Corra, Flamengo, corra: o desafio do 1º jogo nos EUA
Giancarlo Giampietro
Encarar um time de NBA já é um baita desafio do ponto de vista técnico. Quando o Flamengo entrar em quadra nesta terça, em Phoenix, é melhor que respirem fundo. Não só para controlar a ansiedade, mas guardar o fôlego, mesmo, que o Suns promete correr muito. Correr demais, mesmo, atendendo aos pedidos do técnico Jeff Hornacek.
Quem diria, né?
Para esmagadora parte da audiência brasileira, Hornacek foi apresentado como uma das peças metódicas do ultracontrolado Utah Jazz de Jerry Sloan dos anos 90. Era o principal coadjuvante da dupla Stockton-Malone, num time de abordagem bastante sistemática no ataque. No início de sua carreira na liga, porém, Hornacek era um veloz ala-armador a serviço do Suns, um clube que tem tradição no basquete de correria.
Em seu retorno ao Arizona, num dos melhores trabalhos da temporada passada, o treinador insistiu que seu time fizesse da aceleração seu modos operandi. A equipe acabou liderando a tabela de pontuação no contra-ataque, com 18,7 em média por jogo, subindo da 14ª posição que teve em 2012-13. Um progresso e tanto, mas não o bastante para satisfazer o comandante.
De certa forma, Hornacek tem razão. O Suns pode ter apresentado um ataque em transição bastante eficiente, mas, em linhas gerais, não foi o time que mais correu na campanha passada. No cálculo de posses de bola por partida, o ritmo de jogo, seu time terminou em oitavo. Para o traning camp deste ano, então, o treinador levou a rapaziada para a altitude de mais de 2.100 m de Flagstaff, no norte do estado, forçando naturalmente a melhora do condicionamento físico de seus atletas.
''Queremos estar entre os três primeiros. A ideia é realmente repor a bola e partir com ela. Colocar pressão nas outras equipes. Temos um elenco grande, então sentimos que é possível. Então é isto: estamos forçando esses caras a alcançar o nível de forma física necessário para que possam correr'', afirmou. ''Quando pegamos a bola depois de uma cesta, somos um pouco lentos ao sair para oa taque.
O Suns treinou por dois períodos ao dia em Flagstaff até a realização de um coletivo aberto para os torcedores no sábado. Deram uma palhinha do que podem fazer, embora Hornacek espere mais. ''Não acho que eles foram tão rápidos como eu queria. Mas, para um training camp, foi muito bom.''
Para o primeiro teste do time de Phoenix na pré-temporada, a ideia do treinador é usar diferentes escalações a cada cinco ou seis minutos, para manter o ritmo desejado. Preservar as pernas de Goran Dragic, Eric Bledsoe e do reforço Isaiah Thomas, todos muito velozes com a bola.
Ele espera usar todos os 17 atletas que estão disponíveis, incluindo os jogadores convidados para a fase de treinamento, como o pivô Earl Barron (já de boa rodagem na NBA) e os calouros Joe Jackson, Casey Prather e Jamil Wils. A conferir. O pivô Alex Len, com mais uma fratura na mão, e o ala-pivô Anthony Tolliver, também com a mão lesionada, são desfalques.
Os flamenguistas estão, então, avisados. O amistoso promete ser intenso em muitos sentidos.
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Para contextualizar: desde que foi derrotado pelo Fla no Rio de Janeiro, perdendo a Copa Intercontinental, o Maccabi Tel Aviv já disputou dois amistosos contra adversários da NBA. Perdeu ambos. Nesta terça-feira, enquanto Bruno Caboclo fazia das duas pelo Toronto Raptors, o clube israelense perdia para o Brooklyn Nets: 111 a 94. No primeiro jogo, mais uma surra: 107 a 80 contra o Cleveland Cavaliers de seu ex-treinador, David Blatt.
Em ambos os jogos, o armador Jeremy Pargo, grande destaque individual dos embates no Rio, mostrou que a defesa rubro-negra não precisa se avexar pela dificuldade que passou. Contra o Cavs, o americano somou 18 pontos, 5 assistências e 4 rebotes. Contra o Nets, brilhou com 27 pontos, 7 assistências e 6 rebotes. A Euroliga promete para o jogador.
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Três flamenguistas têm experiência de NBA no currículo: Marquinhos, Walter Herrmann e Derrick Caracter. O pivô americano, que só tem mais três jogos previstos pela equipe carioca, foi o último a jogar na grande liga, em 2011, pelo Los Angeles Lakers. Juntos, eles somam 2.326 minutos de experiência (o equivalente a 48 partidas na íntegra). Herrmann foi responsável por 1.939 desses minutos. No elenco do Phoenix Suns, o trio não vai encontrar nenhum de seus ex-companheiros.
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Leandrinho é ponto comum entre Flamengo e Phoenix. Durante o lo(u)caute da NBA, o ala-armador disputou seis partidas do NBB vestido de vermelho e preto. No Arizona, vocês sabem, ele se tornou um atleta bastante popular. Em oito temporadas pelo clube do Arizona, o ligeirinho acumulou 486 minutos, 12.072 minutos (média de 24,8) e 6.024 pontos (12,4).