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Arquivo : Aron Baynes

O 4º dia da Copa do Mundo: E o rúgbi da Austrália?
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Giancarlo Giampietro

Vocês se lembram daquelas jornadas triplas da Copa do Mundo da FIFA, né? Um jogão atrás do outro, dominando sua agenda. Pois bem. Pegue esse agito todo e multiplique por quatro. O resultado é a Copa do Mundo da Fiba. É muito basquete num dia só. Com metade do evento de folga, a carga diminuiu um pouco, mas, ainda assim, foram 6 partidas! Uma tabela de estatística vai atropelando a outra, os fatos vão se acumulando, e pode ficar difícil de dar conta de tudo. Vamos dar um passada, então, pela rodada. Para o básico, deixe de ser preguiçoso e acesse o site oficial da competição, né? Veja lá a situação dos grupos e os todos os resultados. O Brasil não jogou.

Não foi a rodada mais empolgante, ainda mais considerando os eventos de tirar o fôlego da segunda-feira. Nesse clima relativo quieto – isso, quando os finlandeses não estavam gritando para apoiar seus rapazes –, a Austrália aproveitou a brecha para mostrar o que é capaz. De ganhar no basquete e no rúgbi, segundo a oposição.

O jogo da rodada: Austrália 82 x 75 Lituânia
Acho curioso isso. Para boa parte da mídai europeia, esse resultado foi encarado como uma tremenda zebra. Um eurocentrismo surpreendente neste sentido, pois a seleção australiana vem juntando diversas peças valiosas para formar um conjunto competitivo. Mesmo sem Patty Mills e Andrew Bogut. O trabalho do Instituto Australiano do Esporte dá o pontapé inicial na maioria dessas carreiras e depois os libera, em geral, para o basquete universitário dos Estados Unidos, pela facilidade do idioma. Quando o prospecto é muito talentoso, acaba indo direto para os profissionais, como no caso de Dante Exum, grande aposta do Utah Jazz, ou do ala Joe Ingles, que está há tempos na Europa. Seus atletas podem ainda não ter o cartaz, ou a grife, mas são muito bem preparados. E estão entrosados já.

Em alta na central de especulações da NBA, Ingles marca Jonas Maciulis

Em alta na central de especulações da NBA, Ingles marca Jonas Maciulis

Com essa base, estariam preparados, ao meu ver, para bater de frente com a Lituânia em qualquer circunstância. Ok, os bálticos têm obviamente mais experiência e melhores resultados recentes. Mas daí a considerar uma vitória dos Boomers uma zebra, já me parece exagero. Imagine, então, o susto que a galera tomou quando viu os australianos vencerem o primeiro tempo por 19 pontos de vantagem! Ingles estava fazendo chover em quadra, acertando chutes de longa distância, chutes em flutuação e botando a canhotinha para funcionar em infiltrações. Se algum scout da NBA estivesse tomando notas a seu respeito pela primeira vez, correria a pedir uma oferta por parte de seu gerente geral. Se bobear, de max contract até. Outro que estava muito bem era o brutamontes Aron Baynes, pivô que foi companheiro de Splitter no Spurs nos últimos dois anos e agora está sem contrato. Ele está fazendo ótimo torneio, aliás, acertando mais de 70% de seus arremessos. Aliás, o repórter Marc Stein, o boa praça do ESPN.com, afirma que o Philadelphia 76ers está interessado, entre outros sete ou oito clubes.

Defensivamente, a Austrália adiantou sua defesa e pressionou bastante a condução de bola dos lituanos. Sem seu principal armador, Mantas Kalnieits, a equipe (que era?) candidata ao pódio penou. Sem brincadeira: por vezes seus Juskevicius e Vasiliauskas eram desarmados antes da linha central (mais sobre isso abaixo, uma vez que o treinador JonasKazlauskas chiou bastante da arbitragem).. No geral, terminaram o confronto com 22 desperdícios de posse de bola – contra 14 dos adversários. É muita coisa.

A Lituânia deu o troco, porém, no terceiro quarto ao anotar, em três minutos, dez pontos em sequência. A partir daí, o panorama se alterou. Os Boomers já não demonstravam mais tanta confiança assim. Baynes (14 pontos e 6 rebotes, 5/12 no FG) e Ingles (18 pontos e 4 assistências, 7/11) foram contidos, e restou ao ala Brad Newley, que já foi considerado uma grande promessa na época de juvenil, mas virou um jogador mediano na Liga ACB, carregar o piano, partindo aos trancos e barrancos para a cesta (10 pontos, 4 rebotes e 2 assistências). A despeito da pressão que pôs no adversário, a seleção europeia, com o ala Renalda Seibutis fazendo as vezes de armador – sem inventividade nenhuma, mas com pulso firme –, não conseguiu aproveitar o momento. Em nenhum momento assumiu a liderança do placar e viu o veterano David Andersen matar dois ou três chutes de média distância nos dois minutos finais para garantir a vitória. Os times agora estão empatados com dois triunfos e um revés na zona de classificação do Grupo D. A Eslovênia lidera.

Um causo
Para ficar na seara de beligerância e um país na Oceania, registramos aqui os protestos inflamados do técnico lituano Jonas Kazlauskas após a derrota para a Austrália. Sem delongas, segue o discurso do veterano, que já dirigiu a China: “Já estive na Austrália algumas vezes. Esse é o estilo de basquete que eles jogam. Eu chamo de basquete-rúgbi. O modo como os árbitros apitaram foi favorável para eles. Especialmente contra nossos jovem armadores, que não embalaram. Talvez esse tipo de basquete, no qual por vezes você não entende o que está acontecendo, seja tolerado nos países de onde os juízes são”.

Um dos integrantes do trio de arbitragem era o brasileiro Marcos Benito, ao lado do porto-riquenho Luis Roberto Vazquez e do dominicano Reynaldo Mercedes, que era o principal. Do que vi no jogo, é fato que os australianos jogaram de modo físico, mas não acho que tenham exagerado na dose. No total, para constar, foram marcadas 44 faltas, 23 para os australianos.

E aí? Quem quer brincar de rúgbi com o Nathan Jawai?

E aí? Quem quer brincar de rúgbi com o Nathan Jawai?

A surpresa: Os 20 minutos sul-coreanos de fama
Depois do que Senegal e Filipinas andaram fazendo no Grupo B…. Após fazerem um primeiro tempo totalmente equilibrado contra a Eslovênia… É de se imaginar que os jogadores da Coreia do Sul tenham se reunido no vestiário, todos eles inspirados, falando bastante, discutindo os acontecimentos e, num ápice de emoção, começaram a se questionar: “Por que não? Por que nós também não podemos?”, num elevado tom de voz. Vibrantes. Aí a sirene do ginásio nas Ilhas Canárias tocou, e era hora de eles voltarem para o jogo e despertaram do sonho. Quando voltaram para a segunda etapa, estavam perdendo apenas por 40 a 39. Ao final da partida, o placar foi de 89 a 72, com os eslovenos abrindo já 14 pontos no terceiro quarto. Goran Dragic, sempre ele, marcou 22 pontos em 25 minutos. Foi a terceira derrota da Coreia, mas pelo menos eles nos deixam esta memória: o armador Chan Hee Park usando o quadradinho para acertar seus lances livres.

Alguns números
73 – arremessos foram desperdiçados por ucranianos e turcos nesta jornada. As duas equipes acertaram apenas 43 de 116 tentativas. No fim, a Ucrânia – só ela para nos proporcionar jogos terríveis desses – venceu por 64 a 58 e ficou em boa posição para se classificar no Grupo C.

40 – Ao superar a Angola por 79 a 55, o México ficou muito perto de assegurar a quarta posição do Grupo D. Antes de pensar nisso, porém, vale comemorar sua primeira vitória no Mundial depois de 40 anos. Gustavo Ayón segue levando sua emergente seleção adiante, com 17 pontos e 12 rebotes. Dessa vez, ele contou com valiosa ajuda do ala Héctor Hernández, que marcou 24 pontos, 18 deles em cestas de três.

#Susijengi

#Susijengi

29 – Foi o índice de eficiência do pivô dominicano Eloy Vargas, o maior do dia ao lado do armador Petteri Koponen, obtido em vitória sobre a Finlândia por 74 a 68, num confronto direto pelo Grupo C. Os caribenhos estão vivos na disputa, muito por conta da força do jogador revelado pela universidade de Kentucky, que somou 18 pontos e 13 rebotes, dominante na zona pintada – nenhum finlandês conseguiu pegar mais que seis rebotes. No total, sua equipe pegou 47, contra 28, diferença brutal e suficiente para silenciar o mais caloroso de toda a competição: sim, a torcida do gélido país escandinavo.

19 – O armador ucraniano Olexandr Mishula, 22 anos, basicamente surtou nesta terça, terminando como o cestinha, com 19 pontos. Ele nunca havia marcado mais que 10 pontos num jogo oficial pela seleção principal. Nas duas rodadas anteriores, havia anotado 16 pontos – em minutos reduzidos, é verdade. Com a lesão de Sergii Gladyr, o técnico Mike Fratello precisava desesperadamente de alguém que pudesse pontuar e criar no perímetro, e parece ter suprido essa carência com o jovem atleta, que não fugiu da responsabilidade no quarto período.

4 – Quatro seleções estão invictas ao final de três rodadas: Estados Unidos, Espanha, Grécia e Eslovênia, líderes dos quatro grupos do Mundial.

Outro causo
A gente imaginava que, no dia 2 de setembro de 2014, a história de a Nova Zelândia fazer o Haka antes de seus jogos já não fosse nem mais nota de rodapé. Acontece que, na primeira rodada, a Turquia virou de costas para os oponentes, indo para o banco de reservas atendendo ao chamado do técnico Ergin Ataman. Os Tall Blacks acharam isso um baita desrespeito. Nesta terça, contra os norte-americanos, alardeados por muita gente do contra como “arrogantes”, ficaram lá, na metade da quadra deles, observando tudo. No clipe abaixo, a expressão de Derrick Rose e James Harden está até engraçada. No final, aplaudiram a dança:

O jogo? Hã… Os neozelandeses até que não fizeram tão feio. Quer dizer, perderam por 98 a 71, e tal. Mas vejam só: chegaram a ganhar o terceiro período por 19 a 18! Na primeira parcial, estavam atrás no marcador apenas por 27 a 20. Então não foi de todo o pior, mesmo, não. Anthony Davis e Kenneth Faried barbarizaram novamente no garrafão, com uma capacidade atlética realmente apelativa, com 36 pontos e 20 rebotes em conjunto. Das enterradas eu já perdi a conta, mas foram cenas fortes. Claro que nada tão impressionante como a apresentação inicial os homens de preto.

Andray Blatche: contagem de arremessos
O pivô mais filipino da Copa e seus assessores não foram para a quadra hoje, tendo a chance de repensar toda a emoção que viveram  contra argentinos e croatas, podendo muito bem terem chocado o mundo do basquete. De qualquer forma, mesmo que não tenha jogado, Blatche mantém a liderança no ranking de quem mais chutou no torneio até agora, com 51 tentativas de cesta em três partidas. Pau Gasol é o segundo, com 43. Se os árbitros não o tivessem boicotado na véspera, certeza de que um dos jogadores mais odiados da história do Washington Wizards teria uma liderança confortável neste ranking. Sacanagem.

O que o Giannis Antetkounmpo fez hoje?
Também seu dia de folga,  gente espera que, no seu dia de folga, a revelação grega tenha descansado um pouco, saído de tapas mais tarde e curtido um pouco as ruas de Sevilla – em vez de ficar sentado o dia inteiro no quarto do hotel jogando videogame!

Tuitando:

Na arquibancada da ucraniana, um senhor flagrado constantemente pelas câmeras da Fiba TV. Todos nós assumimos que seja o paí do armador Eugene “Pooh” Jeter, mais um americano naturalizado. Pooh precisava de todo o apoio possível, mesmo. Marcou dez pontos, deu seis assistências, mas foi muito incomodado pela defesa turca, desperdiçando a bola cinco vezes. Além disso, errou oito de seus dez arremessos. Sua equipe venceu, porém. 


Para termos uma ideia do quanto funcionou como sonífero o embate entre Ucrânia e Turquia. Na reta final da partida, o pivô Omer Asik, um excelente reboteiro e defensor, mas um atacante bastante limitado, liderava a tabela dos cestinhas. Algo difícil de acreditar e aturar.

A maré branca para acompanhar os #susijengi na Espanha.

Esse tweet ainda repercute um jogo do Yugobasket (aliás, vai ser difícil encontrar melhor nome de conta que esse) de ontem, mas a declaração é imperdível: “Se eu pudesse escolher, eu nunca teria nascido nos Bálcãs. Devido à nossa mentalidade, sempre sofremos em jogos como esse contra Senegal”, diz o técnico da seleção croata, depois da inesperada derrota para os africanos.

Relembre o Mundial até aqui: 1º dia, e .


Notas sobre a pré-temporada: Splitter, Monocelha, Rose, Oladipo e mais
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Giancarlo Giampietro

 – O San Antonio Spurs não resolveu pagar US$ 36 milhões para Tiago Splitter para deixá-lo no banco ou diminuir seu papel no time, né? Para um técnico que pensa tanto a longo prazo como Gregg Popovich, o lema de não levar tão a sério o que acontece nesta época do ano vale ainda mais, certo? Sim, sim. É de se esperar que sim. Pois o catarinense anda um tanto devagar. Depois de passar zerado na partida contra o Atlanta Hawks, na quinta-feira, ele tem apenas 22 pontos e 18 rebotes em quatro partidas até o momento, jogando por 70 minutos. Para comparar, o australiano Aron Baynes acumulou 37 pontos e 26 rebotes pontos nos mesmos 70 minutos. Recém-contratado, Jeff Ayres, ex-Jeff Pendergraph, já ficou em quadra por 73 minutos e vem se mostrando um bom passador, com 10 assistências. Não é que o brasileiro venha sendo preservado pelo treinador: enquanto o pivô disputou os quatro jogos do San Antonio até este sábado, Tim Duncan, Manu Ginóbili e Tony Parker já foram poupados em pelo mens um um deles.

Oh, my...

Sem palavras, Anthony Davis

– Anthony Davis, Anthony Davis, Anthony Davis… O novato número um do Draft de 2012 está voando. Ele marcou mais de 21 pontos em suas primeiras quatro partidas. Na quinta, deixou cair a peteca: foram só 18. Sua média é de 22,6 pontos até aqui. O ala-pivô voltou das férias mais forte e muito mais confiante em seu repertório ofensivo, atacando o aro e também convertendo os chutes em flutuação, enquanto na defesa continua estocando bloqueios e roubadas sem parar. Já estaria pronto o Monocelha para ingressar na elite da NBA? Não faz muito tempo em que o jogador era extremamente cobiçado pelos olheiros da liga, comparado a Tim Duncan e tudo isso. Seu ano de novato não foi ruim de modo algum, mas o excesso de pequenas lesões, a explosão de Damian Lillard em Portland e o gigantismo de Andre Drummond acabaram por ofuscar Davis um pouco. Mas só um pouco. Agora ele pretende justificar toda a badalação que recebeu em Kentucky.

– Ao que tudo indica, as dores no joelho de Derrick Rose não eram tão sérias ou incômodas assim. Acreditem se quiser, então: chegou o dia em que Tom Thibodeau foi precavido ao lidar com seus jogadores! O técnico do Bulls pode ter deixado muita gente frustrada no Rio de Janeiro ao sacar sua estrela do amistoso contra o Wizards, mas para o torcedor mais fanático pelo time de Chicago essa só poderia ser uma ótima notícia, independentemente do quanto o armador renderia no retorno aos Estados Unidos. E o que vimos? Rose arrebentando com Pistons e Pacers. Contra o Detroit, foram 22 pontos em 22 minutos. Contra o Indiana, 32 pontos em 31 minutos. Está bom? Calma, que tem mais: o jogador vem com um desempenho sensacional na linha de três pontos, tendo convertido seis dos últimos dez arremessos nas últimas três partidas, o que dá 60% (dãr). A média em sua carreira? Só 31%. Se o atleta realmente conseguiu melhorar dessa forma seu chute de longa distância durante a última temporada de suplício… Digo, obviamente ele não vai arremessar 60, nem 50% durante o campeonato, mas se beirar os 40% já seria um progresso incrível e um pesadelo para seus marcadores.

– As limitações físicas de Joakim Noah, ainda sofrendo com dores na virilha, são o que mais incomodam Thibodeau, então, neste momento. Taj Gibson é que não vai reclamar de nada. O ala-pivô construiu sua reputação na liga com base em sua capacidade na defesa. A julgar pelo que vem apresentando nestes primeiros jogos em outubro, pode ser que na outra tábua seu jogo também tenha se expandido. Ele pontuou em duplos dígitos nas cinco partidas do Bulls, com média de 15 pontos por jogo (contra 7,9 na carreira e 8,0 na temporada passada) e acertou 62,5% de seus arremessos, muitos deles cravadas de se levantar da cadeira. Qualquer melhorias neste sentido também seria um ganho enorme para Thibs, na hora de o treinador promover sua já tradicional substituição de Boozer por Gibson nos minutos finais das partidas: ele fortaleceria sua retaguarda e não perderia muito no ataque, desde que seu reserva consiga render ofensivamente, especialmente convertendo arremessos de média distância.

– Sobre o Pacers, o que dizer? São cinco jogos, cinco derrotas. Todo mundo vai dizer que pré-temporada não serve para avaliar nada, e tal… Mas o último time a passar batido pela fase de amistosos, sem nenhuma vitoriazinha sequer, foi o Los Angeles Lakers no ano passado. E sabemos muito bem o que saiu daí. Era de se imaginar algumas dificuldades para Frank Vogel, num período em que ele tem de integrar um monte de novos reservas ao seu esquema defensivo e, ao mesmo tempo, precisa tirar o ferrugem do ala Danny Granger. Sua equipe também ainda não enfrentou nenhuma baba (dois duelos com Bulls, dois com Rockets e um com o Mavs). Mas… Nenhum triunfo para o vice-campeão do Leste? A ver. Granger, aliás, não vem muito bem. Ele acertou apenas 14 de seus 44 arremessos de quadra (31,8%). Ao menos de longa distância ele vem matando: 8/17 (47%).

Darren Collison ama Chris Paul

Claver tenta, mas está difícil de parar Darren Collison, o reserva ideal do CP3

– Parece que o negócio de Darren Collison é ficar perto de Chris Paul, não? Até hoje, o armador viveu seus melhores dias na NBA em sua campanha de calouro, em 2009-2010, quando foi selecionado pelo New Horleans Hornets para ser o reserva do superastro. Acontece que CP3 se lesionou bastante naquela temporada, e o jogador revelado pela UCLA acabou ganhando muitos minutos e deu conta do recado de forma surpreendente até, com médias de 18,8 pontos e 9,1 assistências nas partidas em que começou como titular. De lá para cá, porém, não conseguiu repetir esse tipo de números, com dois anos muito irregulares pelo Indiana Pacers, além de uma passagem bastante frustrante pelo Dallas Mavericks, na qual deixou o técnico Rick Carlisle maluco por sua indisciplina defensiva e alguns hábitos indesejados no ataque. Sua cotação caiu tanto que, como agente livre, se viu forçado a assinar pelo mínimo com o Los Angeles Clippers… Para ser reserva de Paul novamente. E o que vemos na pré-temporada? Alguns jogos impressionantes do armador, claro. Nesta sexta, por exemplo, ele somou 31 pontos e seis assistências em derrota para o Portland Trail Blazers – foi tão bem que ficou em quadra por 34 minutos, forçando Doc Rivers a colocá-lo ao lado de seu franchise player. Collison também teve duas partidas com dez assistências, sendo que, contra o Sacramento Kings, no dia 14, terminou com um double-double, anotando 20 pontos em 36 minutos. Se conseguir repetir esse tipo de desempenho nos jogos para valer, o armador pode complicar um pouco a vida de Rivers, mas sem deixar que o técnico lamente a saída do dinâmico Eric Bledsoe.

– Para o Oklahoma City Thunder, outro concorrente de ponta na Conferência Oeste, o importante é a acompanhar como está o desenvolvimento do ala Jeremy Lamb, que, em sua segunda temporada, será obrigado a arcar com muito mais responsabilidades, assumindo o lugar que um dia foi de James Hardem na rotação da equipe. Se sua capacidade atlética e envergadura pode reforçar a defesa de perímetro do time, deixando as linhas de passe ainda mais apertadas (já foram nove bolas recuperadas em quatro jogos…), no ataque sua mira de três pontos está totalmente desarrumada: converteu apenas três chutes em 17 tentados (17,6%). Se o ala não der um jeito de trabalhar esse fundamento, a vida de Kevin Durant no ataque ficará muito mais complicada, com mais jogadores concentrados na ajuda.

– Entre os novatos, o destaque fica, por enquanto, para o ala-armador Victor Oladipo, segunda escolha do Draft, aposta do Orlando Magic. Um competidor feroz, ele vem saindo do banco pelo jovem time da Flórida, mas causando impacto nas partidas com sua capacidade atlética invejável e muita dedicação e versatilidade. Em cinco partidas até aqui, são 14,2 pontos, 5,5 assistências, 6,2 rebotes e 1,8 roubo de bola, isso sem ter jogado mais que (!) 30 minutos em nenhuma ocasião. Olho nele: nunca foi muito badalado quando adolescente, mas, em seus três anos na universidade de Indiana, evoluiu demais para se tornar um prospecto de elite. Tem tudo para se tornar rapidamente um líder em Orlando.

Que mais que vocês vêm reparando?


Modelo sustentável de contratações é um dos segredos para a longevidade do Spurs
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Giancarlo Giampietro

Gary Neal, ele mesmo

Gary Neal não deixou muita saudade em Barcelona, mas se encaixou no Spurs

Ter um Tim Duncan ajuda. Um treinador com a versatilidade, inteligência e o cartaz de Gregg Popovich também. Quando você combina esses dois fatores, já tem grandes chances de encaminhar uma longa jornada de sucesso como no caso do San Antonio Spurs. Mas isso não serve como a única explicação sobre o quão vitoriosa – e por um período tão duradouro – a franquia texana vem sendo nos últimos 17 anos, desde que o pivô foi selecionado no Draft de 1997.

Um dos segredos para essa prosperidade está no modelo sustentável de contratações orquestrado justamente pelo Coach Pop e seu fiel companheiro RC Buford, gerente geral do Spurs, um clube que nunca ficou fora dos playoffs após a contratação de Duncan e, acreditem, só perdeu duas vezes na primeira rodada dos mata-matas durante essa sequência.

RC Buford, gerente geral

Buford tem sua parte significante no interminável sucesso do Spurs

Não que eles não gastem –  até porque, para manter seu renomado trio, custa dinheiro, por mais bonzinhos e fiéis que sejam. Sua folha de pagamento, porém, é apenas a 12ª maior da liga, tendo valido US$ 69,838 milhões nesta temporada. Foi um pouco menos do que desembolsou o Golden State Warriors, justamente a equipe que tanto lhe deu trabalho nas semifinais do Oeste, com US$ 70,1 milhões. Já uma comparação com a folha do Los Angeles Lakers, a mais custosa deste ano, é de envergonhar a família Buss, que torrou US$ 100,131 milhões numa equipe que foi varrida pelos rivais na primeira rodada dos mata-matas.

Os confrontos com o Lakers, aliás, deixaram evidentes as diferentes concepções de montagem de um elenco. As estrelas estavam em ambos os lados. Na hora de recorrer ao banco de reservas, contudo, Mike D’Antoni tinha um número bem reduzido de alternativas, ficando com a vida ainda mais complicada com a ocorrência incessante de lesões. Do outro lado, Popovich obviamente tinha Parker, Ginóbili e Duncan em forma, mas suas opções para complemento de rotação eram bem mais animadoras, caso necessárias. Tanto que o clube não teve receio em dispensar um cestinha comprovado como Stephen Jackson a apenas alguns dias dos playoffs, por “motivos-de-Stephen-Jackson”.

E como o Spurs montou seu elenco? Quem são esses jogadores baratos que se enquadram no modelo sustentável de gestão? Como eles buscaram essas peças complementares? Vamos lá:

Cory Joseph: o armador canadense tem apenas 21 anos e ainda está em desenvolvimento – e esse é um dos pontos positivos da equipe, que trabalha muito bem com seus atletas mais jovens. Joga pouco, mas bem, com 11 minutos sólidos por partida nos mata-matas, aproveitando suas chances para pontuar e sem cometer turnovers, para dar um descanso a Parker. Quando ingressou na Universidade do Texas, era badalado vindo do colegial – fazia parte das seleções de base de seu país. Os Longhorns não chegaram a empolgar tanto, com o armador sendo considerado muito cru e nada preparado para jogar na NBA. Mesmo assim, se inscreveu no Draft e foi premiado com a 29ª escolha pelo Spurs. Por causa da escala salarial imposta aos novatos, seu salário custa pouco mais de US$ 1 milhão.

Patty Mills: o terceiro armador na rotação de Popovich é o titular da seleção australiana e, quando Andrew Bogut não se apresenta, se torna o principal jogador de um time que sempre dá trabalho – e é dirigido, vejam só, por um assistente técnico de Popovich, Brett Brown. Então temos esse cenário: um atleta que não saiu muito valorizado da universidade de Saint Mary’s, mas que já tinha prestígio internacional. Mills foi selecionado apenas na posição 55 do Draft de 2009, dois anos antes de Joseph. Durante a temporada do lo(u)caute, assinou com o Melbourne Tigers, em seu país. Depois, foi para a China, para defender o Xinjiang Flying Tigers. Uma vez que não tinha mais contrato com o Blazers, quando a temporada chinesa se encerrou e voltou a ficar disponível para a NBA, assinou com o Spurs. Da espécie de formiguinha atômicas da liga, daquelas que pode botar fogo na quadra com sua habilidade ofensiva, custando também pouco mais de US$ 1 milhão.

Gary Neal: ala-armador que não teve a carreira universitária mais expressiva e começou a preencher seu currículo na Europa, a começar pela Turquia. Em 2008, teve uma passagem bastante discreta pelo Barcelona ao lado de um envelhecido Pepe Sánchez. Foi no Benetton Treviso em que se encontrou, jogando por um dos clubes mais tradicionais do continente. Em 2010, defendeu o Málaga novamente na Espanha. Até que, do nada – do ponto de vista de quem nunca havia ouvido falar do jogador –, fechou um contrato de três anos com o Spurs no dia 22 de julho daquele ano, que se tornou uma tremenda de uma barganha: salário de US$ 854 mil, aproveitamento de 39,8% nos tiros de três pontos e a capacidade de sempre poder oferecer um pouco mais em quadra quando Parker e/ou Ginóbili estão fora. Vira agente livre ao final do campeonato.

Nando De Colo: ala-armador francês de 25 anos, 1,95 m de altura e um talento natural impressionante, de movimentos fluidos, boa visão de jogo e arremesso em evolução. Ganhou quase 13 minutos de média durante o campeonato, mas, com Ginóbili novamente em forma, não sai mais do banco durante os playoffs. De qualquer forma, devido ao que mostrou em seu primeiro ano de liga, o Spurs já sabe que poderá contar com ele no futuro. Draftado na posição 53 em 2009, ficou na Europa por mais três anos, progredindo naturalmente, jogando na Liga ACB, a liga nacional mais difícil da Europa. Salário de US$ 1,4 milhão neste ano e no próximo.

Danny Green, versão Euroliga

Danny Green, em dias eslovenos

Danny Green: ala de 25 anos formado na tradicional Universidade de North Carolina, pela qual foi campeão em 2009 como titular. O único jogador da história dos Tar Heels a somar mais de 1.000 pontos, 500 rebotes, 200 assistências, 100 tocos e 100 roubos de bola. E é isso mesmo: fazia um pouco de tudo pela equipe, mas nada excepcionalmente bem, a ponto de ser questionado: será que poderia se transformar em um jogador de NBA? Os analistas com viés estatístico juravam que sim. Foi selecionado pelo Cleveland Cavaliers de LeBron James em 2009, na 46ª posição – percebam que estamos falando de mais um caso de jogador escolhido na segunda rodada do Draft. Não foi aproveitado pela franquia, porém, sendo dispensado em outubro de 2010. O Spurs o contratou em novembro e o dispensou duas semanas depois. Jogou na D-League até retornar a San Antonio para o final da temporada. Durante o lo(u)caute, assinou com o Union Olimpija, da Eslovênia, clube de Euroliga, e vinha em uma grande campanha até que exerceu uma cláusula de liberação quando a NBA garantiu sua temporada 2011-2012. Assinou por três anos e US$ 12 milhões.

Kawhi Leonard: o ala de apenas 21 anos já era bem cotado quando se candidatou ao Draft de 2011, mas o interessante foi como o Spurs conseguiu selecioná-lo. Leonard passou batido, de alguma forma, por 14 equipes até ser escolhido pelo Indiana Pacers a pedido do clube texano, em troca do armador George Hill, alguém que era natural de Indiana e se encaixava no plano de reconstrução de Larry Bird. Hill foi mais um que o Spurs selecionou em uma posição nada vantajosa (26ª em 2008) e que estava pronto para receber um aumento salarial que não se enquadraria no elenco de Popovich, mesmo sendo um dos favoritos do técnico. Antes de perdê-lo por nada, então, descolaram essa troca mágica. Hoje, Popovich jura de pés juntos que Leonard está destinado a virar um All-Star.

Boris Diaw: figura estabelecida na liga, mas, completamente desmotivado em Charlotte, foi dispensado pelo Bobcats em março de 2012, com problemas de peso (coloquemos assim, de modo educado). Foi recolhido pelo Spurs no ato, para jogar ao lado de seu melhor amigo, Tony Parker, e virar titular num time que esteve muito perto de se garantir na final no ano passado até levar uma virada incrível do Oklahoma City Thunder. Renovou por dois anos e US$ 9,2 milhões. Mais um contrato abaixo do valor de mercado e, melhor, de curta duração.

Splitter, bons tempos

Splitter, MVP na Espanha

Tiago Splitter: o catarinense foi a 28ª escolha do Draft de 2007. Era uma estrela na Europa, o que deixava sua contratação complicada: ganhava bem pelo Baskonia e a escala salarial de novatos da liga não permitiria que os valores fossem equiparados – sem contar a multa rescisória exorbitante. Mas tudo bem: tempo a franquia, sempre brigando nos playoffs, tinha de sobra. Esperaram três anos e conseguiram mais uma barganha, pagando US$ 11 milhões por três anos de vínculo com aquele que era o melhor jogador da liga espanhola. Depois de duas temporadas de pouco tempo de jogo, despontou este ano como titular e peça fundamental para o fortalecimento da defesa do Spurs. Agente livre ao final da temporada, aos 28 anos.

DeJuan Blair: cotado como um talento top 10 no Draft de 2009, teve suas aspirações abaladas pelo exame médico oficial da liga, que constatou problemas estruturais em seu joelho. A ponto de ser escolhido pelo Spurs apenas em 38º. Titular nos dois primeiros anos, perdeu espaço este ano com a ascensão de Splitter. Último ano de contrato, valendo US$ 1 milhão.

Matt Bonner: escolhido como o 45º do Draft de 2003 pelo Chicago Bulls, começou jogando na Itália até retornar ao clube e ser trocado para o Toronto Raptors. Progrediu bem no Canadá e virou alvo de Gregg Popovich. Está na liga por uma só razão, e isso não tem a ver com seu cabelo ruivo: tem aproveitamento de 41,7% na carreira em arremessos de longa distância. Habilidade que encaixou com o plano de jogo de Popovich perfeitamente nos últimos anos, espaçando a quadra para seus astros brilharem. Salário de US$ 3,6 milhões, inferior ao que Steve Novak, ex-Spurs, ganha em Nova York.

Aron Baynes: mais um australiano observado em primeira mão por Brett Brown, o gigante de 2,08 m e 118 kg assinou com o Spurs no meio da temporada, depois de arrebentar pelo mesmo Union Olimpija na Euroliga, com médias de 13,8 pontos e 9.8 rebotes (liderava o torneio neste fundamento até seu time ser eliminado). Recebeu apenas US$ 239 mil este ano – pela metade do campeonato – e tem salário de US$ 788 mil para a próxima temporada.

Sobre Tracy McGrady, desnecessário elaborar. Uma contratação pontual para os playoffs, com uma medida de segurança que Popovich espera não ter de usar.

Fazendo um balanço de tudo isso: são seis jogadores de fora dos Estados Unidos (sem contar Parker e Ginóbili) e mais dois americanos que vieram do basquete europeu; apenas um desses operários foi escolhido entre os 20 primeiros do Draft (Leonard); cinco saíram apenas na segunda rodada do recrutamento de calouros, sendo que Baynes e Neal nem selecionados foram; três deles (Mills, Green e Bonner) foram dispensados rapidamente por seus primeiros times. Todos eles estão abaixo ou na conta em relação ao valor de mercado da NBA (considerando idade x produção).

Com um departamento de olheiros atentos, que não tem limites na sua caça a talentos, uma direção que não dá tiro no pé, assinando contratos curtos e de valores palatáveis para uma cidade como San Antonio, uma das menores da liga, a franquia estabeleceu um método de trabalho que virou exemplar para toda a concorrência. Hoje são vários os dirigentes formados dentro do clube texano que gerenciam outras franquias – Sam Presti, do Oklahoma City Thunder, o principal exemplo entre esses.

Moral da história? Não basta ter sorte para vencer – como ganhar a primeira escolha num Draft com Tim Duncan disponível, justamente depois de um ano em que o Spurs, já competitivo no Oeste, sofreu com diversas e diversas baixas, David Robinson entre elas, e ficou fora inesperadamente dos playoffs. Quando isso acontece, faz um brinde, sorriso bem aberto, e segue em frente. E, se puder coletar Tony Parker e Emanuel Ginóbili, respectivamente, nas 28ª e 57ª escolhas do recrutamento de novatos, melhor ainda.


Spurs se aproxima de contratar australiano; negociação pode interferir nos planos de Splitter
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Giancarlo Giampietro

Para quem viu esta espécime em ação durante os Jogos Olímpicos, era de se pensar mesmo o que ele estava fazendo fora da NBA. Pois parece que o San Antonio Spurs, claro, está disposto a resolver esse disparate.  Segundo informação de diversos veículos na Europa, o clube texano está bem próximo de anunciar a contratação do pivô Aron Baynes, uma negociação que nos faz ponderar sobre qual seria o futuro de Tiago Splitter por lá.

Mais um produto do formidável Instituto Australiano do Esporte, que forma de tenistas a nadadores, Baynes é o que se chama de “late bloomer”, alguém que despontou no esporte relativamente tarde. Graduado na universidade de Washington State, rodou um bocado na Europa até se destacar no ano passado pelos Aussies nas Olimpíadas e, depois, arrebentar na Euroliga.

Aron Baynes imenso

Aron Baynes: físico imponente e basquete mais refinado

Contra o Brasil, na primeira rodada, deu um trabalhão danado. Lembram? Foram 10 pontos e cinco rebotes em apenas 15 minutos de jogo. Foram só 15 devido ao excesso de faltas. Ufa. Terminou o torneio com 7,5 pontos e 3,3 rebotes, numa rotação de pivôs fortíssima. Na seleção australiana, aliás, Baynes trabalhou com o técnico Brett Brown, que calha de ser um dos assistentes de Popovich em San Antonio.

Até jogar em Londres 2012, o gigante australiano (na verdade, ele nasceu na Nova Zelândia, mas tudo bem) vinha jogando em clubes modestos da Europa, como o grego Ikaros Kallitheas e o alemão Oldenburg. Mas o potencial demonstrado em julho e agosto lhe valeu uma transferência para o Union Olimpija. O time esloveno é um regular saco de pancadas na Euroliga, mas tem tradição no desenvolvimento de seus atletas.

Acabou que Baynes fez um grande torneio, embora sua equipe tenha conseguido apenas três vitórias em dez rodadas: foram 13,8 pontos e 9,8 rebotes de média em apenas 26 minutos por jogo, além de um aproveitamento de 58,7% nos arremessos de quadra. Ele foi o jogador que mais fez cestas de dois pontos na primeira fase, o maior reboteiro, o maior reboteiro ofensivo, o jogador mais eficiente e o décimo cestinha. Dominante, ou seja.

O Spurs acompanhou de perto, fazendo uso mais uma vez de seu vivíssimo departamento de scouts na Europa. É uma atrás da outra para a turma gerenciada por RC Buford. Segundo o site Sportando, a multa rescisória do pivô é de US$ 400 mil, quantia risível para um clube da NBA. O pivô deve fechar um contrato multianual, e o Union Olimpija já até estaria no mercado procurando um substituto.

Baynes oferece a Popovich um corpanzil que assusta, com muita força debaixo da tabela e ótima referência ofensiva. Embora seus movimentos sejam um tanto robóticos, pouco criativos, sua coordenação e pontaria cresceram evoluíram consideravelmente desde que iniciou sua carreira no basquete universitário americano. Aos 26 anos, volta aos Estados Unidos no auge.

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E como fica Tiago Splitter nessa?

Bem, se Popovich mantiver coerência com o que fez nas últimas temporadas, Baynes não deve ser muito aproveitado logo de cara. Ainda mais chegando no meio do campeonato. Só vai para quadra se o técnico e a diretoria realmente entenderem que é alguém para fazer diferença, assim como aconteceu com o veterano Boris Diaw no ano passado.

E não custa lembrar: o Spurs assediou para valer o esloveno Erazem Lorbek, do Barcelona, durante as férias, com a esperança de convencer o astro europeu a tentar a sorte na NBA, enfim, sete anos após ter sido selecionado pelo Indiana Pacers. A grana e o glamour do Barcelona fizeram a diferença.

A longo prazo, porém, é de se pensar o que isso representa para o catarinense. Tim Duncan envelhece, mas segue ainda bastante produtivo. Diaw tem mais dois anos de contrato. Sobra quanto de tempo de jogo se o australiano cair nas graças da comissão técnica?

Por outro lado, a contratação de Baynes pode também apenas indicar um temor do Spurs em perder Splitter no mercado de agentes livres deste ano. Teriam encontrado, desta forma, um substituto barato, algo importante para um time sediado em um mercado pequeno e que já paga uma boa grana para o trio Duncan-Parker-Ginóbili.

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Splitter ao menos hoje é titular do Spurs. E o que dizer de seu amigo DeJuan Blair, com quem brigou por espaço no time nos últimos dois anos? Taí um nome que pode ser envolvido a qualquer momento em uma troca.

PS: encontre o Vinte Um no Twitter: @vinteum21.


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