Ray Allen manda um até breve para Rondo e Boston. Traição?
Giancarlo Giampietro
Houve um dia em que Rajon Rondo e Ray Allen eram inseparáveis. Mentor e pupilo. O veterano teria posto o armador debaixo da asa e contribuído para o desenvolvimento de sua carreira. Desde uma tentativa heróica em melhorar o arremesso do rapaz, até alguns macetes pequenos sobre o jogo e a vida na NBA. Rondo não era necessariamente o mais querido do vestiário de cascudos.
Bem, esse dia não podia estar mais distante agora, ainda mais depois de noticiado o acerto verbal entre Allen e os arquirrivais do Miami Heat.Múltiplas reportagens dão conta de que o relacionamento dos dois companheiros de ''backcourt'' estava irremediável. O que aconteceu entre eles ainda não é muito claro. Sabe-se que o armador é famigerado como uma figura temperamental, enquanto Allen é conhecido como um sujeito bem sério e durão.
Bajudado por Pat Riley, Alonzo Mourning, LeBron James e Dwyane Wade, ainda ressentido com as negociações em que Danny Ainge tentou envolvê-lo, o ala optou por essa mudança drástica, qualificada como ''traição'' pelo desbocado Jarret Jack no Twitter. Quem achar que a NBA é só negócio, que o mercado é assim, mesmo, mas vou apelar ao purista que existe dentro de mim e lamentar a decisão do jogador. Só muito rancor, mesmo, contra Rondo ou Ainge para justificar esse tapa na cara, sem pelica, de Paul Pierce, Kevin Garnett e Doc Rivers e ainda aceitar por metade do preço (US$ 9 milhões em três temporadas).
''Estou muito decepcionado. Ele deveria ter ficado. Nós o recrutamos seriamente. Conversamos e foi uma boa conversa'', disse Rivers, que perde seu principal chutador e agora trabalha com Jason Terry e Avery Bradley para a posição.
A contratação leva a crer que Spoelstra e Riley esperam aproveitar LeBron cada vez mais como um ala-pivô. Só assim para sobrar um tempo de quadra aceitável para seu novo reforço. O time da Flórida ainda vai atrás de um pivôzão, ficando extremamente forte. Ai.