem tramadas, fazendo o nome do jovem Jonas Valanciunas, que terminou com 17 pontos e 7 rebotes em apenas 25 minutos, lidando novamente com problemas de falta. Do lado caribenho, Al Horford teve uma jornada para esquecer, somando apenas 12 pontos e 4 rebotes, errando dez de seus 14 arremessos.

Neste domingo, dominicanos e nigerianos  lutam pela terceira e derradeira vaga olímpica.


Com mais 2 cortes, Magnano agora vai com qual pivô?
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Giancarlo Giampietro

Bom, aparentemente, quando Magnano convocou Nezinho e Vitor Benite ao final do Sul-Americano, era apenas para compensar os desfalques que teria em seus primeiros três amistosos preparatórios rumo a Londres e, ao mesmo tempo, recompensar os dois jogadores pelos serviços prestados – isto é, obrigado por nos ajudar com a classificação, mas agora optei por seguir outros rumos.

Caio Torres, seleção brasileira

Caio Torres, opção para Magnano

Com Huertas merecendo um descanso, Leandrinho ainda emperrado com nossa burocracia, eles ajudaram o argentino a preencher a rotação nas partidas em São Carlos e, por certo, ganharam uma última chance para tentar impressionar o chefe. Agora, em uma semana o que o treinador poderia realmente ver de diferente além do que já sabia sobre os dois atletas?

De todo modo, segue a vida e o curso da seleção, agora com 13 jogadores, definidos os cortes dos dois atletas de perímetro. Fica agora a dúvida sobre quem será o último atleta a ser dispensado para que conheçamos os 12 olímpicos.

Tudo leva a crer que os pivôs Augusto Lima e Caio Torres concorrem diretamente pela vaga. Discutir se Raulzinho ou Larry Taylor poderiam dançar seria uma temeridade – levar só dois armadores e improvisar Leandrinho? Não, obrigado.

Entre Augusto e Caio temos uma senhora dúvida. Tentemos explicar o quão complicada pode ser essa decisão: são dois tipos de pivô completamente diferentes. Augusto corre a quadra toda. Caio, que está bem mais fino, em sua melhor forma física, é mais lento. Augusto, por sua mobilidade, finaliza melhor no pick-and-roll e ataca os rebotes ofensivos com voracidade, enquanto Caio funciona melhor de costas para a cesta ou posicionado para chutes de média ou longa distância, podendo ficar assim mais distante da tabela.

Nenê e Magnano

Augusto ou Caio: quem combina mais com Nenê/

Que tipo de jogo Magnano espera encarar nos Jogos britânicos? Batalhas mais lentas e pesadas? Ou um jogo mais atlético, veloz, dinâmico? Cada proposta dessa combina melhor com um dos pivôs. Vendo a formação de elencos por aí afora – a Lituânia tem apenas duas ‘torres’ no Pré-Olímpico, mesmo caso da Grécia e da Rússia, por exemplo –, a aposta é que veremos algo mais parecido com a segunda  alternativa.

No fim, porém, esses podem ser apenas devaneios despropositados, e o técnico nem estaria interessado nesse tipo de discussão, podendo simplesmente optar por levar aquele que considera o melhor jogador entre os dois, sem se importar também se um combina mais com o outro, em termos das combinações que pensa deixar em quadra.

Hoje, Caio é um jogador mais refinado (em termos de habilidades), experiente (já passou um bom tempo na Espanha) e está em melhor fase (Augusto lidou com muitos problemas físicos durante o ano). Também foi incluído diretamente na lista primária, o que faz diferença, por mais que o treinador negue.

Nenhum dos dois vai mudar o rumo da seleção agora em Londres. Mas o debate é divertido e sempre vale.

PS: Veja o que o blogueiro já publicou sobre a seleção brasileira em sua encarnação passada.


Vejam só: Angola complica a Macedônia
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Giancarlo Giampietro

Não deixaria de ser um tremendo, bem-vindo acontecimento se nossos chegados lusófonos de Angola, justo eles, interrompessem o sonho olímpico da Macedônia, equipe que chocou algumas potências da modalidade no Eurobasket masculino de 2011. A equipe chegou ao Pré-Olímpico mundial de Caracas com status de favorita a uma das três vagas restantes para Londres 2012 e já se enfiou de cara em uma enrascada ao perder por 88 a 84 na primeira rodada da eletrizante competição.

Bo McCalebb, “macedônio”, se enrasca diante dos angolanos

Tremendo e em-vindo porque a Macedônia, convenhamos, jamais teria chegado a um Pré-Olímpico mundial não fosse sua contratação do escolta norte-americano Bo McCalebb. Sim, contrataram o jogador. Funciona assim: facilitam a obtenção do passaporte e sua inserção no mercado europeu; em troca ganham o direito de usufruir de seus serviços mais tarde.

É um baita talento, que vive fazendo a diferença na Euroliga, e tal. Mas de macedônio só tem realmente o passaporte, num temeroso precente. (“Estava jogando na Sérvia, e recebi uma ligação dos macedônios. Eles me pediram para jogar por eles. Nem fiz nenhuma pergunta sobre o lugar. Apenas disse sim e peguei um avião para Skopje no dia seguinte”, afirmou ao New York Times.)

Segundo o site da Fiba, nenehum dos 12 angolanos atua e, principalmente, nasceu fora do seu país. A base da seleção está no Petro Atlético Luanda, com oito convocados. E são quase os mesmos nomes de sempre: Joaquim Gomes, Eduardo Mingas, Olimpio Cipriano e Carlos Morais entre eles. Um time considerado limitado, mas que luta do jeito que dá.  McCalebb anotou 21 pontos e 5 assistências nesta segunda, e não foi suficiente.

Ainda não dá para decretar nada sobre uma eliminação dos balcânicos – dificilmente, pelo que vimos dos kiwis em São Carlos na semana passada, a Nova Zelândia conseguirá fazer frente, permitindo que avancem aos mata-matas pelo Grupo D. O revés para os africanos, no entanto, basicamente os empurra para um confronto com a Rússia, favoritos do Grupo C que manteriam essa condição também no confronto direto pelas quartas de final.

PS: veja o que o blogueiro já publicou sobre Bo McCalebb em sua encarnação passada.