Vinte Um

Magnano se preocupa com panorama nebuloso para os brasileiros da NBA

Giancarlo Giampietro

Huertas, Magnano, Felício e poucos minutos

Huertas, Magnano, Felício e poucos minutos

Não é hora para pânico. Ainda. Pois as Olimpíadas serão disputadas em agosto, daqui a menos de seis meses. Mas que é alarmante o contexto da seleção brasileira masculina, não há dúvida.

As semanas da opressora temporada regular da NBA avançam, e o panorama da volumosa legião brasileira por lá segue nebuloso. Nenhum deles é protagonista – mas isso não vem de agora. O problema é o tempo de quadra consideravelmente reduzido, pelas mais diversas razões. Raulzinho é o único que tem mais de 20 minutos em média por partida (20,5), mas menos da metade do tempo regulamentar da liga.

O que leva Rubén Magnano a coçar a cabeça, ao retornar de seu giro pelos Estados Unidos, para falar tête-à-tête com a trupe. Em conversa com Fábio Aleixo, aqui do UOL Esporte, citando Marcelinho Huertas e Anderson Varejão como “os que mais preocupam”. O argentino chegou a sugerir a eles que procurassem novos clubes, para que pudessem jogar mais, pensando na forma física no momento em que forem convocados para as Olimpíadas. O prazo para trocas na NBA se encerra no dia 18 de fevereiro, próxima quinta.

“Eles sabem disso. Vamos ver como fica esta história [de troca de times, que acontece anualmente no meio da temporada]. Seria muito bom se conseguissem algo. Dei o meu parecer e a minha ideia, tivemos uma conversa muito aberta. Mas não sou eu que vou fechar o negócio”, afirmou. “Todos sabem como funcionam as coisas na NBA.”

Magnano se encontrou com Splitter mais uma vez nos Estados Unidos. Diz que as visitas "não têm preço". Será? Com a CBB endividada, fica a dúvida sobre a real importância dessa visita. Houve um tempo em que a seleção estava distante dos atletas. Mas o constante contato nas últimas temporadas já deveria ter bastado para se criar uma cultura. Além do mais, era realmente necessário que o treinador conversasse com eles, pessoalmente, para falar sobre a importância de se jogar uma Olimpíada? E mais: do ponto de vista prático, fevereiro ainda é muito cedo para uma temporada da NBA. Um "sim" dito agora pode não ter valor nenhum daqui a quatro ou oito semanas, com muitos jogos importantes pela frente. Peguem a situação de Splitter como exemplo: se a necessidade de uma cirurgia se confirmar, muda tudo em relação ao bate-papo dos dois. São muitas variáveis em jogo. Enfim...

VALE A VISITA? – Magnano se encontrou com Splitter mais uma vez nos Estados Unidos. Diz que as visitas ''não têm preço''. Será? Com a CBB endividada, fica a dúvida sobre a real importância dessa visita. Houve um tempo em que a seleção estava distante dos atletas. Mas o constante contato nas últimas temporadas já deveria ter bastado para se criar uma cultura. Além do mais, era realmente necessário que o treinador conversasse com eles, pessoalmente, para falar sobre a importância de se jogar uma Olimpíada? E mais: do ponto de vista prático, fevereiro ainda é muito cedo para uma temporada da NBA. Um ''sim'' dito agora pode não ter valor nenhum daqui a quatro ou oito semanas, com muitos jogos importantes pela frente. Peguem a situação de Splitter como exemplo: se a necessidade de uma cirurgia se confirmar, muda tudo em relação ao bate-papo dos dois. São muitas variáveis em jogo. Enfim…

Sim, o desejo de Magnano não conta quase nada perante o plano de cada uma das 30 franquias da liga americana, ou de Lakers e Cavaliers, no caso. Os rumores pelos bastidores indicam que o Cavs até vem sondando o quanto Varejão desperta de interesse do mercado. Mas o assunto não está pegando fogo.

De qualquer forma, na frase do técnico da seleção, acho que a ênfase deve ficar em “mais”: aqueles que mais preocupam. Não quer dizer que a situação dos demais brasileiros seja tranquila. Aliás, pelo contrário. As notícias envolvendo Tiago Splitter são ainda alarmantes. Como o Atlanta acaba de admitir, o catarinense pode passar por uma cirurgia no quadril. Nenê teve sua campanha sabotada, desta vez, por conta da panturrilha. Enquanto isso, em Toronto, Lucas Bebê voltou a sumir de quadra com o retorno de Jonas Valanciunas, enquanto Bruno Caboclo segue como um projeto de longo prazo, com a D-League servindo como laboratório. Cristiano Felício tampouco joga pelo Bulls.

E aí?

Bem, antes de julgar, é importante entender o que se passa com eles – pois já dá para ver por aí os comentários oportunistas – ou, digamos, bastante ''desapegados aos fatos'' –, prontos para desqualificar esses atletas, sem entender diferentes particularidades que os cercam. O fato de essa galera não estar jogando muito agora não significa de modo algum que não sirvam. Antes de abordar cada situação especificamente, há um ponto em comum que une Splitter, Varejão e Nenê e outro para Felício, Bebê e Caboclo.

O primeiro trio é composto por trintões, não podemos nos esquecer. Isso não quer dizer que estejam acabados. Eles têm muita lenha para queimar ainda. Só não são os mesmos jogadores de quatro ou cinco anos atrás, principalmente do ponto de vista atlético. Não há como brigar contra isso, e até um Kobe Bryant se mostra mortal.

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Já a segunda trinca está do outro lado do espectro: jovens talentos garimpados pelos scouts da liga, ainda em formação. O leitor mais crítico pode observar que, ao 23, Felício e Bebê são três anos mais velhos que calouros superprodutivos como Karl-Anthony Towns, Kristaps Porzingis e Jahil Okafor. Ou que têm a mesma idade de Kyrie Irving, Victor Oladipo, Harrison Barnes, Jordan Clarkson, Jared Sullinger, Valanciunas, entre outros. Mas é injusto comparar. Cada um caminha no seu ritmo. Bebê saiu cedo para a Europa, perdeu quase um ano entre negociações com Atlanta, problemas no joelho e o retorno ao Estudiantes. Na temporada passada, também só treinou. Felício passou pelo Oregon por um ano e, no Flamengo, mal tinha a bola para atacar. E por aí vai. São crus para o jogo em alto nível, mas ainda vistos como atletas de potencial por suas franquias.

''Temos jogadores jogando muito pouco e que são muito importantes. Pode ser que isso mude a partir de agora. Quero que os atletas cheguem com uma boa minutagem, e isso é o que mais preocupa. Não é tão fácil trocar o chip de uma hora para outra. Temos de colocar todos na mesma sintonia'', diz.

Contra o LAkers, na quarta, Varejão recebeu 19 minutos e somou oito pontos e seis rebotes, cometendo quatro faltas. Kevin Love saiu de quadra com uma contusão no ombro, e aí abriu-se espaço na rotação. Chance para os olheiros das outras equipes verem o que Anderson ainda tem para vender

Contra o Lakers, Varejão recebeu 19 minutos e somou oito pontos e seis rebotes, cometendo quatro faltas. Love saiu de quadra com uma contusão no ombro, e aí abriu-se espaço na rotação. Chance para os olheiros das outras equipes verem o que Anderson ainda tem para vender

Essas questões interferem na convocação do time de Magnano, ou deveriam interferir, se me permitem opinar. Lesões, falta de ritmo… Você não tem garantia de que, em 40 dias de treinos e testes, vai superar isso. Talvez o mais prudente, então, na hora de elaborar a lista, seja pensar em mais nomes, algo mais amplo. Em sua rotina extremamente exigente de treinos, o técnico tem de botar esses caras para correr, mas sem quebrá-los. Desenferrujar não é a única questão. Tem mais: você precisa de alternativas e de competição para definir os 12 olímpicos.

Do seu lado, contudo, o argentino não parece tão inclinado a isso. Não dá para esperar novidades. ''Agora não vou fechar nomes ou possibilidades. Mas claro que hoje tenho bem definido um grupo de jogadores que posso chamar pensando não apenas na seleção do Brasil neste momento, mas também o que podem representar no futuro'', analisou.

É um dilema, sem dúvida. Convocar por currículo, por nome, ignorando temporada pouco produtiva, não deveria ser a regra. Mas, a essa altura, também pode soar como loucura advogar por mudanças drásticas na relação, pensando na experiência acumulada pelo núcleo usual de Magnano. Só é preciso respeitar as condições de jogo de cada um, do ponto de vista físico, médico.

Em sua entrevista, o treinador fala que quer o Brasil jogando sempre no mesmo horário durante as Olimpíadas, que já assegurou a presença de uma comitiva de familiares nas arquibancadas e um pouco mais sobre o planejamento até o #Rio2016. Pode conferir lá. Abaixo, vamos tentar entender o que se passa com os brasileiros da NBA:

Anderson Varejão
Vai chegar ao torneio olímpico beirando os 34 anos
Na temporada:
31 jogos, 10,0 minutos, 2,6 ppj e 2,9 rpj
Projeção por 36 min: 9,3 ppj, 10,6 rpj, 2,3 apj, 1,3 roubo
O capixaba está numa das rotações interiores mais congestionadas da NBA, em tempos em que os pivôs vão perdendo espaço para jogadores mais flexíveis. Quer dizer: não só tem de brigar por espaço com Kevin Love, Tristan Thompson e Timofey Mozgov, como verá LeBron James ocupar minutos por ali, assim como o veterano Richard Jefferson. Se você for pegar os números projetados, Anderson tem entregue, em tempo limitado, mais ou menos aquilo que apresentou durante toda a sua carreira. A dúvida que fica, mais séria, é sobre sua mobilidade, que sempre foi um de seus grandes diferenciais, assim como o instinto e a inteligência. O pivô se recuperou de uma cirurgia no tendão de Aquiles no ano passado, o que é um desafio (independentemente do que Kobe Bryant e Wesley Matthews façam em Los Angeles ou Dallas). Fica difícil. Conforme já dito, o Cavs faz sondagens de mercado para se há um negócio interessante pelo brasileiro. Caso fique em Cleveland, é grande a chance de que esteja envolvido com a liga até o início de junho, época das finais. http://www.basketball-reference.com/players/v/varejan01.html#per_minute::none

Leandrinho
Fez 33 anos em novembro passado
Na temporada:
39 jogos, 14,9 minutos 6,6 ppj, 1,4 apj, 1,4 rpj, 36,5% de 3pt
Projeção por 36 min: 15,9 ppj, 3,4 apj e 3,8 rpj

Leandro, e seu novo visual. Mas o papel no time é o mesmo do ano passado

Leandro, e seu novo visual. Mas o papel no time é o mesmo do ano passado

O ligeirinho está toda hora na TV e até os marcianos sabem que ele é uma peça complementar num dos melhores times da história do basquete, tendo a confiança dos treinadores e um respaldo imenso no vestiário. Não é o foco no ataque da segunda unidade, como em seu auge pelo Phoenix Suns, mas ainda põe fogo em quadra e se encaixa perfeitamente numa proposta intensa de jogo. A dúvida aqui é saber até quando vai se estender a jornada do Warriors. Ao que tudo indica, estarão jogando no início de junho, sendo que as Olimpíadas começam no dia 6 de agosto. A despeito da ascensão de Brandon Rush e de uma torção no ombro, ele tem hoje a mesma média de minutos da temporada passada. Seus números por 36 minutos também são muito semelhantes aos que produz desde que entrou na liga em 2003.

Marcelinho Huertas
Completará 33 anos em maio
Na temporada: 29 js, 11,4 mpj, 2,7 ppj, 2,4 apj, 1,1 turnover, 29,6% de 3 pts
Projeção por 36 minutos: 8,5 ppj, 7,7 apj, 1,4 roubo, 3,6 turnovers
O Lakers tem um elenco fraco. Está na cara isso. Mas as posições perimetrais contam com um certo sr. Bryant e dois garotos que são as grandes apostas para logo mais. E ainda tem o Lou Williams, fominha que só, mas um cestinha oportuno. O brasileiro foi contratado, em tese, para ajudar Russell e Clarkson e, eventualmente, colaborar com a organização da segunda unidade. Durante a pré-temporada, Byron Scott se empolgou com sua capacidade de liderança em quadra. Essa empolgação não durou muito… Mesmo com o time totalmente desfragmentado, o brasileiro vem sendo utilizado de maneira esporádica. (E, por favor, essa história de toco, roubo de bola, drible… Torcida pode gostar disso, mas, em discussões mais sérias, não cabe.)

Nenê é relevante para o Wizards. Mas está limitado pelo corpo

Nenê é relevante para o Wizards. Mas está limitado pelo corpo

Nenê
Completará 34 anos em setembro
Na temporada: 28 js, 18,8 mpj, 8,8 ppj, 4,4 rpj, 1,4 apj, 53,6% nos arremessos
Projeção por 36 minutos: 16 ppj, 8,3 rpj, 2,7 apj, 1,8 roubo e 1,0 toco
Como podemos ver, o são-carlense ainda segue muito eficiente, fazendo um pouco de tudo em quadra. Suas estatísticas, por 36 minutos, são praticamente idênticas ao que produziu na carreira. O grande problema é que o técnico Randy Wittman simplesmente não sabe quando pode contar com os seus serviços, e aqui acho que nem vale citar uma ou outra lesão específica – a panturrilha é o que mais incomoda neste campeonato. Nenê já enfrentou tantos problemas físicos nos últimos anos, que o baque pode ter um foco ou outro numa semana, mas o baque é geral. Por isso, tem seus minutos controlados e é poupado em ocasiões de duas partidas em duas noites. Não obstante, a ideia para o time neste ano era adotar uma formação mais baixa, com três alas ao redor de Marcin Gortat. Outro ponto: Nenê vai ser agente livre ao final do campeonato. A questão de seguro ficará ainda mais cara e complicada.

Raulzinho
Vai fazer 24 anos em maio
Na temporada: 51 js, 20,5 mpj, 6,2 ppj, 2,5 apj, 1,5 rpj, 39,6% de 3 pts
Projeção por 36 minutos: 10,9 ppj, 4,3 apj, 2,7 rpj, 1,5 roubo.
Vamos deixar Magnano falar um pouco a respeito? “Com certeza em seis anos que estou na seleção você nunca me escutou falar de titulares. Tem jogadores que abrem o jogo, outros que terminam. Eu não tenho nenhuma preocupação quanto a isso. A minha única preocupação é que o cara renda na hora do jogar. Tenho exemplos muito claros disso e um deles é o próprio Raulzinho, que contra a Argentina, na Copa do Mundo, entrou e teve ótima atuação”, afirmou o argentino, a Aleixo, quando questionado sobre um quinteto inicial.

Tudo isso para dizer que, sim, é surpreendente e bacana que Raul tenha conseguido o posto de titular em sua campanha de calouro, com um papel bem definido na rotação, fazendo a bola girar, abrindo para o chute. Mas o brasileiro, que vem se soltando nas últimas rodadas, também está ciente de que a criação de jogadas do Utah cabe, na verdade, a Gordon Hayward, Rodney Hood, Alec Burks (quando retornar) e até mesmo a Trey Burke, seu suplente, que foi para o banco para ganhar mais liberdade na segunda unidade. Mesmo tendo disputado duas partidas a menos, Burke recebeu mais de 100 minutos de jogo na temporada. E não podemos nos esquecer da lesão de Dante Exum.

Raul, o único titular. Mas por circunstâncias

Raul, o único titular. Mas por circunstâncias

Tiago Splitter
Fez 31 anos há pouco, em janeiro
Na temporada: 36 js, 16,1 mpj, 5,6 ppj, 3,3 rpj
Projeção por 36 minutos: 12,5 ppj, 7,5 rpj, 2,2 apj, 1,1 roubo e 1,1 toco
O início mais tímido de Splitter em Atlanta, com poucos minutos, poderia sugerir as dificuldades normais de adaptação a um novo time e elenco, mesmo que houvesse uma lacuna clara no garrafão. Em tese, o encaixe com Horford e Millsap era perfeito. Mas não era só isso. Ele perdeu sete jogos entre novembro e dezembro. Mais quatro entre dezembro e janeiro. Agora, em fevereiro, aí que a coisa ficou mais séria, com mais seis jogos fora. Finalmente, o clube revelou o que se passava com o catarinense, e a notícia não é boa: as dores no quadril são tão fortes que podem pedir até uma cirurgia. Ao final deste período prolongado de descanso e tratamento, será reavaliado. Mike Budenholzer e Magnano, claro, esperam que não seja necessário. Pois, limitado nos movimentos, o pivô ainda foi útil ao Hawks, causando ótimo impacto defensivo.

Caboclo, Bebê e Felício
Os mais inexperientes até agora não somaram nem 160 minutos de jogo. Desta cota passageira, Bebê é responsável por 85,3%, e, nas poucas chances que teve, foi bem. Desde a virada do ano, porém, só foi acionado sete vezes por Dwane Casey. Só contra Denver, em 1º de fevereiro, que ganhou 14 minutos, quando seus companheiros foram destroçados por Nikola Jokic no primeiro tempo, e o treinador se viu obrigado a buscar novas opções.

Para Caboclo, isso já representaria um recorde, ainda assim. A maior rodagem que o ala ganhou até agora foi, conforme o esperado, na D-League. Entre idas e vindas entre o Raptors A e o B, acumula 797 minutos em 24 partidas,com 32,5 por rodada. Médias de 13,6 pontos, 5,8 rebotes, 1,5 assistência e 1,8 toco, matando 34,4% de três pontos e apenas 38% dos arremessos no geral. É preciso cuidado na hora de avaliar esses números, já que as estatísticas da liga são infladas pela natureza peladeira de 95% de seus jogos. Além disso, no caso do ala brasileiro, é difícil encontrar o equilíbrio entre prepará-lo para um eventual papel reduzido que possa ter na NBA o quanto antes e, ao mesmo tempo, lhe dar liberdade para expandir seus talentos ofensivos, aprendendo com erros e acertos em quadra. Lucas, por seu lado, teve mais 179 minutos com a equipe de baixo em sete partidas.

Em Chicago, Felício entrou em um vestiário lotado de ótimos pivôs. Por isso, mais treinava do que qualquer outra coisa. Sem uma franquia na D-League, o Bulls demorou um pouco para enviá-lo. Quando a chance chegou, a revelação do Minas Tênis se esbaldou, mostrando que os treinos ao menos foram proveitosos. A lesão sofrida por Joakim Noah e a cirurgia complicada por que passou Nikola Mirotic deixam o time enfraquecido e a perigo. Será que, em um momento complicado, o brasileiro vai para quadra? Não é tão simples assim. Cameron Bairstow e Bobby Portis ainda estão na fila.