Vinte Um

Arquivo : DeMarcus Cousins

Jogadores para marcar de perto na próxima temporada da NBA: DeMarcus Cousins
Comentários Comente

Giancarlo Giampietro

DeMarcus Cousins briga pelo rebote

Para segurar Boogie Cousins, por vezes só assim mesmo

Boogie, Boogie, Boogie.

Não bastasse o cara se chamar DeMarcus Cousins, ainda precisa ter um dos apelidos mais bacanas da NBA. É por isso que todos esperam grandes feitos do pivô do Sacramento Kings.

Quer dizer… Não exatamente por isso, né?

Para entender as expectativas em torno do jogador, basta espiar esse espécime por alguns minutos para o queixo cair. Um colosso em quadra, mas que se mexe sem dificuldade alguma, trabalhando a bola pelo alto e via drible, girando para os dois lados, com uma boa munheca para encaçapar o que lhe atiram no garrafão.

Um monstro, sim.

De 22 anos e por vezes descontrolado.

DeMarcus Cousins, pivô do Kings

DeMarcus castiga o aro com seu corpanzil

Nem todo mundo é Tim Duncan. Em geral, vai sempre ter uma adversidade para equilibrar as coisas. No caso de Cousins é o seu destempero em quadra, um comportamento irascível que pode atingir seu técnico, companheiros, adversários e, claro, os árbitros. A qualquer momento:  um passe errado, uma falta mais dura, uma orientação do banco… Se não bater com o que o cara pensa da vida, naquele instante, a reação pode ser chocante.

Também chamam isso de imaturidade. Foi como o chefão da USA Basketall, Jerry Colangelo, assimilou as coisas durante os coletivos da seleção norte-americana contra a equipe de, digamos, aspirantes. Segundo relatos dos próprios jogadores, divididos entre bem-humorados e espantados, o pivozão, na ânsia de se apresentar como um xerife de garrafão, desceu o porrete. A ponto de deixar Colangelo e o Coach K preocupados com seus astros. Agora para convencer a confederação de que pode suceder Dwight Howard ou Tyson Chandler nas próximas competições, Cousins vai ter de jogar muito. Porque sua primeira impressão foi péssima a esse ponto.

Mas, em geral, “jogar muito” é o que o pivô vem prometendo desde sua entrada na liga, em 2010, quando foi o quinto no Draft. E que começou a apresentar ao final da temporada passada. Pegando carona nos dados apresentados pelo ESPN.com: o jogador do Kings teve partidas em que acumulou 41 pontos e 12 rebotes, 25 e 18, 28 e 14 e 28 e 18. Um nível de supremacia cada vez mais raro na liga nestes dias que beira até a aberração.

Se o pivô desencanar de tentar imitar Allen Iverson no ataque, também ajudaria. Os movimentos sofisticados com a bola ele pode deixar para um confronto com (os poucos) gigantes de seu porte. Em geral, com seu tamanho e agilidade, basta girar de um lado para o outro para carregar os adversários de faltas ou converter seus ganchinhos de alta eficiência.

Com o talento natural de Cousins, não precisa de muito, mesmo. Se a cabeça estiver boa, se seus companheiros fominhas passarem a bola e saírem do caminho –, e se um dia houver justiça neste mundo, aí, sim, chegará o dia em que Boogie passará a ser um apelido de referência na liga. Como sempre deveria ter sido.

*  *  *

Vejam Cousins torturando Marcin Gortat em confronto com o Phoenix Suns na temporada passada, no qual anotou seus 41 pontos:


Mercado da NBA: Panorama da Divisão Pacífico
Comentários Comente

Giancarlo Giampietro

O post já vai ficar imenso, então vamos direto ao assunto. Desde a quarta-feira, os clubes da NBA começaram a oficializar os acordos que trataram nos últimos dias, em período agitado no mercado de agentes livres. Nesta quinta, resumimos o Oeste. Veja o rolou em que cada franquia da Divisão Pacífico se meteu, ou não, abaixo:

Golden State Warriors: Mais um clube que se antecipou e tratou dos negócios pendentes que tinha já durante a temporada passada, ao trocar Monta Ellis por Andrew Bogut. O australiano agora passa por mais um período de reabilitação física e espera estar pronto para ser o primeiro pivô a defender de verdade o garrafão da franquia desde… Desde… Manute Bol? Na ala, o novato Harrison Barnes entra com muita coisa para provar, pegando a vaga de Dorrell Wright, que foi despachado para o Sixers. Outros dois calouros, o pivô Festus Ezeli e o ala Draymond Green, chegam com quatro anos de universidade nas costas e podem ajudar.

Los Angeles Clippers: É hora de bater na madeira. A franquia que sempre se sabotou ou foi atingida por muito azar acaba de renovar o contrato de Blake Griffin por mais cinco temporadas. Um dos pilares está garantido, o que leva a crer que é meio caminho andado para segurar Chris Paul. Chauncey Billups  já assinou por mais uma temporada, e Jamal Crawford está chegando. Tuddo isso mesmo que eles ainda não tenham um gerente geral e venham operando com uma tríade da qual faz parte o contestado técnico Vinny Del Negro, mantido no cargo.

Steve Nash, do Lakers

Steve Nash, agora do Lakers

Los Angeles Lakers: Enquanto Dwight Howard não deixar Orlando, não há nada definido para o Lakers também, principalmente em relação a Bynum e Gasol. Agora, o que é certo: por meses e meses, Jim Buss afirmou que o clube entraria num período de sustentabilidade. Que iriam maneirar nos gastos, administrar com responsabilidade. Bem, para aquele que tem o contrato particular de TV recordista da liga, parecia um discurso estranho. E bastou mais uma eliminação inconteste nos playoffs para os planos de gastos frugais ir para o espaço. Entra em cena Steve Nash, 38, com um contrato de três temporadas, que deixou muita gente perplexa na liga. Especialmente no…

Goran Dragic

Goran Dragic, novamente Sun

Phoenix Suns: Após oito temporadas, o Suns se despede de seu grande líder, talvez o principal jogador da história da franquia. Nash era o coração e cérebro da equipe. Devido a sua idade, no entanto, a diretoria de Robert Sarver decidiu que já não valeria investir no atleta de acordo com suas demandas (US$ 30 milhões por três temporadas). No fim, foi por um pouco menos disso que ele fechou com o Lakers, implorando para que o time do Arizona considerasse o negócio com os arquirrivais de modo que ficasse mais perto dos filhos em Phoenix. Após relutarem muito, aceitaram e seguiram em frente: Goran Dragic está apalavrado para retornar – legal redimir o erro, mas… que beleza, hein?! Com o esloveno listado, o novato Kendall Marshall pode se adaptar tranquilamente. Michael Beasley também vai chegar com a promessa de não ser tão lunático assim. E fica o impasse: o New Orleans Hornets vai, mesmo, segurar Eric Gordon? OJ Mayo e Shannon Brown seriam os planos alternativos, neste caso.

Sacramento Kings: É via Draft, mais uma vez, que o time tenta se reforçar. O ala-pivô Thomas Robinson caiu no colo do gerente geral Geoff Petrie no dia 28 de junho e pode formar uma dupla intimidadora com DeMarcus Cousins, rapaz que desceu o porrete durante os treinos da seleção olímpica dos EUA e deixou o Coach K tenso. Jason Thompson fez um novo contrato e também fará parte dessa rotação.

Veja o que aconteceu até agora nas Divisões Noroeste e Sudoeste.

Leste: veja o que aconteceu até agora nas Divisões Atlântico, Central e Sudeste.