Sobrando, EUA vencem 1ª semi e vão atrás do 4º ouro seguido
Giancarlo Giampietro
A Turquia venceu o primeiro tempo, enquanto a Eslovênia pelo menos se manteve perto. A Ucrânia estava acima no placar no início do segundo período. A concorrência faz o que dá, mas os Estados Unidos não se incomodam muito. Nesta quinta-feira, eles viram a Lituânia terminar o primeiro tempo apenas oito pontos atrás, mas fizeram mais um segundo tempo demolidor para assegurar vitória tranquila (96 a 68) e se classificar para a final da Copa do Mundo
Mesmo com todos seus desfalques, praticamente um time inteiro que Mike Krzyzewski poderia ter escalado para o torneio, o Team USA segue em frente, muito bem, obrigado, com 62 vitórias seguidas. Sob o comando do Coach K, são 74 triunfos, em jogos oficiais ou amistosos, e apenas um revés – a semifinal do Mundial de 2006 no Japão, contra a Grécia de Theo Papaloukas. Pense bem nisso: 62 vitórias seguidas. Isso vale lugar em alguma edição do Guinness Book, certamente.
LeBron, Durant, Melo, Westbrook, Love, Griffin, Aldridge, Paul, Kobe e George estão fora (apesar que é preciso levar em conta que outros times também estão sem alguns de seus principais nomes). No primeiro quarto da semi, Davis, Harden e Curry cometeram muitas faltas e foram sacados. E nem isso influenciou de modo decisivo o jogo. O elenco ainda é muito talentoso e atlético, oprimindo seus adversários até o momento.
Alguns times conseguiram complicar o ataque norte-americano com marcação por zona, alternando com mista e individual. O pesado garrafão da Turquia, com Omer Asik e Oguz Savas, assessorados por ótimos reboteiros como Furkan Aldemir e Keren Gonlum, também deu um baita trabalho, conseguindo empatar a disputa nas duas tábuas, ajudando seus times a desacelerar o jogo. Mas ainda não apareceu na Espanha quem pudesse sustentar qualquer sustentar um equilíbrio por mais de 30 minutos, que foi o caso dos turcos. Perdiam só por seis pontos quando o quarto período começou, até levarem 32 a 17 naquela parcial.
A Lituânia, na semifinal, arrefeceu na volta do intervalo, tomando 33 a 14 de cara. Foi a oitava parcial em que os norte-americanos bateram a marca de 30 pontos. Na verdade, até agora, dos 32 quartos que jogaram, eles ficaram abaixo dos 20 pontos em apenas em cinco ocasiões, incluindo os dois primeiros contra Asik & Cia. Em termos defensivos, o melhor desempenho aconteceu na estreia contra a Finlândia, quando venceram o segundo período por 29 a 2.
Com a Espanha vendo tudo de fora agora, o favoritismo dos Estados Unidos fica mais acentuado. A França tem capacidade atlética e possibilidades defensivas para complicar. A Sérvia tem mais balanço: pode jogar de modo físico na defesa e atacar com leveza, dentro e fora. A certeza é que, quem sair da segunda semi, nesta sexta-feira, vai precisar fazer um jogo praticamente perfeito para evitar o quarto ouro em quatro grandes competições seguidas para os Estados Unidos.
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Ao se recusar a levar adiante as negociações com o Minnesota Timberwolves por Kevin Love, a gestão do Golden State Warriors deu prova do quanto eles gostam de Klay Thompson. Flip Saunders exigia a presença do ala em um pacote por seu astro e ouviu não atrás de não (de Steve Kerr, Bob Myers, Jerry West e Stephen Curry). Então não é que Thompson vá precisar de um forte lobby para a hora que iniciar as negociações de renovação de seu contrato. Se as conversas se estagnarem, por algum motivo, ele certamente terá o apoio do Coach K. Thompson fez um primeiro tempo sensacional contra os lituanos, carregando o ataque sem Harden e seu parceiro Stephen Curry ao lado. Os dois estavam com problemas de falta. Durante o torneio, o ala tem sido o jogador com mais tempo de quadra, agradando não somente pelo arremesso de três pontos que é uma pintura, mas também pelo seu poderio defensivo (16 pontos, 2 tocos, 3 rebotes e 3 assistências em 25 minutos).
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Um dado apresentado pelo estatístico Mr. Chip, bastante interessante para se por em perspectiva esta equipe americana:
USA ha ganado sus 8 partidos por una media de 32,50 puntos de ventaja. Sólo el Dream Team del Mundial '94 lo supera (37,75) #Spain2014
— MisterChip (Alexis) (@2010MisterChip) September 11, 2014
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Mindaugas Kuzminkas, ala do Unicaja Málaga, foi um dos destaques do primeiro tempo, conseguindo 12 pontos em 11 minutos, naquele que talvez seja o melhor momento de sua carreira. Acompanhei o lituano durante a temporada da Euroliga e foi difícil ver algo mais que cinco minutos consistentes do lateral, que é bastante alto e magro. Sem querer pegar no pé: Kuzminskas tem seu apelo, sim. Joga bem fora da bola, se posiciona bem para receber os passes e tem bons instintos na tábua ofensiva, mas, aos 24 anos e 11 meses, ainda está tomado por altos e baixos. Nas Olimpíadas, já ficou fora de duas partidas e recebeu 9 minutos em média, apenas. Contra os americanos, somou 15 pontos e 9 rebotes. O agente gostou.
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Tá certo que, em boa parte de suas investidas, o lituano estava marcado por ninguém menos que o Mr. Barba. Saco de pancadas da mídia americana durante toda a temporada, James Harden conseguiu expandir a zoação para a Europa com seu primeiro tempo pavoroso na defesa. Foi levado para passear no parque um ataque atrás do outro, até ser sacado pelo Coach K. Daí que…
Moms can get a bucket on Harden.. And that ain't a joke.. — Tyrese Rice (@ReseRice4) September 11, 2014
Only reason my grandma can't get a bucket on Harden is cuz she got problems with her feet now. But healthy, that's a bucket too.. — Tyrese Rice (@ReseRice4) September 11, 2014
Este é o Tyrece Rice, armador americano que foi MVP do Final Four e campeão da Euroliga 2013-14 pelo Maccabi Tel Aviv. Dizendo que, basicamente, a mãe dele consegue fazer cesta contra o Harden, e que não é piada. Além disso, ele fala que a única razão pela qual sua avó não conseguiria é porque a pobre velhinha está com alguns problemas no pé. Agora. Saudável, também faria a cesta. Afe, hein?
Curioso o jeito desbocado de Rice. Ele acabou de assinar com o Kimkhi Moscou, e não deve ir para a NBA tão cedo. Aí também fica fácil para aloprar. Bem, no segundo tempo, Harden voltou disposto a calar tudo e todos. Segurou bem Jonas Maciulis, que é um ala muito mais gabaritado que Kuzminskas, e deslanchou no ataque, para terminar com 16 pontos. Deve ter conferido o celular no intervalo.
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DeMarcus Cousins não vai ter a chance de brigar por rebotes e pontos contra os irmãos Gasol neste Mundial, mas ao menos foi bastante útil na semi. Jonas Valanciunas deixou Anthony Davis pendurado de faltas no primeiro período, e aí o Boogie veio para a quadra para oferecer mais músculos ao Team USA e, digamos, administrar essa situação. Na medida do possível, né? Difícil falar em Cousins e ''administrar'' na mesma frase. No primeiro tempo, ele foi punido com uma falta técnica ao partir em direção de Valanciunas (ele havia tomado um safanão do lituano no gogó). Ao final do jogo, alguns jogadores se estranharam em quadra na hora de se cumprimentarem, talvez com resquício desse entrevero. Vou checar e atualizo aqui. Tanto Davis como DeMarcus foram excluídos com cinco faltas.