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Magnano exigiu demais de Nenê na estreia
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Giancarlo Giampietro

Nenê: 11 pts, 4-8 nos arremessos, 3-6 nos lances livres, 8 reb e 2 ast em 29min49s na estreia

Nenê: 11 pts, 4-8 nos arremessos, 3-6 nos lances livres, 8 reb e 2 ast em 29min49s na estreia

Por Rafael Uehara*

Com o desfalque de Tiago Splitter, a expectativa era a de que Nenê fosse o jogador mais importante da seleção brasileira para a partida contra a Lituânia, pela primeira rodada do basquete olímpico do #Rio2016. Afinal, do outro lado estaria Jonas Valanciunas, que teve teve uma boa temporada com o Toronto, deu mais um passo a frente em seu desenvolvimento e também foi muito bem na fase preparatória para esses Jogos.

Augusto Lima, em tese, não tem porte físico para encarar o pivô de 2,11m e 116 kg, enquanto Cristiano Felício ainda não é calejado o suficiente para uma tarefa a esse nível. Iriaa sobrar, então, para o veterano o que parecia ser o confronto mais importante da partida que abriria o duríssimo Grupo B. O Brasil acabou derrotado por 82 a 76 num jogo maluco, de dois tempos muito diferentes.

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Qual não foi a surpresa quando Valanciunas pouco importou no plano tático da partida. O lituano teve de lidar com as faltas já no primeiro tempo e esteve em quadra só um pouco mais que a metade dos primeiros dois quartos. Ainda assim, seu time abriu o dobro de vantagem sobre o time da casa. Na segunda etapa, o atleta, que geralmente é a referência de sua equipe, esteve muito apagado, e a preocupação de ter Augusto e Felício o marcarem não se materializaram tanto assim. Sim, os jovens fizeram muitas faltas, mas batalharam. Valanciunas não dominou, e a seleção brasileira conseguiu as paradas defensivas que permitiram a tentativa de virada.

Nenê participou do ótimo segundo tempo da seleção, voltando à quadra quando Augusto e Felício lidaram com problemas de faltas, mas o saldo geral foi negativo. E serviu para encapsular as limitações que o veterano enfrenta nesta que deve ser a parte final de sua carreira bastante lucrativa.

No ataque, post ups

Brasil insistiu demais com o jogo de costas para a cesta

Brasil insistiu demais com um jogo ineficiente de costas para a cesta

O ataque brasileiro foi muito focado em Nenê no primeiro tempo. Talvez tentando cavar faltas em Valanciunas. Ou simplesmente porque Rubén Magnano realmente pense que o pivô ainda é aquele tipo de jogador capaz de criar bons lances de costas para a cesta, a ponto de forçar dobras e expor o oponente a correr atrás da bola ao redor do perímetro.

Na NBA, Nenê já não é esse jogador há anos. Logo, não causou muita surpresa quando o vimos com bastante dificuldade para criar algo contra Valanciunas, que não é dos mais velozes maracadores. Mas quando o pivô do Toronto passou grande parte do segundo quarto no banco, e Magnano manteve o paulista de São Carlos em quadra para ver se ele iria se impor contra Paulius Jankunas ou Antanas Kavaliauskas, foi aí que vimos que Nenê também não foi capaz de boas situações até contra o nível Fiba.

Suas estatísticas (11 pontos em oito tiros de quadra e seis lances livres) não contam toda a história. Nenê teve mais dificuldade do que as estatísticas mostram, e o fato de a seleção ter continuado tentando forçar a bola nele foi um dos motivos pelo péssimo segundo quarto, no qual marcou apenas 12 pontos. Foi evidente que quando Marcelinho Huertas tomou controle do ataque nos últimos três minutos do primeiro tempo e tentou a criação a partir do pick-and-roll, a seleção melhorou a qualidade dos arremessos que conseguia.

E o pick-and-roll?

Nenê tem sido mais efetivo com o jogo de média distância

Nenê tem sido mais efetivo com o jogo de média distância

O problema é que Nenê também não mais é das melhores opções no pick-and-roll. Ainda tem boas mãos para receber a bola em movimento e em quadra bem espaçada, consegue ir em direção à cesta com explosão. Mas aí que está: a seleção brasileira não oferece quadra espaçada ao seus pivôs, e Nenê não tem mais o arranque de antigamente para dar a opção da ponte área – o tipo de jogada difícil para o oponente marcar mesmo quando lota o garrafão.

Nenê ainda tem, porém, o tiro de meia distância em seu arsenal. Neste domingo, caiu apenas um dos três tiros que tentou de fora do garrafão, mas seus percentuais desta zona da quadra permaneceram fortes em suas últimas três temporadas na NBA.

Neste fim de carreira, Nenê deve ser um jogador mais de pick-and-pop do que de pick-and-roll, abrindo o garrafão para seu armador atacar a cesta ou para seus alas cortarem da zona morta. Nenê permanece um excelente passador para alguém com seu tamanho e pode prestar assistência nessas triangulações. Esta é uma opção que Magnano talvez devesse explorar mais daqui pra frente do que simplesmente isolá-lo de costas para a cesta e ver se o veterano consegue voltar o relógio cinco ou seis anos no tempo.

Na defesa…

O pivô ainda pode ser valioso na defesa centralizada no garrafão. Kalnietis o respeitou

O pivô ainda pode ser valioso na defesa centralizada no garrafão. Kalnietis o respeitou

Magnano também exigiu demais de Nenê no sistema defensivo. Mantas Kalnietis deu voltas ao redor de Huertas no início da partida. O argentino fez o ajuste requisitando que seus pivôs, dentre eles Nenê, dobrassem para cima do lituano no perímetro. O veterano não tem mais agilidade pra esse tipo de tarefa e não foi muito efetivo em suas blitzes. Kalnietis não teve muita dificuldade para fazer passes ao redor dessas dobras.

No segundo tempo, a seleção foi mais ativa com trocas de marcação. Nenê se encontrou marcando Kalnietis em quatro ocasiões. O lituano, com receio da reputação de superatleta do brasileiro, sequer tentou no um-contra-um e se desfez da bola em três delas. Na quarta vez, jogando contra o tempo, Kalneitis foi pra cima e passou com facilidade. Perdeu o floater, mas forçou Marquinhos a fazer a rotação, o que permitiu a Mindaugas Kuzminskas um tapinha fácil no rebote.

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Nenê, a este ponto da carreira, precisa defender mais próximo a cesta, onde sua inteligência de posicionamento faz mais a diferença do que sua movimentação. Segundo o site NBA.com/stats/, os adversários tiveram média de tiro de apenas 50,4% com ele defendendo o aro. Na estreia olímpica, ele deu um toco e ainda contribuiu com cinco rebotes defensivos. Magnano precisava tentar algo para tentar parar Kalnietis, mas agora sabemos que caso necessário de novo no futuro, sua solução não será tirar seu principal do garrafão.

Nenê ainda será peça-chave para a seleção nesse torneio, se o time tiver grandes aspirações. Porém, suas contribuições têm de ser mais voltadas para o teor tático e técnico do que baseadas no porte físico. Resta saber se Magnano fará os ajustes necessários para que a seleção sobreviva a esse grupo da morte, sendo o principal deles usar a maior estrela desse time da forma na qual ele possa render mais.

*Rafael Uehara edita o “Basketball Scouting”. Seu trabalho também pode ser encontrado nos sites “Upside & Motor” e “RealGM”, como contribuidor regular. Vale segui-lo no Twitter @rafael_uehara.

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Após 1º tempo estarrecedor, seleção reage. O que se tira de um jogo maluco?
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Giancarlo Giampietro

Kalnietis tem muito talento, mas não é um Jasikevicius reencarnado, que fique claro

Kalnietis tem muito talento, mas não é um Jasikevicius reencarnado, que fique claro

Uma coisa era perder por 30 pontos. Outra, por seis, que foi o placar do triunfo da Lituânia sobre a seleção brasileira por 82 a 76, neste domingo, pela estreia pelos Jogos do Rio 2016. A reação no segundo tempo, com vitória por 47 a 24, resgatou o apoio da torcida e um senso de confiança para o time da casa. Só não pode apagar o assustador desempenho defensivo da etapa inicial.

De modo inexplicável, com uma defesa desbaratinada, o Brasil entrou com a guarda baixa no primeiro quarto, perdido já por dez pontos (27-17). O segundo período foi ainda pior, com parcial de 31 a 12 para os caras. A vantagem bateu em 30 pontos, e o ginásio olímpico estava mudo. Pudera: eles estavam assistindo angustiados e, quiçá, atenciosos a uma aula aplicada pelos lituanos.

O aproveitamento de quadra era superior a 70%. Em assistências, tinham o triplo dos anfitriões. Caía tudo dentro do garrafão e até mesmo no perímetro, para uma equipe que, a despeito da tradição de seus antecessores, não tem chute confiável de longa distância. Agora, em nenhum momento o que se passou no primeiro tempo foi uma questão de sorte. Tratava-se de competência na execução de suas jogadas e na leitura de jogo, aliada a uma estarrecedora incapacidade defensiva por parte dos comandados de Rubén Magnano.

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Ao que parece, se o amistoso em Mogi serviu para alguém, foi para a Lituânia – já que a derrota num jogo-teste, como vimos hoje, não representa absolutamente nada. Daquela partidinha, o que vimos que foi aplicado hoje, uma semana depois? A dominância de Mantas Kalnietis para cima de Marcelinho Huertas. Naquela ocasião, o camisa 5 báltico fez o que quis em quadra, em minutos reduzidos, tendo muito mais velocidade que o brasileiro, que era batido lateralmente com facilidade. Isso voltou a acontecer no quarto inicial, agora numa Olimpíada, gerando algumas situações de desequilíbrio defensivo, e a partir daí a seleção só fez correr atrás.

Magnano solicitou, então, uma dobra dos pivôs para cima do talentoso, mas extremamente irregular Kalnietis (16 pontos e 8 assistências, contra 3 turnovers, em 36 minutos, com 5-11 nos arremessos). Acontece que essa dobra estava chegando muito atrasada. Para piorar, a rotação por trás dessa dobra foi um desastre completo, e o resultado foi uma sequência de bandejinhas incríveis debaixo da cesta. O despreparo ou a desatenção foram absurdos. Por exemplo: Paulius Jankunas, um jogador tático, se transformou num cestinha de repente, com 15 pontos em 10 arremessos e 22 minutos.

Leandro nem sempre toma a melhor decisão em quadra, mas ninguém vai dizer que lhe falta fibra

Leandro nem sempre toma a melhor decisão em quadra, mas ninguém vai dizer que lhe falta fibra

O estrago no garrafão, no primeiro tempo, foi enorme. Quando falamos isso, não quer dizer que nossos grandalhões tenham fracassado, contra uma linha de frente muito, mas muito física e também técnica. Não foi isso. É que a turma do perímetro não deu conta, inicialmente, de suas tarefas. Ninguém conseguia brecar Kalnietis. E aqui cabe uma explicação para quem talvez não esteja tão familiarizado com o armador lituano: não, ele não é a reencarnação de Sarunas Jasikevicius. A defesa brasileira que o fez parecer esse tipo de jogador. Historicamente, o cara tem alguns rompantes que te deixam embasbacado, mesmo. Mas consistência e lucidez não é algo que você pode esperar dele.

Se a Lituânia atingiu alguns índices de acerto nos arremessos – seja de dois, três pontos ou nos lances livres –, não é só porque estava inspirada ou com o aro largo. É que eles estavam aparecendo com liberdade realmente atordoante. Aí Kuzminskas e Maciulis também emularam Siskauskas ou Karnisovas. O que também não condiz com suas carreiras. Veja bem: não é que a Lituânia seja um time de segunda categoria que tenha se aproveitado de deslizes brasileiros. Muito pelo contrário: eles foram medalhistas nos últimos dois EuroBaskets e ainda chegaram a disputar medalhas pela Copa do Mundo dois anos atrás. Esse elenco, porém, no papel, só não é fantástico e matador assim para abrir o dobro de vantagem sobre os brasileiros. Tanto se esbaldaram que, mesmo depois de marcar apenas 24 pontos no segundo tempo, ainda saíram do ginásio com aproveitamento de 50% nos arremessos, com 59% de dois e 38% de três. Ao todo, deram 29 assistências.

No segundo tempo, tudo mudou. E aí que a gente não pode ignorar o contexto do que havia acontecido até ali também. Acho que é inevitável uma seleção sair do vestiário com quase 30 pontos de vantagem e não se permitir relaxar – pelo menos aqui e ali, em uma ou outra posse de bola. Não dá para fazer matemática aqui. Algo como: ah, se os lances livres tivessem caído mais no primeiro tempo e a vantagem não fosse tão grande assim, talvez o Brasil pudesse ter concretizado sua virada. Basquete e esporte não funcionam assim, com hipóteses numéricas. Na real, os números são apenas a manifestação factual daquilo que se passa em quadra.

Então não é que, de novo, “se a seleção nacional tivesse jogado assim o tempo todo, teria atropelado”. Teve um pouco de concessão do outro lado, naturalmente, assim como aconteceu da parte brasileira na primeira etapa. Ainda assim, há algumas coisas que a gente pode tirar desta reação impressionante, com uma rotação composta basicamente por Raulzinho, Leandrinho, Marquinhos, Augusto, Nenê e Felício:

Raul jogou muito no 2º tempo, agredindo dos dois lados da quadra

Raul jogou muito no 2º tempo, agredindo dos dois lados da quadra

1) o Brasil está, sim, muito bem fisicamente. Partiram para cima dos adversários, pressionaram a bola com muito mais eficácia e não tiraram o pé do acelerador até o final da partida. Foi com pulmão, perna e coração que o time batalhou no placar: estou com o Wlamir nessa (aliás, é bom ouvi-lo, de volta com o microfone e sem papas patrióticas ou políticas).

2) se o armador adversário for desse tipo agressivo, com bom chute e arranque, Magnano vai ter de pensar com carinho na hipótese de realmente limitar os minutos de Huertas, caso sua movimentação lateral esteja sendo explorada. Ou isso, ou, no mínimo, o capitão e Rafael Hettsheimeir não vão poder ficar muito tempo juntos. Pois a defesa fica muito vulnerável.

3) nesse sentido, se o ataque brasileiro não conseguir colocar Hettsheimeir ou Giovannoni em boas condições de arremesso, sua escalação passa a ser questionada. Aí os minutos devem ir para Augusto () e Felício, para a formação com Nenê de uma trinca enérgica, atlética e bastante física. Augusto (4 pontos, 6 rebotes e 5 faltas em 20 minutos, saldo de +10) e Felício (4 pontos, 4 rebotes e 4 faltas em 14 minutos, saldo +10) injetaram vitalidade na defesa interior da seleção na segunda etapa, trombando para valer com Valanciunas, Jankunas e Sabonis, tirando-os de uma zona de conforto. Você está sacrificando arremesso, mas pelo menos dá um jeito de ser combativo na zona pintada. Da sua parte, Nenê (11 pontos, 8 rebotes, 2 assistências em elevados 29 minutos) deu conta de Jonas Valanciunas (só 6 pontos e 3 rebotes em 19 minutos, limitado pelas 5 faltas que cometeu), conforme o esperado

Augusto ajudou a mudar a disputa no garrafão após o intervalo

Augusto ajudou a mudar a disputa no garrafão após o intervalo

4) mais importante, no entanto, foi a participação de Raulzinho. Não custa lembrar, de novo, que se o armador conseguiu espaço pelo Utah Jazz em sua temporada de novato, foi por causa de sua defesa. O jovem atleta fez um trabalho muito mais competente em cima de Kalnietis. Não por acaso, teve o melhor saldo de pontos entre os brasileiros, com +16, em 25 minutos. Ainda levou essa agressividade para o ataque para descolar lances livres e terminar, cheio de confiança em seu chute em flutuação, com 14 pontos em apenas seis arremessos.

5) ao defender bem, a seleção conseguiu enfim sair em transição para explorar as deficiências lituanas nesse sentido. Eles são muito lentos. Apenas no banco de reservas estão alguns caras mais atléticos, mas ninguém que consiga apostar corrida com boa parte do elenco brasileiro. E o jogo em transição se mostra novamente essencial para a equipe de Magnano. Em meia quadra, a movimentação voltou a sofrer um choque de realidade entre o que se passa em amistosos e nos jogos reais. Além disso, os lituanos não mostraram muito respeito pelos chutadores e congestionaram o garrafão numa boa.

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6) Em suma: o trabalho de meia quadra vai ter de melhorar demais. Não é justo exigir de Leandrinho (21 pontos em 17 arremessos,  um segundo tempo desses. O ligeirinho forçou algumas bolas, mas não tem muito o que se criticar em sua atuação. Ele estava com fome de bola em muitos sentidos, jogando com muita intensidade, provando por mais uma partida o quanto sua capacidade atlética ainda é fora do comum, mesmo como trintão e com o joelho operado. Se for para falar de abordagem individualista, é só reparar que o Brasil só deu 12 assistências na partida inteira.

Então é isso. A estreia passou, e deixa algumas lições, a despeito de toda a loucura que vimos em 40 minutos. Ao menos o time não sai totalmente cabisbaixo, como seria no caso de um revés por 30 pontos. Pois a tabela é um tanto ingrata, com a Espanha vindo por aí na terça-feira. O grupo é muito difícil para se deixar contagiar por depressão – ou mesmo por euforia. O que não dá, mesmo, é defender com tanta passividade e desorientação por 20 minutos, como aconteceu no primeiro tempo. Haja fôlego para buscar reação desse jeito.

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Rússia e Lituânia se garantem em Londres-2012
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Giancarlo Giampietro

Um tempo atrás elas, juntas, compunham uma força dominante mundial. Hoje, com duas repúblicas independentes, Rússia e Lituânia ainda impõem muito respeito, e certamente Rubén Magnano não gostaria de ver nenhum desses países da Europa oriental perfilados no Grupo C. Pois eles conseguiram mais uma classificação olímpica neste sábado.

A Rússia controlou a Nigéria por três quartos e, assim como os gregos fizeram na véspera, teve problemas na parcial final. No fim, porém, conseguiu resistir a forte pressão dos africanos para vencer por 85 a 77 e garantir seu lugar na final do Pré-Olímpico mundial em Caracas e a consequente vaga em Londres-2012.

Alexey Shved, Rússia

Alexey Shved, da Rússia, joga barbaridade

O talentoso ala-armador Alexey Shved jogou barbaridade e encantou Wlamir Marques com 22 pontos, seis assistências e quatro rebotes e um estilo que faz o basquete parecer muito fácil. Deve ir para a NBA após os Jogos, campeonato ao qual pertence. Muito talentoso. O time europeu teve um ótimo aproveitamento na linha de três pontos, com 14 cestas em 27 arremessos (51,9%) e movimentou a bola muito bem no perímetro tambeem, computando 26 assistências. Em meio a tudo isso, Andrei Kirilenko estufou a tabela de estatísticas novamente, com 19 pontos, 8 rebotes, quatro roubos de bola e três assistências.

Pela Nigéria, o ala-armador Ade Dagunduro teve mais um brilhante quarto período, comandando uma nova reação, com 16 pontos e 5 assistências. Ike Diogu foi mais uma vez uma arma poderosa no garrafão, com 16 pontos e 14 rebotes.

Já a Lituânia teve uma noite muito mais fácil na capital venezuelana ao atropelar a República Dominicana por 109 a 83, tendo vencido o primeiro tempo já por 16 pontos para se tranquilizar, com uma exibição impecável do armador Mantas Kalnietis (nove assistências). Ele comandou simples jogadas de pick-and-roll muito bem tramadas, fazendo o nome do jovem Jonas Valanciunas, que terminou com 17 pontos e 7 rebotes em apenas 25 minutos, lidando novamente com problemas de falta. Do lado caribenho, Al Horford teve uma jornada para esquecer, somando apenas 12 pontos e 4 rebotes, errando dez de seus 14 arremessos.

Neste domingo, dominicanos e nigerianos  lutam pela terceira e derradeira vaga olímpica.


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