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Entrevista: Gallinari e o sonho italiano (e os paralelos com Brasil)
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Giancarlo Giampietro

Gallinari, Bellinelli e Bargnani, de volta à Itália após quatro anos

Gallinari, Bellinelli e Bargnani, de volta à Itália após quatro anos. Foto de 2011

“Acho que temos um time muito bom, especialmente se conseguimos finalmente reunir todo mundo, jogar todos juntos, algo que nunca fizemos, com os caras da NBA e nossos melhores da Europa. Temos uma grande oportunidade neste ano. Todos nós sabemos disso, ainda mais no ponto da carreira em que estamos.”

Pode me interromper se você, por um acaso, já ouviu discurso similar antes?

Esse é o Danilo Gallinari, falando ao VinteUm. Na mesma conversa, ele soltou esta: “No momento o basquete italiano não está num grande momento, podemos dizer. Não há muitas equipes que conseguem competir em alto nível pela Euroliga. O único é o Olimpia Milano, que, infelizmente, não foram capazes de fazer um bom campeonato neste ano. Tomara que nós, com a seleção nacional, possamos trazer alguma felicidade para nossos torcedores de um modo geral e causar um impacto positivo para o futuro”.

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Sim ele está falando sobre a outra Squadra Azzurra e sobre os problemas que uma antiga potência do basquete, de vasta tradição, vem enfrentado. Mas, se a gente trocasse o nome do país e, vá lá, um certo ex-atleta do Denver Nuggets, de quem Gallo foi companheiro, dá para dizer que há um paralelo muito curioso entre o momento atual vivido pela Itália e seus principais jogadores com aquela situação de há pouco que afligia tanto a CBB como a legião brasileira da NBA.

Gallinari, Italia, Italy team

Gallinari deverá ter Preldzic e a Turquia pela frente no EuroBasket em grupo duríssimo

Na temporada passada da liga norte-americana, houve um recorde de quatro atletas italianos inscritos: Gallinari, pelo Nuggets, Marco Bellinelli, então do Spurs, hoje no Kings, Andrea Bargnani, ex-Knicks, hoje Nets, e Luigi Datome, trocado do Pistons para o Celtics e agora no Fenerbahçce, da Turquia. O mesmo barulho que se faz com os nossos representantes por aqui é reproduzido lá, na Bota, com suas estrelas. São os caras que em geral dominam as (poucas) manchetes para além do futebol.

Como aconteceu no dia 14 de fevereiro deste ano, quando a federação do país informou que Gallinari, Bargnani e Datome haviam jantado em Nova York com o presidente Gianni Petrucci e o treinador Simone Pianigiani. Bellinelli tinha outros compromissos pelo All-Star Weekend da NBA e não pôde ir, mas já havia passado seu recado. Tanto ele como os três demais estavam comprometidos em representar o time nacional no próximo EuroBasket, a partir de 5 de setembro.

Bellinelli deve ter perdido um bom vinho e uma excelente massa, suponho. (Nada que ele não possa compensar com o salário de US$ 19 milhões, por três anos, que acabou de acertar com Vlade Divac em Sacramento). No jantar, por parte dos atletas e comitiva era de puro otimismo. O encontro havia acontecido na véspera, no qual os três se comprometeram que estariam juntos com o time nacional na disputa do EuroBasket, a partir de 5 de setembro. Coincidentemente, foi no mesmo dia em que Gallinari atendeu alguns poucos jornalistas na edição global do Basketball without Borders, o camp organizado pela liga americana em parceria com a Fiba. Entre eles, vocês já sabem.

Nos tempos de Milão, como grande aposta europeia

Nos tempos de Milão, como grande aposta europeia

Quando questionado por esta besta antiética e amoral do VinteUm se essa seleção italiana prometia ser a mais forte desde a equipe que ganhou a prata nas Olimpíadas de Atenas 2004 (derrotada na final pela Argentina de Magnano, vejam só), o ala afirmou prontamente que “sim”. Mas não sem complementar: “Quer dizer, espero que sim, que possamos ser. No papel, não há dúvida. a minha cabeça, consigo visualizar isso, acredito nisso, e posso dizer que é o que está na cabeça de todos nós. Mas sabemos que temos de mostrar isso em quadra, que temos de nos provar jogando. Não adianta falar e não fazer. Será um momento especial, e mal podemos esperar para que comece”.

A expectativa para juntar tantas peças, depois de tantos desencontros, desfalques e tropeços é mais que compreensível. Bem sabemos. Desde aquele time com Basile, Bulleri, Pozzecco, Marconato, a Itália exportou atletas para a NBA como nunca, mas ficou fora dos Jogos Olímpicos de 2008 e 2012 e dos Mundiais de 2010 e 2014. Consequência direta das dificuldades enfrentadas no EuroBasket, no qual terminou em oitavo na última edição em 2013, depois de dois vexames: sequer participou da competição em 2009 e terminou em vigésimo em 2011 (com Bargnani, Gallinari e Bellinelli, aliás, mas sem um elenco de apoio tão bom como o de agora). Em termos de clubes, as coisas pioram. “Hoje só o Olimpia Milano consegue competir em alto nível, e ele infelizmente não foi muito bem nesta temporada”, lembra Gallo, citando o ex-time que até chegou às quartas de final da Euroliga em 2014, mas foi uma grande decepção na campanha passada. Sem contar a quebradeira financeira geral que derrubou até mesmo o Mens Sana Basket, ex-Montepaschi Siena, que foi nada menos que heptacampeão entre 2007 e 2013. O clube, no entanto, faliu e caiu para a quarta divisão. Uma draga que só. “O que aconteceu com eles foi algo ruim para todos, e, não, só para Siena.”

A campanha da seleção de 2013, na Eslovênia, porém, já apresentou sinais positivos. Sem a turma dos Estados Unidos, o time de Pianigiani foi muito bem a primeira fase, vencendo todos seus cinco jogos, contra Grécia, Turquia, Rússia, Finlândia e Suécia. Na segunda, os rapazes ainda bateram a Espanha na prorrogação, mas perderam para Croácia e Eslovênia. Depois de eliminados pela Lituânia nas oitavas de final, as coisas desandaram com um revés contra a Ucrânia pelo chamado torneio de consolação, que ao menos valia vagas diretas para a Copa do Mundo. A última chance de classificação foi na disputa pelo sétimo lugar. Para azar, bateram de frente com a Sérvia, que, um ano depois, seria a vice-campeã mundial, vencendo o Brasil pelo caminho.

Hackett e Gentile dão mais corpo ao time italiano

Hackett e Gentile dão mais corpo ao time italiano

Lembrando essa campanha, Gallinari e seus companheiros de NBA fazem questão de dizer que a seleção italiana vai muito além deles, e é verdade. “Temos o Alessandro Gentile (ala de apenas 22 anos, selecionado em 2014 pelo houston Rockets), por exemplo, que poderia jogar na NBA na próxima temporada tranquilamente , mas vai continuar no Olimpia Milano. É muito talentoso. Acima dessa transição para o Houston, o que mais importa para mim é que ele esteja bem ao final da temporada, pois vamos precisar dele. Ele é uma peça fundamental, e, curiosamente, seria a primeira chance para jogarmos juntos”, afirmou.

Gentile é um cestinha de muito fundamento e coragem. Petro Aradori já é mais arrojado com a bola e oferece mais uma arma no arremesso de longa distância. Daniel Hackett é um armador de 1,98m, forte toda a vida, bom defensor e com capacidade para ganhar o garrafão. Andrea Cinciarini vai revezar com o ítalo-americano na condução, com um jogo mais seguro. Todos eles dão um bom corpo ao time. “Precisamos de todos eles. Em geral, em qualquer esporte coletivo, você não vai conseguir ter sucesso sem o apoio de seus companheiros. É o ponto básico aqui”, afirma Gallo.

A questão em quadra para essa fornada italiana fica voltada, por enquanto, à defesa e à capacidade de sacrifício de seus jogadores. O time tem um arsenal ofensivo impressionante. Um conjunto de chutadores talvez inigualável nesse torneio, em todas as posição. Mas há só uma bola para ser compartilhada, não é verdade? Como o ala do Nuggets registra, para ele será a primeira temporada ao lado de muitos dos selecionáveis. Pianigiani vai ter de fazer uma bela preparação para colocá-los na mesma página, entrosados. A seu favor pesa essa mentalidade de que “chegou a hora” por parte dos astros. Algo parecido com o que Magnano encontrou por aqui. Resta saber se isso vai pesar mais que a pressão e que, juntos, poderão compensar eventuais carências individuais na marcação.

Ah, e claro: além desse desafio de dar coesão a um time, que jamais pode ser menosprezado, há um outro probleminha: os adversários. Devido aos recentes deslizes em competições internacionais, na hora do sorteio do EuroBasket, a Itália foi colocada apenas no quinto pote, ao lado de Bélgica, Macedônia e Polônia — enquanto, no terceiro, estavam Finlândia e Ucrânia. No final, caíram num grupo insano, com Espanha, Sérvia, Turquia e a anfitriã Alemanha, que terá Dirk e Schröder. Além da Islândia, coitada. Dá para dizer desde já que essa chave é a Divisão Sudoeste do Eurobasket, com sangue escorrendo por todos os cantos, enquanto as outras são todas Divisões do Atlântico, numa moleza que só. Protejam-se, islandeses, vocês não têm nada com isso.

Os quatro primeiros de cada grupo passam aos mata-matas, mas avançar em quarto nessa chave italiana representaria muito provavelmente um confronto com os franceses, atuais campeões europeus e medalhista de bronze no Mundial, nas oitavas de final. Aí cumprica. Quem cair nesta fase não só estará fora da briga pelo título (dãr!), como também não terá chance de disputar uma vaga no Rio 2016. Via EuroBasket, apenas os dois finalistas terão classificação direta. Os times posicionados entre terceiro e sétimo serão redirecionados, então, para o novo formato de Pré-Olímpico mundial estabelecido pela Fiba, com 18 países divididos em três torneios.

“Não tivemos sorte no sorteio, e não vai haver margem de erro”, diz Gallinari. “Sabemos que não há favoritismo nenhum da nossa parte. Vamos ter de fazer por merecer e ganhar o respeito em quadra e ganhar o respeito em quadra”, completa. É aqui que se encerram os paralelos entre Itália e Brasil. Não é nada fácil a vida de uma equipe europeia nesses tempos… Mas ao menos o time estará completo, podendo, enfim, dar ao basqueteiro italiano ao menos o gostinho de vê-los juntos, para verificar seu verdadeiro potencial.


Denver Nuggets: em busca de uma identidade perdida
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Giancarlo Giampietro

30 times, 30 notas para a temporada 2014-2015

Ainda há muitos ponteiros para Brian Shaw acertar em Denver

Ainda há muitos ponteiros para Brian Shaw acertar em Denver

O Denver Nuggets tinha algo especial. Mas decidiu que não era o bastante, já que não estavam se aproximando, materialmente, do título. Deixaram, então, o técnico ir embora, acompanhado pelo gerente geral e por um de seus principais jogadores. Alguns reforços de pouco impacto chegaram, mas boa parte do núcleo central do elenco segue intacta – o que é muito maluco, já que eram atletas contratados pensando no estilo de jogo da gestão anterior, bem diferente do que prega o novo treinador. Por ora, ficou nisso a reformulação do clube. De modo que o que temos para esta campanha é um time perdido no meio do caminho, ainda em busca de identidade.

Em 2012-2013, sob o comando de George Karl, o Nuggets venceu 69,5% de suas partidas na temporada regular. A melhor campanha da história da franquia. Nos playoffs, porém, foram derrubados pelo emergente Golden State Warriors em seis jogos, culminando na quarta derrota seguida logo na abertura dos mata-matas. Com ou sem Carmelo Anthony. Sempre com Karl no comando. Para a família Kroenke, era a hora de dar um basta. Não aguentavam mais tanta frustração, o que dá para entender. Por outro lado, seria mais compreensível o “basta” se eles tivessem alguma ideia de qual direção seguir na sequência. Não parece o caso. Nesse ponto, sugiro também a leitura casada sobre a ficha dedicada ao Portland Trail Blazers, que vai curtindo seu próprio período de lua de mel com a torcida, ainda que sem sonhar com o título.

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Os Kroenkes demitiram Karl e, logo em sequência, não fizeram força para segurar o nigeriano Masai Ujiri na chefia das operações de basquete, depois que ele recebeu uma senhora proposta de Toronto. Os dois haviam acabado de serem eleitos técnico e executivo do ano. Os seguidos fracassos na fase decisiva, porém, pesaram mais alto. Sem se importar que, no meio do processo, Ujiri tenha sido obrigado a negociar Carmelo Anthony e, ainda assim, que tenha mantido o time competitivo e, segundo mostram os números, até melhorado. Karl também se adaptou rapidamente à nova formatação do elenco. Outro fator importante: o Nuggets estava e continua no Oeste. Uma conferência brutal em que, basicamente, qualquer um dos oito classificados acha que pode chegar longe, se contar com um pouquinho de sorte. Isso, claro, não quer dizer que qualquer técnico já entra com a prancheta toda rabiscada de desculpas automáticas, que não deva ser cobrado por uma derrota ou outra. Só não dá para considerar inaceitáveis.

Gallo chegou no pacote por Carmelo. De volta de cirurgia, vai ficar ou preparar as malas?

Gallo chegou no pacote por Carmelo. De volta de cirurgia, vai ficar ou preparar as malas?

A saída de Ujiri é ainda mais alarmante. Ele havia retornado ao clube como gerente geral em 2010. Enfrentou toda a turbulência em torno de Melo – e ainda saiu ganhando dessa. Ok, são poucos os cartolas que vão ganhar US$ 3 milhões por temporada, num contrato de cinco anos. É mais que muito jogador por aí. Mas me desculpem se não dá para chorar por uma família com capital superior a US$ 6 bilhões, que controla times também da MLB, da NFL e o Arsenal, na Inglaterra…

O novo manda-chuva do basquete, Tim Connelly, tem uma bucha nas mãos. Seu elenco tem alguns ótimos jogadores e uma vasta maioria de atletas medíocres, cuja combinação é moldada para correr. Ao mesmo tempo, correr com  a bola, em teoria, não os levou a lugar nenhum – mesmo que essa tenha sido a identidade do time por um loooongo tempo, desde os anos 80 com Doug Moe dirigindo Alex English e Dan Issel. A contratação de Brian Shaw, pupilo de Phil Jackson em Los Angeles, peça integral também do sucesso recente do Indiana Pacers, sinalizava uma mudança drástica nessa direção. Acontece que, até o momento, poucas trocas significativas foram feitas para que o técnico ganhasse o tipo de jogador que se adequaria melhor ao que pensa sobre o jogo.

Não é fácil, claro. Os clubes mal haviam terminado de assimilar os meandros do novo acordo trabalhista, e as estruturas da liga já foram sacudidas novamente com a decolagem do valor dos direitos de transmissão das próximas temporadas. Tantas alterações sugerem precaução, conservadorismo nas transações. Algo que não ajuda Connelly em nada: a impressão que a montagem de elenco é a de que ele está obviamente estocando atletas com salário razoável na esperança de concretizar uma megatroca. Nate Robinson, Randy Foye, JJ Hickson, Darrell Arthur, Randy Foye etc… qual seria o ponto senão aglomerar diversos salários de médio porte, todos mais palatáveis ao mercado, para formar um pacote e ir atrás de oportunidades? E quais oportunidades? Essa é uma boa pergunta. Precisa saber quem seria o próximo Kevin Love da vez. Tem de ser esse tipo de estrela, já que o Andre Iguodala não serviu…

Mozgov, um dos jogadores mais cobiçados do elenco, mas que o Denver não quer negociar. Mais um trocado por Melo

Mozgov, um dos jogadores mais cobiçados do elenco, mas que o Denver não quer negociar. Mais um trocado por Melo

O time: Shaw estava determinado a desacelerar o Nuggets em sua primeira temporada no Colorado. Não deu muito certo. Depois, o discurso mudou para algo como: vamos correr ainda – afinal, precisavam explorar a altitude das Montanhas Rochosas de alguma forma –, mas também vamos defender bem e vamos jogar bem em meia quadra quando os atletas assimilarem melhor os conceitos. Vamos ser oportunistas. Não aconteceu nada disso. O Nuggets esteve abaixo da média da liga tanto atacando como defendendo. Enfim, é uma confusão que só. O retorno de Arron Afflalo ajuda, ainda mais enquanto Danilo Gallinari desenferruja. Ty Lawson precisa cuidar do tornozelo, Kenneth Faried tem um novo contrato de US$ 50 milhões para honrar, enquanto Timofey Mogzgov, Jusuf Nurkic e o inigualável JaVale McGee digladiam por minutos. No que vai dar isso tudo? Impossível dizer, enquanto a tal da troca não sai.

A pedida: chegar aos playoffs, amigos, seria pedir demais.

Olho nele: Kenneth Faried. Até porque, quando o cara está em quadra, é difícil desviar o olhar, mesmo. O ala-pivô do Nuggets usou ao máximo a experiência da Copa do Mundo da Fiba para se valorizar e entrar no radar da indústria do marketing esportivo americana, com sua energia aparentemente inesgotável para fazer das suas a impulsão impressionante, a ferocidade na disputa por rebotes a cabeleira chicoteando de um lado para o outro. O pacote todo que justifica o apelido de Manimal. Tudo muito divertido, sem dúvida. O que Faried precisa fazer, todavia, é elevar o seu jogo como um todo a outro patamar. A parte que não aparece nos clipes de melhores jogadas, no caso. Aprimorar seu posicionamento defensivo e o chute de média distância, por exemplo. Prestes a completar 25 anos, o superatleta ainda tem muito o que desenvolver.

Abre o jogo: “Todo mundo nessa liga pode pular. Mas não há muitos caras fortes”, Jusuf Nurkic, o calouro número 16 do draft, que tem 20 anos apenas, nunca disputou uma Euroliga, mas bate que é uma grandeza. O pivô é um ótimo reboteiro, tem habilidade em seu jogo de pés e potencial para assumir em breve a posição de titular do time, mas, em um primeiro momento, vai ficar conhecido na liga pelos hematomas que causa. Em Denver, já faz sucesso. “Ele traz a dor, ofensiva e defensivamente”, resume o técnico Shaw.

Shaw e o encapuzado Lawson no treino do Broncos

Shaw e o encapuzado Lawson no treino do Broncos

Você não perguntou, mas… Brian Shaw levou o armador Ty Lawson a um treino do Denver Broncos, no início de outubro, para que o tampinha observasse o quarterback Peyton Manning mais de perto e aprender uma coisa ou outra sobre ser um líder. “Espero mais dele do que de qualquer outro no nosso time”, afirmou. “Ele é nossa primeira linha de defesa e de ataque. Conversamos sobre sua liderança. Se ele não for um cara muito falante, tudo bem. Mas você precisa liderar ou de maneira vocal, ou por exemplo. Ele entende isso”, completou. O veterano Manning, uma das grandes personalidades do esporte americano da última década, respondeu a algumas perguntas do armador, com quem se encontrou pela primeira vez. Shaw ele conhecia de Indiana, de seus tempos de Colts.

kiki-vandeweghe-nuggets-cardUm card: Kiki Vandeweghe. O ala foi a 11ª escolha do Draft de 1980. Quatro anos depois, já havia disputado dois All-Star Games pelo Denver, com o time chegando de forma constante aos playoffs, sob o comando de Doug Moe. Foi uma sequência de nove temporadas nos mata-matas, rendendo apenas uma final de conferência em 1985, quando este cestinha de respeito já havia sido mandado para Portland. Aposentado aos 34 anos, em 1993, como jogador do Clippers, Vandeweghe retornou ao Colorado como gerente geral em 2001, após uma boa passagem pelo Dallas Mavericks. Foi com ele que o time retomou o caminho das vitórias, apostando na reconstrução via Draft, que lhes rendeu Nenê e Carmelo – além de Nikoloz Tskitishvili. Dispensado em 2006, assinou com o Nets. Hoje, trabalha nos escritórios da NBA em Nova York.


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