Vinte Um

Paulista masculino de basquete tem divisão regional de grupos

Giancarlo Giampietro

O Campeonato Paulista de basquete que começou na semana passada tem um detalhe interessante em sua fórmula de disputa que serve como uma amostra simples de que a modalidade ainda não tem tanto do que se orgulhar assim como prega de modo ufanista o presidente da CBB em seu editorial.

Na competição que teve largada na quinta-feira, chama a atenção uma divisão regional dos 16 clubes inscritos em dois grupos:

(Atualização! Desculpem, havia colocado aqui os grupos de 2011, que são praticamente os mesmos deste ano, mas agora está certinho.)

Grupo A: Franca, Limeira, Bauru, Jacareí, Liga Sorocabana, América de São José do Rio Preto e Rio Claro.
Grupo B: Suzano, São José, Paulistano, Mogi das Cruzes, Palmeiras, São Bernardo, Pinheiros e Internacional de Santos.

Régis Marrelli, técnico do São José

Régis Marrelli orienta o time do São José em vitória sobre Mogi das Cruzes por 76 a 60 na estreia

Veja bem: estamos falando do estado que tem mais clubes inscritos no NBB, com múltiplos candidatos ao título entre eles e de grande tradição histórica em boa parte de suas cidades. Clubes que estão espalhados por um território que, com seus 248.209.426 km² de área total, pode ser maior que um país europeu, mas não deveria apresentar tantas limitações de locomoção assim para seus concorrentes.

Em tese, claro. As rodovias são ótimas, mas vá bancar o pedágio a cada vez que cair na estrada…  Então, na assembleia para definir a formatação do campeonato, ficou definida em votação essa composição regional, para abreviar viagens e custos. Na maioria dos casos, imagino que os times peguem o ônibus de volta para casa no mesmo dia, evitando assim gastar com acomodação também.

É o formato de primeira fase mais justo? Não seria legal ver o Pinheiros, com seu elenco mais tarimbado, se testar contra o fortalecido Bauru? Não seria interessante o confronto do Paulistano com o renovado Franca?

Esqueça: essas hipóteses estão reservadas eventualmente apenas para os mata-matas.

Nada como um bom controle de caixa.

Que pujança, hein, presidente?