Vinte Um

Arquivo : Colton Iverson

Euroligado: as coisas ficam mais nebulosas
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Giancarlo Giampietro

Andrei Kirilenko está de volta ao CSKA. Enferrujado que só

Andrei Kirilenko está de volta ao CSKA. Enferrujado que só

Dentre tantas possibilidades de “Mal do Século” do jornalismo, no Brasil, na Suécia ou na Cochinchina, a capacidade de reagir de modo exagerado a uma notícia lá na parte de cima do ranking. Então não é porque o CSKA Moscou sofreu a segunda derrota nas últimas três rodadas, que tudo o que o time construiu até este momento precisa ser demolido pela crítica. Mas que as coisas na Euroliga ficaram mais nebulosas e, por isso, mais interessantes? Ah, se ficaram.

De líder e favorito disparado um mês atrás, com 15 vitórias seguidas, o clube russo agora se vê na terceira posição do Grupo F, o Grupo da Morte que, com o perdão da confusão, já não parece mais tão mortal assim – mas, de repente, pode ser, sim. Hoje, nos despedindo de fevereiro rumo a março, temos nas duas chaves do Top 16 um clima de suspense no ar.

(Clima de suspense no ar: taí um clichê que não pode ser descartado, né? A sonoridade da frase supera o desgaste do uso corrente.)

Responsável pela quebra da invencibilidade do CSKA há três semanas, o Olympiakos agora lidera o grupo, com sete vitórias e uma derrota, no início do returno, restando seis partidas pela frente. Protagonista da segunda derrota moscovita, o Fenerbahçe agora pulou para segundo, com as mesmas seis vitórias e duas derrotas de sua vítima, mas levando a melhor no saldo de pontos do duelo. Lembrem-se que os dois primeiros ganham mando de quadra nas quartas de final – e, numa série melhor-de-cinco, isso conta muito. Mas este não é o único drama a ser explorado: na quarta posição, tendo perdido o confronto direto nesta sexta, Anadolu já se vê incomodamente pressionado pelo Laboral Kutxa, algo que parecia impensável há pouco tempo atrás.

Do outro lado, no Grupo F, a história para ser acompanhada é a tentativa de reação do Barcelona de Huertas. Depois de sofrer três derrotas no primeiro turno, estando no quarto lugar, o clube catalão tem a missão de superar o Panathinaikos e o Maccabi Tel Aviv dentro da zona de classificação. Ao menos o dramático triunfo diante do Alba Berlin rende um pouco de conforto em relação a sua vaga nos mata-matas.

O jogo da rodada: CSKA Moscou 75 x 81 Fenerbahçe

Pode comemorar, Fener. Foi uma baita vitória

Pode comemorar, Fener. Foi uma baita vitória

Foi a partida que passamos ao vivo pelo Sports+ nesta sexta, ao lado do Mauricio Bonato. Daquelas que, ao final da transmissão, você se sente um sortudo de ter participado. Apelamos aqui a mais um clichê, então: aquele que evoca o boxe para fazer metáforas em outros esportes. Pois foi como uma luta franca de pesos pesados, mesmo, cada um trocando golpes até que, no minuto final, um ato de descontrole de Milos Teodosic pois tudo a perder para os anfitriões. Foi para estragar a festa de Andrei Kirilenko.

Sim, o Kirilenko! Quem se lembra dele? Relegado ao ostracismo da NBA após sofrer com dores crônicas nas costas e também bater de frente com Lionel Hollins, o astro russo foi mandado para Philadelphia. O que hoje, a liga americana, é o mais próximo que temos da Sibéria. AK47, claro, nem mesmo se apresentou ao clube. Até que, passada a data final para trocas, sem que ninguém demonstrasse interesse significativo em tirá-lo do Sixers, ele assinou sua rescisão contratual enfim e fechou prontamente com o CSKA, clube pelo qual foi o MVP em 2012. Resta saber se o craque vai conseguir entrar em forma para ajudar a equipe na reta final europeia. Outra questão fica por conta da tão sagrada química: o ala-pivô Andrei Vorontsevich, por exemplo, está jogando muito bem e seria uma tremenda injustiça se lhe tirassem muitos minutos. Vamos acompanhar.

Contra o Fener, o veterano jogou por apenas cinco minutinhos, claramente enferrujado. Marcou dois pontos e deu uma bela assistência para cravada de Sasha Kaun, que lhe prestou todas as homenagens e reverências em quadra. Tem moral, claro. De destaque, mesmo, fica seu corte de cabelo bem comportado. Era até difícil de identificá-lo em quadra.

Não foi a melhor partida para se estrear. O clube turco chegou a Moscou disposto a jogar duro, conseguindo a proeza de limitar o ataque adversário a míseros dez pontos no primeiro quarto. Na segunda parcial, porém, tudo mudou, com o CSKA marcando 27 pontos para tirar o atraso. No intervalo, os visitantes venciam por dois pontos (39 a 37).

Apesar de ver o rival deslanchar, Zeljko Obradovic deve ter ficado satisfeito pelo que seus rapazes fizeram em quadra. No duelo com seu pupilo, ex-braço direito e compadre Dimitris Itoudis, o sérvio optou por um jogo truncado, de meia quadra, anulando as possibilidades de jogo em transição para a equipe russa, algo que faz tão bem. Também soube preparar um esquema para limitar os tiros de três pontos, com muito sucesso (levou apenas cinco em 20, 25%). Outro setor que funcionou: a disputa pelos rebotes, com 16 ofensivos e 43 no geral.

Em termos de destaques individuais, também vale mencionar  Jan Vesely, que, com sua sua capacidade atlética invejável, também marcou presença no garrafão, com 14 pontos, 5 rebotes e inacreditáveis 80% nos lances livres (4/5, sendo que sua média na temporada de 39%). Voltando de lesão, Bogdan Bogdanovic se desdobrou na defesa e ainda contribuiu com 13 pontos. Nemanja Bjelica somou um duplo-duplo de 11 pontos e 13 rebotes em apenas 25 minutos e teve muito sangue frio no final para selar o triunfo.

Foi necessário, já que no segundo tempo as equipes se alternaram constantemente no placar. Perdi a conta de quantas vezes trocaram uma liderança de um só pontinho no quarto período. Até que, no minuto final, Teodosic reclamou uma barbaridade de uma falta marcada em disputa de rebote ofensivo e foi expulso de quadra – um raro momento de destempero para o genioso armador nesta temporada, a melhor de sua carreira. Foi um estrago daqueles: seu compatriota Bjelica teve quatro lances livres para cobrar, matando três. Na posse de bola seguinte, Bogdanovic acertou mais um lance livre, e a vantagem do Fenerbahçe chegou a 78 a 72. Aí já era.

Na trilha de Huertas

Satoransky, agora titular

Satoransky, agora titular

Já havia acontecido na decisão da Copa do Rei contra o Real, com o Barça saindo derrotado, mas a notícia aqui é que o armador brasileiro perdeu seu posto de titular para Tomas Satoransky. O jovem tcheco abraçou a chance que ganhou de Xavier Pascual e ajudou o clube espanhol a vencer o Alba Berlin, apenas na prorrogação, com 11 pontos e 8 assistências em 28 minutos. Huertas jogou por apenas 16 minutos e terminou com 5 pontos e 2 assistências. Juan Carlos Navarro retornou, com 14 pontos em 19 minutos, com 6/6 nos lances livres.

Lembra dele? Samardo Samuels (Olimpia Milano)
É, a gente poderia falar que Samuels foi aquele brutamontes que acompanhou Anderson Varejão nos anos de pindaíba do Cleveland Cavaliers pós-e-pré-LeBron. Mas, no fim, depois de uma fatídica Copa América de 2013 para o basquete brasileiro, a referência obrigatória ao atleta se tornou a Jamaica, que terminou de humilhar a seleção de Rubén Magnano na Venezuela com uma vitória/derrota histórica. Dureza. Pois bem. O pivô está hoje em sua segunda temporada Olimpia Milano. Na quinta, teve talvez aquela que seja a partida de sua vida, ao acumular 36 pontos (27 no primeiro tempo!), 9 rebotes e um índice de eficiência de 47 pontos, completamente anormal para os padrões da liga, em vitória sobre o Nizhny Novgorod por 85 a 76. Ele converteu 14 de seus 16 arremessos de dois pontos, um recorde na fase de top 16. Como diria o Bonato, saca só:

Em números
119 – É o saldo de pontos do Real Madrid após oito rodadas do Top 16. O mesmo Real que já suscitou textos e textos na imprensa espanhola sobre uma suposta crise interna no departamento de basquete do clube, sobre a possível demissão de Pablo Laso e tudo mais. O time realmente fez alguns jogos preocupantes na temporada, mas, no geral, vai se acertando desde o retorno de Rudy Fernández de uma cirurgia na mão direita. Para relativizar o saldo, o CSKA é aquele que mais se aproxima dessa marca nessa fase, com 64.

10 – Mais uma rodada de Euroliga, mais uma atuação formidável de Vassilis Spanoulis, que liderou o Olympiakos a uma vitória por 77 a 72 sobre o lanterninha Unicaja Málaga. O armador grego teve aproveitamento de 100% nos lances livres, acertando todas as duas 10 tentativas. Também distribuiu 10 assistências em um duplo-duplo com 18 pontos.

9 – Juntos, os ‘armadores’ Darius Adams e Mike James somaram 9 turnovers pelo Laboral Kutxa, justamente no confronto com Thoma Heurtel, o antigo titular da posição no clube basco, hoje no Anadolu. Ainda assim, com uma excelente partida do pivô Colton Iverson, a equipe espanhola conseguiu uma importantíssima e surpreendente vitória, por 87 a 84. O grandalhão, cujos direitos na NBA pertencem ao Boston Celtics, marcou 17 pontos e pegou 11 rebotes em 24 minutos. Do seu lado, Heurtel saiu de quadra com 17 pontos e 5 assistências em 26 minutos. Juntos, os esfomeados Adams e James ficaram com 8 pontos e 6 assistências. Que coisa.

7 – Talvez o Fenerbahçe nem se importe com isso de mando de quadra nas quartas de final. Em Moscou, o time de Obradovic chegou a sua sétima vitória consecutiva fora de casa.

As jogadas da semana


Euroligado: uma derrota basta para a crise
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Giancarlo Giampietro

São apenas três rodadas, faltam mais sete nesta primeira etapa. Mas, se você for parar um tico para ver o que se passa nos quatro grupos da temporada regular da Euroliga, transmitida no Brasil com exclusividade pelo canal Sports+, vai ver que algumas coisas já vão ficando mais claras. Quer dizer, que alguns clubes já começam a despontar, e, neste caso, você pode falar do Barcelona de Marcelinho Huertas e do CSKA Moscou, que não está nada órfão de Ettore Messina. Os melhores times deste princípio de campeonato. Não só pelas três vitórias em três semanas, mas muito mais pela qualidade de seus resultados. O Real Madrid, por sua vez, depois de sofrer nas duas primeiras partidas, se reencontrou em quadra para atropelar o Nizhny Novgorod em casa, vencendo por 39 pontos e batendo recordes. Enquanto isso, o Fenerbahçe, que novamente promete mundos e fundos…

O jogo da rodada: Panathinaikos 91 x 73 Fenerbahçe

Panathinaikos x Fenerbahçe, 2014-2015, Euroliga

Bom, já dá para ver que foi uma surra, que o time da casa não teve muita dificuldade. Então por que escolher esse? Devido ao simbolismo do sempre especial retorno de Zeljko Obradovic a Atenas e a influência  que o resultado pode ter no decorrer da temporada. Foi mais uma partida do Grupo da Morte, o C, para dar muita confiança ao Panathinaikos, que em tese correria por fora na chave, devido ao orçamento reduzido – a crise é braba, mesmo.

Para os que não estão muito acostumados com o basquete europeu, Obradovic é praticamente a encarnação de um deus grego para a torcida verde. Ele serviu ao clube de 1999 a 2012, conquistando cinco edições da Euroliga e 11 ligas nacionais, incluindo nove em sequência. Depois de um ano sabático, ele foi convencido pelo projeto intere$$ante do Fener a voltar para o torneio. Não foi o primeiro reencontro com o ex-time. Na campanha passada, a recepção foi das coisas mais impressionantes que já vi. Nesta quinta, a farra foi a mesma. O técnico sérvio agradeceu: “Quero agradecer ao povo do Panathinaikos pelo modo como eles me trataram novamente hoje. É algo especial para mim estar aqui”, disse. Para, depois, começar a desancar sua equipe.

Obradovic em Atenas? Festa só para um lado

Obradovic em Atenas? Festa só para um lado

“Sinto vergonha da imagem deixada por meu time”, disse. “É minha responsabilidade. Escolhi esses jogadores, e é meu trabalho. Tenho de mudar algumas coisas. Se vai ser possível, ou não, só o futuro vai dizer. Os torcedores estabeleceram um novo recorde de compras de carnês de ingressos na pré-temporada. Eles nos acompanham e realmente se importam com a equipe. O que posso dizer para eles agora?”

Uma observação: o Fener havia vencido suas duas primeiras partidas da chave. É o fim do mundo, né? (Risos.) Mas aí você checa a tabela da cada vez mais competitiva liga turca, e vê que lá eles também sofreram uma derrota em três rodadas, perdendo para o Royal Hali por 70 a 66. O Hali tem quatro americanos de ponta para os padrões europeus, mas foi uma zebra ainda assim. No caso do revés para o Panathinaikos, isso pode custar caro, com Olimpia Milano e Bayern de Munique fungando no cangote, também com ambiciosos planos.

Então, meus amigos, aqui estamos novamente. O Fener torrando aos montes, apostando num técnico legendário e um elenco totalmente abarrotado. O desafio parece ser o mesmo: convencer tantos atletas renovados a sacrificarem seus números, minutos, pontos em prol do time. Fazer a bola rodar mais, encontrando o melhor arremesso – já que opções não faltam. Enfim, transformar egos em um produto de basquete.

Os brasileiros
Marcelinho Huertas – no complicadíssimo Grupo C, o Barcelona teve nesta sexta-feira aquele que supostamente seria a partida mais fácil da chave: duelo com o Turow Zgorzelec, da Polônia, em casa. E foi isso mesmo: vitória por 86 a 67, com placar favorável em todos os quatro períodos. Titular absoluto, Huertas fez um pouco de tudo em quadra, em 26 minutos: 6 pontos (em dois disparos de três), 5 assistências, 6 rebotes e 2 roubos de bola. O ala-pivô Justin Doellman foi o cestinha, com 20 pontos em 25 minutos, para o clube catalão que, ao lado do CSKA, é o que faz a melhor largada na competição até agora.

Huertas pressiona na defesa: Barça larga bem

Huertas pressiona na defesa: Barça larga bem

JP Batista – o Limoges sofreu sua segunda derrota, ao cair por 75 a 69 em Málaga diante do Unicaja – um lugar no qual é muito difícil de se jogar. O pivô pernambucano somou 8 pontos, 5 rebotes e 4 assistências em 21 minutos, convertendo 4-8 arremessos de quadra. Melhor: sua participação foi decisiva nos principais momentos de sua equipe na partida. O campeão francês chegou a abrir seis pontos no início do segundo tempo, mas os anfitriões desembestaram a partir daí anotando 23 pontos contra apenas 2 dos adversários, abrindo vantagem de 13 pontos ao final do terceiro quarto. Na parcial final, resistiram a uma pressão dos visitantes.

JP, e seu tradicional semigancho no garrafão

JP, e seu tradicional semigancho no garrafão

Lembra dele?
Sasha Vujacic (Laboral Kutxa/Baskonia) Depois de destacarmos Andrew Goudelock aqui, na primeira rodada, agora é a vez de outro ex-jogador do Lakers, o ala-armador esloveno que, nos tempos (?) glórios foi inexplicavelmente apelidado de (?) “A Máquina”. Vujacic, na verdade, virou uma figura cult em Los Angeles por todas as lendas ao seu redor, incentivadas por Phil Jackson, diga-se. Essa história de máquina tem a ver com o aproveitamento que tinha de quadra nos treinamentos. Segundo consta, era um verdadeiro leão de treinos. Não errava um arremesso. Na hora do jogo, as coisas mudavam um pouco, ainda que Sasha, ex-namorado de Maria Sharapova e tal, nunca tenha sido reconhecido como um cara tímido. Pelo contrário, como provou nas finais de 2010, convertendo lances livres importantíssimos no sétimo jogo contra o Celtics.

Vujacic, em dia de maquininha

Vujacic, em dia de maquininha

A verdade é que, em Los Angeles, num time bastante estruturado, com Kobe Bryant, Derek Fisher e outros veteranos tomando conta da posição, não sobrava muito espaço para o atleta que teve média de 14,3 minutos em sua carreira pelo Lakers. Em 2011, foi trocado para o então New Jersey Nets e teve muito mais tempo de quadra. No ano do lo(u)caute, voltou para a Europa, pelo Anadolu Efes. Na temporada passada, teve uma curtíssima passagem pelo Los Angeles Clippers. Agora, fechou com o clube basco, ocupando vaga aberta pela dispensa de Orlando Johnson (ex-Pacers e Kings).

Ele fez sua estreia na sexta-feira e ajudou numa dura vitória sobre o Galatassaray, por 91 a 90, em casa, com 13 de seus 14 pontos no primeiro tempo. O esloveno jogou  por 21 minutos, acertando 50% de seus arremessos de quadra, incluindo 3-6 em três pontos.  O herói de verdade da partida, no entanto, foi o pivô Colton Iverson, que anotou a cesta da vitória a menos de 3 segundos do fim. O pivô americano, que foi draftado pelo Boston Celtics no ano passado e vai para sua segunda temporada na Europa, anotou 17 pontos e pegou seis rebotes em 24 minutos.

Uma jogada: vejam essa combinação espetacular de pick-and-roll entre Jeremy Pargo e Alex Tyus…

São várias coisas para se tomar nota. Uma: reparem em como Tyus parte feito um animal em direção ao aro, depois de fazer o corta-luz. Duas: ele já sabe o que pode (vai?) acontecer. Três: você precisa acelerar, mesmo, cortar com intensidade. Quatro: o passe foi um tanto forte e muito alto. Cinco: o sujeito ainda faz o domínio e desce com essa machada para a cesta. Incrível, e eleita a melhor da semana.

Em números
1.000 –
mais uma semana, mais um registro histórico para Dimitris Diamantidis. O capitão do Panathinaikos ultrapassou a barreira das mil assistências em sua carreira (chegou a 1.009) nesta quinta, dando dez passes para cesta contra o Fener. Só para deixar claro: ele já era o recordista do torneio nesse fundamento. Veja um belo clipe editado pela Euroliga para celebrar a marca, de qualquer maneira:

92,3% – o pivô americano D’Or Fischer, do UNICS Kazan, acertou agora 12 de seus 13 arremessos. O que vale um aproveitamento de 92,3%. Nem Steve Kerr no lance livre conseguia algo assim. Nesta semana, o time russo, dos novos ricos do basquete europeu, venceu o Dínamo Sassari por 85 a 62, em casa. Fischer acertou seis em sete, terminando com 14 pontos e 9 rebotes em 22 minutos.

41 – Vassilis Spanoulis precisou jogar 41 minutos e mais 26 segundos para que seu Olympiakos vencesse o estreante e modesto Neptunas Klaipeda por 85 a  81, na prorrogação, fora de casa, após empate por 76 a 76 no tempo regular. O ídolo grego usou da melhor forma possível seu tempo de ação, com 34 pontos, 7 assistências, 5 rebotes e 11-21 nos arremessos, com direito a 6-11 nos arremessos de longa distância. Craque demais.

Vassilis Spanoulis, MVP da rodada. Sai da frente

Vassilis Spanoulis, MVP da rodada. Sai da frente

34 – foi o índice de eficiência atingido pelo americano Brian Randle na vitória do Maccabi sobre o Alba. Ele marcou 25 pontos em 29 minutos pelo time israelense, o vice-campeão da Copa Intercontinental. Além disso, foram cinco rebotes, três tocos e duas assistências, numa grande exibição, também bastante versátil. Será um cara importantíssimo nesse processo de reconstrução do time.

1,53 – a média de ponto por minuto do americano Jaycee Carroll, uma das muitas armas do Real Madrid, contra os novatos russos no Nizhny. Também com nacionalidade do Azerbaijão, numa dessas bizarrices do mercado da bola – e dos passaportes –, Carroll  barbarizou na quinta-feira, com 32 pontos em 21 minutos, acertando 7-9 de longa distância e 10-14 no geral.

Tuitando:

Cuma!?

O jornalista turco revela essa interessante negociação entre o clube espanhol e o gigante turco. O armador francês Thomas Heurtel se valorizou muito depois da Copa do Mundo e está em seu último ano de contrato. O Baskonia precisa de mais um atleta que crie mais oportunidades de cesta por conta própria, o perfil de Hickman. O problema é que o americano saiu do campeão Maccabi para ganhar uma fortuna em Istambul. Vamos acompanhar essa. O italiano Marco Crespi, técnico do atual Laboral Kutxa, já tem uma história de sucesso com Hickman. Os dois trabalharam juntos na Itália, ganhando uma Leaga Due pelo Scavolini Pesaro.

Quando o Real encaixa seu jogo, é isso, mesmo. Vem recorde por aí, devido ao ritmo da equipe, agredindo constantemente o adversário com atletas talentosos, velozes e um elenco bastante volumoso. Das 33 assistências, nove foram do MVP da edição 2013-2014, Sérgio Rodríguez, enquanto seus companheiros de seleção Rudy Fernández e Sérgio Llull terminaram, respectivamente, com seis e cinco.


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