Vinte Um

Símbolo do Bulls, Joakim Noah tem atuação histórica e já tira o sono de Chris Bosh

Giancarlo Giampietro

JoJo esmaga!

Joakim Noah, ame-o ou ame-o

 

Sabe quem não acordou nada feliz neste domingo?

Chris Bosh.

O ala-pivô do Miami Heat, na real, já deve ter ido deitar na noite de sábado com a cabeça cheia, já que, nos próximos dias, vai ter de encarar ao menos quatro jogos de encheção de saco, de esforço máximo exigido quando soube queprecisaduelar com este animal que atende pelo nome de Joakim Noah. Veja a foto acima.

O pivô é um dos queridinhos do blog, mas, num campo (beeeem) mais amplo, ocupa um lugar especial no clube dos personagens mais odiados da liga, com suas bravatas, o comportamento estridente em quadra. Dos mais detestados desde que, claro, você não jogue ao seu lado. Pois quem não vai gostar de tê-lo como companheiro? O sujeito é quem em média mais corre em quadra em quadra: são cerca 4,4 km por partida!

E não tem fascite plantar que segure, pelo jeito. No sacrifício, Noah batalhou durante seis partidas contra o Brooklyn Nets e, na noite deste sábado, foi brilhante ao liderar o Bulls rumo ao triunfo no único ''Jogo 7'' da primeira fase dos playoffs 2013 da NBA. Com apenas sete minutos de descanso, produziu 24 pontos (com 12/17 nos arremessos), apanhou 14 rebotes e, para completar o serviço, ainda deu seis tocos em uma atuação que certamente entra no rol das mais memoráveis da história de uma laureada franquia. Ainda mais épico depois de ele ter anunciado ainda em Chicago, ao final do sexto jogo, que sua equipe venceria, sim, na próxima oportunidade. Cojones.

Porque, sim, Noah pode ser brilhante. Quer dizer, vamos recomeçar: ele é brilhante.

Muito pouco de seu jogo pode ser considerado plástico, embora ver m gigante de mais de 2,10 m puxar contra-ataque em alta velocidade como ele faz não seja das cenas mais comuns de se ver por aí. Mas tudo bem: entre as categorias dehighlights que costumam render notoriedade no marketing da liga, dificilmente ele vai se enquadrar. Vez ou outra o pivô pode emplacar uma enterrada na cara de alguém em algum top 10 de jogadas. Só não espere ver uma contagem regressiva dos ''melhores rebotes da temporada!'', muito menos um clipe com ''as melhores recuperações na defesa de um pick-and-roll 2012-2013!'' etc.

Não basta ter coração. Ajuda, mas, para se tornar um defensor especial, daqueles que influencia drasticamente o andamento de uma partida, o jogador precisa ser minimamente inteligente e entender qual o seu papel em esquemas complexos como os de Tom Thibodeau. Noah domina em absoluto esses conceitos, com um posicionamento impecável na cobertura da turma do perímetro, fechando o garrafão, forçando o adversário a ruminar outras soluções enquanto o cronômetro não para. E é pela defesa que Thibs, que se firma entre os melhores técnicos da liga e o seu Bulls vão avançando, mesmo sem Derrick Rose, Luol Deng, Kirk Hinrich, Rip Hamilton e Vlad Radmanovic. Ops, esqueçamos este último.

Ganhou contra o Nets o time de mais camisa, mas também aquele time mais determinado e instruído, que não vai se dar por derrubado jamais, e que tem em Noah seu principal símbolo, por mais que a estrela da companhia seja Rose.