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Combalido São José joga para sobreviver e minimizar danos na Liga Sul-Americana
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Giancarlo Giampietro

Como recusar a participação num torneio internacional? Ainda mais para um clube que não vivenciava esse tipo de experiência há 30 anos em competições oficiais?

Por mais que a viagem seja custosa, em muitos sentidos, num momento crítico da temporada – em meio a uma batalha quente (e bota quente nisso) contra Bauru –, com desfalques que vão se acumulando, São José não tinha direito de dizer não, apesar do calendário complicado que tem pela frente.

Então tem de tentar fazer valer o deslocamento de mais de 4.300 km até a cidade de Vargas, na Venezuela. E, para fazer valer, a equipe precisa bater o Tiburones, nesta sexta-feira, 22h20 (SporTV 2 transmite). Pois uma derrota significa a eliminação da Liga Sul-Americana logo na primeira fase. Não dá para pensar que os peruanos possam aprontar alguma coisa.

São José x Libertad Sunchales

Álvaro persegue argentino: defesa dos vice-campeões do NBB precisa melhorar

O time do Vale do Paraíba não foi páreo na noite de quinta para o Libertad Sunchales, da Argentina: foi dominado no primeiro tempo, perdendo por 41 a 28, e, na segunda etapa, só lutou para evitar que levasse uma sacolada daquelas.

Contra os donos da casa, Régis Marrelli vai precisar encontrar algum meio de reforçar sua defesa, que jogou desfalcada da dedicação e valentia do ala-pivô Chico na véspera – justamente a posição em que já não conta com Jefferson William. O cestinha Dedé é outro que está de fora, enquanto Murilo vai apenas agora recuperando sua melhor forma, recuperando-se de cirurgia no joelho, e Fúlvio parece jogar com dores por todo o corpo.

Na estreia, sua retaguarda permitiu ao Libertad um aproveitamento altíssimo de 74% nos arremessos de dois pontos, além de 50% nos tiros de três. Esses já seriam números bem altos se analisados separadamente. Quando combinados pelo mesmo adversário, é praticamente impossível vencer.

É preciso cuidado com o veterano Axiers Sucre, da seleção venezuelana, um jogador muito forte e versátil, difícil de ser contido no mano-a-mano. Windy Graterol, que também joga pela seleção e vem evoluindo bastante nas últimas temporadas, é outro que pode dar trabalho por sua capacidade atlética incrível, que destoa quando comparada com os pivôs brasileiros que vai enfrentar. Esses dois precisam ser repelidos, afastados da tabela.

Tiburones de Vargas x El Bosque

Tu-tu-tubarões de Vargas: vale vaga ou a eliminação

No ataque, batendo sempre na mesma tecla, por mais que o plano de jogo realmente conte muito com os disparos de fora, São José vai precisar maneirar a algum momento. Já foram mais 30 chutes na derrota para os argentinos, e apenas sete caíram (23%). Importante notar que o desgaste físico pelo qual passa seu elenco não combina de modo algum com essa propensão ao arremesso de três pontos – quanto mais longe, maior a força que você tem de empregar, não? E uma boa mecânica começa com o equilíbrio nas pernas. Se elas estiverem pesadas, ou bambas, a probabilidade de acerto cai consideravelmente.

Vale notar que, em sua primeira partida, na vitória fácil sobre El Bosque, do Peru, os anfitriões tentaram os mesmos 30 chutes do perímetro e conseguiu ser ainda pior, matando apenas seis bolas. Irco. Então, em vez de aceitar um bangue-bangue desses, seria muito mais interessante que o treinador Marrelli e os armadores Fúlvio, Luiz Felipe e Ícaro procurassem municiar Murilo de modo insisten,  tentando explorar sua eficiência em contraponto ao tiroteio inconsequente dos venezuelanos. Não deixaria de ser uma ironia.

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Argentina 4, Brasil 0. Terminou assim o placar do confronto entre times de cá contra os de lá na primeira fase da Liga Sul-Americana. Foi de lavada, mesmo.


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