Vinte Um

NBA 2013-2014: razões para seguir ou lamentar os times da Divisão Central

Giancarlo Giampietro

Cada equipe tem suas particularidades. Um estilo mais ofensivo, uma defesa mais brutal, um elenco de marmanjos cascudos, outro com a meninada babando para entrar em quadra. Depois das Divisões Sudeste e Atlântico, vamos dar uma passada agora pela Central, mirando o que pode ser legal de acompanhar e algumas coisas que provavelmente há de se lamentar. São observações nada científicas, estritamente pessoais, sujeitas, então, aos caprichos e prediletos de uma só cabeça (quase) pensante:

CHICAGO BULLS
Para curtir:
– As infiltrações de Derrick Rose, que são de tirar o fôlego. É bom ter aberração atlética dessas de volta. Que o joelho aguente bem.

– Toda a dedicação e perspicácia de Joakim Noah na defesa. Difícil encontrar alguém que trabalhe tão duro e bem nas pequenas coisas que fazem do Bulls um candidato perene ao título.

Taj Gibson fazendo companhia a Noah.

– A sobriedade de Luol Deng, num basquete prático muitas vezes menosprezado.

Jimmy Butler evoluindo a cada campeonato, dando a Thibodeau mais uma opção para tentar cutucar LeBron.

– As defesas atenciosas e extremamente detalhistas de Thibs.

Para chiar:
– Os dólares que Jerry Reinsdorf economiza mesmo como proprietário de uma das franquias mais populares da liga, numa metrópole como Chicago.

– Crônicas tendinites e fascite plantar para Noah, limitando o guerreiro.

Carlos Boozer tentando comer a bola quando fica frustrado.

– A saída de Nate Robinson.

CLEVELAND CAVALIERS
Para curtir:
Kyrie Irving e seu vasto repertório, comum arremesso que precisa ser marcado de todos os cantos da quadra. Mas vai fazer como? Se ele também dribla tão rápido…

– Todos os minutos de Anderson Varejão em quadra, alguém que se equipara, sim, ao francês no jogo sujo.

– Qualquer afro de Andrew Bynum. (Ah, e uma eventual recuperação do bebezão.)

Tristan Thompson, o ambidestro, ágil e saltitante reboteiro.

Earl Clark ainda investigando, descobrindo quais são todas as suas possibilidades em quadra. A qualquer momento pode surgir algo de deixar besta.

– A noite das perucas. Não me canso de rir com isso.

– Qualquer ataque delirante de Dan Gilbert na internet.

Para chiar:
– O plantão médico para Irving, Varejão e Bynum. (Algo que pode ser das coisas mais frustrantes realmente de toda temporada).

– A falta de criatividade ofensiva de Mike Brown. Vai de Princeton de novo?

– A educação e o regime de Anthony Bennett, que, segundo Brown, vai demorar a ser o próximo Larry Johnson.

– Os arremessos descontrolados de Dion Waiters.

– O jogo pouco produtivo de CJ Miles.

Earl Clark demorando a entender quais são todas as suas possibilidades em quadra. A qualquer momento pode surgir algo de deixar besta.

– Qualquer ataque delirante de Dan Gilbert na internet. Quando ele vai contra o que você pensa. 😉

DETROIT PISTONS
Para curtir:
– A singular aposta de Joe Dumars na trinca Josh Smith, Andre Drummond e Greg Monroe.

– O pacote (quase, quaaaaaase) completo de Josh Smith. Vide abaixo.

Andre Drummond desafiando a natureza com abalos sísmicos artificiais.

Greg Monroe operando com destreza na quina do garrafão.

– A velocidade de Brandon Jennings.

– O retorno de Chauncey Billups a Detroit. E como, aos 65 anos de idade, ele ainda consegue iludir os rivais e cavar lances livres.

– A combustão de Will Bynum e Peyton Siva.

Gigi Datome!!!!

Para chiar:
– O concurso diário de pior arremesso possível entre Smith e Jennings.

– O excesso de faltas que Drummond ainda deve cometer.

Charlie Villanueva se comportando como se ainda importasse para algo. Blah.

– Toda a confusão mental que fez Rodney Stuckey encolher em quadra.

Gigi Datome no banco!!!!

INDIANA PACERS
Para curtir:
Paul George se transformando numa superestrela, passo a passo. LeBron já deu as boas-vindas a ele nos playoffs.

Roy Hibbert, paredão humano. Desde que mantenha a intensidade dos mata-matas.

 

– Ah, e as entrenvistas nonsense do Hibbertão.

– A Escola de Balé Clássico Luis Scola.

David West e como intimidar o adversário sem necessariamente um jogador maldoso. E os chutes de média distância do pivô também.

Frank Vogel, um excelente técnico, e na dele.

Larry Bird de volta após ano sabático.

Para chiar:
Danny Granger não consegui recuperar nem 50% da boa forma para ajudar um timaço.

– A limitação de George Hill como criador a partir do drible.

– A iminência de Lance Stephenson em se tornar um agente livre e muitos dos seus lapsos com a bola.

– O fim da era dos Irmãos Hansbrough.

MILWAUKEE BUCKS
Para curtir:
Larry Sanders e sua presença defensiva. E cada menção de LARRY SANDERS! feita por Zach Lowe no Grantland.

Ersan Ilyasova e sua versatilidade.

John Henson, que arrumem mais minutos para o ala-pivô, por favor.

– Soletrar Giannis Antetokounmpo a cada highlight que o molecote grego proporcionar nos finais das partidas.

Gary Neal (e Carlos Delfino) on fire.

Para chiar:
– Todo o tédio que Caron Butler pode proporcionar, com um basquete há tempos impraticável.

– Os poucos minutos para Antetokounmpo, para que o Bucks brigue pela oitava colocação no Leste.

– A quantidade desproporcional de pivôs no elenco, possivelmente com um atrapalhando o outro.

– Saber que o Golden State Warriors preferiu Ekpe Udoh a Greg Monroe.