Em estreia olímpica, Marcelinho queima tudo de três pontos e pivôs são subutilizados
Giancarlo Giampietro
Como costuma dizer o vizinho Bala, “é até chato” repetir isso aqui, mas não tem como evitar.
Sobre o Marcelinho Machado, que jogou por 15 minutos contra a Austrália e tentou dez arremessos.
Pior, aquele mesmo causo de sempre: oito desses dez tiros foram de três pontos, tendo convertido apenas um. Descontando Machado, a seleção foi bem comedida e arremessou apenas sete vezes de longa distância: três com Leandrinho, duas com Huertas, que não acertaram nenhuma, e mais duas de Alex, que matou a primeira).
Marcelinho só livrou a cara nessa, em termos de resultado, porque os australianos foram ainda mais teimosos e incompetentes no perímetro externo (com apenas 4 cestas em 22 arremessos, 18%). Patty Mills chutou nove bolas de três e matou apenas uma. Joe Ingles: 1/4. Brad Newley: 0/1. Matt Dellavedova: 0/2. Matt Nielsen: 0/1. David Andersen: 2/5 (as duas em reação no quarto período, diga-se).
Apenas dois jogadores brasileiros chutaram mais que Machado na partida de estreia: Huertas (12) e Leandrinho (15). Mas… para comparar de modo justo: Huertas ficou em quadra por 32 minutos. Leandro, poor 25 minutos. A média de chutes por minuto do flamenguista, então, estoura.
O que o veterano fez hoje em quadra para justificar um tempo maior de quadra do que recebeu Marquinhos (limitado a 11 minutos)? Bem, não foi rebote (zero), assistência (necas) e roubo de bola (nada). Hmm… Não sei, então.
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Nenê jogou 20 minutos e encestou quatro de seus seis arremessos. Varejão foi ainda mais produtivo: em 25 minutos, matou seis em sete. A dupla som ou 22 pontos extremamente eficientes, então. Por que diabos não usá-los mais? Qual a dificuldade?
Principalmente quando Splitter não estava bem em quadra, com oito erros em dez tentativas de quadra, muitas delas mal posicionadas, com ganchos da cabeça do garrafão no estouro do cronômetro – nessa ocasião, porém, a culpa não é sua de sobrar com a batata quente na mão.