Scott Machado encara uma final perfeita com revanche na D-League
Giancarlo Giampietro
O jogador até pode encampar do discurso de que está numa tranquila, numa relax, numa boa. Mas, quando chega a hora de enfrentar sua ex-equipe, aquela que o dispensou, inevitável que se passe por aquela sensação de buscar vingança ou, no mínimo, de provar que o clube fez uma péssima decisão em não aproveitá-lo. Pois é esse cenário que o armador Scott Machado enfrenta na final da D-League.
Antes de prosseguir, façamos uma pausa rápida para recapitular a saga do brasileiro nova-iorquino nesta temporada, em dez passos: 1) passou batido no Draft; 2) assinou como agente livre com o Houston Rockets; 3) sobreviveu aos cortes de pré-temporada e teve seu contrato efetivado; 4) ficou mais tempo com a filial do Rockets, o Vipers, do que no time de cima; 5) teve seu contrato rescindido pelo Rockets, abrindo espaço para a chegada de Patrick Beverley; 6) voltou a jogar pelo Vipers, mas sem vínculo com o Rockets; 7) foi repassado para o Santa Cruz Warriors, filial do Golden State; 8) assinou um contrato de dez dias com a franquia da NBA, 9) assinou com o Golden State até o final da temporada, 10) mas ficou na D-League.
Pois bem. Quis o destino – aaaah, o destino… – que o Warriors ''B'' se deparasse justamente contra o Vipers na decisão da liga de desenvolvimento. com Scott no centro das atenções.
A série, disputada em formato melhor-de-três, começou nesta quinta-feira, e, ao final do primeiro jogo, Scott teve de lidar com sentimentos contraditórios, já que ele teve uma boa atuação, mas sua equipe perdeu em casa, por 112 a 102 (se estiver sem ter o que fazer, confira a partida na íntegra no vídeo abaixo). Agora a série vai para a cidade de Hidalgo, com a equipe texana precisando de apenas mais um triunfo para garantir o título.
Nesta quinta, o armador ficou em quadra por apenas 19 minutos, mas aprovou cada instante de ação. Reconhecido muito mais como um armador puro, dessa vez ele foi muito mais agressivo procurando a cesta, anotando 16 pontos em 11 arremessos, com um aproveitamento surpreendente da linha de três pontos (66%, comquatro cestas em seis tentativas).
Agora é esperar para ver se Scott vai ter mais chances no retorno ao Texas para dar um ou outro motivo para a gestão do Rockets se arrepender. De preferência, não apenas com uma final perfeita, mas também com um final perfeito, ganhando o título na casa dos ex-chefes.