Vinte Um

Scott Machado encerra em alta sua participação em liga de verão

Giancarlo Giampietro

''Machado começou a perceber que ele pertence e essa confiança o ajudou a liderar o jovem Rockets'', ''Scott Machado parece um jogador de NBA para mim, o jogador de Iona terminou com 20 pontos e seis assistências'', ''Machado dando um show com seus passes aqui'', ''Aceito definitivamente o hype de que Scott Machado merece estar em um elenco de NBA''.

Scott Machado em ação em Las Vegas

Scott, de preto, em ação em Las Vegas

As frases acima são todas tiradas de tweets de jornalista cobrindo ou assistindo aos jogos da liga de verão de Las Vegas durante toda a semana. Nesta quarta-feira, o Houston Rockets e Scott Machado encerraram sua participação, com quatro vitórias e uma derrota. A julgar pelos comentários, o brasileiro do Queens agradou um bocado, né?

Uma coisa a gente já sabia, antes do início do torneio: Scott era um dos melhores armadores puros, tradicionais dessa fornada e tinha tudo para colocar os talentosos do time texano para jogar. Nas duas primeiras partidas, as coisas não saíram muito bem: foram 38 minutos, seis pontos, seis assistências e oito desperdícios de bola. Pouco ou nada eficiente. A partir da terceira rodada, porém, o astral virou.

Na segunda-feira, contra Jimmer Fredette e o Sacramento Kings, foram dez assistências e seis pontos e três roubos de bola, ajudando a ofuscar os quatro turnovers. A seguir, na terça, seis assistiencaias, oito pontos, e mais três roubos de bola e os mesmos três erros contra o Portland Trail Blazers de Damian Lillard, pick seis do Draft. Nesta quinta, por fim, seu melhor jogo, diante do Chicago Bulls de Marquis Teague, armador campeão por Kentucky e 28ª escolha no Draft: 20 pontos, seis assistências e muito mais agressivo ofensivamente, acertando 6 de 14 arremessos e 7 em 10 lances livres.

''No segundo jogo, fiquei um pouco mais confortável, apenas me acostumando ao ritmo do jogo e aos companheiros ao meu redor. Uma vez que você começa a observar tudo, o as coisas vão ase ajeitando melhor. Isso me deixou confortável. Era eu passando e alguém recebendo e fazendo a cesta'', afirmou o brasileiro ao Houston Chronicle. O assistente técnico JB Bickerstaff corroborou: ''Eles estão chegando agora, tentando descobrir como se encaixam aqui. Uma vez que ficam confortáveis, voltam a ser quem são, e Scott é um ótimo passador. Você viu ele fazer ótimas jogadas.  Ele acha os caras e consegue cestas fáceis, e é isso o que os armadores devem fazer''.

O ponto destacado por Bickerstaff faz todo o sentido: para as Summer Leagues, os clubes reúnem atletas que provavelmente nunca jogaram juntos antes e tiverm quatro ou cinco dias de rachão para entrosar. Sem contar a pressão psicológica de estar encarando um teste que, na cabeça dos garotos, pode ser definitivo, ainda mais no caso de Scott, que nem draftado foi.

As médias do armador foram de 8,0 pontos, 5,6 assistências, 2,5 roubos de bola e elevados 3 desperdícios por jogo – se computados apenas os últimos três jogos, saem ainda melhores: 11,3 pontos, 7,3 assistências e 3,3 roubos de bola, para 2,6 erros. Mas o mais importante: do primeiro jogo ao quinto e último, seu tempo de quadra foi elevado de 19 para 33 minutos, gradativamente. Começou no banco e terminou como titular. Se a confiança dele aumentou, a do técnico Kevin McHale em seus seviços também cresceu.

O brasileiro não depende apenas do clube de Houston. Qualquer interessado pode entrar em contato com seu agente. Mas o Rockets aparece no momento como ótima oportunidade, pois, hoje, só tem Jeremy Lin como armador. Há vagas, então, sempre condicionadas ao interminável rolo das negociações por Dwight Howard.

Daí vem o tweet talvez mais significativo, do repórter Jonathan Feigen, setorista do Chronicle, o diário local, que prestou mais atenção, supomos: ''Scott Machado parece certo de que vá ser convidado para o training camp, com uma chance de entrar para o elenco, dependendo das mudanças que vêm por aí''.