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Arquivo : Kobe Bryant

Coach K define a seleção dos EUA: veja quem entrou
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Giancarlo Giampietro

Team USA 2012

A seleção dos EUA que vai para Londres definir seu ouro olímpico foi definida neste sábado pelo Coach K.

Está preparado?

Então lá vai.

Os armadores são Chris Paul, Deron Williams e Russell Westbrook. Os alas: James Harden, Andre Iguodala, Kobe Bryant, Kevin Durant, Carmelo Anthony e LeBron James. Os pivôs: Tyson Chandler, Blake Griffin e Kevin Love.

Muito fraco, né? Fica extremamente preocupante a situação dos então favoritos ao título. Sem Wade, Howard e Bosh não dá.

(…)

Brincadeira.

Os últimos três cortados foram Eric Gordon, Rudy Gay e o calouro Anthony Davis. De certo modo, surpreende que dois campeões mundiais em Istambul tenham perdido suas vagas, dando lugar a Harden e Griffin, estreantes. Gordon tem um jogo que encaixa bem com o basquete internacional, sendo o “matador de zonas” (sem trocadilhos, por favor, que o papo agora é sério). Harden ganhou sua vaga e vai ter de caprichar no chute de três pontos, deixando o fiasco nas finais da NBA para trás. Griffin não é tão versátil como o ala do Grizzlies, mas dá ao Coach K mais segurança no garrafão, no caso de algum infortúnio com Love ou Chandler. Ah, também vai vender muita camisa.

Imagino o quinteto inicial com Paul, Kobe, LeBron, Carmelo e Chandler.

Durant de sexto homem? Afe.

Ou, de repente, Krzyzewski pode aprofundar suas ousadias e escalar LeBron como um suposto pivô? E mandar um time com Durant, Carmelo e o astro do Heat, tendo Chandler reservado para duelos com times de garrafão mais ameaçadores (alô, Brasil!, hola, España!).

Westbrook, Griffin, Iguodala saindo do banco mantêm um padrão atlético absurdo em quadra. Love, Deron e Harden entram com a parte técnica da coisa. O que importa mais nesse elenco é isso: as diversas maneiras de se encaixar tantas peças talentosas.

PS: Veja o que o blogueiro já publicou sobre a seleção dos EUA em sua encarnação passada.


Kobe + Nash: vai ou tem de funcionar
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Giancarlo Giampietro

Kobe Bryant e Steve Nash

Kobe e Nash, agora aliados

Sabe qual foi a última vez que o Kobe Bryant jogou com um armador bom de verdade?

Foi… Tipo… Em… Hããã…

Nunca.

Não vale falar do Gary Payton. Não por ele não ter sido um craque. O que pega é que ele jogou só por um ano em L.A., e foi sob o comando de Phil Jackson num sistema que dispensava os jogadores desse ofício. Logo, também não pode responder Derek Fisher, Brian Shaw, Ron Harper, Steve Blake, John Celestand e, claro, Mike Penberthy. Sob o sistema vencedor do Lakers, não importava muito. Ainda mais com um ala como o Kobe, habilidoso no drible que só, ao lado.

Pois é.

Agora tem o Nash e o Kobe.

Eles já jogaram juntos como All-Stars , e só. De resto, foram batalhas de um contra o outro, feito grandes rivais na Conferência Oeste.

Agora vão repartir a bola, e Kobe vai ter, sim, que responder aos questionamentos que sempre rodearam a carreira do ala, algumas vezes com razão, outras vezes de modo descabido.

Vai pedir que o Kobe compartilhe a bola com Smush Parker? Não, né?

Agora, com Nash, é outra história. Trata-se de outro jogador que está acostumado a controlar a bola por um longo tempo, estando os outros atleta conscientes, claro, de que podem recebê-la a qualquer momento, precisando ficar atentos para completar a assistência.

Como essa dinâmica entre Kobe e Nash vai funcionar é uma das grandes histórias, desde já, para a próxima temporada. Diz o insider Adrian Wojnarowski, infalível, que os dois astros já se falaram por telefone na segunda-feira e até mesmo nesta terça, antecipando o acerto. O que será que falaram? O mais óbvio e prudente seria: que eles ajudarem um ao outro, um diminuir a carga do outro. São bem grandinhos para isso.

Algumas notas sobre a transação:

– Kobe e Nash foram draftados no mesmo ano: 1996. Kobe na posicão 13, pelo Hornets, logo repassado ao Lakers, e Nash na 16ª, pelo Suns.

– Aos 38 anos, Nash vai receber cerca de US$ 24 milhões por três temporadas. Se o santo não bater, ainda pode ser trocado.

– Neste ponto, não adianta muito citar a idade de Nash. Enquanto tiver Kobe em seu elenco – e ninguém pensa em trocá-lo, ok?, e seu contrato vai até 2014 –, o Lakers não pode/consegue pensar seriamente em uma renovação no elenco.

– Nash jogou muito com a bola em mãos durante a carreira e ainda tem médias de 49,1% nos arremessos de quadra e 42,8% de três pontos. Logo, com Kobe e grandes pivôs ao seu lado, pode chegar a…

PS: Veja o que foi publicado pelo blogueiro sobre o Lakers em sua encarnação passada.


Nash vai para o Lakers. Bomba! De verdade
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Giancarlo Giampietro

Coloquemos primeiro sem eufemismo: é como se o Rogério Ceni estivesse se transferindo para o Corinthians. Como se o Valdivia estivesse indo para o São Paulo. Como se o Deco deixasse o Flu de última hora para ingresar no Flamengo. Como se o Ronaldinho (já!) saísse do Atlético Mineiro para o Cruzeiro. Etc. Etc. Etc.

Ok, traduzindo da NBA para o futebol brasileiro, nada faria sentido. Mas dá para sacar onde queremos chegar, né? Ao falar da troca de Steve Nash para o Los Angeles Lakers.

Kobe e Nash agora unem esforços

Kobe e Nash agora unem esforços

Numa realidade moderna da liga em que todos são amigos de todos – Amar’e Stoudemire janta com Chris Paul, que é padrinho de Carmelo Anthony, que é melhor amigo de LeBron James, que adora o Dwyane Wade, que joga golfe com sei lá quem –, a rivalidade entre Phoenix Suns e Lakers desenvolvida nos anos 00 era uma das poucas histórias que envolviam qualquer dose de rancor.

Pelo visto, esse rancor já é passado, distante, guardado no baú. Como se a final do Oeste de 2010 já estivesse enterrada na memória de quem jogou de cada lado. Kobe Bryant e o próprio Nash inclusos.

Quando do começo das tratativas dos agentes livres, ou mesmo antes, um dos rumores que tinha voz lá na América era a aversão de Nash em relação ao Lakers. O armador canadense chegou a afirmar durante a temporada o quanto se sentiria incomodado em defender a franquia californiana, contra a qual havia travado batalhas marcantes nos mata-matas. Bem, talvez nem tão marcantes assim mais.

Se todos consideravam o Toronto Raptors e o New York Knicks, que travaram uma guerra fria, como os favoritos a contar com os serviços do armador de 38 anos, mas ainda brilhante, foi o Lakers, no fim, que levou a melhor, oferecendo algo que pode ser considerado muito baixo: duas escolhas de primeira rodada de Draft em 2013 e 2015 e duas de segunda rodada em 2013 e 2015. São todas escolhas que devem sair tardiamente nos respectivos recrutamentos de novatos.

E por que, então, o Suns fez? Pelo jeito, a franquia do Arizona estava decidida a seguir outro rumo, não importando o valor de Nash para seus torcedores e sua produção recente. E por que o Lakers? Talvez o Knicks realmente tenha relutado em incluir o ala-armador Iman Shumpert, no fim, em qualquer negociação, e o time do Vale do Sol tivesse de se mostrar forte nas negociações. Desta forma, teria optado por mandar Nash por uma “exceção de troca”, que os rivais do Pacífico tinham desde que mandaram Lamar Odom para Dallas, em vez de se contentar com Toney Douglas e só.

“Queríamos colocá-lo em uma posição que estivesse o mais próximo possível de sua família e na situação mais competitiva. Conseguimos ambas. E aí ele queria que o Suns recebesse algo de valor”, afirmou o agente do jogador, Bill Duffy, ao SportsIllustrated.com. “Vai ser algo bem interessante, muito emocionante. Do ponto de vista do torcedor, a NBA se resume a rivalidades. Mas também há pautas e reportagens. E aqui está mais uma pauta gigante numa cidade gigante.”

Mais importante, talvez: ficando em LA, Nash  também estaria em um mercado gigantesco e mais perto de suas filhas, que vivem em Phoenix, do que ficaria em New York também. Segundo o repórter Marc Stein, do ESPN.com, alguém muito próximo ao canadense, esse foi um fator decisivo na negociação, devido a um pedido do jogador para a direção – creiam, os astros da liga também podem ser humanos.

Essa foi uma autêntica bomba no mercado da NBA, bem mais inesperada e chacoalhante que a troca de Joe Johnson para o Brooklyn Nets. É um negócio que ainda vai gerar muitas ramificações, as quais o Vinte Um promete ficar atento para compreender e discutir em breve.


Calma, Scott: veja a lista dos renegados que ganharam US$ 380 milhões na NBA
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Giancarlo Giampietro

Não é o fim do mundo, Scott. Pode ser um baque, com tanta expectativa criada, mas não sobra muito tempo para chutar choramingar, pois as Summer Leagues já vêm com tudo, os clubes estão montando seus elencos, e seu agente sabe disso.

Nesta sexta, o armador brasileiro deu as caras no Twitter com uma metáfora toda videocassetiana (na falta de melhor palavra): “Não há STOP para o meu sonho, apenas PAUSE. VOU FFW passando por isso porque só quero PLAY e, uma vez que eu mostrar a eles o que posso fazer, eles todos vão querer RECORD ISSO, e eu nunca vou RWD”. Entenderam, né?

Para dar uma força, lembramos, agora, dez  casos de atletas que não foram draftados, mas saíram por cima. Juntos, sabe quanto eles ganharam em contratos durante suas carreiras? Mais de US$ 385 milhões. E isso não leva em conta o fato de que alguns deles ainda estão em atividade.

Confira a turma dos renegados que prosperaram:

1. Ben Wallace

Ben Wallace

O pivô do Detroit Pistons, que ainda não sabe se vai se aposentar este ano… Caso decida que sim, chegará ao fim a carreira de um dos melhores defensores da história da NBA, após 16 temporadas e 130 partidas de playoffs. Wallace começou sua jornada no Washington Wizards de 1996, como reserva de Chris Webber. Ficou um ano em Orlando até ser envolvido em uma troca por Grant Hill com o Detroit. Na época, parecia que o Pistons iria de mal a pior. Engano. Big Ben capitaneou o revival dos “Bad Boys” na Motown, ao lado do bro Rasheed Wallace, sendo campeão em 2004. Foi duas vezes o melhor reboteiro da liga em 2002 e 2003 (quando apanhou 15 por jogo). Quatro vezes All-Star. Quatro vezes eleito o melhor defensor do campeonato. Porrada.

2. Brad Miller
Antes de entrar na NBA, Miller, tinha como grande destaque de sua carreira a medalha de bronze conquistada no Mundial de 1998, aquele que caiu num limbo da USA Basketball – era ano de loucaute e os astros da NBA ficaram fora. Considerado lento, pouco atlético, foi desprezado ao sair de Purdue em 1998. Acabou descolando um bico no Charlotte Hornets (bons tempos!), foi contratado pelo Bulls em sequência, repassado ao Indiana até que assinou com o Sacramento Kings em 2003 por uma bolada: em 2010, já ganhava mais de US$ 12 mi. Foi duas vezes para o All-Star. No auge, teve médias de 15 pontos, nove assistências e quatro assistências pelo Kings.

3. Avery Johnson
Não era necessariamente um craque, tendo um arremesso de três pontos bastante questionável. Mas foi um verdadeiro general em quadra em uma carreira que durou de 1988, quando Scott Machado e Fab Melo ainda não haviam nem nascido, a 2004. Distribuiu 5.846 assistências em jogos de temporada regular, em 1.054 partidas. Marcou época pelo Spurs, pelo qual foi campeão em 1999. Hoje é o técnico do Brooklyn Nets.

John Starks enterra contra o Bulls

John Starks enterra contra o Bulls

4. John Starks
Houve uma vez que o explosivo ala do Knicks voou por toda a defesa do Bulls de Phil Jackson para uma das enterradas icônicas da NBA, que, vira e mexe, aparece nos clipes promocionais da liga. Jogou de 1988 a 2002, terminando com média de 12,5 pontos. Em 1993-94, foram 19,0 por jogo, culminando em convocação para o All-Star e no vice-campeonato sob o comando de Pat Riley. Eleito o melhor sexto homem em 1996-97.

5/6. Bruce Bowen, Raja Bell
Dois alas que foram uma verdadeira peste na marcação na década passada – e, sim, usamos propositalmente o passado em referência a Bell, que hoje já seria um ex-jogador em atividade. Bowen foi tricampeão pelo Spurs, tendo aparecido na seleção defensiva da liga por cinco anos seguidos – embora, injustamente, nunca tenha ganhado o prêmio individual. Raja Bell segue essa estirpe, talvez um pouco mais light, mas ele que não nos ouça. Nos dias de Phoenix Suns, era um dos inimigos prediletos de Kobe Bryant, se é que isso faz sentido.

7. Udonis Haslem
O guarda-costas de Dwyane Wade, um guerreiro nos rebotes que saiu da universidade de Florida em 2002 um tanto gordinho e sem chamar muita atenção. Remodelou seu corpo, descolou um convite do Heat, em sua cidade natal, e o resto a gente já sabe. Ótimo reboteiro, defensor, jogador de poucos erros e vencedor. Bicampeão.

8. David Wesley
Patinou por dois anos em Boston em 1993 e 94 até ganhar respeito, entrar na rotação e emplacar uma carreira que acabou em 2007, com 12,5 pontos e 4,4 assistências. Viveu seus melhores anos pelo Hornets, pegando a transição de Charlotte para New Orleans.

9. JJ Barea
Ainda na metade do caminho, o portorriquenho já tem seu título da NBA, um contrato de mais de US$ 4 milhões com o Minnesota Timberwolves, para correr com Ricky Rubio. Veloz, forte, inteligente e corajoso, consegue finalizar no garrafão apesar da estatura diminuta.

10. Jeremy Lin

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O pôster dessa turma toda agora, né? A história você já conhece, cujas palavras-chave são: sino-americano, Harvard, economista, show em Summer League contra John Wall, Warriors, Rockets, dispensas, waiver, Knicks, D’Antoni, Linsanidade, Manhattan, Forbes, Hollywood.

Outros armadores que têm/tiveram carreiras duradouras sob as mesmas condições: Carlos Arroyo, Robert Pack, Jannero Pargo, Chuck Atkins, Darrell Armstrong, Troy Hudson, Damon Jones e Mike James. E mais outros atletas de outras posições como Louis Amundson, Joel Anthony, Reggie Evans e Reggie e Aaron Williams.

PS: Veja o que o blogueiro já publicou sobre Scott Machado em sua encarnação passada


As estrelas alternativas do Draft
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Giancarlo Giampietro

No Draft da NBA, os blueseiros de Nova Orleans só querem saber do Anthony Davis, também conhecido como Monocelha, ala-pivô de Kentucky garantido como a escolha número um. Para os brasileiros, mais que natural voltar as atenções para a dupla Fabrício Melo, pivô mineiro de Juiz de Fora, que fez o ensino médio e dois anos de universidade nos Estados Unidos, e Scott Machado, norte-americano filho de pais brasileiros imigrantes na América e que se define como um gaúcho de Porto Alegre em perfil de redes sociais.

Royce White desafia os olheiros da NBA Aqui no QG 21, porém, há espaço para todo mundo. Sofre de transtorno de ansiedade e prefere embarcar num avião? É apenas dois anos mais novo que o nosso Tiago Splitter e está prestes a fazer um contrato de seis dígitos, no mínimo, depois de ter servido no Iraque?  Então sinta-se em casa.

Os scouts e cartolas da liga norte-americana viajaram o mundo, fizeram entrevistas com adolescentes nas quais usaram de perguntas básicas e outras um tanto descabidas – do tipo “entre ser uma máquina de lavar roupa ou um liquidificador, qual você preferiria?” –, se enfurnaram em ginásios (boa parte deles climatizados, é verdade), gastaram o controle remoto do DVD e o mouse do computador e, ufa!, neste momento, devem estar flertando com a insanidade. Faltam poucas horas para eles tomarem uma decisão que pode lhe custar a cabeça ou render alguns tapinhas no ombro por parte do bilionário que controla sua franquia.

Todo mundo queria Davis, o Monocelha, mas só tem um desse disponível neste ano. Não é fácil fazer o restante das escolhas. Não quando você tem uma gama de jogadores disponíveis como estes aqui:

– Royce White, de Iowa State
O ala-pivô deve ser o prospecto a dizer que se sente conectado com John Lennon “por inspiração e filosoficamente”.  Tupac, Eminem, Dr. Dre, Jay-Z que abram caminho para White passar. Ele afirma que tem interesse em tocar piano no futuro. Isso não assusta os cartolas. Na verdade, até desperta simpatia.

John Lennon, inspiração

John Lennon, inspiração

O que desperta precaução no rapaz é seu medicamente comprovado transtorno de ansiedade, identificado apenas aos 18 anos.  Por vezes lhe cria dificuldades na hora de subir em um avião. Ele diz que, uma vez decolado, não se sente aterrorizado no ar. Difícil, nos piores dias, são as horas antecedentes ao voo. No torneio dos mata-matas universitários, viajou de carro com o avô por mais de nove horas para um jogo em Louisville. Mas o jogador garante que viajou de avião diversas vezes com os Cyclones durante a temporada. Outras questões delicadas que ele precisou responder durante o contato com os clubes foi sobre a acusação de roubo a uma loja em um shopping em Minneapolis.

Em quadra, White é um dos jogadores mais intrigantes dessa leva. Um ala-pivô como visão de armador, capaz de ter linhas como dez pontos, 18 rebotes e dez assistências em uma partida.

Seu técnico, Fred Hoiberg, que jogou no Indiana Pacers de Reggie Miller nos anos 90, fala que ele é como um “trem de carga descendo a quadra”. Também tem as mãos mais largas de todos os jogadores inscritos no Draft, do dedão ao dedinho, esticados, são 29,21 cm. No caso de você estar se perguntando.

Quem topa?

– Bernard James, pivô de Florida State
Pivô forte e atlético, de 2,08 m de altura, que tem média superior a dois tocos por partida em sua carreira universitária e evoluiu em muitas categorias de sua terceira para a quarta temporada. O tipo de prospecto pelos quais os dirigentes se atraem com facilidade. Não tivesse ele 27 anos de idade. Nascido no dia 7 de fevereiro, ele é apenas um ano mais velho que nosso rodado Tiago Splitter. E o que esse senhor fazia na universidade a essa altura da vida, sendo oito anos mais velho que Davis, por exemplo?

Bernard James, em serviço do Exército dos EUAA resposta tem a ver com “I Want You To Join The US Army”.

Ele passou seis anos a serviço da Aeronáutica norte-americana, viajando por cinco continentes, passando inclusive pelo Iarque. Ele se alistou depois de ser expulso do colegial. Quando mais novo, não tinha o menor interesse em jogar basquete. Acabou se iniciando no esporte para valer apenas quando um comandante o avistou em um campo de treinamento na Califórnia e o convocou para um “racha” na mesma noite: “Ele perguntou seu eu jogava, disse que não, mas aí ele falou que a partir de então eu jogaria”. Ordens são ordens. Em seis anos, ganhou quatro medalhas de ouro nos Jogos Militares. Em 2008, começou sua carreira universitária em um Junior College de Tallahassee. Dois anos depois, chegou a Forida State, onde entrou no radar. Da NBA, claro.

Esses são os dois casos mais curiosos, segundo o bisbilhotado. Mas tem mais:

Austin Rivers, ala-armador de Duke, filho de Doc Rivers, técnico do Boston e uma das mentes mais respeitadas da liga. Quando saiu do colegial, era considerado um dos melhores talentos de sua geração. Na universidade, não foi todo esse estouro. Por outro lado, não se atreva a dizer isso ao sujeito, nem ao seu pai. Rivers, o Austin, se comporta como o maioral e tem um certo complexo de Kobe Bryant – sem pular, sem ser tão forte, ou sem ser tão alto como o astro do Lakers. Ah, tá..

Jared Sullinger também saiu do colegial badalado e brilhou em sua temporada de calouro em Ohio State e, contrariando o protocolo, decidiu voltar para a universidade para viver a vida de um segundanista. Os puristas todos aplaudiram: o pivô estaria valorizando seus estudos, dando um exemplo para muitos garotos etc. Um ano depois, evoluiu pouco em quadra e, pior, despertou a preocupação dos médicos do mundo cruel da NBA com um problema em suas costas. Hoje, vê sua cotação despencar. Baita prêmio para um bom menino, hein?

– O ala Evan Fournier, francês, é um dos poucos estrangeiros deste ano bem cotado para a primeira rodada do Draft – sem contar aqui o “Fab Melo”, que entra na cota de universitários, embora brasileiro. Não fala uma vírgula de inglês, chegou de última hora aos Estados Unidos e está batalhando sua escolha contra os prodígios da casa. O ala grego Kostas Papanikolau, campeão da Euroliga pelo Olympiakos e jogando nesta semana pela seleção de seu país em São Carlos, corre por fora.

– Tem também o Ryan Allen, que é irmão do Tony Allen, pitbull do Memphis Grizzlies, que já jogou com o Ray Allen pelo Boston Celtics. Um anônimo no Draft, Ryan, um ala, treinou duas vezes pelo Milwaukee Bucks nos últimos dias, a franquia que escolheu nos anos 90 o próprio Ray Allen. Confuso? Também ficamos.

PS: Clique aqui para ver o que o blogueiro publicou sobre o Draft da NBA em sua encarnação passada