Olympiakos fecha o garrafão e frustra planos de revanche do poderoso CSKA
Giancarlo Giampietro
O CSKA entrou em quadra nesta sexta, pela primeira semifinal da Euroliga, com a chance de dar o troco no Olympiakos, pensando na derrota dolorida que eles sofreram na decisão do ano passado, quando sofreram uma cesta no último segundo do ala-pivô Georgios Printezis, na conclusão de uma virada incrível: 62 a 61.
A equipe russa, ampla favorita ao título, tomou uma parcial de 22 a 9 no quarto final para ser derrotada. E dói muito mais quando você vê o arremesso em flutuação de Printezis, com sua mecânica feia que só, digna de Shawn Marion, mas que funciona. Saca só:
A decisão não foi o único jogo apertado do Final Four em Istambul. Dos outros três jogos, a disputa pelo terceiro lugar foi a que teve a maior vantagem de uma equipe: 5 pontos para o Barcelona sobre o Panathinaikos (74 a 69).
Aí que, avançando um ano, agora em Londres, CSKA e Olympiakos se reencontram, e o time grego não tem piedade nenhuma sobre seu mais recente freguês: 69 a 52, de modo totalmente surpreendente.
Não que os gregos não pudessem triunfar. Mas nem mesmo Vassilis Spanoulis poderia esperar um placar desses. Especialmente se alguém houvesse dito a ele que terminaria a partida com apenas oito pontos, sem ter convertido nenhum de seus tiros de três pontos (foram seis erros no total).
Mas é isso. Os atuais campeões defenderam com unhas e dentes – e cotovelos, ombros, peito, joelho, o que fosse necessário) – seu garrafão e pagaram para ver como os adversários se virariam no perímetro. Deu certo: um aproveitamento fraquinho, fraquinho de 29,4% com 17 erros em 24 tentativas.
Além disso, ao congestionar a zona pintada, a defesa do Olympiakos também tirou do jogo o ala-pivô Victor Khryapa, que é o jogador cerebral do CSKA, muitas vezes sendo ele o armador em quadra, na altura do lance livre, servindo aos companheiros com passes precisos. Dessa vez não só ele não tinha espaço/tempo para passar, como não havia ninguém livro debaixo da cesta para completar o high-low.
E cá está o time ateniense novamente, aumentando sua fama de “time de chegada”. Tendo perdido três peças fundamentais em relação ao time do ano passado: o técnico Dusko Ivkovic (deem uma espiada no currículo do homem), o pivô Joey Dorsey (reboteiro de primeiro nível, ágil para cobrir espaços na defesa) e o jovem armador Evangelos Mantzaris (seguro na condução do jogo e chatinho para pressionar a bola).
Ao CSKA, com Ettore Messina tudo, diversos jogadores de seleções de ponta, um dos poucos clubes que não sentiu impacto algum de qualquer espécie de crise financeira na formação de seu elenco, parece que nem todo o dinheiro do mundo consegue resolver essa parada chamada Olympiakos.