Vinte Um

Lakers assume 8ª posição no Oeste; saiba tudo sobre a luta com o Utah pelos playoffs

Giancarlo Giampietro

Kobe x Paul Millsap

O Lakers de Kobe faz a ultrapassagem. Seguirá na frente?

Atos heróicos de Kobe Bryant, Dwight Howard já canta música para o ala veterano, Pau Gasol não volta, mas também parou de reclamar, e o Lakers, aos trancos e barrancos, deu um jeito de retomar a oitava colocação do Oeste, com uma vitória a mais do que o Utah Jazz Para um clube que acreditava brigar pelo título, pode não parecer muita coisa, mas, considerando o caos que tomou conta de sua campanha, a mera classificação para os playoffs talvez seja comemorada como a conquista do campeonato.

Mas calma lá também, né. Assumir a oitava posição da conferência no dia 10 de março não significa de modo algum que ela será mantida até o meio de abril, quando se encerra a temporada regular. Ou é isso mesmo?

Confira abaixo um apanhado de dados que detalham o confronto direto entre Lakers e Utah pela última vaga dos mata-matas na fração ocidental da NBA, seguidos por algumas considerações, já que os números nem sempre vão dizer tudo:

– Retrospecto do duelo: Utah Jazz 3 a 1, e os times não se enfrentam mais.

– Até o momento, o Lakers enfrentou adversários que venceram 51,2% de seus jogos. Para o Utah, 49,9%

– No último quarto (25%) de tabela, o Lakers encarou oponentes com 50,4% de aproveitamento. Para o Utah, 49,1%

– O Lakers venceu oito de seus últimos dez jogos. O Utah, apenas três.

– O saldo de pontos do Lakers no campeonato todo é de +1,1. Do Utah, -0,6.

– O Lakers disputou 32 jogos dentro de casa e 31 fora. O Utah, 30 e 33, respectivamente.

– Campanha do Lakers na estrada: 11 vitórias e 20 derrotas. Utah: 10 e 23.

– Campanha do Lakers em casa: 22 vitórias e 11 derrotas. Utah: 22 e 8.

– A tabela restante do Lakers: @ Orlando, @ Atlanta, @ Indiana, Sacramento, @ Phoenix, Washington, @ Golden State, @ Minnesota, @ Milwaukee, @ Sacramento, Dallas, Memphis, '@' Clippers, New Orleans, Portland, Golden State, San Antonio, Houston. O aproveitamento médio de seus oponentes restantes é de 47,5%. São 9 fora de casa (embora um deles seja contra o Clippers, em Los Angeles, com torcida mais favorável ao Lakers sempre, independentemente da temporada de darlins dos ex-primos pobres), 9 em casa.

– A tabela restante do Utah: Detroit, @ Oklahoma City, Memphis, Knicks, @ Houston, @ San Antonio, @ Dallas, Philadelphia, Phoenix, @ Portland, Brooklyn, Portland, Denver, New Orleans, @ Golden State, Oklahoma City, Minnesota, @ Minnesota, @ Memphis. O aproveitamento médio de seus oponentes restantes é de 53,2%. São 8 fora de casa, 11 em casa.

Comentando…
Lakers enfrenta adversários mais fracos, mas o Utah conta com a vantagem de jogar mais em casa, onde é consideravelmente melhor – jogar em Salt Lake City ainda é uma das paradas mais difíceis da liga. Agora, tudo isso pode se tornar relativo. Vejamos: a) esse aproveitamento pode mudar de rodada para rodada, claro; b) teoricamente enfrentar o Memphis Grizzlies na última ou o San Antonio Spurs Spurs na penúltima rodada pode ser uma pedreira, ou não, dependendo do que está em jogo para os respectivos clubes e quem vai entrar em quadra; c) o mesmo raciocínio vale também para os jogos fora de casa: o quanto seria difícil jogar contra um time eliminado ou já garantido nos playoffs nessas condições? Quer dizer: esses números servem como um indicativo, mas não podem ser levados para nenhum teste de soro da verdade.

O momento é todo do Lakers agora, mas eles precisam fazê-lo valer em uma sequência de três jogos fora de casa que começa terça contra uma baba como o Orlando Magic – mas que pode se tornar uma arapuca, devido ao fator ''Dwight-Howard-reencontra-a-turminha-na-Disneylandia'' – e dois times encardidos. Além do mais, antes do triunfo seguro sobre o Chicago Bulls, não dá para esquecer que Mike D'Antoni precisou de duas noites seguidas de milagres por parte de São Kobe Vino Bryant para vencer dois times abaixo da linha da mediocridade como Hornets e Raptors. Por mais espetaculares que tenham sido as jogadas de Kobe, o fato é que o Lakers penou e teve muita sorte para vencê-los. Tudo isso para dizer o seguinte: o Lakers não está exatamente em uma posição em que possa estourar o champanhe ou dizer que qualquer jogo é fácil. Para esse time? Não é, não serão. Mais: Pau Gasol ainda está longe de retornar ainda, e qualquer pancada mais forte no lesionado ombro de Dwight Howard pode por um fim na brincadeira.

Do lado do Utah Jazz, os desfalques eventuais de Paul Millsap e/ou Al Jefferson, o retorno errático de Mo Williams, toda a confusão causada na rotação de Tyrone Corbin, a incapacidade/relutância da diretoria em fechar um negócio este ano, tudo isso num balaio só aponta para um time que viu setrem descarrilar nas últimas rodadas. O que é mais importante agora: dar tempo de quadra aos mais jovens ou conquistar a vaga nos playoffs? (Essa tem resposta: para o lado comercial da franquia, a vaga, que rende grana em pelo menos um confronto de mata-mata e desperta interesse para a temporada seguinte.) Mas…  será que o time já não é melhor com Enes Kanter do que com Al Jefferson? Ou com Derrick Favors jogando ao lado de Paul Millsap? Ou com… Enfim… Vão conseguir reencontrar o rumo e, pelo menos, vencer um jogo a mais que o Lakers, empatar na classificação e assegurar a vaga por confronto direto?

*  *  *

Na reta final, se o Los Angeles Lakers conseguir duas vitórias a mais que o Golden State Warriors, os dois times estarão empatados na tabela. Três derrotas a mais em relação ao Utah Jazz, do Warriors o deixaria atrás do Utah Jazz também. Sim, meu raro amigo sofredor viúvo de Chris Mullin, Mitch Richmond e Tim Hardaway, você também pode ficar preocupado, ainda mais quando sua equipe enfrenta o Lakers mais duas vezes e o Utah, uma.