Um estranho fetiche por Portland
Giancarlo Giampietro
David Kahn, presidente de operações do basquete do Minnesota Timberwolves, tem uma formação bastante peculiar. Formado em Inglês pela UCLA, começou a trabalhar como jornalista freelancer para o Los Angeles Times, até que voltou a sua cidade natal, Portland, empregado pelo The Oregonian. Foi repórter lá de 1983 a 1989, tendo feito coberturas até do Blazers. Depois que se cansou da vida no periódico, decidiu se formar em direito e advogou por uma empresa bem envolvida com as grandes ligas esportivas do país. Trabalhou por Indiana Pacers, times de beisebol e virou homem de negócios até chegar ao cargo, um pouco mais técnico, que ocupa hoje. Ninguém entendeu muito bem, mas chegou lá.
Agora, em sua eterna reformulação do Wolves, o cartola parece ter uma nova obsessão: conseguir tudo e qualquer um que já teve qualquer vínculo com Portland.
– o ala-pivô Kevin Love, astro do clube, começou sua carreira como colegial em Portland0;
– o técnico Rick Adelman comandou o Blazers histórico de Clyde Drexler nos anos 80 para os anos 90;
– assistente-técnico Terry Porter era o armador dessa equipe de Adelman;
– o assistente-técnico Bill Bayno foi assistente do Blazers de 2005 a 2008;
Ok. No atual mercado, Kahn elegeu também o ala Nicolas Batum como seu principal alvo, estudando oferecer uma proposta para o agente livre restrito francês, do Blazers, claro. Além disso, o time já chegou a um acordo para contratar o ala-armador Brandon Roy, que voltou de uma aposentadoria tristemente precoce por problemas graves e crônicos no joelho. Em qual clube Roy havia brilhado a gente nem precisa falar.
Desse jeito, não vai espantar se aparecer algum primo hispano-americano de Ricky Rubio no Oregon, não
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Sobre Roy, seria prematuro julgar a contratação e sua decisão de voltar a jogar antes de saber exatamente quais são suas condições. Só dá para constatar como deve ser duro para qualquer esportista abrir mão de sua tão cedo. Ele vai completar 28 anos no dia 23 de julho.