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Arquivo : Byron Scott

Jukebox NBA 2015-2016: “My Way”, para o Lakers (ainda) de Kobe
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Giancarlo Giampietro

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Vamos lá: a temporada da NBA se aproxima rapidamente, e o blog inicia sua série prévia sobre o que esperar das 30 franquias da liga. É provável que o pacote invada o calendário oficial de jogos, mas tudo bem, né? Afinal, já aconteceu no ano passado. Para este campeonato, me esbaldo com o YouTube para botar em prática uma ideia pouco original, mas que sempre acho divertida: misturar música e esporte, com uma canção servindo de trilha para cada clube. Tem hora em que apenas o título pode dizer algo. Há casos em que os assuntos parecem casar perfeitamente. A ver (e ouvir) no que dá. Não vai ter música de uma banda indie da Letônia, por mais que Kristaps Porzingis já mereça, mas também dificilmente vai rolar algo das paradas de sucesso atuais. Se é que essa parada existe ainda, com o perdão do linguajar e do trocadilho. Para mim, escrever escutando alguma coisa ao fundo costuma render um bocado. É o efeito completamente oposto ao da TV ligada. Então que essas diferentes vozes nos ajudem na empreitada, dando contribuição completamente inesperada ao contexto de uma equipe profissional de basquete:

A trilha: “My Way”, com Sid Vicious

Por quê? Bom, basta você dar uma espiada na letra para sacar que tem tudo a ver com Kobe Bryant. Temos linhas como: “E agora o fim está próximo” (logo a primeira!), “Eu vivi uma vida que está completa, passando toda santa estrada”, “Arrependimentos eu tive um pouco. Mas, afinal, foram bem poucos para mencioná-los. Fiz o que tinha de fazer. Vi de tudo nessa vida, sem exceção”, com tradução mais que livre. Até porque essa versão exige compreensão livre, dado o seu intérprete totalmente pirado e o modo como decidiu sair cantando, para o qual “despojado” seria o mais alto elogio.

A adaptação caótica e  hilária de Vicious, para o torcedor do Lakers, infelizmente tem mais a ver com os últimos suspiros de Kobe e a perspectiva de seu time para a temporada do que a elegante (e também um tanto irônica) versão de Frank Sinatra, que eternizou para valer a canção. Saibam que se trata de uma letra do sabichão Paul Anka, com inspiração em uma canção francesa. O ideal seria usar a de Sinatra, claro, um verdadeiro clássico, redondinho e imponente. Mas o estado da franquia hoje não lembra em nada seus tempos áureos, com uma gestão desmiolada que tem muito mais a ver com o ex-baixista do Sex Pistols, que viria morrer de overdose um ano depois de soltar essa gravação, aos… 21.

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Como bônus, temos vários palavrões na letra alterada por Vicious, e isso é algo que Kobe tem usado com frequência em suas entrevistas recentes, se sentindo livre que só, sem obrigação ou pressão alguma, sabendo que sempre fez tudo ao seu modo, que escreveu sua própria história e que não seria no fim que ele mudaria. Esperemos que, em quadra, ele consiga escapar das lesões mais graves e que consiga produzir com um ou outro momento de brilhantismo.

Kobe e o look de veterano: vindo de lesões graves no tendão de Aquiles, na rótula e no ombro, o que esperar dele? Um jogo mais terreno, mas com menos arremessos forçados e propensão ao passe? Talvez seja o melhor cenário, contra jogadores mais altos na ala

Kobe e o look de veterano: vindo de lesões graves no tendão de Aquiles, na rótula e no ombro, o que esperar dele? Um jogo mais terreno, mas com menos arremessos forçados e propensão ao passe? Talvez seja o melhor cenário, contra jogadores mais altos na ala

A pedida: 30 vitórias seria muito? Mitch Kupchak e o chefinho Jim Buss têm usado a frase de que “montaram um time para chegar aos playoffs”, e tal. Pensando em relações públicas, não havia muito que dizer, mesmo, desagradar a uma torcida bastante exigente e talvez cansada de tanta humilhação nas últimas campanhas. Para confiar nesse discurso, haja otimismo, ainda mais no Oeste Selvagem, e mesmo que tenham um elenco mais interessante dessa vez. Lembrem que, nos últimos dois campeonatos, o time venceu 48 partidas no total, de 164 possíveis. Para entrar nos mata-matas em 2015, o New Orleans Pelicans precisou de 45 vitórias. Em 2014, o Phoenix Suns foi eliminado com as mesmas 48.

Kobe deveria estar, no mínimo, a 80% de seu auge, os garotos precisariam crescer substancialmente a cada semana, Roy Hibbert teria de provar que um só gigantão atento já pode serviria para bancar uma defesa minimamente sustentável, ao passo que  Nick Young e Lou Williams poderiam ser encaminhados ao serviço comunitário, para aprender um pouco mais sobre solidariedade. Ou que eles aprendam uma coisa ou outra com Marcelinho Huertas a respeito (aliás, sobre o brasileiro, já tem outro post enorme aqui). Isto é: muuuuuuita coisa precisaria dar certo.

Sim, Hibbert é um tremendo avanço em comparação com Jordan Hill e Robert Sacre, a despeito de sua questões motivacionais e de confiança. Imagine a dor-de-cabeça que o pivô não dava no dia a dia de Indiana, a ponto de Larry Bird ter feito tudo para se livrar dele – sem contar o impasse tático que sua presença mastodôntica representa na ligeirinha NBA de hoje. Ele protege o aro, congestiona o garrafão por conta própria, mas os clubes mais espertos vão fazer de tudo para afastá-lo do semicírculo espalhando chutadores pela quadra. Além do mais, no perímetro, o time simplesmente não conta com nenhum defensor capaz. Nenhum. Nem mesmo um superatleta como Serge Ibaka conseguiria dar cobertura a todos eles. De qualquer modo, está no último ano de contrato, com milhões de motivos para se comportar e se concentrar no jogo.

Flexionado assim, e contra Gobert, Hibbert pode até parecer baixo

Flexionado assim, e contra Gobert, Hibbert pode até parecer baixo

Não que o ataque não tenha suas questões também. O quanto Kobe vai poder e querer produzir? Scott realmente pretende usar Lou Williams e Nick Young juntos? Quantas trocas de passe teremos a cada posse de bola? Esse time precisa desesperadamente de alguém criativo, mas que não se limite a criar apenas para definição própria, e é aí que se encaixaria Huertas. Sem o brasileiro, porém, Russell vai conseguir exercer influência no jogo de pick-and-roll?

Sobre os garotos: é salutar que a diretoria abra espaço em seu plantel para jogadores mais jovens, em vez de investir nos Wesleys Johnsons da vida. A dúvida é se o clube tem infraestrutura e ambiente propícios para o desenvolvimento deles. Jordan Clarkson progrediu no ano passado, mas vinha de três campanhas como universitários. Tem 23 anos. D’Angelo Russell tem mais talento para ser explorado, mas começa sua jornada profissional aos 19 anos. Julius Randle é outro calouro, extraoficialmente,  uma vez que Randle não disputou nem mesmo uma partida inteira na temporada passada. Ainda restam Larry Nance Jr., Anthony Brown e qualquer outro jovem que passe pelo corte final de Byron Scott, é pouco provável que recebam muitos minutos, ao menos no início de campanha.E tem isso, mesmo. Quatro jogadores terão de ser dispensados até a temporada começar, e o próprio Huertas supostamente ainda está a perigo, com um contrato sem garantias, ainda que o time precise de sua experiência e de sua cadência para estabilizar a segunda unidade.

Algo importante que já pode valer até mesmo para a prévia 2016-2017: é bom, mesmo, que os jogadores mais jovens se desenvolvam, pois, para o Draft de 2016, há um sério risco de que o Lakers não poderá adicionar nenhum prospecto relevante. Afinal, sua escolha de primeira rodada será repassada ao Philadelphia 76ers caso não fique entre as três primeiras. É de se supor que, neste contexto, o time tentará vencer o máximo de partidas que puder, para minimizar a perda. Por mais que tentem, todavia, talvez não consigam.

Huertas ainda não jogou na pré-temporada e tem contrato sem garantias: ainda assim, se o Lakers optar por cortá-lo, seria difícil de entender o acerto com ele em primeiro lugar. Experiente, armador visionário, tem tudo para influenciar positivamente o cotidiano de Clarkson e Russell

Huertas ainda não jogou na pré-temporada e tem contrato sem garantias: ainda assim, se o Lakers optar por cortá-lo, seria difícil de entender o acerto com ele em primeiro lugar. Experiente, armador visionário, tem tudo para influenciar positivamente o cotidiano de Clarkson e Russell, além de fazer a bola girar quando for para quadra, algo muito necessário num time de fominhas

A gestão: ultrapassada. o Lakers ainda aposta muito no peso de sua camisa e tradição e nas luzes de Hollywood para atrair reforços, mesmo que venha sendo recusado sucessivamente pelos principais agentes livres. Com isso, caíram numa armadilha, ficando realmente presos ao passado. Seu xaveco para LaMarcus  Aldridge foi tão fraco, por exemplo, que Kupchak teve de se apressar a marcar uma segunda reunião com o pivô, que deixou clara sua frustração com a primeira apresentação, na qual pouco se falou sobre basquete e muito mais sobre marca. Acredite: a maioria dos atletas ainda quer saber do que se vai passar em quadra.

Byron Scott ganhou seu emprego justamente por esse apego saudosista. O ex-companheiro de Magic fez ótimos trabalhos pelo Nets e pelo antigo-Hornets-hoje-Pelicans, mas vem sendo um tremendo fiasco nesta década. O sistema de Princeton que costumava adaptar ficou para trás, e só sobraram as bravatas, as frases de efeito sem nenhum efeito prático. Seus treinamentos são exaustivos, os jogadores entram em forma, mas, na hora que a bola sobe, a equipe segue desatenta aos mínimos detalhes de um jogo, com uma defesa esburacada. Está certo que um só treinador não faz milagre, mas sua adição não representou alteração nenhuma em relação aos tempos de Mike D’Antoni.

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Scott e Kupchak: muita tradição, poucos resultados recentes. Se o Lakers não for bem, ficará fora dos playoffs pelo terceiro campeonato consecutivo, estabelecendo recorde negativo da franquia

Olho nele: Julius Randle. Enquanto D’Angelo Russell vai aprendendo que tipo de truque pode funcionar contra defensores mais experientes, atléticos e fortes do que os que enfrentava por Ohio State, a franquia parece mais animada quanto ao ala-pivô, que vai fazer 21 anos em novembro, pode render. Randle é considerado há tempos como um dos jogadores mais promissores de sua geração. Em Kentucky, porém, não foi tão dominante como se esperava. Ao sofrer uma fratura na perna logo em seu jogo de estreia, ficou ao seu redor uma aura de mistério. A julgar pelo que os atletas mais veteranos e os diretores viram em rachões durante as férias e o traning camp, há muito otimismo. Hibbert diz que ele é o futuro da franquia e da NBA. Artest, seu mentor, detalha todo o seu potencial. Kobe afirma que ele tem o jogo de Lamar Odom e o corpo de Zach Randolph, com habilidade para cruzar a bola e armar contra-ataques, por exemplo, e o físico para trombar perto da tabela como se fosse um veterano. Neste jogo de pré-temporada contra o Raptors, mostrou alguma de suas habilidades:

São raros os jogadores com o físico de Randle que mostrem predisposição e desenvoltura com o drible. Agora, o que vemos dos lances acima também é o alto grau de dificuldade na execução. Algo que só vai aumentar nos jogos que valem, pela temporada. Com a experiência de enfrentar defesas mais compactas e bem preparadas, o rapaz vai ter de se ajustar, percebendo qual o momento que deve atacar o garrafão no um contra um, quando tem uma oportunidade de mismatch para jogar de costas para a cesta e quando deve acelerar no contra-ataque. Ajudaria muito seu jogo se ele desenvolvesse ao menos um chute respeitável de média distância.

card-kobe-97-98Um card do passado: Kobe Bryant. Quando um dos maiores cestinhas de todos os tempos iniciou uma temporada regular aos 19 anos, o San Antonio Spurs ainda não havia ganhado nenhum título, enquanto o Bulls de Michael Jordan estava pronto para chegar ao hexacampeonato.

Aquela era a segunda campanha de Kobe na grande liga, depois de um ano de estágio no banco do time. Ainda saía como reserva (foi titular em apenas uma partida), mas com relevância bem maior, jogando 26 minutos por partida e anotando 15,4 pontos, a terceira maior marca do time. Já pedia passagem, mas ao mesmo tempo não tinha tantas responsabilidades assim num elenco liderado por Shaquille O’Neal e com veteranos como Eddie Jones, Nick Van Exel, Robert Horry, Rick Fox e Elden Campbell por lá.

D’Angel Russell não vai ter esse luxo. Como escolha mais alta de Draft da franquia em mais de 20 anos, o armador vai lidar com enorme expectativa ao seu redor, sem, aparentemente, estar tão preparado para isso. Para piorar, vem dando azar com pequenas contusões que atrapalham sua preparação. Vamos ver se Kobe, que não é exatamente a figura mais paciente em quadra, pode ajudá-lo nessa.


Fim de novela! Huertas acerta simplesmente com o Lakers. Mas que Lakers?
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Giancarlo Giampietro

Kobe e Huertas, agora lado a lado

Kobe e Huertas, agora lado a lado

E foi uma novela, mesmo, cheias de tramas e reviravoltas, que minha nossa. O final foi grandioso, porém: o Los Angeles Lakers!

Lá atrás, em abril deste ano, já havia começado o zum-zum-zum de que Marcelinho Huertas, aos 32, estava decidido, mesmo, em fazer a transição para a NBA, se despedindo do Barcelona e do basquete europeu, onde fez grandes campanhas e se tornou uma referência internacional na posição. A troca de agentes lá fora aconteceu justamente por isso. Segundo ouvi de um dirigente da Divisão Sudoeste, o movimento de se cruzar o Atlântico já havia sido ensaiado em anos anteriores, mas sem sucesso. A Octagon, por meio do norte-americano Alex Saratsis, que já trabalhou com Bruno Caboclo e hoje representa Georginho e Lucas Dias, foi a empresa escolhida para tentar se fechar um acordo. Houve, inclusive, uma promessa de que isso aconteceria.

O negócio não foi tão simples assim, mas se concretizou, enfim, nesta segunda-feira, anunciado enquanto a seleção brasileira penava contra o Uruguai pela primeira rodada da Copa América.

Para se ter uma ideia, cerca de uma hora antes do superfurão Adrian Wojnarowski ‘oficializar’ a contratação, duas fontes de dois clubes diferentes da Conferência Oeste haviam me dito que o armador estava endereçado ao Utah Jazz, onde faria uma dupla inusitada com Raulzinho.  Disseram que a franquia de Salt Lake City, mesmo já tendo um brasileiro na posição (além de Trey Burke e Bryce Cottom), tentou, mas não levou. Há um forte rumor também de que, em julho, Huertas chegou a se apalavrar com o Dallas Mavericks, mas que o acerto acabou indo para o buraco após DeAndre Jordan deixar Mark Cuban e Dirk Nowitzki em cima do altar. O clube texano teve de seguir outros rumos, e, de maneira inesperada, surgiu a oportunidade de trazer Deron Williams.

Huertas, solto como nos tempos de Bilbao, fazendo o que sabe

Visão de quadra agora será testada contra outro tipo de competição

Esse desencontro, aliás, foi muito custoso para os planos dos agentes. Pois, uma vez que os principais nomes do mercado se decidiram, as pedras  do dominó foram caindo rapidamente, e as vagas se fechando. No finalzinho de agosto, então, estava praticamente tudo ocupado já. Por isso, como garantia, na Europa foi encaminhada uma negociação com o Galatasaray, uma vez que o Barcelona, com Carlos Arroyo, já estava no passado. Dirigentes turcos chegaram a citar Huertas como atleta do clube publicamente.

Jazz e Lakers, não por coincidência, eram dos poucos times americanos com postos de trabalho em aberto. O Utah ainda está abaixo do teto salarial, podendo oferecer mais dinheiro. O clube californiano, ainda sem computar o salário do brasileiro, está bem em cima da marca de US$ 70 milhões, mas com espaço em seu plantel ainda para oferecer salários mínimos. E foi nessa brecha que entrou o titular de Rubén Magnano, sendo o segundo brasileiro a assinar com a histórica franquia californiana (para constar: o ala Jefferson Sobral chegou a participar do training camp de Phil Jackson, ao lado de Shaq e Kobe, em 2002, jogou duas partidas pela pré-temporada, mas não disputou partidas oficiais, até ser dispensado).

Resta saber apenas se o vínculo é garantido na íntegra, ou não — para quem não está muito familiarizado com os trâmites da NBA, isso quer dizer basicamente se Huertas está com as costas quentes, tranquilo para mostrar serviço, ou se pode ser cortado por Byron Scott a qualquer momento. Segundo indica Wojnarowski, trata-se do primeiro caso.

O garotão Russell: pupilo, concorrente, ou o quê?

O garotão Russell: pupilo, concorrente, ou o quê?

No momento, de acordo com levantamento de Eric Pincus, do Basketball Insiders e do Los Angeles Times, e ainda sem contar Huertas, Jim Buss e Mitch Kupchak distribuíram 12 contratos totalmente seguros e outros quatro que dependem de sua boa vontade para serem validados. Estão nessa condição o pivô Tariq Black, que muito provavelmente será mantido, os alas Jabari Brown e Michael Frazier e o ala-pivô Jonathan Holmes. Lembrando que uma franquia só pode levar para a temporada regular um total de 15 atletas. Com Huertas efetivado, restariam duas vagas para esses quatro disputarem.

Posto isso, o que esperar do brasileiro por lá?
Antes de qualquer declaração por parte dos dirigentes e treinadores do clube, o que podemos fazer é deduzir, com base nas peças que eles já têm. Hoje, na hora de falar em Lakers, tudo gira em torno de Kobe Bryant D’Angelo Russell. Claro que Kobe ainda é prioridade no coração do torcedor angelino, mas não se pode esperar muito de um jogador de 37 anos, indo para a 20a. temporada, tendo jogado apenas 25% das últimas duas com as mais diversas e graves lesões. O processo de reconstrução da equipe passa pelo desenvolvimento do calouro número dois do Draft. O ala-armador Jordan Clarkson também entra nessa equação.

Outro ponto a ser considerado é a própria ambição do clube para esta temporada. A despeito da aparente melhora do elenco, eles não têm time para competir pelos playoffs do Oeste. Precisaria dar muita coisa certo — lesões sem parar na concorrência, Hibbert redescobrir a forma de All-Star, que Byron Scott consiga forjar uma defesa minimamente decente ao seu redor, os mais jovens progredirem horrores, Kobe jogar relativamente bem etc. Aí vem a questão do próximo Draft para deixar tudo mais complexo: o Lakers só vai manter sua escolha em 2016 se ela ficar entre as três primeiras. E não há como garantir isso, nem mesmo, se o time tiver a pior campanha. O incentivo seria, então, para tentar os melhores resultados possíveis. Se fossem perder a escolha, que ela pelo menos não fosse das mais altas (e dolorosas).

É com esses chapas que Hibbert vai ter de se virar agora

É com esses chapas que Hibbert vai ter de se virar agora

Daí, há duas situações envolvendo Huertas, imagino:

1) Buss, Kupchak e Scott podem entender que é preciso soltar Russell, de apenas 19 anos anos, aos poucos, bem devagarinho, depois de ele ter sofrido na liga de verão de Las Vegas, para não ferir sua confiança. E aí faria muito sentido a contratação de um armador experiente como Huertas, para absorver minutos consideráveis, especialmente nos primeiros meses, confiando que ele vá conduzir as coisas com segurança e rumo a vitórias, de preferência.

2) Os chefões, por outro lado, podem acreditar que Russell é capaz de segurar as pontas de cara — e de que talvez não pegue tão bem assim com a torcida a redução de seu tempo de quadra, dadas as enormes expectativas ao seu redor. Ou: dependendo dos resultados do início, se a coisa estiver feia, que jogue a molecada, mesmo, e se aumente matematicamente as chances de manter a próxima escolha, independentemente da força do produto oferecido em quadra. E aí os minutos de Huertas poderiam cair, mas sua presença no elenco ainda faria bem, como um mentor para Russell e Clarkson, ao lado de Steve Nash.

De qualquer forma, também precisamos entender por que demorou para o armador encontrar uma vaga que lhe coubesse. O brasileiro, sabemos, é um mestre em jogadas pick-and-roll, enxergando passes nem sempre óbvios, com habilidade no drible e um bom chute em flutuação. Na NBA, estará servindo jogadores muito mais explosivos que Ante Tomic e Tibor Pleiss, mas também será contestado pelos mesmos caras. No ataque, o arremesso de fora não cai com a frequência esperada.

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Mas é na marcação que moram as maiores questões. Mesmo na Europa, Huertas é considerado como um alvo a ser protegido. Na próxima temporada, ele será atacado por gente como Russell Westbrook, John Wall, Eric Bledsoe, Stephen Curry e tantas outras ameaças. É uma pressão enorme, e não há basicamente ninguém ao seu lado que possa protegê-lo, blindá-lo. Pelo contrário. Nos últimos dois campeonatos, o Lakers esteve entre as três piores defesas. Agora Hibbert está chegando, mas sozinho, sem as ideias de Frank Vogel, a pressão de George Hill e Paul George no perímetro, e tal. Em vez disso, tem um técnico que prega defesa, mas que, desde os tempos de Cleveland, não tem aplicado nada em quadra que surta efeito. Pior: em vez dos ‘Georges’, vai precisar dar cobertura para Lou Williams (US$ 21 milhões por três anos, não vai jogar? Ao mesmo tempo, é impossível imaginá-lo dividindo a quadra com o brasileiro…), Nick Young, o envelhecido Kobe, um novato cujo forte não é o combate, o segundanista Clarkson e o lento-toda-a-vida Ryan Kelly. Faz como? É o que leva um scout dizer ao VinteUm: “Bem, pelo menos no Lakers ninguém vai pedir para que ele jogue na defesa”.

Se o time não for parar ninguém diante de sua cesta, talvez a melhor solução, mesmo, seja jogar para a torcida e ver no que dá, ainda que, nesse ritmo, poderiam muito bem ter segurado um cara como Mike D’Antoni, cuja genialidade ofensiva é inquestionável e com quem Huertas muito provavelmente se daria muito bem.

Por outro lado, não estamos mais discutindo aqui o Barcelona, o Fuenlabrada, a Liga ACB ou a Euroliga. Mas, sim, o Lakers e os OKCs da vida. A NBA, à qual o armador chega depois de anos e anos em que as principais perguntas das redes sociais basqueteiras brasileirass era se ele iria jogar lá e sobre como se sairia? Agora parece não ter volta. A partir de outubro, teremos as respostas.


O Fantástico Mundo de… Nick Young! Edição especial
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Giancarlo Giampietro

Nick Young, o Swaggy P

Nick Young, o Swaggy P

No desastre anunciado que é a temporada da NBA do Los Angeles Lakers, há pouco para se salvar. Ainda mais em quadra. Os recordes de Kobe Bryant são obviamente o ponto mais interessante. Fora isso, alguém ainda jovem como Ed Davis poderia receber mais minutos, assim como o calouro Jordan Clarkson possa produzir. Até onde Byron Scott vai levar seu affair com Ronnie Price? De resto, o que mais? Estamos abertos a sugestões.

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>> 30 times, 30 fichas sobre a NBA 2014-2015

No dia-a-dia de uma looooooooonga campanha, porém, Kobe conseguiu uma companhia valiosa para que o show continue em Los Angeles: Nick Young. Nas entrevistas, o ala despontou como o porta-voz mais alucinante da liga norte-americana, fazendo a alegria dos jornalistas que cobrem a franquia. Eles, que estavam carentes desde que Ron Artest se mudou primeiro para Nova York e, depois, para a Terra dos Pandas, agora vão gastando o bloquinho de notas. Quando não estão rindo ou , obviamente.

Não é qualquer um que assume o nome de “Swaggy P” gratuitamente. E que raios isso lá quer dizer?

Vamos apelar ao pai de todos nós, mais uma vez, sabendo que swaggy vem de swagger. Segundo o Michaelis, isso pode significar: “1 gabolice, bazófia. 2 andar afetado. vt+vi 1 andar de modo afetado, andar com ares de superior. 2 vangloriar-se, gabar-se. 3 bancar o valentão. adj coll elegante”.

Este é um Swaggy P ilustrado

Este é um Swaggy P ilustrado

Pela forma que Young adotou o verbete e  vem se comportando diante dos microfones, dá para dizer que o significado de seu apelido envolve um pouco de tudo isso. Ele não pára de brincar com os repórteres. Além disso, tem uma atitude toda peculiar ao chegar ao ginásio, extremamente confiante em suas habilidades. “Bazofinho P” também seria legal, né?

Mas é melhor ele mesmo explicar o que se passava em sua cabeça quando decidiu adotar o codinome. São diversas versões.

“Deus, em um sonho, falou comigo e me deu este nome. E eu falei para ele que aquele era realmente um nome engraçado e que talvez fosse adotá-lo mesmo. Desde então, venho me chamando de Swaggy P. É um nome de parar o trânsito”, afirmou em sua conta de Instagram. “Acho que se você se veste bem, você joga bem. Sabe, o ‘swaggy’ começa pelo modo como chego à arena, o modo como me visto, o sapato que eu calço”, disse certa vez ao site da NBA. Para a revista Slam, ele disse que seus antigos companheiros sempre se impressionaram com sua atitude, e que aí ficou fácil falar em “swaggy”. Um sopro divino ou simplesmente a zoeira de amigos. Estamos entre as duas opções.

Agora, será que ele poderia explicar, por favor, o que o P, assim isolado, quer dizer? “Esse é um mistério, não posso falar. Talvez eu escreva um livro algum dia. Não dá para revelar esse segredo ainda. Foi um dos meus primeiros apelidos, então ninguém realmente sabia a respeito, e mantive assim. As pessoas continuam perguntando, mas vai seguir um mistério. Em alguns anos, talvez eu dê umas dicas”, afirmou.

Young, no mesmo patamar de Kobe

Young, no mesmo patamar de Kobe

É uma figura. E isso é muito pouco. Há muitas  manifestações brilhantes para serem compartilhadas. O mais interessante é que seu jeito desbocado também pode fazer bem ao próprio vestiário, uma vez que Young, mesmo que se assuma um dos maiores fãs de Kobe no mundo, não vai se omitir na hora de pedir para o astro maneirar:

 “Tenho essa presença. Sou como Michael Jackson, Prince e todos esses caras. É como se minha atitude tivesse mexido com todos. Foi incrível”, empolgado com sua influência no time quando retornou de uma fratura na mão.

“O Melhor Defensor do Ano está aqui hoje e vai jogar na terça-feira”, pouco antes de estrear na temporada pelo Lakers, um time que sofria (e continua) sofrendo em sua retaguarda. A defesa da equipe segue como a pior da temporada, claro.

Nick Young, o melhor arremessador de três pontos da história da NBA

Nick Young, o melhor arremessador de três pontos da história da NBA

“Estou entre os cinco melhores arremessadores de três pontos da história. A lista? 1 – Eu mesmo. 2 – Ray Allen. 3 – Reggie Miller. 4 – Stephen Curry ou Klay Thompson. 5 – Larry Bird”, e só. Young tem média de 37,9% em sua carreira. Nesta temporada, está matando 42,4% de seus tiros de longa distância. ; )

“Acho que o Kobe tem algum potencial. No meu 20º ano, eu provavelmente terei uns 46 mil pontos, ou algo perto disso”, sobre a iminência de Kobe destronar Michael Jordan como o terceiro maior cestinha da história da NBA. Contando apenas a temporada regular, Kareem Abdul-Jabbar é o maior pontuador, com 38.387.

“Disse a eles que eles estavam chegando para a minha unidade. Não venham aqui e mexam com a minha casa. Está tudo sob meu controle”, sobre a decisão de Byron Scott de colocar Jeremy Lin e Carlos Boozer no banco.

“Kobe vai ser o Kobe, mas de alguma forma nós temos de encontrar um jeito de colocar a bola na cesta com todo mundo, e às vezes acho que nos acomodamos muito com o número 24. Temos de acreditar em nós mesmos”, dessa vez sem bazófia.

“Não dá para dizer que existam jogos vencíveis para nós”, quando questionado se um duelo com o Minnesota Timberwolves representaria uma chance para o Lakers conquistar uma preciosa vitória. O mesmo Wolves que, cheio de desfalques, havia perdido para o Philadelphia 76ersNa atual fase do time, não tem humor que aguente.


Lavada, rusga e lesão: Lakers começa da pior forma possível
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Giancarlo Giampietro

Kobe, Dwight, animosidade e um cotovelo: mas houve coisa pior para o Lakers

Kobe, Dwight, animosidade e um cotovelo: mas houve coisa pior para o Lakers

Sabe o pessimismo que rondava a temporada 2014-15 do Lakers?

Bem, talvez ele tenha sido até otimista. Se é que vocês me entendem.

Transmiti ao lado dos chapas Ricardo Bulgarelli e Marcelo do Ó a estreia da imponente franquia na temporada, em derrota preocupante contra o Houston Rockets, em Los Angeles, por 108 a 90. Estivesse o San Antonio Spurs do outro lado, e o placar teria beirado os 40 pontos – digo isso pela consistência do time de Gregg Popovich.

O Rockets jogou com a terceira marcha engatada. Quando o time angelino sinalizava algum tipo de pressão, aí eles subiam para a quinta e se afastavam no placar, liderados pela barba e os truques de James Harden com a bola. Esta é uma temporada na qual o Lakers vai ter de se acostumar a ser um saco de pancadas. Mas o que eles apresentaram em quadra nesta terça esteve muito abaixo da crítica.

Qualquer empolgação que o público hollywoodiano poderia ter com o retorno de Kobe Bryant se esvaiu rapidamente. Ok, o astro se mostrou em forma, depois de disputar apenas seis partidas desde abril de 2013. Mas é a forma de um Kobe de 36 anos, entrando em sua 19ª temporada, sem muita ajuda ao seu lado. Tem limite para tudo (19 pontos, 6-17 nos arremessos, 2 assistências).

O principal momento envolvendo o jogador foi, no final das contas, a rusga com Dwight Howard. Inevitável. No quarto período, depois de o pivô pegar um rebote na defesa, o ala foi para cima dele. Pressionar, tentar o roubo de bola ou a falta. Exagerou na pressão? Um pouco. Foram uns dois tapões ali. Mas coisa do jogo. Aí que Howard perdeu a linha e acertou o desafeto com uma cotovelada no queixo, que não chegou a pegar de jeito, mas pegou. Tomou uma falta flagrante-1. Também rolou falta técnica dupla.

Até aí, para o Lakers, sinceramente? Era o melhor que poderia ter acontecido. O incidente desviaria toda a atenção de uma atuação completamente desconexa. A equipe de Byron Scott ainda não tem identidade nenhuma: não sabe se corre com a bola ou se ataca de modo metódico. Em meia quadra, a falta de movimentação de bola. Carlos Boozer se apresentou como uma boa opção oportunista no garrafão, é verdade, mas ficou difícil de encontrar outros pontos positivos. Ed Davis foi outro. Mas aí não adianta muito, já que será muito difícil que a equipe consiga ser competitiva com o veterano Boozer e o ainda jovem Davis lado a lado: a defesa sofreria demais.

De qualquer forma, numa jornada tenebrosa, nem isso foi o bastante. Minutos depois da confusão entre as duas celebridades, aconteceu algo muito mais relevante e dramático para a franquia. O ala-pivô Julius Randle sofreu uma fratura na perna direita num lance aparentemente bobo, quando buscava a infiltração, sem ter caído de mal jeito, nem nada. Ele ficou parado no ataque e apenas recolheu seu corpo para se apoiar na base da tabela do Rockets. Sem acreditar.

O garoto, número sete do último Draft, uma das poucas peças que podem ser desenvolvidas a longo prazo no atual elenco, teve de sair de quadra imobilizado. Sua expressão era muito mais de desalento, desconsolo, do que de dor. Uma cena muito triste, mas que acaba reforçando, da pior maneira possível, a tese de que será uma looooonga temproada para Kobe e Scott. Eles são dois embaixadores do orgulho Laker. Vai ser difícil sustentar essa pose e o discurso por muito tempo…

Randle está fora de combate. Justo a maior promessa do time

Randle está fora de combate. Justo a maior promessa do time


O Lakers está preparado para ser um saco de pancada?
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Giancarlo Giampietro

Kobe sob fogo cruzado nos EUA

Kobe sob fogo cruzado nos EUA

Numa liga que vem pregando – e brigando pela – paridade, boa parte dos concorrentes não vê a hora que se confirme a tese: a temporada 2014-2015 pode ser aquela em que o poderoso e invejado Los Angeles Lakers vá de se acostumar a ser um saco de pancadas.

Soa muito errado ler uma frase dessas, eu sei. No vácuo, parece maluquice. Mas é só olhar o elenco ao redor de um Kobe Bryant que não era tão questionado assim desde os lamentáveis meses de investigação e audiências por conta de uma acusação de estupro no Colorado que acabou desqualificada, e 2013.  Depois de romper o tendão de Aquiles no final da temporada 2012-2013, o ala retornou no campeonato passado, mas só disputou seis partidas, até ser afastado novamente por conta de uma fratura no joelho. Depois de ter assinado um contrato polêmico, que lhe  mantém como o atleta mais bem pago da liga, enquanto Duncan e Nowitzki dão desconto a Spurs e Mavericks, respectivamente.

Foi um ano para a franquia esquecer por esses e outros motivos. Dwight Howard disse não ao clube, num ato raríssimo – o normal era que os astros fizessem de tudo para jogar sob as luzes de L.A. Pau Gasol se cansou de discutir publicamente com Mike D’Antoni e, mesmo com a garantia de que o treinador não ficaria no time, decidiu partir para Chicago, magoado com uma diretoria que não o apoiou, como esperava. Alguns operários até jogaram bem, excederam as expectativas, mas nada que se animasse muito Jack Nicholson. Resultado: 27 derrotas e 55 derrotas (aproveitamento de 32,9%), a pior marca da franquia desde que a liga adotou o formato de 82 partidas na temporada regular. Em termos de rendimento, apenas os 26,4% de 1957-58, em 72 jogos, no crepúsculo da carreira do ídolo George Mikan. Sinta o drama.

Kobe e Scott, velhos amigos. E quando as derrotas se acumularem?

Kobe e Scott, velhos amigos. E quando as derrotas se acumularem?

Ah, mas nada como um dia após o outro, né?

No caso do Lakers? “Hmmmmm… não”, diria o Homem-Aranha ataíde.

Para o campeonato que vai começar nesta semana, não há otimismo que se sustente. A contratação de Byron Scott pode ter ressonância com seu passado glorioso,  por ser aprendiz de Pat Riley e chapa de Magic Johnson, mas não diz nada sobre o futuro. Ele já foi duas vezes vice-campeão com o Nets na década passada, é verdade, mas não comanda uma campanha vitoriosa desde 2009, em Nova Orleans. Quando tinha Chris Paul, David West, Tyson Chandler e Peja Stojakovic no time titular. Em Cleveland, como sucessor de Mike Brown, foi um completo fiasco. Se o elenco pós-(e-pré)-LeBron era trágico, o treinador falhou gravemente em desenvolver os jovens talentos, especialmente em aspectos defensivos. E ninguém vai poder dizer que o atual elenco angelino inspire o temor nesse sentido.

A última vez em que o clube ficou fora dos playoffs por dois anos seguidos aconteceu há quase 40 anos, entre 1974 e 1976, com 70 vitórias e 94 derrotas acumuladas (aproveitamento de 42,6%). Era o final de gestão do técnico Bill Sharman, e nem mesmo a chegada do mítico Kareem Abdul-Jabbar impediu o vexame. Poderia um Kobe de 36 anos anos evitar o repeteco?

O time: O Lakers foi praticamente ignorado por LeBron James, que nem permitiu que a negociação avançasse além de conversas preliminares com seu agente. Carmelo até levou adiante o namoro, fez sua visita, mas ficou em Nova York, mesmo. Chris Bosh nem ouvidos deu. O gerente geral Mitch Kupchak, então, optou pelo plano B, modesto que só.  Renovou com Jordan Hill por bizarros US$ 9 milhões anuais e com Nick Young. Recolheu Carlos Boozer depois de o veterano ser dispensado por Chicago. Assinou um acordo camarada com ainda promissor Ed Davis, que tem o mesmo agente de Kobe, Rob Pelinka. Descolou Jeremy Lin e uma escolha de draft numa troca marota com o Houston Rockets, que precisava limpar salário na tentativa de fechar com Bosh. Wesley Johnson, Ryan Kelly, Ronnie Price, Wayne Ellington. Ficou nisso. O elenco não só está muito aquém do padrão com o qual uma exigente e mimada torcida se acostumou como apresenta peças redundantes e, no geral, deficientes na defesa.

A pedida: o Lakers fala em playoff, gente. O melhor seria terminar entre os cinco piores da temporada. Só assim teriam chance de manter sua escolha de draft. Do contrário, ela vai para Phoenix. Até isso.

Olho nele: Jeremy Lin. A lesão de Steve Nash abre todo o espaço na armação do Lakers para o armador que levou Manhattan à loucura em 2012. Se, por infeliz acaso, Kobe tiver mais alguma lesão, o ex-jogador do Houston Rockets teria de assumir ainda mais carga criativa no ataque da equipe angelina. Desde que Nick Young aceitasse. Estariam Hollywood (e Scott) preparados para ver a sequência da Linsanidade? Agora, bem de pertinho? Em breve, no League Pass.

Linsanidade II: mais uma sequência hollywoodiana?

Linsanidade II: mais uma sequência hollywoodiana?

Abre o jogo: “Eu não quero ser o próximo Shaq. Quero ser o próximo Kobe. Estava dizendo isso para minha mãe esses dias. Não quero ser só um jogador de garrafão”, Julius Randle, o ala-pivô selecionado pela equipe na sétima posição do último Draft, vindo de Kentucky.

Ainda que não tenha comovido ninguém por seu desempenho por Kenucky, nos tempos de colegial, Randle era ainda mais bem cotado. Num momento difícil como esse, o desenvolvimento do calouro pode ser importantíssimo para o futuro da franquia. Com essa interessante declaração, o rapaz deixa claro que confia na expansão de seu jogo, em sua versatilidade. Ele tem drible, velocidade e disposição para correr com a bola, se mover pela quadra.  Agora, com Carlos Boozer, Ed Davis e Jordan Hill no elenco, Byron Scott, que costuma ser duro com os novatos, vai lhe dar o tempo de quadra necessário, mesmo que o jovem atleta cometa alguns erros básicos? Seria inteligente que sim.

Você não perguntou, mas… não dá para dizer que Kobe Bryant e a ESPN americana vivam uma lua de mel. O astro primeiro se irritou ao ver que o painel de jornalistas da emissora o elegeu como o 40º melhor jogador da liga a caminho desta temporada, logo atrás de Dwyane Wade, Rajon Rondo, Klay Thompson e Andre Iguodala. Se você for reparar, nesse grupo de atletas, temos três craques que lidaram com graves lesões nos últimos anos… Mas, para o ala do Lakers, essa coincidência não era o suficiente para amansar seu ego. “Já sei há bastante tempo que esses caras são um bando de idiotas”, disparou. Os fãs do jogador se revoltaram e afirmaram que o 40º lugar era um desrespeito. Coordenador do núcleo estatístico do ESPN.com, o jornalista Royce Webb atirou lenha na fogueira ao dizer que, na verdade, o número 40 parecia até mesmo superestimado para o atleta, considerando todos os seus problemas físicos e a produção pífia que teve em seis partidas na campanha anterior.

Para piorar, a revista do conglomerado midiático publicou um artigo bombástico no qual Henry Abbott cita uma dúzia de fontes anônimas que detonam o craque. “Ele é provavelmente o maior jogador da história da franquia. Ele também a está destruindo por dentro”, diz o texto. Ouch. A ideia é a de que o ala teria feito de tudo para sobrar como o único astro da equipe, alienando e/ou assustando possíveis reforços. Obviamente o texto teve enorme repercussão. Muitos atletas e ex-Lakers saíram em defesa de Kobe, além da vice-presidente Jeanie Buss, que disse que investigaria qual seria um dos funcionários do clube que teria falado sem se identificar, para demiti-lo. “Quem não quiser jogar com Kobe é um covarde”, resumiu.

PS: sabe quem não gostou também do ranking da ESPN? Nick Young, claro, o número 150. “Posso garantir que não há 149 pessoas melhores que eu nesta liga”, afirmou. : )

byron-scott-fleer-lakers-cardUm card do passado: Byron Scott. O ala-armador jogou 11 temporadas pelo Lakers, sendo dez delas em sequência, de 1983 a 1993. Depois de passar por Indiana e Vancouver (no primeiro ano da removida franquia canadense), voltou a Los Angeles para se despedir da NBA em 1996-97, ano em que foi um mentor para Kobe, calouro e adolescente. Scott nunca foi eleito para o All-Star Game, mas teve grande participação nos títulos do clube dos anos 80, tendo média de 18 pontos por jogo. O card ao lado é da temporada 1988-89, na qual a equipe tentou o tricampeonato, mas acabou varrida pelos Bad Boys de Detroit na decisão. Bastante atlético, ele decolava rumo ao aro para grandes cravadas, mas também acrescentava ao superataque do showtime o tiro de três pontos, sendo um dos primeiros atletas da liga a ser temido neste fundamento. Hoje, ironicamente, se posiciona de modo contrário ao movimento estatístico que prega o chute de longa distância como instrumento essencial para o sucesso. “Isso só te leva até os playoffs”, afirmou, ignorando o sucesso de Spurs, Heat e Mavs durante a década.

PS: nesta terça-feira, a temporada da NBA já começa com transmissão no canal Sports+, da SKY. Estou nessa transmissão ao lado do Dr. Ricardo Bulgarelli e do chapa Marcelo do Ó. E começamos com quem? O Lakers, mesmo, enfrentando o Houston Rockets.


Cirurgia praticamente acaba com qualquer chance de troca para Anderson Varejão
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Giancarlo Giampietro

Varejão, tudo pelo rebote

Varejão briga por rebote, não importando como está o joelho

Estava muito estranha mesmo toda aquela demora. Supostamente, Anderson Varejão havia sofrido apenas uma pancada no joelho e não perderia tanto temp para voltar. Mas as rodadas foram passando, e nada. Até que nesta quarta-feira o Cleveland Cavaliers enfima nunciou: o capixaba vai precisar de uma (nova) cirurgia e ficará fora de ação por, no mínimo, um mês e meio. No máximo, dois meses.

A operação, na perna direita em reigão próxima ao joelho, já foi marcada para esta quinta, dia 10. O que quer dizer que o pivô não poderia jogar o All-Star Game em Houston, entre os dias 15 e 17 de fevereiro, mesmo se os técnicos quisessem selecioná-lo. Com tanto tempo afastado, ele dificilmente seria incluído na lista, de todo modo.

Agora… Em Implicações muito mais sérias do que participar, ou não, de uma festa que não já não tem o mesmo glamour de antes, essa lesão praticamente inibe qualquer chance de o atleta ser envolvido em uma transação nesta temporada. O prazo para que os clubes acertem alguma negociação se encerra no dia 21 de fevereiro. Quem vai querer pagar alto por um cara que estará fora de quadra por tanto tempo? Seria uma aposta de muito risco? A não ser que o Cavs decida abaixar sua pedida, algo muito improvável.

Mais cedo, o técnico Byron Scott havia dito que Varejão era “o coração e a alma” de sua equipe e já havia dado a entender que poderia realmente demorar para que pudesse contar com o brasileiro novamente. “Só espero que não estejamos falando de algo que custe a temporada toda. Ainda estou tentando ser otimista, achando que ele vai jogar. Só não sei quando. O que me resta a fazer, porque ele significa muito para a equipe, é seguir em frente e treinar os caras que estão disponíveis. Sinto falta dele todo dia”, afirmou.

Depois dessas palavras, não precisa dizer muito sobre a importância que o capixaba tem em Cleveland e sobre o nível de suas atuações, a despeito do número desagradável de derrotas que o Cavs acumula – as médias de 14,1 pontos, 14,4 rebotes, 3,4 assistências e 1,5 roubo de bola são todas as maiores de sua carreira. Na real, Varejão vinha produzindo a melhor campanha de um brasileiro na história da liga.

Mas, infelizmente, ele não vem conseguindo se mostrar resistente. Nas últimas duas temporadas, perdeu um total de 93 partidas de 148 possíveis (62%, número elevadíssimo), com problemas físicos diversos. O estilo de jogo e a entrega na defesa e pelos rebotes acabam cobrando um preço caro. A palavra-chave que havíamos apontado para Anderson neste ano? Justamente: saúde. Ai.

PS: encontre o Vinte Um no Twitter: @vinteum21.


Lesão de prodígio pode fomentar interesse por Varejão em fase de trocas da NBA
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Giancarlo Giampietro

Voltando para casa depois de uma ingrata sequência de jogos fora de casa logo de cara, o Cleveland Cavaliers ainda tinha alguma esperança de usar o maior tempo disponível para treinos para arrumar uma defesa esburacada e se recuperar de um início de temporada preocupante.

Pode esquecer. Com o anúncio da lesão do armador Kyrie Irving – uma fratura no dedo indicador que vai lhe tirar das quadras por cerca de um mês –, dá para falar que qualquer aspiração que o clube tivesse em termos de playoff nesta temporada foi devidamente empacotada e atirada rio abaixo.

Anderson Varejão x Brook Lopez

Varejão ataca o molenga Brook Lopez

E não há nada que Anderson Varejão possa fazer a respeito. Quer dizer, não dá para esperar ou cobrar que o capixaba eleve suas já infladas médias de 14,3 pontos, 13,3 rebotes 14,1 pontos, 14,7 rbotes e 3,3 assistências. Haja esmero. O cabeleira, por outro lado, que fique antenado. Dependendo do tanto de surra que o Cavs levar, seu nome vai estar certamente entre os mais cogitados a partir do momento em que começar a boataria de trocas por toda a liga.

Em um mês, seu time, que perdeu oito de suas primeiras dez partidas. Sem Irving, competiram firmemente contra times de ponta como Miami e Memphis, mas sairam derrotados de toda maneira, tendo um triunfo em quatro jogos e cerca de 15 jogos pela frente. A matemática fica por sua conta. Imagine um recorde de, vá lá, 8 vitórias e 18 derrotas. Como tentar remar depois disso?

Ainda mais que, se a defesa era um problema bastante grave, o treinador Byron Scott agora terá dificuldade também se virar para pensar seu ataque, uma vez que o jovem armador era a força-motriz do elenco. Suas opções não são muito animadoras, não:

– O novato Dion Waiters é extremamente talentoso, mas ainda teima em buscar a cesta mais difícil: gosta de arriscar chutes desequilibrados do perímetro, em vez de usar sua capacidade atlética para chegar ao aro. Mesmo ao lado de Irving, sua média de quadra é de apenas 38,8% nos arremessos. Donald Sloan parece interessante no papel, pelo tamanho e capacidade atlética como armador, mas ainda é um projeto e não dá sinais de evolução. Jeremy Pargo viveu uma grande temporada há dois anos pelo Maccabi Tel-Aviv na Euroliga, teve alguns bons jogos na última semana, mas também não é uma solução como titular.

– Nas alas, uma pobreza que só. O outro titular no perímetro, Alonzo Gee, não está tão melhor assim, com 40% de pontaria. CJ Miles se apresenta como um desastre, em mais um caso de jogador que vai se arrepender de ter saído do sistema todo estruturado empregado pelo Utah Jazz (Corbin manteve os conceitos de Sloan por lá). Omri Casspi deve parar sonhar com o Maccabi Tel Aviv a cada noite. Luke Walton daria um ótimo assistente técnico ou comentarista.

– Seus pivôs não têm muito jogo de pés para atacar no mano-a-mano. Varejão é quem se viraria melhor nessa, aliás. Tyler Zeller e Thompson têm características que podem ser bem exploradas no pick-and-roll, mas precisam de alguém que lhes passe a bola com precisão.

Embora também não tenha necessariamente um elenco em mãos, Scott já não vinha fazendo um grande trabalho em Cleveland. No fim, porém, pode ser que a diretoria do clube nem se importe. Embora não digam abertamente, os lerdos movimentos de Chris Grant nas últimas temporadas indicam aquela boa e velha estratégia de sabotar suas campanhas regulares e acumular altas escolhas de Draft até formar, ou não, um sólido time. Uma boa espiada em seu plantel mostra isso: o cartola vem agrupando alguns jogadores como aposta para o futuro e outros só para fazer número.

Acontece que Varejão não se encaixa bem nessa filosofia. Seu basquete vale para agora, ainda mais com o excesso de lesões que já sofreu. É um desperdício pegar o seu jogo “pronto”, que seria facilmente empregado pelos mais diversos concorrentes ao título, e gastá-lo em derrotas para o Charlotte Bobcats.

Duro seria convencer uma torcida carente de referências, estraçalhada pela saída de LeBron, que uma troca pelo brasileiro seria o melhor para ambas as partes. Mas conseguir um jovem jogador ou mais escolhas do Draft faria todo o sentido. Desconsolo por desconlo, que se venda o futuro, mesmo. Porque agora, de imediato, a coisa ficou muito feia.

(Atualizado hoje às 17h18. Inicialmente, o post entraria amanhã com edição dos recentes resultados e números de Varejão. Agora tá tudo certo. Câmbio, desligando.)


Contusão no joelho breca ótimo início do “cavalo” Anderson Varejão
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Giancarlo Giampietro

Varejão, tudo pelo rebote

Varejão briga por rebote, não importando como está o joelho

O jovem pivô canadense Tristan Thompson gosta de se referir ao seu companheiro de garrafão, Anderson Varejão, como um “cavalo”.

Não no sentido de ser estabanado, faltoso em quadra, mas por sua força, seu vigor na busca por rebotes e na defesa. Disse ainda que, por isso, se pudesse, correria por eles numa disputa de turfe.

Na segunda-feira, o capixaba tentou justificar em quadra a metáfora do companheiro, quando terminou a partida contra o Los Angeles Clippers, uma vitória surpreendente por 108 a 101, com 15 pontos e 15 rebotes, mais três roubos de bola e um toco. Foi mais uma partida maravilhosa do pivô brasileiro no início da temporada 2012-2013 da NBA. E quer saber? Ele conseguiu tudo isso jogando com o joelho contundido.

Varejão sofreu uma pancada no joelho direito no primeiro quarto, mas, segundo o Cavs, acabou indo até o fim da partida seguindo a adrenalina do momento. Aquela coisa: quando você está quente, empolgado e ingora qualquer “probleminha” físico porque não quer sair de quadra.

Acontece que, depois do jogo, Varejão viu o joelho inflamar, o que acabou lhe afastando do confronto com o Golden State Warriors na quarta. Agora a franquia não sabe dizer quando o pivô vai estar disponível para retornar. Lembrando: saúde foi eleita (democraticamente por um blogueiro) como a palavra-chave para o brasileiro nesta temporada. Com apenas uma semana de campeonato, ele já tem de lidar com a primeira decepção.

Se já não fosse o suficiente para o técnico Byron Scott, o time ainda perdeu o reserva imediato do capixaba no mesmo jogo. O calouro Tyler Zeller, que vinha se integrando bem ao elenco e oferecendo bons minutos vindo do banco, sofreu uma fratura na face. “Tyler estava jogando muito bem. Sabemos como Andy estava jogando. É incrível. Você não apenas perde dois de seus melhores jogadores, mas perde também muito em tamanho”, disse o treinador.


Preocupado com lesões, técnico do Cavs espera evolução de novato para preservar Varejão
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Giancarlo Giampietro

Se Rafael Hettsheimeir funciona nesses dias apenas uma especulação envolvendo o Cleveland Cavaliers, com Anderson Varejão a história é bem diferente. Qualquer perspectiva de sucesso e de boa campanha da equipe na próxima temporada da NBA passa pelo pivô capixaba.

Anderson Varejão lesionado

De terno e munheca imobilizada, Varejão não contribui tanto assim para o Cavaliers vencer

Pensando nisso, o técnico Byron Scott já pensa com seus botões assim: “Hmmm… Seria ótimo poder preservar o Andy de alguma forma, tentar otimizar o quanto posso tirar dele”.

Não que estejamos envolvidos no lance de telepatia, nem nada disso. É que, fuçando por aí, você de repente pode se deparar com uma entrevista do treinador do Cavs ao próprio site da franquia, respondendo a perguntas enviadas pelo Twitter. Digamos que não seja a maior coincidência do mundo.

E aí o @fatherjohnmisty (*) da vez pergunta como ele vê a rotação de pivôs da equipe para a campanha 2012-2013, agora que o clube conta com o novato Tyler Zeller em seu elenco.

O ex-parceiro de Magic Johnson falou assim: “Eu vejo Andy começando o campeonato como titular. Mas minha visão é que em algum momento durante a temporada Tyler vai poder ser titular e eu poderei voltar com Andy para o banco, que é onde acho que ele pode ser mais efetivo…” Mas Calma!

Antes que você se descabele por nosso cabeleira, a continuação da resposta de Scott foi assim: “… E também poderia cortar os minutos, dele sabe? Infelizmente, nas últimas duas temporadas ele acabou jogando muitos minutos e sofreu algumas lesões”.

Por seu empenho defensivo, seu espírito contagiante em quadra para uma equipe muito jovem, Varejão é muito importante para o Cavs para jogar por apenas 56 partidas em dois anos – de 148 possíveis! Isso é muito pouco.

Tyler Zeller

Narigudo Zeller pode ajudar Scott a poupar Varejão em Cleveland

O treinador, então, torce para que Zeller assimile o jogo da NBA rapidamente. Ele tem mais idade e experiência que o calouro tradicional da liga dos últimos tempos – ele cursou os quatro anos em North Carolina, tem 22 anos (dois mais velho que Kyrie Irving, por exemplo.

Em termos atléticos, Tyler – o irmão de Luke e Cody (cotado como um dos melhores prospectos do próximo Draft e candidato a jogador do ano por Indiana no basquete universitário) – é bem parecido com Varejão. Um pivô mais leve, que aguenta corre muito mais do que a média para gente de seu tamanho e com ótima velocidade.

“No momento então é o que vejo. Andy começando como titular, porque ele sabe exatamente o que estamos fazendo e nós sabemos exatamente o que ele faz para nós”, diz Scott. “Mas acho que ele seria melhor se viesse do banco. O que não quer dizer que ele não vá terminar um monte de jogos, por causa de sua experiência e do modo como joga.”

*  *  *

Andy sempre soa engraçado, né?

Ainda mais considerando que Anderson definitivamente não é um nome que os norte-americanos possam estranhar. Ainda assim, para demonstrar afeto, em Cleveland, depois de “Wild Thing”, virou Andy, mesmo, e ok.

Agora…

Já havia feito esse apelo na encarnação passada do Vinte Um, mas insisto aqui: sabemos que Fab é diminutivo, no caso, de Fabrício, né? Que o pivô do Celtics, então, se chamaria Fabrício Melo? Por que não chamá-lo assim? Por que nos Estados Unidos é de outro jeito e pronto?

Fab pode ser usado feito trocadilho etc. Três letras, fácil de modular. Tipo as inúmeras manchetes “fabulosas” que o Lance! já fez quando Luís Fabiano detona, e tal. Mas a gente realmente não pode respirar fundo e tratar com alguém que tenha o nome em três sílabas mais?

Obviamente esse é apenas um espirro sem maldade nenhuma, que não vai mudar a realidade de ninguém. Sobe a bola, segue o jogo.

(*) Sim, essa foi uma referência da Juke Box 21 desta temporada.


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