Vinte Um

Arquivo : Orlando

Acredite: Luis Scola está desempregado
Comentários Comente

Giancarlo Giampietro

Luis Scola x Tiago Splitter

Sabe o Luis Scola, né? Aquele argentino que já se esbaldou tantas vezes contra a seleção brasileira muitas vezes? Pois bem: vocês não vão acreditar, mas, neste momento, ele está desempregado. E não tem nada a ver com crise financeira.

Nesta quinta-feira, poucas horas antes de enfrentar Anderson Varejão, Tiago Splitter & cia., o ala-pivô foi informado de que o Houston Rockets simplesmente decidiu cortá-lo de sua folha de pagamento. Num movimento aparentemente em busca de Dwight Howard, o clube texano decidiu usar a chamada “cláusula de anistia”, dispensando o talentos e aguerrido jogador.

Funciona assim: os US$ 21 milhões que Scola tinha em seu contrato, para serem distribuiídos por três temporadas, ainda vão ser pagos pelo Rockets, mas os valores não vão aparecer mais na folha salarial da franquia. Isso singifica, basicamente, que eles agora têm uma margem maior para adicionar mais contratos. Isto é, numa eventual troca com o Orlando Magic, poderia abosrver alguns jogadores indesejáveis, que o time queira despachar ao lado de Howard.

O objetivo de Daryl Morey, o padrinho surpremo dos nerds, é ambicioso, mas não deixa de ser chocante a dispensa de um jogador do quilate de Scola.

Em cinco temporadas pelo Rockets, o argentino perdeu apenas oito de 394 jogos possíveis, tendo feito quatro campanhas completinhas. Suas médias foram de 14,5 pontos e 7,7 rebotes, com um aproveitamento de 51% nos arremessos de quadra. No campeonato passado, seu rendimento foi de 15,5 pontos e 6,4 rebotes em 31,3 minutos por jogo.

Agora Scola vai ficar por 48 horas em “waiver”, período no qual os demais clubes da liga que estiverem abaixo do teto salarial geral podem se candidatar a contratá-lo. Caso passe batido, ele terá o direito de negociar com qualquer franquia como um agente livre.


Mercado da NBA: panorama da Divisão Sudeste
Comentários Comente

Giancarlo Giampietro

O post já vai ficar imenso, então vamos direto ao assunto. A partir desta quarta-feira, os clubes da NBA começaram a oficializar os acordos que trataram nos últimos dias, em período agitado no mercado de agentes livres. Nesta quarta, resumimos o Leste. Confira o rolo em que cada franquia da Divisão Sudeste se meteu, ou não, abaixo:

Joe Johnson, Atlanta Hawks

Adeus, Joe Johnson. UFa

Atlanta Hawks: o gerente geral Danny Ferry mal chegou ao clube e já se tornou o novo patrono dos limpadores de contratos absurdos do teto salarial. Em menos de duas semanas no trabalho, conseguiu se livrar do salário sufocante de Joe Johnson, em troca com o Brooklyn Nets, recebendo um punhado de jogadores medíocres – Jordan Farmar, Anthony Morrow (a melhor peça aqui), Johan Petro e DeShawn Stevenson – que pouco importam no negócio. O intuito era realmente cortar laços com sua estrela, que ainda é um talento respeitável, mas que não valia o que recebia. Sem perder tempo, Ferry também mandou o ala Marvin Williams para Utah em troca do armador Devin Harris. Os cinco que chegam estão no último ano de seus vínculos. Para o próximo mercado – ou agora mesmo –, o Hawks terá muita influência. Os novatos do time são o chutador John Jenkins e o ala-pivô Mike Scott, que se juntam ao escolta Louis Williams, cestinha ex-Philadelphia.

Charlotte Bobcats: ao ver seu clube terminar com a pior campanha da história da liga em termos de aproveitamento, Michael Jordan recomendou/pediu aos seus (300 ou 400?) torcedores que tivessem aquilo que lhe faltou em diversas ocasiões: paciência. Ainda assim, ele precisava de alguma coisa, qualquer coisa que servisse para animá-los para a próxima jornada. Por enquanto, isso significa se contentar com a chegada de Ben Gordon em troca por Corey Maggette. O ala Michael Kidd-Gilchrist vem via Draft. Além de já apresentar aquele nome que entra no páreo para  ser o mais cool da liga, ele tem a reputação de ser um jogador muito dedicado e de espírito contagiante, um líder aos 18 anos, mas que ainda precisa evoluir muito no ataque.

Ray Allen e Rashard Lewis

Allen e Lewis podem se reunir em Miami

Miami Heat: o título mal foi comemorado, e Pat Riley quer mais. Como se não já não contasse com um poder de fogo suficiente, o clube conseguiu paparicar e aliciar o veterano Ray Alen, que andava magoado em Boston. E não para por aí: Rashard Lewis e outros veteranos hoje subvalorizados estão na mira.

Orlando Magic: caos. É o que tem pela frente o gerente geral Rob Henningan, de 30 anos, o mais jovem de toda a liga. Mas ele não pode dizer que não sabia o problemão que estava assumindo no mês passado ao migrar de Oklahoma para a Disneylandia. Howard não quer ficar, está se recuperando de cirurgia nas costas e se recusa a assinar com algum time que não se chame Brooklyn Nets, colocando Henningan nas cordas, com pouca mobilidade para buscar um negócio. Acontece que agora o Nets não tem mais espaço em seu teto salarial para recolher alguns contratos indesejados que o Magic quer despejar. A novela se arrasta e ninguém em Orlando aguenta mais. Nem o Ryan Anderson aguentava, e lá vai o ala-pivô para o Hornets, em troca pelo nosso mexicano predileto: Gustavo Ayón.

Washington Wizards: de alguma forma, Ernie Grunfeld conseguiu se manter no poder, mesmo após consecutivas temporadas risíveis (dentro e fora de quadra) do time. Dando continuidade ao processo de reformulação que iniciou já durante a temporada passada, com aquisição de Nenê, o cartola mais uma vez apostou na contratação de veteranos na esperança de já montar um elenco competitivo no próximo campeonato com a chegada de Trevor Ariza e Emeka Okafor. Via draft, chega o promissor Brad Beal, considerado um Ray Allen em potencia. A ver.

Veja o que aconteceu até agora nas Divisões do Atlântico e Central.

Na quinta, passamos a limpo aqui a Conferência Oeste.